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INTENSIVO IFRN - MEDICURSOS 2 TEXTO 1 Informação em tempo de Covid-19 Bruno Lara 27 de julho de 2020 Informação é saúde. Saúde pública, no caso. A crise do coronavírus tem reforçado a importância de atentarmos e investirmos na informação e nos canais de comunicação adequados como ação fundamental para a saúde, a ordem pública, a coordenação do país e para a própria sanidade mental. Quem não se sentiu (ou ainda está) desorientado, como um boxeador que tomou um uppercut já no primeiro round? Mesmo em época em que precisamos tanto da informação para orientar as nossas condutas e os pensamentos, há muitas fake news circulando por aí. Até mesmo pessoas mais “esclarecidas” (com o perdão do emprego inadequado do termo) e com mais anos de estudos formais costumam acreditar em conteúdos falsos e/ou duvidosos que circulam nas redes sociais e no boca a boca informal. Isso acende uma luz vermelha sobre a legitimidade e credibilidade das nossas referências, o que coloca em xeque as nossas bases de conhecimento. No Irã, várias pessoas morreram de intoxicação por beberem álcool adulterado, ao acreditarem no boato de que bebidas alcoólicas curariam a Covid-19. E olha que lá o álcool é proibido! Ainda no Irã, uma multidão ateou fogo em um hospital em Bandar Abas (parte sul do país), onde havia pacientes com o novo coronavírus. Receosos de que ali poderia ser um local de propagação da doença, um grupo de pessoas atacou o hospital, que passou a ser pejorativamente apelidado por elas como Corona Hospital. Episódios desse tipo relevam, inclusive e lamentavelmente, um impulso de anticivilização e de falta de solidariedade, compaixão e empatia. Revelam, também, a desinformação sobre o vírus: o que é, como se propaga, os riscos, a cura etc. Portanto, o bem informar é uma responsabilidade do Estado, empresas, das organizações em geral e de cada pessoa para com a democracia, a civilização, a humanidade, a cultura, com a gente mesmo. É um compromisso humanitário. Desde a prensa de Gutemberg e, posteriormente, o Iluminismo, a humanidade passou a ler muito mais. Aos poucos, o acesso a livros e jornais deixou de ser restrito a uma mínima parcela social para se tornar quase que universal (quase!). Os índices de analfabetismo têm caído nas últimas décadas, enquanto que os de escolaridade têm crescido bastante. Informação é (i)matéria cada vez mais abundante, por meio de texto, vídeo, foto, áudio, infográfico etc. etc. etc. Mas, muitas vezes o que fica são tweets, memes e títulos de lacração nas redes sociais, nas quais – não raro – o indivíduo costuma ter mais influência do que muitas organizações tradicionais de comunicação. A entrega desse prestígio aos indivíduos tem vantagens, como horizontalizar o processo de edição, produção e difusão da informação. Mas, também apresenta riscos, como a forma amadora de lidar com a informação, sem qualquer noção das consequências de uma determinada publicação, cujo conteúdo não foi averiguado, tratado e contextualizado. Esse cenário deposita ainda mais responsabilidade na imprensa e nas instituições, que precisam assumir, dentro do possível, um certo controle sobre a propagação das informações que dizem respeito a si, para que conteúdos de caráter interno (ainda que de interesse público) não sejam distorcidos e usados inapropriadamente. Há uma máxima no campo da Ciência da Informação de que “informação é o que transforma estruturas”. Informação é como o poder. O espaço comunicativo vai ser ocupado, não tem jeito. Melhor que o seja pela informação séria, íntegra, bem intencionada, responsável e tratada. Em tempo de coronavírus, fica mais latente a necessidade de referências adequadas para nos comportarmos, situarmos, pensarmos e mantermos (ou recuperarmos) a lucidez. Assim, em vez de sermos golpeados com um uppercut, temos muito mais possibilidade de vencermos o round e a luta. Até a próxima! Disponível em: https://dissertacaosobredc.blogspot.com/2020/07/artigo-de-opiniao-informacao-em-tempo.html. Acesso em 22 de out. 2020. INTENSIVO IFRN - MEDICURSOS 3 Texto 2 Disponível em: https://www.leiagora.com.br/noticia/78184/coronavirus-x- fake-news. Acesso em 22. de out. 2020. Texto 3 CASOS E MORTES POR CORONAVÍRUS NO BRASIL EM 21 DE OUTUBRO, SEGUNDO CONSÓRCIO DE VEÍCULOS DE IMPRENSA (ATUALIZAÇÃO DAS 13H) País tem 154.906 óbitos registrados e 5.276.942 diagnósticos de Covid-19, segundo levantamento junto às secretarias estaduais de Saúde. Por G1 O Brasil tem 154.906 mortes por coronavírus confirmadas até as 13h desta quarta- feira (21), segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. Desde o balanço das 20h de terça-feira (20), 4 estados atualizaram seus dados: GO, MS, RN e RR. Veja os números consolidados: 154.906 mortes confirmadas 5.276.942 casos confirmados Às 8h, o consórcio publicou a primeira atualização do dia com 154.891 mortes e 5.275.034 casos. Na terça-feira, às 20h, o balanço indicou: 154.888 mortes confirmadas, 662 em 24 horas. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 546. Isso significa uma variação de -13%, o que aponta tendência de estabilidade, quando não houve queda ou aumento significativo em relação aos dados registrados em 14 dias. O Brasil volta à estabilidade nos óbitos após 8 dias de indicativo de queda nesse número. No mês passado, os registros indicaram queda nas mortes durante a semana iniciada pelo feriado de 7 de setembro. Desta vez, os 8 dias de queda coincidiram com a semana do feriado de 12 de outubro. Nos finais de semana e em feriados prolongados é comum se ver queda nos registros devido às menores equipes de plantão. Em casos confirmados, eram 5.274.817 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus desde o começo da pandemia, com 23.690 desses confirmados no último dia. A média móvel de novos casos foi de 22.856 por dia, uma variação de -15% em relação aos casos registrados em 14 dias. Ou seja, também voltou à faixa que aponta estabilidade. É importante ponderar também que o país fez 11,5% menos testes diagnósticos de Covid-19 em setembro do que em agosto, segundo dados preliminares do próprio Ministério da Saúde: foram 944.712 testes do tipo PCR realizados no mês passado contra 1.067.656 em agosto. O período entre agosto e setembro é, entretanto, o primeiro a registrar queda na quantidade de testes feitos desde o início da pandemia Além do número de testes realizados, também diminuiu o total de testes enviados aos estados e municípios. A queda entre o total entregue em maio – mês em que o maior número de testes foi entregue – e em setembro é de 68%. Apesar de os dados ainda indicarem que a epidemia não está sendo devidamente rastreada, outros indicadores, como o dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), apontam que o Brasil tem visto, de fato, uma queda nos casos de Covid-19 em certas regiões. A incidência de SRAG é importante porque, em 2020, cerca de 98% dos casos estão sendo causados pelo novo coronavírus, segundo monitoramento da Fiocruz. Apenas um estados apresentam indicativo de alta de mortes: Rio Grande do Norte. Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. No RN, a média estava em 3 e foi para 19 no intervalo de 14 dias, o que levou a uma variação de 550%. Isso ocorreu após a inserção de 111 mortes na última sexta- feira no boletim do estado. Os dados de médias móveis são, em geral, em números decimais e INTENSIVO IFRN - MEDICURSOS 4 arredondados para facilitar a apresentação dos dados. Outros 15 estados têm curvas que apontam queda. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/10/21/casos-e- mortes-por-coronavirus-no-brasil-em-21-de-outubro-segundo-consorcio- de-veiculos-de-imprensa.ghtml Acesso em 22. de out. 2020. 1) O Texto 1a) mostra não há desinformação sobre o coronavírus b) argumenta que pessoas com maior nível de escolaridade são mais bem instruídas sobre o coronavírus c) afirma que investir em informação é investir em saúde d) desconstrói a propagação de fake news 2) O Texto 1 tem como objetivo principal a) informar a respeito das fake news e da pandemia do coronavírus b) expor uma opinião a respeito das fake news diante do cenário da pandemia do coronavírus c) explicar métodos preventivos para o coronavírus d) explicitar os motivos pelos quais são propagadas fake news O trecho a seguir deve ser utilizado para responder à questão 3. 3) A figura de linguagem utilizada consiste em a) hipérbole b) metáfora c) eufemismo d) comparação O trecho a seguir deve ser utilizado para responder às questões 4 e 5. 4) As palavras em destaque podem ser substituídas, respectivamente, sem causar prejuízo por a) efetivo; ineptidão b) evidente; obscuro c) possível; clareza d) evidente; coerência 5) No trecho, existem a) quatro orações b) cinco orações c) seis orações d) sete orações Quem não se sentiu (ou ainda está) desorientado, como um boxeador que tomou um uppercut já no primeiro round? Em tempo de coronavírus, fica mais latente a necessidade de referências adequadas para nos comportarmos, situarmos, pensarmos e mantermos (ou recuperarmos) a lucidez. INTENSIVO IFRN - MEDICURSOS 5 6) Os textos 1 e 2 apresentam em comum a) o recorte temático b) o gênero textual c) a linguagem não verbal d) o registro informal 7) A partir da leitura do Texto 2, é possível inferir que a) O principal problema enfrentado na pandemia do coronavírus é o não cumprimento das recomendações médicas. b) Além das formas de contágio, devemos nos preocupar com a veracidade das informações propagadas sobre o coronavírus. c) É preciso se preocupar mais com as informações divulgadas do que com as formas de contágio da doença. d) Os médicos estão recomendando que as pessoas não espalhem vírus por meio das tecnologias digitais. Considere o trecho a seguir para responder à questão 8. 8) O trecho poderia ser reformulado, sem prejudicar o sentido geral do texto, do seguinte modo: a) Mais perigoso que o contágio pelo covid-19... b) Conforme o perigoso contágio pelo covid-19... c) O contágio pelo covid-19 é perigoso tal como... d) O Contágio pelo covid-19 é perigoso porque... 9) Analisando os elementos verbais e não verbais do texto 2, é possível afirmar que a) O autor utiliza recursos da linguagem denotativa para comparar notícias falsas e coronavírus b) O autor utiliza recursos da linguagem conotativa para comparar notícias falsas e coronavírus c) O autor não compara notícias falsas e coronavírus d) O autor compara fake news e coronavírus, mas não com a mesma proporção 10) A principal intenção comunicativa do texto 2 é a) criticar b) informar c) relatar d) expor 11) A leitura do texto 3 permite afirmar que a) os casos e mortes por coronavírus estão estáveis em todo o Brasil b) os casos e mortes por coronavírus estão crescendo em todo o Brasil c) os casos e mortes por coronavírus estão diminuindo parte do Brasil, mas crescendo em outras. d) os casos e mortes por coronavírus oscilam entre diminuição e estabilidade na maior parte do Brasil. Tão perigoso quanto o contágio pelo covid-19... INTENSIVO IFRN - MEDICURSOS 6 12) Assinale a opção em que a reescritura do enunciado do Texto 3 mantém seu sentido a) CASOS E MORTES, EM 21 DE OUTUBRO, SEGUNDO CONSÓRCIO DE VEÍCULOS DE IMPRENSA NO BRASIL (ATUALIZAÇÃO DAS 13H) b) SEGUNDO CONSÓRCIO DE VEÍCULOS DE IMPRENSA NO BRASIL (ATUALIZAÇÃO DAS 13H), CASOS E MORTES, EM 21 DE OUTUBRO c) CASOS E MORTES POR CORONAVÍRUS, EM 21 DE OUTUBRO, NO BRASIL, SEGUNDO CONSÓRCIO DE VEÍCULOS DE IMPRENSA (ATUALIZAÇÃO DAS 13H) d) POR CORONAVÍRUS, CASOS E MORTES NO BRASIL, EM 21 DE OUTUBRO, SEGUNDO CONSÓRCIO DE VEÍCULOS DE IMPRENSA (ATUALIZAÇÃO DAS 13H) 13) O texto 3 é predominantemente a) narrativo b) argumentativo c) dialogal d) expositivo 14) O texto 3 utiliza dados estatísticos para a) informar o leitor b) persuadir o leitor c) defender um ponto de vista d) influenciar o leitor 15) Quanto ao gênero textual, é correto afirmar que a) o Texto 1 é uma reportagem, o Texto 2 é um artigo de opinião e o Texto 3 é uma charge b) o Texto 1 é um artigo de opinião, o Texto 2 é uma charge e o Texto 3 é uma reportagem c) o Texto 1 é um artigo de opinião, o Texto 2 é uma tirinha e o Texto 3 é uma reportagem d) o Texto 1 é uma reportagem, o Texto 2 é uma tirinha e o Texto 3 é uma artigo de opinião Considere o trecho a seguir para responder à questão 16. Apenas um estados apresentam indicativo de alta de mortes: Rio Grande do Norte. INTENSIVO IFRN - MEDICURSOS 7 16) O trecho apresenta um erro gramatical de a) coerência b) concordância c) colocação pronominal d) conjungação verbal Considere o trecho a seguir para responder às questões 17 e 18. 17) No trecho, há a) um período composto b) dois períodos compostos e um simples c) um período simples e um composto d) dois períodos simples 18) O vocábulo em destaque retoma a) estados em em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grande variações percentuais b) a inserção de 111 mortes no boletim do estado c) a média d) uma variação de 550% Considere o trecho a seguir para responder às questões 19 e 20. 19) Considerando o uso da vírgula no trecho, assinale a opção correta a) as vírgulas do trecho são obrigatórias b) a primeira vírgula do trecho é opcional c) a segunda vírgula é obrigatória porque separa orações subordinadas d) as duas vírgulas são opcionais porque separam uma expressão adjetiva Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. No RN, a média estava em 3 e foi para 19 no intervalo de 14 dias, o que levou a uma variação de 550%. Isso ocorreu após a inserção de 111 mortes na última sexta-feira no boletim do estado. Os dados de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados. INTENSIVO IFRN - MEDICURSOS 8 20) Assinale a opção em que a reescritura do trecho mantém seu sentido a) Os dados de médias móveis são, em números decimais e arredondados, para facilitar a apresentação dos dados em geral. b) Em geral, os dados de médias móveis são em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados c) Os dados de médias móveis são números decimais e arredondados em geral para facilitar a apresentação dos dados d) Em geral, os dados de médias móveis e a apresentação dos dados são em números decimais e arredondados para facilitar
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