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Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 - Radiação ionizante (radiologia) x radiação nuclear (medicina nuclear): A ionizante necessita de eletricidade, e a nuclear não. Radioterapia utiliza as duas radiações, dependendo do comportamento do tumor. Alguns são mais sensíveis a radiação nuclear. - Conceito de radiologia: é a especialidade médica em que se utilizam métodos de imagem para diagnóstico clinico patológico. - Aparelho de Raio-X: utiliza radiação ionizante que funciona a partir do diferencial de potencial de energia elétrica. - Aparelhos analógicos x digitais: muda a captação da imagem. Se a imagem captada vai direto para a imagem impressa, o aparelho é chamado de analógico. Computer radiologic: faz leitura das imagens captadas por meio da inserção de um chip no computador. Digital radiologic: as imagens captadas chegam direto ao computador. - O radiologista trabalha laudando exames e só manuseia os equipamentos de US. - Escala de cinza: é uma escala de cores para produção das imagens. - Ampola de Raios-X: - Raio-X portátil: possui as 3 tecnologias de produção de imagens. - Negatoscópio: é um aparelho onde o exame é analisado. - Câmara escura para RX analógico: é o local onde o filme é processado para que as imagens sejam impressas. - Mamografia: é um exame da mama que pode ser feito por aparelho analógico ou digital a fim de estudar o tecido mamário. Esse exame pode detectar nódulos ou calcificações patológicas. - Projeções de rotina: 4 incidências. - Crânio-caudal E e D demonstra todo o tecido medial e lateral da mama. - Médio-lateral-oblíqua E e D demonstra todo o tecido mamário e axilar. - Projeções especiais: Técnica Eklund: é utilizada para pctes que possuem prótese mamária. É um tipo de projeção especial. Faz-se Diagnóstico por imagem Introdução à radiologia Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 da seguinte forma: Empurra a prótese mamária à medida que se comprime a mama. Dessa forma, o implante vai retrair contra a parede toráxica e o compressor comprime quase todo o tecido mamário livre. Compressão focal ou localizada: Proporciona maior redução de espessura da área localizada e melhora a separação do tecido mamário. Magnificação: Melhora a demonstração de margens e microcalcificações. Porém, aumenta 4x a radiação na superfície da pele. Crânio-caudal exagerada (XCCL): Possibilita a visualização de lesões profundas na lateral da mama, incluindo a maior parte da cola axilar. Clivagem (CV): Demonstra lesão medial e possibilita visualizar a porção posterior medial da mama. Perfil: Possibilita uma visão oblíqua do aspecto lateral da cola axilar e da mama. - Densitometria: utiliza ampola de RX e mede a densidade óssea, muscular, gordurosa e visceral. É utilizada principalmente para diagnosticar osteoporose. - Tomografia computadorizada (TC): é possível visualizar a parte interna do corpo, como a massa encefálica do crânio. É um exame que utiliza os planos sagital, coronal e axial/transverso, tendo caráter complementar de diagnóstico por imagem. O aparelho é do tipo DR. TC convencional ou da 1ª geração: corte em fatias de tamanho 2 mm, salta um espaço de 1 mm e faz outro corte de 2 mm. É um processo que para visualização de todo o abdome demora em torno de 30 min. TC helicoidal ou da 2ª geração: Faz corte em espiral. O tempo de procedimento dura 5 min. TC multislices ou da 3ª geração: É dividida em múltiplos canais, tendo cortes mais próximos uns dos outros; quanto mais canais, melhor a qualidade da imagem. O tempo de procedimento dura 30 s. - Ultrassonografia (USG): não utiliza radiação. Mas utiliza som advindo das sondas que captam o eco. Cada sonda produz uma frequência de som. A frequência mais baixa consegue mais profundidade, a frequência mais alta proporciona menor profundidade e maior qualidade de imagem. Sonda convexa (cavidades; abdome); Sonda linear (pele, mama e ossos); Sonda endocavitária (transvaginal e transretal). Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 (USG com sonda convexa) (USG com sonda linear) (USG com sonda endocavitária) - Ressonância magnética (RM): não utiliza de radiação ionizante. A máquina cria um campo magnético (como se fosse um ímã gigante) que direciona o próton de H+ para captação da imagem. RM de campo fechado; RM de campo aberto: pcte com claustrofobia ou obesidade. OBS.: As bobinas melhoram o campo magnético na região onde são colocadas para potencializar a qualidade da imagem. - Radiologia intervencionista: Trabalha com processos de embolizações, biópsias, colocação de stant. - Raio X surgiu após a 1ª guerra mundial. - US surgiu na época da década de 1970-80. - TC surgiu entre 1972 e 1974. - RM surgiu entre 1974 e 1985. - Primeira radiografia: - Casal Curie descobriu a radiação nuclear. - Componentes do aparelho de rx: Ampola de rx, mesa e mural. KV: diz respeito à qualidade da imagem produzida no rx. História da radiologia Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 MAS: diz respeito à quantidade. - Opacidades: heterogêneo/homogêneo – opacidade é tudo que for branco no rx. - Transparência: hiper e hipo – a transparência é tudo que for preto no rx. Tomografia computadorizada (TC): - É o rx no computador com modalidade diagnóstica que produz imagens em fatias do corpo humano. Através das TC é possível diagnosticar lesões viscerais, doenças ósseas e doenças cardiovasculares. - As fatias das imagens são feitas em três planos: Coronal, sagital e axial/transverso. - Componentes do aparelho da TC: Tubo de rx e detectores, gerador e processador matemático. - Principais diferenças entre Raio-X e TC: Ultrassonografia (USG): - A sonda tem cristais que vibram em diferentes frequências para a captação de sons ecoados. - O ouvido humano não escuta a frequência de onda do US. - Anecóico = preto – representa imagens que não refletem o som. A imagem preta é uma imagem de líquidos. Ex.: US de bexiga cheia, líquido amniótico do US gestacional, líquor, ascite, vasos sanguíneos, etc. - Ecogênico = reflete o som. Os sons variam em: Hipoecóico ou hipoecogênico = cinza. Reflete pouco som. Ex.: fígado. Ecogênico = branco. Reflete um pouco mais o som. Ex.: Subcutâneo. Hiperecóico ou hiperecogênico = muito branco. Reflete ainda mais o som. Ex.: Gordura. Osso ou cálculo reflete todo o som = branco acentuado + sombra acústica (a imagem preta posteriormente a imagem muito branca – hiperecogênica – é chamada de sombra acústica). Ressonância magnética (RM): - Criada por Tesla. - A RM submete o pcte à aplicação de pulsos de radiofrequência (RF). Os pulsos de RF criam o campo magnético utilizado para ceder energia aos prótons de H+ presentes no corpo do pcte a fim de promover a formação das imagens. - Emite ondas de rádio em: Imagem sem sinal – preto. Imagem com hiposinal – cinza. Imagem com hipersinal – branca. - PROTEÇÃO RADIOLÓGICA: - RADIAÇÃO IONIZANTE: RX, TC, mamografia, densitometria óssea. - ONDAS ELETROMECÂNICAS: USG. - CAMPO MAGNÉTICO: RM. Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 - Consiste em um conjunto de medidas que visam proteger o ser humano e o meio ambiente de possíveis efeitos nocivos causados pela radiação. - Prevenção ou diminuição dos efeitos somáticos das radiações. Princípios daradioproteção: - Otimização: Controla o nível de radiação durante a exposição, devendo sempre optar por um nível baixo sem perda de qualidade. - Justificação: Qualquer atividade envolvendo radiação ou exposição à radiação deve ser justificada. - Limitação de dose: A dose efetiva média anual não deve exceder 20 mSV (milissíveis) em qualquer período de 5 anos consecutivos, não devendo exceder 50 mSV anualmente. A dose equivalente anual não deve exceder 500 mSV para as extremidades e 150 mSV para o cristalino. - Lembrando que doses máximas permissíveis variam de acordo com a área irradiada e a profundidade do órgão. OBS.: Gestantes, acompanhantes são proibidos de adentrar a sala de exames. A dose máxima de exposição à radiação permitida ao feto é de 2 mSV. Formas de proteção: - Blindagem: Uso de absorvedor de radiação de Pb. - Uso de biombo móvel. - Dosímetro: Mede a dose de radiação absorvida ou a dose de exposição. - Minimizar tempo de exposição. Proteção do público: - É feita com colocação de blindagem nas paredes e portas das salas de RX. Além disso, na porta deve ser instalado um símbolo da radiação e uma luz vermelha alertando que o RX está acionado. Efeitos biológicos das radiações: - Radiobiologia: Indução de efeitos em órgãos e tecidos pela produção de íons e deposição de energia que danificam moléculas importantes do DNA. - Efeitos estocásticos: efeitos que causam alterações do DNA. São cumulativos e podem ocasionar carcinogênese e danos genéticos. - Efeito determinístico: efeito de morte celular. Esse efeito é obtido quando o pcte é submetido a radioterapias, por exemplo. Porém, o efeito determinístico pode ocasionar o efeito estocástico, como exemplo de uma radioterapia feita na próstata que ocasiona alteração de DNA na bexiga, provocando carcinogênese. - Objetivos Avaliar anormalidades e patologias como: Derrame pleural; Pneumotórax; Cardiomegalia; DPOC; Consolidações pneumônicas (covid); Infiltrados intersticiais; Atelectasia; Nódulo pulmonar. - Radiografia de tórax rotineira: Primeira radiografia. - Avaliação sistematizada do tórax: Incidências: Rotina e extraordinárias. Orientação das radiografias. Critérios técnicos: Exposição (dose), centragem e inspiração. Estudo sequencial de avaliação do tórax: Campos pulmonares Hilos Mediastino Diafragma Partes moles e esqueleto. - Posicionamento: Mantém distância de 1,80 m entre o foco e o filme. - Rotina básica para o estudo do tórax: - Incidência de frente é como se o pcte estivesse de frente para o médico enquanto é avaliado. Postero-anterior (PA) ortostática é quando o pcte fica de pé, os raios entram pela região posterior e a Radiologia do Tórax Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 imagem é captada na região anterior. Sendo considerada a melhor radiografia de visualização. Antero-posterior (AP) deitada; Antero-posterior (AP) ortostática: Raio entra na região anterior e a imagem é captada na região posterior. - Incidência lateral pcte fica de pé lateralmente. Perfil (P) ortostático; Perfil (P) deitado. - Solicitação de exame: RX tórax PA + P. - O RX em PA é mais comum porque é possível avaliar melhor o pcte. - Investigação do tórax: RX na incidência PA + P. RX em incidência PA e AP, respectivamente: - A avaliação de RX da incidência de frente o lado direito do pcte fica do lado esquerdo do médico. Tanto para a posição PA, quanto para a posição AP. - DR R e L ou identificação do pcte da direita para a esquerda. - Radiografia analógica onde estiver a identificação vai ser o lado direito do pcte. (PA) – de costas para a máquina. (AP) – de frente para a máquina. OBS.: A incidência de frente só permite distinguir os lados direito e esquerdo. Por que solicitar incidência de frente PA ou AP? - A incidência de frente PA é preferível. - Coração está posicionado na parte anterior do tórax quanto mais próximo a ampola, maior será a imagem do órgão no RX. - Na incidência de frente PA o coração estará mais longe da ampola de raios e, por isso, o coração ficará mais próximo do tamanho real. - Em casos de cardiomegalia o tamanho do coração será alterado tanto na incidência AP, quanto na incidência PA. Incidência PA: - Coração menos ampliado (mais próximo do filme e mais longe da ampola). - Escápulas fora do campo pulmonar. - Quando o pcte fica de pé, normalmente pede-se RX PA. Quando o pcte é impossibilitado de ficar de pé, faz-se RX AP. Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 - Clavículas 2-4 cm abaixo do ápice pulmonar. - Essa incidência em PA favorece uma melhor visibilidade pulmonar. Incidência AP: - Coração maior. - Escápulas no campo pulmonar. - Clavículas por cima do ápice. - Menor visibilidade do campo pulmonar. - Incidência lateral e suas indicações: Serve para visualizar o espaço retroesternal e retrocardíaco, o seio costofrênico posterior e anterior, e a região anterior, média e posterior do tórax. - Noções de tridimensionalidade: As estruturas estão sobrepostas em planos ortogonais. Em radiografia de frente: Não tem região anterior, média e posterior, apenas lados direito e esquerdo. A radiografia demonstra que o projétil está à direita em incidência de frente. - Próximo a coluna: Região posterior. - Próximo ao esterno: Região anterior. A radiografia demonstra que o projétil está na região anterior. Não posso afirmar que está do lado direito ou esquerdo com base no RX de incidência lateral. - Olhando as duas radiografias: O projétil está à direita na região anterior. - Incidências complementares São incidências que complementam o diagnóstico e são solicitadas após a radiografia inicial. Oblíquas: Visualização de arcos costais e lesões intra e extra parenquimatosa. Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 Presença de lesão tumoral insuflante em arco costal. Fratura de arco costal em incidência de frente. Nódulo em base pulmonar. Laurell: Decúbito lateral com raios horizontais. Serve para visualizar líquido na cavidade pleural (derrame pleural). O laurell é solicitado para ser feito de acordo com o lado afetado. EX.: Derrame pleural em base pulmonar esquerda pcte fica em DLE. Ocorre alteração do nível hidroaéreo o líquido escoa para o ápice pulmonar em laurell. PA penetrado: Visualiza melhor o mediastino, estruturas densas com mais detalhes, calcificações e cavitações. Diz-se penetrado, porque a radiografia é feita com maior incidência de raios. A radiografia fica mais escura. Ápico-Lordótica: Visualiza melhor os ápices pulmonares, porque “esconde” a clavícula do pcte. Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 Perfil esôfago contrastado (sulfato de bário): O Esôfago só é visualizado com uso de contraste. Além disso, esse tipo de incidência serve para estudar estruturas vizinhas do mediastino. O átrio esquerdo fica aumentado e faz contato com uma parte do esôfago. OBS.: A radiografia acima é um esôfago normal. A radiografia abaixo é um esôfago que desce “torto” ou abaulado, indicativo de cardiomegalia evidenciada pelo aumento do átrio esquerdo. O uso de contrasteé para visualizar melhor algumas estruturas. - Dilatação sacular: é uma dilatação lateral da parede do esôfago que forma o divertículo do esôfago. Pode estar presente no terço proximal (divertículo de Zenker), na região do terço médio (divertículo de tração) e no terço final (divertículo de pulsão ou epifrênico). Divertículo de esôfago médio – Divertículo de tração. - Megaesôfago: é uma dilatação de todo o esôfago medida em graus. - Objetivos de radiografias com contraste: 1. Visualizar melhor as estruturas não visualizadas em exames sem contraste; 2. Dar contraste a estruturas visualizadas em exames anteriores (melhora a qualidade de visualização); - Perfil de esôfago contrastado = Esôfagograma = RX contrastado do esôfago. Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 3. Visualizar vasos não visualizados em exames não contrastados e avaliar a vascularização na imagem de interesse (visualizar artérias e/ou veias). OBS.: A maioria dos tumores malignos possui neovascularização e, por isso, percebe-se o aumento de vascularização na região do tumor. - Comparativo de RX com e sem contraste: Nesta radiografia é possível visualizar uma hérnia hiatal O estômago passou do abdome para o tórax pela região do hiato. - Hérnia: É a passagem de um órgão localizado anatomicamente em uma região para outra região distinta. Hérnia hiatal (central): Hérnia que sobe pela região do hiato. Hérnia diafragmática: Hérnia que sobe perfurando o diafragma. - Arteriografia de vasos encefálicos: O contraste é feito por via EV. - Tipos de contraste: Sulfato de Bário: É utilizado no RX para fazer estudo gastrointestinal. A via de administração é oral e retal. É o menos alergênico e não é nefrotóxico. É o único que pode vir em pó para diluição. Iodado: É utilizado no RX, na tomografia para estudo gastrointestinal, urológico e vascular. Vias de administração: Oral, retal, vaginal e EV. É mais alergênico e nefrotóxico. Gadolinio: É utilizado na RM para estudo gastrointestinal, urológico e vascular. É menos alergênico e menos nefrotóxico do que o contraste iodado. As vias de administração são comuns ao contraste iodado. Microbolhas de lipídeos (gordura ou proteína) envoltas por gás inerte (hexafluoreto de enxofre): É utilizado na USG vascular. A via de administração é EV. Não é alergênico e não é nefrotóxico. PA em inspiração e expiração: - Faz uma radiografia para cada movimento respiratório. - Serve para diagnosticar e verificar: Pequenos pneumotórax (ar na cavidade pleural). Enfisema pulmonar (aumenta a enfisema na PA em inspiração por causa do acúmulo de ar – a radiografia fica mais preta). Mobilidade diafragmática (inspiração – diafragma desce; expiração – diafragma sobe) – diagnostica paralisia diafragmática. Expansibilidade. Nesta radiografia é possível visualizar um pneumotórax e uma atelectasia pulmonar em pulmão esquerdo. Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 - Avalia-se na técnica: Identificação do pcte: Nome, DN, RG, data e hora da radiografia, número de registro. Lembrando que a escrita no RX começa do lado direito para o esquerdo, denotando qual o lado direito da radiografia. Inspiração: A técnica de inspiração deve ser adequada para que o coração fique em tamanho normal e os pulmões aumentados. O pcte inspira e segura o ar para que seja feita a radiografia. Para que a técnica seja avaliada deve se ter o 10° arco costal posterior a direito acima do diafragma. Ou o 7° arco costal anterior acima do diafragma. Penetração ou dosagem no RX: Deve ser adequada porque em altas quantidades podem simular enfisema pulmonar e baixas quantidades podem simular pneumonia. Rotação ou centralização: A posição deve ser correta para que não ocorra alteração da região do mediastino, por exemplo. Situs inversus torácico: Coração em posição anatômica invertida, ou seja, do lado direito. PARTICULARIDADES DA RADIOGRAFIA PA Clavículas de 2 a 4 cm distanciadas do ápice pulmonar. Escápulas estão fora do campo pulmonar. Coração está de tamanho mais aproximado do real. Boa visibilidade do campo pulmonar. COMO ANALISAR SE A TÉCNICA ESTÁ CORRETA: - Para avaliar se a inspiração está correta: Conta-se 10 arcos costais posteriores a direita acima do diafragma e 7 arcos costais anteriores. OBS.: O arco costal posterior é mais fácil de ser visualizado porque é formado completamente por osso. Já o arco costal anterior tem parte formada por cartilagem e parte formada por osso. A cartilagem não aparece no RX. Para facilitar a contagem de arcos posteriores: Conta-se 3 arcos costais posteriores acima da clavícula. Para arcos anteriores: Conta-se 1 arco costal anterior acima da clavícula. OBS.: Dar preferência à contagem de arcos posteriores, pois a sua visualização é mais fácil. Técnica e vocabulário Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 - Para avaliar se a penetração está correta: Deve-se contar de 2 a 4 processos espinhosos. A visualização é facilitada por meio do contorno dos corpos vertebrais por trás do coração. Também é possível analisar a técnica por meio da visualização dos vasos sanguíneos atrás do coração (posição retrocardíaca), atravessando o diafragma e próximos a periferia do tórax (cerca de 1 cm). - Os processos espinhosos têm formato triangular. - O processo espinhoso denota a região central do tórax. - Para avaliar se a rotação ou centralização está correta: Avalia-se a equidistância entre a região central e as clavículas direita e esquerda, pois isso demonstra uma radiografia bem centralizada. Utiliza-se a região proximal da clavícula. Se a distância for igual: Diz-se que a radiografia está centrada. Se a distância for diferente: Diz-se que a radiografia está rodada (errada). Critérios de centragem: Campos pulmonares completamente visíveis – desde o ápice até aos ângulos costofrênicos, omoplatas fora dos campos pulmonares –, e extremidade interna das clavículas equidistante de T3. RX com rotação/centragem correta: RX com rotação discreta devo desconsiderar que a técnica está errada, pois é possível de se avaliar: OBS.: Se a técnica estiver errada, ou seja, a distância for muito diferente entre um lado e outro, deve-se descartar o RX. - Patologias como escoliose podem alterar a distância entre a região central e as clavículas. LÉXICO – VOCABULÁRIO 1. Opacidade = branco = líquido, partes moles, osso, metal (bexiga cheia, osso, coração são exemplos de imagens brancas na radiografia). 2. Transparência pulmonar = preto = ar (pneumotórax, pneumoperitônio). 3. Densidade (não é possível mensurar corretamente a densidade do RX, mas Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 é possível subdividir em dois tipos com base na região avaliada: Densidade partes moles e densidade parte óssea. 4. Imagem é uma palavra que deve antecipar a nomenclatura da região. 5. Broncograma aéreo (corresponde à visualização do bronquíolo terminal ou segmentar só é possível visualizar em quadros patológicos. 6. Nódulo/massa Nódulo é toda imagem que tenha 3 ou menos que 3 cm. Massa é toda imagem que tenha mais que 3 cm. (Avaliar sempre a distância em plano horizontal) - Escala de absorção de raios X: - A primeiragarrafa demonstra uma hipertransparência (muito ar e nenhuma absorção de raios X). - Da segunda garrafa em diante tem-se o aparecimento de opacidade, ou seja, início da absorção de raios X. Razão do pulmão não ser todo preto: Ocorre porque tem-se a presença de ar, vasos sanguíneos, nervos, linfonodos, ou seja, tem partes moles e ar que corresponde a imagem da 2ª garrafa. - 3ª garrafa: Corresponde ao tipo de imagem de RX de bexiga cheia, ou seja, uma imagem de densidade maior. - 4ª garrafa: Imagem correspondente a uma região de maior densidade, ou seja, maior absorção de raios X. OBS.: Essa escala pode ser utilizada para classificar a radiografia pulmonar em patológica ou não. - Opacidade: - Transparência pulmonar: - Densidade: - Imagem: Heloiza Bernardes Diagnóstico por imagem – Parte 1 - Broncograma aéreo: Ar dentro de uma opacidade que realça em cor preta. - Nódulo (diâmetro menor que 3 cm): - Massa: (diâmetro horizontal é maior que 3 cm):
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