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Prévia do material em texto

Completada 
Resultado da tentativa 8,5 em 10 pontos 
Tempo decorrido 28 minutos 
Autoteste O aluno responde e o resultado do aluno não é visível ao professor. 
Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente 
 Pergunta 1 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir, intitulado “Pandemia e acessibilidade: Entenda a 
importância da inclusão e os novos desafios causados pela Covid-
19”, de Brenda Xavier, publicado em 18/02/2021. 
A pandemia causada pelo novo coronavírus espalhou-se pelo mundo 
de forma rápida e impactante, fazendo com que muitas pessoas se 
isolassem. Antes de tudo isso, quem é cego, surdo, cadeirante ou tem 
algum tipo de deficiência física ou intelectual já enfrentava vários 
desafios e, com a pandemia, novas barreiras surgiram para a 
acessibilidade. 
Agora, um deficiente visual, que precisa tocar em superfícies ou ter o 
apoio de outras pessoas, está mais vulnerável do que nunca. Tocando 
em diferentes superfícies ou falando com pessoas que ele não sabe se 
estão usando máscara, como evitar a contaminação pela Covid-19? 
Quais são os impactos da pandemia na acessibilidade e no direito de ir 
e vir? 
Thays Martinez, advogada, responsável pela Lei estadual N° 10.784 
(atualizada pela Lei Nº 12.907, de 15 de abril de 2008), que garante 
que cães-guia possam entrar em transporte público, compartilha sua 
experiência. Ela explica que as pessoas que têm deficiência visual 
estão mais vulneráveis à Covid-19, devido à necessidade de contato 
com pessoas e, sobretudo, superfícies. “Com a pandemia, as compras 
online aumentaram, mas muitos aplicativos e sites tornam inviável o 
uso por pessoas deficientes visuais”, relata. 
Com a visão comprometida, o tato é um dos principais sentidos 
utilizados por pessoas com deficiência visual. O contato físico se faz 
necessário sempre, e é justamente isso que os deixa mais expostos à 
Covid-19. De acordo com dados do IBGE no Censo 2010 (gráfico 1), 
1.203.353 pessoas têm deficiência visual no estado de São Paulo. O 
que equivale a 40% do total de moradores com algum tipo de 
deficiência. 
Sobre as vulnerabilidades que pessoas deficientes enfrentam, Martinez 
ressalta a importância da consciência de quem oferece um produto ou 
serviço – uma reflexão que demanda revisão. “As empresas precisam 
pensar na inclusão e deixar que seus serviços sejam acessíveis para 
todos. A consciência sobre isso precisa ser desenvolvida, e a pandemia 
nos mostrou isso”, comenta. 
Disponível em <https://aupa.com.br/pandemia-e-acessibilidade/>. Acesso em 02 ago. 2021. 
 
 
Gráfico 1. Porcentagem da população, de acordo com o tipo de deficiência. (Brasil-2010). 
 
IBGE, Censo Demográfico, 2010. 
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A análise do gráfico confirma que são os portadores de deficiência auditiva os mais 
prejudicados pelas dificuldades de acessibilidade durante a pandemia do coronavírus. 
PORQUE 
II. As vulnerabilidades da acessibilidade são características presentes na vida dos portadores de 
deficiência e elas se acentuaram durante o período de pandemia. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: d. 
A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. 
 
 
 Pergunta 2 
0 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o meme e o texto a seguir. 
 
 
Disponível em <https://pt.dopl3r.com/memes/engra%C3%A7ado/as-pessoas-deveriam-antes-
de-compartilhar-pesquisar-se-as-frases-atribuidasa-pessoasfamosas-realmente-pertencem-a-
elas-d-pedro/102625/>. Acesso em 21 jul. 2021. 
 
 
Fake news são notícias e informações falsas — ou modificadas — veiculadas na internet com o 
propósito de manipular pessoas e eventos. Elas também estão ligadas ao sensacionalismo, que 
visa a chamar a atenção e a obter “likes” para gerar lucro. 
Segundo pesquisa do Instituto Reuters para o estudo do Jornalismo, as redes sociais são a 
maior fonte de notícias para os brasileiros. E isso só aumenta, já que o percentual de pessoas 
que usam as redes sociais como fonte de notícias foi de 47% em 2013 para 72% em 2016. 
Isso mostra que a repercussão de uma notícia falsa pode atingir inúmeras pessoas em poucos 
minutos e acarretar prejuízos morais e até mesmo financeiros. 
Algumas pessoas acreditam que as fake news prejudicam apenas pessoas públicas, mas isso 
não é uma regra. É o caso de uma mulher em São Paulo que foi espancada até a morte depois 
de ter sido acusada de sequestrar e matar crianças para fazer magia negra. Os boatos 
associavam seu nome e sua imagem ao crime; só após sua morte a verdade apareceu. 
Outra situação envolvendo fake news foi a da vereadora Marielle Franco, que teve seu nome 
vinculado a mentiras com o intuito de desqualificar sua imagem. Uma das notícias foi a de que 
ela seria casada com um traficante e eleita por uma das maiores facções criminosas do país, o 
Comando Vermelho. Contudo, tais informações eram inverídicas. 
 
 
Disponível em <https://foconoenem.com/fake-news-redacao-enem/>. Acesso em 20 jan. 2019. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. O meme, para criticar a propagação de fake news, apoia-se, ironicamente, em uma citação 
falsa. 
 
II. O meme e o texto apresentam discursos antagônicos, pois o primeiro mostra que as notícias 
falsas podem ser simples brincadeira. 
III. O texto alerta para a necessidade de se checar a fonte das informações, pois as fake news 
podem trazer prejuízo à sociedade. 
 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: d. 
III. 
 
 
 Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
As falhas do ensino da matemática expostas pela pandemia do 
coronavírus. 
Nossa dificuldade em lidar com modelos e projeções evidencia 
'analfabetismo de dados', diz especialista; como podemos 
melhorar o ensino de estatísticas, raciocínio lógico e de temas 
do cotidiano do século 21? 
BBC - 06/06/2020. 
Desde projeções de novos casos de coronavírus até o chamado 
"achatamento da curva" de contágio, conceitos e modelos matemáticos 
entraram no noticiário e nas discussões da pandemia e, para alguns 
especialistas, a nossa dificuldade em entender e aplicar esses conceitos 
é mais uma evidência de que a forma como aprendemos matemática na 
escola está muito longe de nos preparar para usar a disciplina na vida 
real. 
Esse foi um dos assuntos debatidos no seminário on-line "Como ensinar 
a matemática do futuro?", realizado pelo Instituto Sidarta (dedicado a 
projetos e políticas no ensino da matemática) em 28 de maio. 
"Estamos ensinando a matemática do século 19 nas nossas escolas, e 
isso cria uma lacuna na formação que damos aos jovens para o exercício 
de profissões e para munir as crianças com ferramentas para entender o 
mundo à nossa volta, que é o objetivo da matemática", afirmou no 
encontro virtual Marcelo Viana, diretor-geral do Instituto de Matemática 
Pura e Aplicada (Impa). 
E quais são essas ferramentas? 
Viana citou algumas: estatística e probabilidades, por exemplo, essenciais 
para entendermos o comportamento do novo coronavírus e o impacto 
das medidas de prevenção, são temas que o matemático acredita que 
"estavam até há pouco tempo praticamente ausentes de sala de aula", 
embora ele ache que isso esteja mudando com a adoção da nova Base 
Nacional Curricular Comum, documento que traçou novas diretrizes para 
o ensino público e privado do país. 
Para além da pandemia, estatística e probabilidades têm infinitos usos 
cotidianos, dos mais simples (como entender a probabilidade de chuva 
 
em um dia qualquer) aos mais complexos (como identificar padrões de 
infecções em hospitais para adotar medidas de prevenção). 
"Outra área que custa para chegar à sala de aula é a combinatória, base 
da ciência da computação e da tecnologia da informação", agregou Viana. 
A análise combinatória permite que se analisem quantas combinações 
diferentes podem ser feitas com um conjunto de elementos. Por exemplo, 
com as 26 letras do alfabetoe dez números, quantas combinações de 
senhas de 8 dígitos eu consigo fazer? 
(A resposta é 2,8 trilhões de senhas). 
Viana citou, por fim, o estímulo ao raciocínio lógico como algo 
"absolutamente negligenciado (no ensino da matemática), o que é 
trágico", por se tratar de uma habilidade considerada essencial para 
formar trabalhadores e cidadãos para o século 21. 
'Alfabetismo de dados' 
No Brasil, só 16% dos alunos concluem o ensino fundamental (9° ano) 
com aprendizado adequado em matemática, segundo os dados da Prova 
Brasil 2017. 
[...] 
Ser alfabetizado em dados significa ser capaz de entender números, 
gráficos, probabilidades ou questões lógicas, por exemplo, e conseguir 
usar esses dados para entender padrões ou mesmo tomar decisões. 
"São ensinados alguns conceitos (relacionados ao uso de dados), mas, 
no geral, é um tópico negligenciado", prossegue Dieckmann. Embora se 
ensinem conceitos básicos, como média e mediana, ele diz que falta, em 
geral, trazer uma "abordagem exploratória" para dentro da sala de aula, 
fazendo a conexão entre esses conceitos e os padrões, as conexões e os 
usos para eles na vida real dos alunos. 
[...] 
O que vai ser do ensino no pós-pandemia 
Embora haja a percepção de que a pandemia vai mudar a dinâmica das 
escolas e o ensino da matemática, a forma como isso vai acontecer ainda 
é uma interrogação. 
Como promover o ensino colaborativo da matemática e a resolução 
conjunta de problemas, se os alunos provavelmente terão de manter o 
distanciamento entre si, mesmo dentro de sala de aula, por um bom 
tempo? 
[...] 
"Na volta às aulas (presenciais) vai ser difícil, sem dúvida, de fazer com 
que os alunos se sintam seguros, estáveis e prontos para entender a nova 
realidade. No momento ainda não vemos luz no fim do túnel, mas temos 
uma oportunidade de olhar para o que pode ser melhorado e para criar 
um novo normal, em vez de voltar para o normal de antes, que não 
estava funcionando". 
Disponível em <https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/06/06/as-falhas-do-ensino-da-matematica-expostas- pela-
pandemia-do-coronavirus.ghtml>. Acesso em 30 jun. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O analfabetismo de dados ocorre, por exemplo, porque são ensinados 
alguns conceitos, como média e mediana, sem que se estabeleça relação 
do conteúdo com o cotidiano do aluno. 
II. No Brasil, a pandemia de coronavírus tornou o ensino de matemática 
descontextualizado e impediu os alunos de realizarem abordagens 
exploratórias. 
III. A dificuldade de aprendizagem de índices e conceitos matemáticos é a 
responsável pela expansão do contágio de covid-19, uma vez que as 
projeções da doença não são compreendidas pelos estudantes. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
I, apenas. 
 
 
 Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
Celular e tablets para crianças: passar muito tempo usando 
eletrônicos pode prejudicar o desenvolvimento 
Michelle Roberts (BBC News) 
Deixar uma criança pequena passar muito tempo usando tablets, 
celulares e outros eletrônicos com telas pode atrasar o desenvolvimento 
de habilidades de linguagem e sociabilidade, de acordo com o estudo 
canadense. 
A pesquisa, que acompanhou cerca de 2,5 mil crianças de 2 anos de 
idade, é a mais recente evidência no debate sobre quanto tempo de uso 
de telas é seguro para crianças. (...) Mães foram consultadas, entre 2011 
e 2016, sobre o tempo de uso de telas e preencheram questionários sobre 
as habilidades e o desenvolvimento de seus filhos quando tinham 2, 3 e 
5 anos. 
Isso incluiu assistir a programas de TV, filmes ou vídeos, jogar 
videogames e usar computador, tablet, celular ou qualquer aparelho com 
uma tela. 
Com a idade de 2 anos, as crianças passavam em média 17 horas em 
frente a telas por semana. Isso aumentou para cerca de 25 horas aos 3 
anos, mas caiu para cerca de 11 horas aos 5 anos, quando as crianças 
começam a escola primária. 
As descobertas, publicadas no periódico JAMA Pediatrics, sugerem que 
há aumento do tempo de uso de telas antes que qualquer atraso no 
desenvolvimento seja notado (...). 
Mas não está claro se o aumento do uso de telas é diretamente 
responsável. O maior tempo da tela pode ser um aspecto simultâneo a 
outros ligados ao atraso no desenvolvimento, como a forma com que a 
 
criança é educada e o que a criança faz no restante do seu tempo de 
lazer. 
Os cientistas indicam que, quando as crianças pequenas estão olhando 
para telas, elas podem estar perdendo oportunidades de praticar e 
dominar outras habilidades importantes. 
Em teoria, isso poderia atrapalhar interações sociais e limitar o tempo 
com que as crianças passam correndo e praticando outras habilidades 
físicas. 
Mesmo sem provas concretas de danos, a cientista Sheri Madigan e seus 
colegas, autores do estudo, dizem que, ainda assim, faz sentido limitar o 
tempo de uso de telas das crianças e garantir que isso não atrapalhe as 
"interações interpessoais ou o tempo em família". 
(...) "Ainda precisamos de mais pesquisas para dizer se crianças são mais 
vulneráveis aos danos causados pelo uso de telas e qual impacto que isso 
pode ter na sua saúde mental", disse Bernadka Dubicka, do Royal College 
of Psychiatrists. 
"Também precisamos avaliar os efeitos de diferentes tipos de conteúdo, 
porque há também formas positivas de usar telas". 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-47036386>. Acesso em 29 jun. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto e a charge apresentam uma crítica acerca da 
influência do uso das tecnologias nas relações interpessoais entre as 
crianças. 
II. O objetivo da tirinha é mostrar que o uso de celulares pode 
ser uma brincadeira produtiva e interativa. 
III. O texto indica que o uso excessivo e inadequado das telas 
pode influenciar negativamente no desenvolvimento infantil. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
I e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 5 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Observe a pintura de Kevin Lee, intitulada “A invisibilidade da pobreza'', e 
leia o texto a seguir. 
 
 
Falta de dados reflete invisibilidade da população em situação 
de rua no Brasil 
CNN, São Paulo – 01.06.2021 
"Eu até me emociono quando me fazem essa pergunta, porque dói muito 
ver a pessoa em situação de rua. Pra mim, dói muito". Poucas pessoas 
que não experimentaram o que é dormir sem um teto sobre a cabeça 
poderiam dar uma resposta como essa. O músico Wellington Antônio 
Vanderlei sabe bem o que é isso e, entre suas idas e vindas na rua desde 
 
a adolescência, é certeiro quando responde qual o sentimento relegado 
à população que vive sem ter onde morar. "Ah, o sentimento é que você 
é invisível mesmo, né?". 
Invisível aos olhos da sociedade e, muitas vezes, também aos olhos do 
poder público. As discussões a respeito do adiamento do censo 
populacional que seria realizado neste ano lançaram luz sobre a 
importância de pesquisas para a formulação de políticas públicas. 
Políticas essas que reduzem os níveis de desigualdade, combatem a 
fome, o desemprego, o abandono escolar e tantos outros gargalos 
sociais. O problema é que quem vive na rua não entra nas estatísticas do 
Censo. 
A única vez em que foi realizado um levantamento nacional 
exclusivamente sobre a população em situação de rua foi em 2008, 
quando foram registradas informações extremamente relevantes e até 
inesperadas, como o fato de que 70% dessa população tinha algum tipo 
de trabalho. Outros dados, nem tão inesperados assim: 67% dessas 
pessoas eram negras, retrato do racismo e da desigualdade no nosso 
país. 
O que o país tem de mais recente sobre a população em situação de rua 
é uma estimativa produzida por Marcos Natalino, pesquisador do Instituto 
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que projetou 222 mil pessoas 
vivendo nas ruas do Brasil até março do ano passado. O cenário, é claro, 
agravou-se durante a pandemia. 
"Agora,na pandemia, eles são visíveis à medida que, quando fecha a 
cidade, menos pessoas circulam pelas ruas. Os únicos que circulam nas 
ruas são eles. Então, é um jogo. Ora eles são visíveis, ora eles são 
invisíveis. Quando incomodam, são visíveis. Quando não incomodam a 
ordem estabelecida, são invisíveis", opina o padre Júlio Lancellotti, que 
há anos é uma referência no apoio a quem vive nas ruas. 
Disponível em <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/06/01/podcast-entre-vozes-alerta-para-invisibilidade-de-
quem-vive-em-situacao-de-rua>. Acesso em 25 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A imagem e o texto jornalístico apresentam discursos antagônicos, pois 
o artista enfatiza, com seus traços, a visibilidade de um menino pobre, e 
a matéria aponta que as pessoas em situação de rua são ora visíveis, ora 
invisíveis. 
II. Segundo o texto, as pessoas em situação de rua são pouco visíveis ao 
poder público, e isso implica a criação insuficiente de políticas 
direcionadas a elas. 
III. O objetivo da imagem é mostrar que o menino, mesmo pobre, pode ter 
ascensão social, representada pela escada e pela rampa. 
IV. De acordo com o texto, a pandemia aumentou a visibilidade das pessoas 
que moram na rua porque gerou mais ações de solidariedade. 
É correto o que se afirma somente em 
Resposta Selecionada: e. 
II. 
 
 
https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/censo
https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/censo
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/01/13/especialistas-veem-aumento-de-populacao-de-rua-mas-nao-ha-dados-oficiais
 Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a charge a seguir. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas e a relação proposta entre elas. 
I. A charge mostra, metaforicamente, que, quanto maior o degrau, mais 
valoroso é o sucesso alcançado. 
PORQUE 
II. Os talentos são diferentes e inatos, o que valida a ideia de ascensão 
social natural. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: c. 
As asserções I e II são falsas. 
 
 
 Pergunta 7 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a imagem e o texto a seguir. 
 
 
A rápida disseminação do novo coronavírus por todo o mundo, as 
incertezas sobre como controlar a doença e sobre sua gravidade, além 
da imprevisibilidade acerca do tempo de duração da pandemia e dos seus 
desdobramentos, caracterizam-se como fatores de risco à saúde mental 
da população geral (Zandifar & Badrfam, 2020). Esse cenário parece 
agravado também pela difusão de mitos e informações equivocadas 
sobre a infecção e as medidas de prevenção, assim como pela dificuldade 
da população geral em compreender as orientações das autoridades 
sanitárias (Bao, Sun, Meng, Shi, & Lu, 2020). Nesse sentido, videoclipes 
e mensagens alarmantes sobre a Covid-19 têm circulado em mídias 
sociais, por meio de smartphones e computadores, frequentemente 
provocando pânico (Goyal et al., 2020). Da mesma forma, notícias falsas 
vêm sendo compartilhadas (Barros-Delben et al., 2020; Shimizu, 2020), 
por vezes contrariando as orientações de autoridades sanitárias e 
minimizando os efeitos da doença. Isso parece contribuir para condutas 
inapropriadas e exposição a riscos desnecessários, pois os 
comportamentos que as pessoas apresentam estão ligados à 
compreensão que têm acerca da severidade da Covid-19 (Shojaei & 
Masoumi, 2020). Pessoas com suspeita de infecção pelo novo coronavírus 
podem desenvolver sintomas obsessivo-compulsivos, como a verificação 
repetida da temperatura corporal (Li et al., 2020b). A ansiedade em 
relação à saúde também pode provocar interpretação equivocada das 
 
sensações corporais, fazendo com que as pessoas as confundam com 
sinais da doença e se dirijam desnecessariamente a serviços hospitalares, 
conforme ocorreu na pandemia de influenza H1N1, em 2009 (Asmundson 
& Taylor, 2020). Ademais, medidas como isolamento de casos suspeitos, 
fechamento de escolas e universidades e estabelecimento de 
distanciamento social de idosos e outros grupos de risco, bem como 
quarentena, acabam por provocar diminuição das conexões face a face e 
das interações sociais rotineiras, o que também pode consistir em um 
estressor importante nesse período (Brooks et al., 2020; Zandifar & 
Badrfam, 2020; Zhang, Wu, Zhao, & Zhang, 2020b). 
Disponível em <https://www.scielo.br/j/estpsi/a/L6j64vKkynZH9Gc4PtNWQng/?lang=pt>. Acesso em 03 ago. 
2021. 
 
Com base na figura e no texto apresentados, avalie as afirmativas. 
I. A difusão de fake news e de informações incoerentes sobre 
o processo pandêmico do Covid-19 colaboram para o acometimento da 
saúde física e mental da população. 
II. A suspeita de infecção pelo coronavírus pode favorecer o 
desenvolvimento de comportamentos obsessivo-compulsivos, como a 
verificação quase contínua da temperatura corporal. 
III. A redução do contato interpessoal, observado pelo 
fechamento de escolas e universidades e pelo isolamento social, tem 
contribuído para o aumento do estresse na população em geral. 
IV. O objetivo da figura é mostrar as atividades que podem 
melhorar a saúde mental, que foi afetada pela pandemia. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: e. 
I, II e III. 
 
 
 Pergunta 8 
0 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a charge. 
 
 
 
O objetivo da charge é 
 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
criticar a linguagem científica, que é indecifrável para a 
população em geral. 
 
 
 Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
Impacto das fake news nas coberturas vacinais 
André de Castro - Ministério da Saúde – 10.11.2020 
 
A circulação de notícias falsas, o medo de eventos adversos e a sensação 
de segurança decorrente da eliminação de doenças são fatores que vêm 
contribuindo para a queda das coberturas vacinais no Brasil. Dados do 
Ministério da Saúde mostram que, até o dia 22 de outubro de 2020, 
nenhuma das vacinas do calendário nacional atingiu os indicadores 
preconizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Para a 
coordenadora do PNI, Francieli Fontana, o movimento antivacina também 
pode contribuir para os indicadores. 
Nesse cenário, o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações 
(SBIM), Juarez Cunha, também avalia que o movimento antivacina é um 
dos protagonistas na propagação das fake news. “As inverdades que têm 
circulado podem impactar no número de pessoas não vacinadas no país. 
Coloca nossa população, especialmente as nossas crianças, em risco, 
colaborando para o retorno de doenças que já estavam controladas ou 
eliminadas. É o caso do sarampo”, afirma. 
Em 2019, o Brasil perdeu a certificação de país livre da doença. Isso 
aconteceu porque o país conviveu, por 12 meses e de forma endêmica, 
com casos confirmados da doença. Países dos continentes europeu e 
africano também registraram um maior número de casos na última 
década. 
O presidente da SBIm lembra que o movimento ganhou força por causa 
de um artigo falso, publicado em 1998 pelo médico inglês Andrew 
Wakefield, no qual ele incitava que a vacina do sarampo causava autismo. 
O artigo foi desmentido e retirado dos meios científicos, mas as 
consequências repercutem ainda hoje. 
Problema mundial 
A hesitação em vacinar foi apontada como um problema mundial pela 
Organização Mundial da Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas. De 
acordo com estudos, a probabilidade de uma criança nascida ser 
totalmente vacinada com todas as vacinas recomendadas mundialmente 
até os 5 anos de idade é inferior a 20%. Em 2019, quase 14 milhões de 
crianças perderam a oportunidade de receber as vacinas oferecidas para 
a faixa etária. 
“Depois da água potável, a vacinação trouxe melhora na qualidade de 
vida das pessoas e redução da mortalidade”, conta a médica especialista 
em vigilância em saúde, Melissa Palmieri. Ainda de acordo com ela, 
vacinar é um pacto social. Prova disso são os casos de poliomelite no 
Brasil, sem registros desde 1990. 
(...) 
Por que confiar? 
Todas as vacinas disponibilizadasno Programa Nacional de Imunizações 
(PNI) passam pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa), que obedece aos parâmetros internacionais para avaliar 
segurança, imunogenicidade e eficácia. 
Uma vez incorporada no Calendário Nacional de Vacinação, antes de ir 
para o posto de saúde, a vacina passa por uma avaliação criteriosa do 
Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), que 
realiza ensaios laboratoriais para o controle de qualidade de produtos 
com interesse para a saúde. 
Os componentes utilizados para a fabricação de vacinas servem para a 
sua conservação e auxiliam no aumento da proteção imunológica da 
pessoa vacinada. Segundo os especialistas, os eventos adversos são 
raros e na maioria das vezes estão relacionados ao indivíduo que recebeu 
a dose, como alguma alergia ou alguma imunodeficiência preexistente 
(transplantados ou com HIV). Para esses casos, foram criados os Centros 
de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), a fim de facilitar o 
acesso da população às vacinas especiais. 
Nesse sentido, o Ministério da Saúde garante que a vacinação é segura 
e eficaz. “Não há nenhuma dúvida com relação a isso, por mais que 
grupos antivacinas queiram aparecer e tomar espaço na mídia”, reforça 
Francieli. O Programa Nacional de Imunizações existe há 47 anos e, 
atualmente, oferece 18 vacinas no Calendário Nacional de Vacinação de 
Crianças e Adolescentes, sete vacinas para adultos e cinco para idosos, 
disponibilizadas gratuitamente nas salas de vacinação do Sistema Único 
de Saúde. 
Disponível em <https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/2052-impacto-das-fake-news-nas-coberturas-
vacinais>. Acesso em 06 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, a queda das coberturas vacinais é um 
problema na saúde pública brasileira, impulsionado pela circulação de 
notícias falsas, pelo medo de eventos adversos e pelo sentimento de 
segurança gerado pela eliminação de doenças. 
II. A pandemia de Covid-19, de acordo com o texto, fez surgir 
o movimento antivacina, responsável pela proliferação de fake news. 
III. O PNI, conforme o texto, disponibiliza gratuitamente 
vacinas que seguem parâmetros internacionais de segurança, 
imunogenicidade e eficácia. 
É correto apenas o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
I e III. 
 
 
 Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto. 
O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao 
celular, mas odiamos falar por telefone? 
Não deixe uma ligação rápida arruinar uma longa e confusa série 
de mensagens de WhatsApp 
Sílvia Lopez – 01/06/2019 
Para iniciar um texto, Hemingway dizia a si mesmo: “Escreva a frase mais 
verdadeira que você conhece”. Neste caso, seria: a psicóloga Cristina Pérez, 
do Siquia, respondeu por meio de mensagens de áudio às perguntas que lhe 
enviamos por e-mail. Essa curiosidade metajornalística não tem importância 
 
nem altera a qualidade de suas respostas, só ilustra a variedade e a fluidez 
de opções com as quais podemos nos comunicar hoje. Recebemos um e-
mail? Respondemos com um áudio. Chegou um áudio de WhatsApp? 
Respondemos com um texto. Recebemos um telefonema? Não 
respondemos. Esperamos. Esperamos. E escrevemos: “Você me ligou? Não 
posso falar, é melhor me escrever”. O paradoxo do grande vício do século 
XXI é que estamos presos ao celular, mas temos fobia das ligações 
telefônicas. 
VOTO DE SILÊNCIO 
É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas 
as faixas etárias: só na Espanha, o uso diário de aplicativos de mensagens 
instantâneas como WhatsApp, Telegram e Facebook Messenger é quase o 
dobro do uso de ligações por telefone fixo e celular, segundo o Relatório da 
Sociedade Digital na Espanha de 2018, da Fundação Telefónica. Não só 
preferimos as mensagens instantâneas aos telefonemas, como também 
preferimos essas mensagens a interagir com outras pessoas. Ou pelo menos 
foi o que 95,1% da população espanhola disse preferir (o cara a cara só tem 
86,6% de popularidade). A ligação telefônica − que, até não muito tempo 
atrás, esperávamos com alegria ou tolerávamos com resignação, mas nunca 
evitávamos com uma rejeição universal – tornou-se uma presença intrusiva 
e incômoda, perturbadora e tirânica, mas por quê? “Uma das razões é que 
quando recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos 
fazendo, ou simplesmente não temos vontade de falar nesse momento”, 
explica a psicóloga Cristina Pérez. “Por outro lado, também exige de nós uma 
resposta imediata, ao contrário do que ocorre na comunicação escrita, que 
nos permite pensar bem no que queremos dizer. E a terceira razão seria o 
fato de não poder saber de antemão qual será a duração do telefonema”, 
acrescenta. 
INTROVERTIDOS E ENTREGUES ÀS TELAS 
Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No 
entanto, segundo um relatório mundial da Deloitte, consultamos nossas telas 
mais de 40 vezes ao dia, e uma de cada quatro pessoas faz isso entre 100 e 
mais de 200 vezes. 
Talvez a coisa mais valiosa que nosso interlocutor exija em uma ligação não 
seja o tempo, e sim a concentração. Será que o ódio de falar por telefone 
poderia ser sintoma de um problema mais profundo, como um distúrbio de 
déficit de atenção? “Em princípio não”, responde a psicóloga. Mas “sim, é 
possível que uma pessoa com déficit de atenção tenha dificuldade para 
manter uma longa conversa telefônica e até mesmo que às vezes perca o fio 
da meada e volte sua atenção para outra coisa, assim como lhe ocorreria em 
uma conversa frente a frente, mas isso não quer dizer que desenvolva um 
ódio de falar por telefone”. 
Cristina Pérez alerta: “Sim, pode ser sinal de uma personalidade introvertida. 
O imediatismo de um telefonema faz com que as pessoas introvertidas não 
se sintam confortáveis neles. São pessoas que dependem muito da 
observação e, por telefone, não podem examinar a expressão do 
interlocutor. Se uma interação social já é incômoda para elas, é muito pior 
quando não têm essa ajuda visual que utilizam tanto. De fato, esse tipo de 
personalidade prefere a comunicação escrita à falada”. 
COMO CORTAR A LIGAÇÃO 
Infelizmente, para esses introvertidos, não há uma fórmula que os libere de 
todos os telefonemas, embora o identificador do número que está ligando 
lhes dê certa autoridade. “Quando você recebe uma ligação, é você que 
decide se é o momento de atendê-la ou de deixá-la para mais tarde”, assinala 
a psicóloga. “Se você decidir atendê-la e precisar cortá-la, a melhor maneira 
de fazer isso é de forma assertiva (estabelecendo limites, embora 
inicialmente isso nos custe um pouco, já que podemos pensar que a outra 
pessoa ficará chateada, mas é questão de treinamento e paciência), só que 
você também deve detectar qual é o momento certo para cortar”. 
O problema não é apenas que nosso interlocutor queira falar ad infinitum. 
Ele muitas vezes quer de nós uma resposta rápida, se for, por exemplo, um 
telefonema de trabalho. O terror de não ter tempo para pensar o que 
devemos responder também nos impede de atender o telefone. A psicóloga 
também tem um truque para esses casos: “Se pedem uma resposta imediata 
que nesse momento você não pode dar, uma frase muito útil é ‘vou pensar 
com calma e amanhã conversamos’, já que se não temos certeza quanto a 
uma resposta, o melhor é adiá-la, porque o imediatismo nos faz agir 
impulsivamente e é possível que depois nos arrependamos da resposta 
dada”. 
ADEUS À DIALÉTICA? 
A aversão à conversa da chamada “geração muda” poderia ter mais 
consequências do que apenas evitar as reuniões sociais. “O preço a pagar 
por nascer nesta geração é, muitas vezes, a falta de habilidade na hora de 
iniciar ou manter uma conversa, embora essas pessoas possam passar horas 
e horas no celular, porque estão mais concentradas naquilo que seu 
dispositivo lhes pode oferecer (o que às vezes será uma conversa com outra 
pessoa, mas não frente a frente). São gerações nas quaiso vício por novas 
tecnologias está na ordem do dia, e o problema não é apenas que não 
valorizem o quanto uma boa conversa pode ser enriquecedora. Os efeitos do 
uso excessivo do celular afetam também sua personalidade, já que são 
pessoas com baixa tolerância à frustração e com necessidade de um reforço 
social contínuo, que ocorre através das curtidas. Em suma, a tecnologia é 
boa desde que seja usada de forma compatível com a vida cotidiana da 
pessoa, ou seja, quando não interferir em sua vida social, trabalhista ou 
pessoal”, destaca a psicóloga. 
Disponível 
em <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/01/tecnologia/1559392400_168692.html?utm_source=Facebook&ssm=FB_BR
_CM&fbclid=IwAR0tUqfDyfynJW1aheWqEnGYU1GxGvsGbJmdxD63FnvmY-
jCT7CAkjKswWs#Echobox=1625268988>. Acesso em 06 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a pesquisa, falar ao telefone ou encontrar alguém 
pessoalmente são ações indesejadas pela maioria da população. 
II. O paradoxo apontado no texto refere-se ao fato de as pessoas alternarem 
diversos formatos de respostas às mensagens do dia a dia. 
III. De acordo com a psicóloga, o telefonema apresenta, para muitas pessoas, a 
desvantagem de exigir uma resposta imediata e de interromper o que se 
está fazendo no momento. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
III, apenas. 
 
 
 Pergunta 11 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia as informações a seguir. 
 
 
Ética 
Substantivo feminino 
1. parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que 
motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, 
refletindo especialmente a respeito da essência das normas, valores, 
prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. 
2. conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um 
indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. 
Disponível em <https://www.abecbrasil.org.br/eventos/meeting_2019/palestras/segunda/rui.pdf>. Acesso em 27 set. 
2021. 
 
Com base na leitura, assinale a alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
A imagem circular representa melhor a ética ambiental porque considera o 
ser humano no mesmo nível dos demais seres, mostrando que somos parte 
do meio ambiente e merecemos respeito tanto quanto qualquer ser vivo. 
 
 
 Pergunta 12 
0 em 0,5 pontos 
 
 
Na chamada “black friday”, é comum vermos anúncios como o mostrado 
na figura a seguir. 
 
 
 
Com base nessa situação, avalie as asserções e a relação proposta entre 
elas. 
I. Se o cliente comprar a segunda unidade de um produto que custe 
R$300,00, pagará o equivalente a R$225,00 por unidade. 
PORQUE 
II. O cliente terá 50% de desconto no valor total a ser pago. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: e. 
As asserções I e II são falsas. 
 
 Pergunta 13 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
O que é desemprego 
O desemprego, de forma simplificada, refere-se às pessoas com idade 
para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão 
disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, para alguém ser 
considerado desempregado, não basta não possuir um emprego. 
Veja alguns exemplos de pessoas que, embora não possuam um 
emprego, não podem ser consideradas desempregadas: 
 um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos; 
 uma dona de casa que não trabalha fora; 
 uma empreendedora que possui seu próprio negócio. 
De acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por 
Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, o estudante e a dona 
de casa são pessoas que estão fora da força de trabalho; já a 
empreendedora é considerada ocupada. 
A PNAD Contínua é a nossa pesquisa que mostra quantos desempregados 
há no Brasil. Nela, o que é conhecido popularmente como “desemprego” 
aparece no conceito de “desocupação”. Confira, no gráfico a seguir, os 
dados de ocupação, desocupação e outras divisões do mercado de 
trabalho no Brasil, de acordo com os últimos resultados da PNAD 
Contínua. 
 
 
 
Considerando o texto, as informações apresentadas nos gráficos e seus 
conhecimentos, assinale a alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Aproximadamente, 7% da população brasileira é formada por 
desocupados. 
 
 
 Pergunta 14 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o gráfico, sobre o saldo de empregos formais segundo o CAGED - 
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, e a charge. 
 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
 
 . Entre janeiro e fevereiro de 2021, houve aumento de cerca 
de 50% das vagas formais de emprego. 
I. No primeiro semestre de 2021, a geração de empregos teve 
um saldo positivo de cerca de mais de 1,5 milhão de vagas de emprego. 
II. O aumento da prestação do serviço de entrega, ilustrado 
na charge, é responsável pela ampliação de vagas formais em 2021. 
III. A charge tem por objetivo responsabilizar a falta de 
iniciativa empreendedora pelo desemprego registrado em 2020 e 2021. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: a. 
I e II. 
 
 
 Pergunta 15 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto e a charge, publicada em jornal carioca no início do século 
XX, sobre a gripe espanhola. 
Conheça as 5 maiores pandemias da história. 
O coronavírus não é o primeiro causador de uma pandemia. 
Relembre outras doenças que mudaram os rumos da história 
da humanidade. 
Letícia Rodrigues. 28 de outubro de 2020 
A pandemia do novo coronavírus causou medo em todo o mundo – e não 
é para menos. O cenário é semelhante ao que já aconteceu em outros 
momentos da história, em que doenças se espalharam pelo mundo e 
causaram estragos. Conheça as principais pandemias que assolaram o 
planeta. 
1. Peste bubônica 
A peste bubônica é causada pela bactéria Yersínia pestis e pode se 
disseminar pelo contato com pulgas e roedores infectados. Seus sintomas 
incluem inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, na axila ou no pescoço. 
Outros sinais são: febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores 
musculares. 
A doença é considerada, historicamente, a causadora da Peste Negra, 
que assolou a Europa no século 14, matando entre 75 milhões e 200 
milhões pessoas na antiga Eurásia. No total, a praga pode ter reduzido a 
população mundial de 450 milhões de pessoas para 350 milhões. 
2. Varíola 
A doença atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. O faraó 
egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da 
França tiveram a temida “bexiga”. O vírus Orthopoxvírus variolae era 
transmitido de pessoa para pessoa por meio das vias respiratórias. Os 
sintomas eram: febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no 
rosto. Felizmente, a varíola foi erradicada do planeta em 1980, após 
campanha de vacinação em massa. 
3. Cólera 
 
Sua primeira epidemia global, em 1817, matou centenas de milhares de 
pessoas. Desde então, a bactéria Vibrio cholerae sofre diversas mutações 
e causa novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos e, portanto, ainda 
é considerada uma pandemia. Sua transmissão acontece a partir do 
consumo de água ou alimentos contaminados, e é mais comum em países 
subdesenvolvidos. 
Um dos mais atingidos pela cólera foi o Haiti, em 2010. O Brasil já teve 
vários surtos da doença, principalmente em áreas mais pobres do 
Nordeste. No Iêmen, em 2019, mais de 40 mil pessoas morreram devido 
à enfermidade. 
4. Gripe Espanhola 
Acredita-se que entre 40 milhões e 50 milhões de pessoas tenham 
morrido na pandemia de Gripe Espanhola de 1918, causada por um 
subtipo de vírus influenza. Mais de um quarto da população mundial na 
época foi infectado e até o então presidente do Brasil, Rodrigues Alves, 
morreu da doença, em 1919. 
Os sintomas da doença eram muito parecidos com os do atual 
coronavírus Sars-CoV-2, e não existia cura. Em São Paulo, a população 
foi atrás de um remédio caseiro feito com cachaça, limão e mel. De 
acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça, foidessa receita 
supostamente terapêutica que nasceu a caipirinha. 
5. Gripe Suína (H1N1) 
O vírus H1N1, causador da chamada gripe suína, foi o primeiro a gerar 
uma pandemia no século 21. O vírus surgido em porcos no México, em 
2009, espalhou-se rapidamente pelo mundo, matando 16 mil pessoas. 
No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em maio daquele ano e, no fim 
de junho, 627 pessoas estavam infectadas no país, de acordo com o 
Ministério da Saúde. 
O contágio acontece a partir de gotículas respiratórias no ar ou em uma 
superfície contaminada. Seus sintomas são os mesmos de uma gripe 
comum: febre, tosse, dor de garganta, calafrio e dor no corpo. 
Disponível em <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/03/conheca-5-maiores-pandemias-da-
historia.html>. Acesso em 02 ago. 2021 (com adaptações). 
 
 
 
Ela: Faça o favor de chamar o diretor e dizer que estou às suas ordens. 
Funcionário: Mas.... creio que não há mais lugar... 
Ela: Como não? Se o diretor me disse que aqui tinha um lugar seguro. 
Isso é um embuste. 
Disponível em <https://box.novaescola.org.br/etapa/3/educacao-fundamental-2/caixa/90/a-rota-das-epidemias-pelo-
mundo/conteudo/18980>. Acesso em 27 set. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
 . Das seis maiores pandemias da história (incluída a 
pandemia do novo coronavírus), quatro foram causadas por vírus e duas 
por bactérias. 
I. As cinco doenças pandêmicas mencionadas na matéria 
estão erradicadas no mundo. 
II. A charge, ao representar a gripe espanhola como uma 
mulher com cara de caveira que bate à parte do gabinete da “Saúde 
Pública”, tem por objetivo mostrar que a sua entrada no Brasil foi 
bloqueada por medidas sanitárias eficientes. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: c. 
I. 
 
 
 Pergunta 16 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Para realizar pesquisas sobre o desemprego no Brasil, o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divide a população total do 
país em dois grupos: os que têm e os que não têm idade para trabalhar. 
O grupo da população em idade para trabalhar, posteriormente, é 
subdividido em mais algumas categorias. As principais classificações do 
mercado de trabalho utilizadas pelo IBGE podem ser observadas no 
organograma a seguir. 
 
 
 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 
é a pesquisa do IBGE que visa a acompanhar as flutuações trimestrais e 
a evolução da força de trabalho brasileira, assim como outras 
informações necessárias para o estudo do desenvolvimento 
socioeconômico do país. O gráfico a seguir mostra os dados de ocupação, 
desocupação e outras divisões do mercado de trabalho brasileiro no 1º 
trimestre de 2021, de acordo com resultados da PNAD Contínua. 
 
 
 
De acordo com as informações apresentadas no gráfico, avalie as 
afirmativas. 
 . A população total do Brasil é composta por mais de 210 
milhões de pessoas. 
I. Há, aproximadamente, 100 milhões de pessoas com 14 
anos ou mais no país. 
II. Quase metade da população do Brasil é formada por 
pessoas que fazem parte da força de trabalho. 
 
III. Os aposentados não foram incluídos no gráfico por não 
fazerem mais parte da força de trabalho. 
É correto apenas o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
I e III. 
 
 
 Pergunta 17 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o poema. 
Porta do armário aberta 
Marina Colassanti 
Abro a porta do armário 
como abro um diário, 
a minha vida ali 
dependurada 
meu frusto cotidiano 
sem segredos 
intimidade exposta 
que os botões não defendem 
nem se veda nos bolsos, 
espelho mais real que todo espelho 
entregando à devassa 
as medidas do corpo. 
Armário 
tabernáculo do quarto 
que abro de manhã 
como à janela 
para sagrar o ritual do dia. 
Sala de Barba Azul 
coalhada de pingentes 
longas saias e véus 
emaranhados sem que sangue goteje. 
Corpos decapitados 
ausentes minhas mãos 
dos murchos braços. 
Do armário minhas roupas 
me perseguem 
como baú de herança ou 
maldição. 
Peles minhas pendentes 
em repouso 
silenciosas guardiãs 
dos meus perfumes 
tessituras de mim 
mais delicadas 
que a luz desbota 
que o tempo gasta 
 
que a traça rói 
ainda assim durarão nos seus cabides 
muito mais do que eu sobre meus ossos. 
Nenhuma levarei. 
Irei despida 
deixando atrás de mim 
a porta aberta. 
COLASSANTI, Marina. Rota de colisão. Rio de Janeiro: Rocco, 1993. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
 . O objetivo do poema é questionar a necessidade de substituição das 
roupas no guarda-roupa de acordo com os ditames da moda. 
I. Metaforicamente, o poema tem por objetivo revelar, por meio do armário 
e de suas roupas penduradas, a perda de um amor. 
II. A questão central do poema é o ressentimento da mulher pelo fato de 
que suas roupas estão desbotadas e roídas pelas traças. 
III. A poetisa compara o armário a um diário: as roupas penduradas revelam 
aspectos da sua vida. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: d. 
IV. 
 
 
 Pergunta 18 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a tabela a seguir. 
 
 
 
Com base nas informações apresentadas na tabela, avalie as afirmativas. 
 . Observando-se a tabela, é possível concluir que, em termos 
de desempenho das exportações brasileiras de proteína animal, 
considerados os períodos 2019 e 2020, a carne de suíno é a que obteve 
a maior variação positiva, seguida pela carne de bovino e pela carne de 
frango. 
I. Em termos de valor, em 2019, o Oriente Médio foi 
responsável pela compra de exatamente metade das compras de carne 
de frango realizadas pela China, pela Ásia exceto China e pela União 
Europeia somadas. 
II. A maior variação percentual negativa nas compras de carne 
de frango observada na tabela refere-se ao Oriente Médio, apresentando, 
entre 2019 e 2020, uma redução de 1.753 para 1.372 milhões de dólares. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: a. 
I, apenas. 
 
 Pergunta 19 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto e a figura a seguir, publicados na revista Pesquisa Fapesp. 
A Amazônia perde o gás 
Divulgado em dezembro passado, o mais recente relatório do Global 
Carbon Project estima que, desde a década de 1960, as plantas terrestres 
retiraram da atmosfera cerca de um quarto do dióxido de carbono (CO2), 
o principal gás de efeito estufa que contribui para o aumento do 
aquecimento planetário, emitido pela queima de combustíveis fósseis. 
Esse efeito benéfico ao clima ocorre porque a taxa com que os vegetais 
fazem fotossíntese – e, portanto, consomem o CO2 disponível no ar para 
se manter vivos e crescer – é ligeiramente maior do que o ritmo de 
emissão de dióxido de carbono por meio da queima de biomassa, da 
decomposição de material orgânico e da respiração das plantas. A 
diferença a favor da coluna das absorções em relação à coluna das 
emissões é pequena, de cerca de 2%, mas suficiente para tornar as 
florestas, sobretudo as densas e exuberantes matas tropicais, 
importantes sumidouros de carbono. Esse termo é usado para designar 
as áreas em que as absorções de carbono superam as emissões. 
Por ser a maior floresta tropical, com cerca de 80% de sua área ainda 
preservada, a Amazônia é considerada um dos mais importantes 
sumidouros de carbono. Mas estudos feitos ao longo dos últimos 10 anos, 
com o emprego de diferentes metodologias analíticas, como dados de 
satélites, registros de crescimento e mortalidade de árvores e amostras 
sistemáticas do ar sobre a floresta, indicam que o leste da Amazônia virou 
uma fonte de carbono na década passada, ou seja, a quantidade de 
CO2 que saiu desse setor do bioma superou a que entrou. A situação é 
particularmente preocupante no sudeste da Amazônia, entre Pará e Mato 
Grosso, região em que fica o chamado Arco do Desmatamento, que 
concentra o grosso das intervenções humanas, sobretudo o 
desflorestamento, sobre a área. 
 
 
Disponível em <https://revistapesquisa.fapesp.br/a-amazonia-perde-o-gas/>.Acesso em 14 ago. 2021. 
De acordo com o texto e com os seus conhecimentos, avalie as 
afirmativas. 
 . Os vegetais têm a capacidade de emitir e de absorver o 
CO2. Em geral, a quantidade absorvida é maior do que a quantidade 
emitida, o que contribui indiretamente para a regulação da temperatura 
da superfície terrestre. 
I. Por conta do desmatamento, apenas 2% do CO2 emitido 
pela queima de combustíveis fósseis são absorvidos pelas árvores da 
floresta amazônica. 
 
II. Entre 2010 e 2018, a região leste da floresta amazônica 
emitiu aproximadamente dez vezes mais CO2 do que a região oeste, como 
consequência da diminuição da pluviosidade e do aumento da 
temperatura durante a estação seca. 
III. Atualmente, apenas Rio Branco e Tabatinga/Tefé, a oeste 
da floresta amazônica, atuam como sumidouros de carbono. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: a. 
I, apenas. 
 
 
 Pergunta 20 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, extraído do Atlas da Violência 2020, uma 
publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 
Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da 
Saúde (SIM/MS), houve 57.956 homicídios no Brasil em 2018, o que 
corresponde a uma taxa de 27,8 mortes por 100 mil habitantes – o menor 
nível de homicídios em quatro anos. Essa queda no número de casos 
remete ao patamar dos anos entre 2008 e 2013, em que ocorreram entre 
50 mil e 58 mil homicídios anuais. 
O gráfico abaixo mostra que a diminuição das taxas de homicídio 
aconteceu em todas as regiões, com maior intensidade no Nordeste. 
Desde 2016, esse índice de violência vinha diminuindo nas regiões 
Sudeste, Centro-Oeste e Sul. No gráfico, chama a atenção a reversão da 
tendência de aumento das mortes no Norte e Nordeste e o aumento da 
velocidade de queda no Sul e Sudeste. 
 
 
Diante do quadro da redução, em 12%, das taxas de homicídio no país, 
entre 2017 e 2018, que passou de 31,6 para 27,8 por 100 mil habitantes, 
fica a pergunta: quais fatores poderiam explicar essa notável diminuição? 
Trata-se de alguma mudança institucional súbita ocorrida a partir de 
2017? Ou a redução das mortes violentas, nesse ano, pode ser explicada 
pela própria dinâmica da criminalidade que já vinha se desenrolando nos 
anos anteriores? 
De outro modo, no Atlas da Violência 2019, já havíamos chamado a 
atenção para a tendência de queda de homicídios que abrangia 
gradualmente cada vez mais Unidades da Federação (UFs), nos dez anos 
anteriores a 2017. Naquele documento, apontamos as principais razões 
que estariam influenciando a queda dos homicídios pelo país afora até 
2017, a saber: i) a mudança no regime demográfico, que fez diminuir 
substancialmente, na última década, a proporção de jovens na 
população; ii) o Estatuto do Desarmamento, que freou a escalada de 
mortes no Brasil e que serviu de mecanismo importante para a redução 
de homicídios em alguns estados, como São Paulo, que focaram 
fortemente na retirada de armas de fogo das ruas; e iii) políticas 
 
estaduais de segurança, que imprimiram maior efetividade à prevenção 
e ao controle da criminalidade violenta em alguns estados. 
Destacamos ainda, no Atlas da Violência 2019, que um quarto fator que 
conspirou a favor do aumento dos homicídios, entre 2016 e 2017, em 
alguns estados, sobretudo do Norte e do Nordeste, foi a guerra 
desencadeada entre as duas maiores facções penais no Brasil (Primeiro 
Comando da Capital – PCC e Comando Vermelho – CV) e seus parceiros 
locais, que eclodiu em meados de 2016, gerando número recorde de 
mortes no Acre, Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do 
Norte. 
Ocorre que uma guerra custosa, imprevisível e duradoura, sem um 
contendor com vantagens ou supremacia clara, é inviável 
economicamente. Depois de cerca de um ano e meio das escaramuças 
em alta intensidade – no eixo do tráfico internacional de drogas, nas rotas 
do alto do Juruá, Solimões e nos estados nordestinos –, em que membros 
das duas maiores facções penais se matavam mutuamente, a intensidade 
dos conflitos diminuiu. O movimento das guerras de facções em 2016 e 
2017 e o subsequente armistício, velado ou não, a partir de 2018, 
explicariam por que os supramencionados estados do Norte e Nordeste 
foram aqueles com maiores aumentos nas taxas de homicídio, em 2017, 
e maiores quedas em 2018. 
Para finalizar, acreditamos que um quinto fator que pode ter contribuído 
para a redução substancial dos homicídios, em 2018, diz respeito à piora 
substancial na qualidade dos dados de mortalidade, em que o total de 
mortes violentas com causa indeterminada (MVCI) aumentou 25,6%, em 
relação a 2017, fazendo com que tenham permanecido ocultos muitos 
homicídios. Em 2018, foram registradas 2.511 MVCI a mais, em relação 
ao ano anterior, fazendo com que o ano de 2018 figurasse como 
recordista nesse indicador, com 12.310 mortes cujas vítimas foram 
sepultadas na cova rasa das estatísticas, sem que o Estado fosse 
competente para dizer a causa do óbito, ou simplesmente responder: 
morreu por quê? 
Disponível em <https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/3519-atlasdaviolencia2020completo.pdf>. 
Acesso em 10 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e em seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
 . Em 2017, o número de homicídios na região Norte foi maior 
do que o número de homicídios da região Sudeste. 
I. Entre 2013 e 2018, todas as regiões apresentam tendência 
de queda da taxa de homicídios. 
II. O texto sugere que o súbito aumento da taxa de homicídio 
entre 2016 e 2017 nas regiões Norte e Nordeste pode ser explicado por 
conflitos entre facções criminosas, que cessaram em 2018. 
III. A população brasileira em 2018 era maior do que 208 
milhões de habitantes. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: c. 
III e IV.

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