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Gastroenterite viral aguda em pediatria

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1 Laís Flauzino | CONFERÊNCIA | 4°P MEDICINA UniRV 
3M1 – Gastroenterite Viral 
Aguda em Pediatria: 
Defin ição : 
• Autolimitada 
• Duração inferior a 14 dias. 
• Três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas nas 
últimas 24 horas. 
• Desequilíbrio entre a absorção e a secreção de líquidos e 
eletrólitos. 
Class if icação : 
• Diarreia aguda aquosa: grande maioria dos 
mecanismos fisiopatológicos da gastroenterite. 
• Diarreia aguda com sangue (disenteria): provocada 
por agente etiopatogênico com inflamação da mucosa 
gastrointestinal. 
• Diarreia persistente: tende a evoluir com desidratação 
e desnutrição. 
Mecanismos f is iopato lóg icos : 
• Osmótico – presença de solutos não absorvidos no TGI 
(caso das intolerâncias). 
• Secretório – presença de substâncias que aumentam a 
secreção 
• Inflamatório – associada com situações que provocam 
inflamação e ulceração da mucosa. 
• Disabsortivo – resultado de mecanismos osmóticos e 
secretórios ou em situações que diminuem a superfície 
de absorção. 
Causas: 
• Vírus (mais de 70%) 
• Bactérias 
• Protozoários 
• Fungos 
• Outras causas: APLV (alergia a proteína de vaca), 
apendicite, intoxicação metais pesados. 
Agentes etiológicos: 
 
Anamnese: 
• Duração da diarreia 
• Número diário de evacuações 
• Presença de sangue/muco/pus nas fezes 
• Número de episódios de vômitos 
• Presença de febre ou outra manifestação clínica 
• Práticas alimentares prévias e vigentes 
• Outros casos de diarreia em casa ou na escola 
• Oferta e consumo de líquidos 
• Uso de medicamentos 
• Histórico de imunizações 
Fatores de r isco para compl icações: 
• Idade inferior a dois meses 
• Doença de base grave como o diabetes mellito 
• Insuficiência renal ou hepática e outras doenças croicas 
• Vômitos peristenes 
• Perdas diarreicas volumosas e frequentes (mais de 8 
• Percepção dos pais de que há sinais de desidratação 
 
Exame fís ico : 
• Estado de hidratação: se olhos estão úmidos, saliva 
úmida ou espessa, turgor de pele com retorno rápido ou 
demorado com o teste da prega, fontonela da criança 
• Estado nutricional: 
• Estado de alerta (ativo, irritável, letárgico) 
• A capacidade de beber 
• Diurese – perguntar para a mãe como estava a diurese (no 
mínimo 5 fraldas trocadas ao dia para não configurar 
desidratação) 
• Percentual de perda de peso é considerado o melhor 
indicador da desidratação - saber o peso prévio 
Importante o exame abdominal. 
Desidratação: 
 
LEVE,dMODERADA, GRAVE... 
Tratamento : 
P lano A: 
Paciente está com diarreia e está hidratado deverá ser tratado 
com o plano A. 
• Tratamento no domicílio 
 
2 Laís Flauzino | CONFERÊNCIA | 4°P MEDICINA UniRV 
• Aumentar a oferta de líquidos, incluindo o soro de 
reidratação oral 
• A manutenção da alimentação tratamento com alimentos 
que não agravem a diarreia 
• Deve-se iniciar a suplementação de zinco 
Plano B : 
Diarreia e tem algum grau de desidratação, deve ser tratado 
como plano B. 
• Administrar o soro de reidratação oral sob supervisão 
médica 
• 50 a 100 ml/kg, durante 2 a 4 horas 
• Manter o aleitamento materno e suspender os outros 
alimentos. 
• Após o término desta fase, retomar os procedimentos do 
plano A. 
Se a criança não responde ou piora, é necessário internação. 
Plano C: 
Diarreia e está com desidratação grave, deve ser tratado com 
o plano C. 
• Corrigir a desidratação grave com terapia de reidratação 
por via parenteral 
• Paciente deve ser mantido no serviço de saúde, em 
hidratação parenteral de manutenção, até que tenha 
condições de se alimentar e receber líquidos por via oral 
na quantidade adequada. 
Hidratação – expansão: 
 
Hidratação – manutenção: 
 
Critér ios de internação: 
• Choque hipovolêmico 
• Desidratação grave – perda de peso maior ou igual a 10% 
• Manifestações neurológicas – por exemplo, letargia e 
convulsões 
• Vômitos biliosos ou de difícil controle 
• Falha na terapia de reidratação oral 
• Suspeita de doença cirúrgica associada 
• Falta de condições satisfatórias para tratamento 
domiciliar ou acompanhamento ambulatorial 
Zinco: 
• Pode reduzir a duração do quadro de diarreia 
• De acordo com a OMS deve ser usado em menores de 
cinco anos durante 10 a 14 dias 
• Para maiores de seis meses 20mg/dia 
• 10mg/dia para os primeiros 6 meses de vida 
Vitamina A: 
• Administrada a populações com risco de deficiência 
desta vitamina 
• Reduz o risco de hospitalização e mortalidade 
• Utilizada no norte e nordeste 
Antib iót icos: 
• Na grande maioria das vezes os antibióticos não são 
empregados 
• Restrito aos pacientes que apresentam diarreia com 
sangue nas fezes (disenteria) 
• Cólera 
• Infecção aguda comprovada por giárdia lamblia ou 
entamoeba hystolitica 
• Em imunossuprimidos, pacientes com anemia 
facilforme, nos portadores de prótese 
• Crianças com sinais de disseminação bacteriana 
extraintestinal 
• Podem necessitar antibióticos quando causam casos 
graves: E. coli enteroinvasiva, yersínia, V. chorelae, 
C. difficile, salmonela não tifoide 
• Ciprofloxacino (primeira escolha): crianças, 
15mg/kg duas vezes ao dia, por 3 dias. 
• Azitromicina: 10 a 20 mg/kg no primeiro dia e 5 a 
6mg/kg por mais 4 dias via oral para o tratamento 
dos casos de diarreia por Shigella (casos suspeitos 
ou comprovados) 
• Ceftriaxona: 50-100mg/kg ev por dia por 3 a 5 dias 
nos casos graves que requerem hospitalização. 
Antieméticos: 
• OMS diz que os antieméticos não devem ser 
utilizados no tratamento da diarreia aguda 
• O MS não faz menção ao emprego de antieméticos 
• A ESPGHAN considera que a ondansetrona pode 
proporcionar redução na frequência de vômitos 
• 0,1mg/Kg (0,15-0,3/kg) 
Probiót icos: 
• OMS e o MS não mencionam a possibilidade de uso 
de probióticos no tratamento da diarreia aguda 
• A ESPGHAN e a diretriz íbero-latinoamericana, 
consideram que podem ser utilizados como 
coadjuvantes no tratamento da diarreia aguda 
• Lactobacillus GG, saccharomyces boulardii e 
lacotobacillus reuteri 
 
Referência: 
GUIA PRÁTICO DE ATUALIZAÇÃO: DIARREIA 
AGUDA DIAGNÓSTICO E 
TRATAMENTO,SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
PEDIATRIA,2017.DISPONÍVEL EM 
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/0
3/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf. ACESSO EM: 
15/08/2021 
. CONSOLINI, DÉBORA.DIARREIA EM 
CRIANÇAS.MANUAL MSD,2020.DISPONÍVEL EM 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/pediatria/sintomas-em-lactentes-e-
crian%C3%A7as/diarreia-em-crian%C3%A7as# . 
ACESSO EM: 15/08/2021

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