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atividade etnocentrismo

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Atividade sobre etnocentrismo 
 
1º O Ser Humano tende a enxergar o mundo ao seu redor por meio do 
antropocentrismo. Alguns diferentes tipos de pessoas, por exemplo, se 
autodenominam superiores às outras. O grupo chamado Java utiliza a seguinte 
frase “Ser humano é ser javanês”. Qual o significado simplório dessa frase no 
contexto social em que esse grupo está inserido? 
No contexto abordado por esse grupo, os homens adultos são capazes de agir nos 
termos de um sistema de etiqueta altamente elaborado e possuidor de refinada 
percepção e bom gosto associados à música, à dança, ao drama e ao desenho 
têxtil. Ser “humano” entre eles não é apenas respirar: é controlar a respiração pelas 
técnicas do Ioga. Não é apenas falar, mas emitir as palavras e frases apropriadas 
nas situações sociais corretas e no tom de voz requisitado. Ser “humano” não é 
apenas comer: é preferir certos alimentos, preparados segundo determinadas 
receitas e observar uma rígida etiqueta ao consumi-los. Ser “humano” não é apenas 
sentir, mas ter certas emoções muito caracteristicamente javanesas. 
2º Os Bimin-Kuskusmin, dividem e hierarquizam suas relações sociais, sendo 
a antropofagia um dos principais critérios definidores de cada zona. Quais 
outros critérios são utilizados por eles para tal divisão? 
Do centro para a periferia, essas zonas são as habitadas por “homens verdadeiros”, 
por “homens humanos”, por “criaturas humanas” e por “seres humano-animais”. 
Dentro da zona central, que abrange apenas os Bimin-Kuskusmin, considerações 
sobre sexo, relações de parentesco, status rituais de vivos e mortos, marcam todos 
os aspectos do canibalismo em contextos de ritos funerários e de guerra. 
3º Dentro da divisão humanitária e social de alguns povos, encontra-se um 
grupo denominado “humanos-animais”, uma população com hábitos 
selvagens e assustadores, longe daquilo que é considerado cívico até mesmo 
para povos vizinhos a eles. Quais práticas praticadas por esse grupo, que os 
diferem dos demais que os rodeiam? 
Possuem pouquíssimos vestígios de responsabilidade social e moral e são 
renomados pelos atos atrozes de canibalismo indiscriminado, de incesto e de 
assassinato. Deles se diz que comem os primogênitos, que arrancam fetos dos 
úteros para devorá-los e que as próprias mulheres são capazes de provocar aborto 
para comer as criancinhas. É comum vê-los embrenharem-se pelas florestas, à 
procura de pessoas de sexo oposto, das quais devoram a genitália. Ao comer, não 
deixam parte alguma do corpo intocada, inclusive esmagando os ossos das vítimas 
para torná-los comestíveis. 
4º A tradição antropológica costuma associar a relativização ao nome de 
Michel de Montaigne, que, pela primeira vez, teria ido contra as teorias 
etnocêntricas bem assentadas acerca dos indígenas americanos recém-
descobertos. Montaigne adverte que “devemos desconfiar da opinião pública” 
e que “a razão, não o que dizem, deve influir em nosso julgamento”. Nesse 
sentido, o que seria a relativização do etnocentrismo? 
É o esforço de compreender a significação dos comportamentos, pensamentos e 
sentimentos do “outro”, nos termos da cultura do “outro”. A relativização é o 
procedimento antropológico por excelência, concebendo-se a construção histórica 
da antropologia como a dos progressos na direção da possibilidade de relativizar. a 
relativização vai contra as tendências etnocêntricas espontâneas do pensamento, 
que é sempre pensamento segundo os cânones de determinada cultura. 
5º Nas épocas de Montaigne e Bacon o modo científico de conhecer a 
“verdade” do mundo ainda era inabitual e distava de ser dominante. Nos 
tempos medievais ainda recentes, o universo era concebido como uma espécie 
de amálgama único, em que o natural, o divino, o humano se fundiam. As 
pessoas tinham uma intensa ligação entre sujeito/objeto, material/espiritual, 
natural/sobrenatural. No entanto, algumas práticas que hoje são consideradas 
comuns, eram abomináveis aos olhos dos povos antigos, como por exemplo, 
dissecação de um cadáver. Qual a explicação para tal repulsão dos antigos 
povos a essas práticas? 
Não era possível transformar o corpo humano em objeto. O corpo não se separava 
da alma, de modo que o transformar em algo passível de observação fria e distante, 
em algo neutro e exterior ao espírito que observa, não poderia ser visto senão como 
uma profanação, como uma crueldade injusta e inadmissível. A abertura de um 
cadáver com finalidades investigativas só poderia ser algo muito excepcional, a 
exigir minuciosos cuidados rituais, pois, em um universo uno, não é possível intervir 
em um elemento sem produzir perigosas reações em cadeia.

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