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1- Embriologia do digestório

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Luísa Ribeiro- MED 105 
 
 Embriologia do digestório 
Introdução 
• Intestino primitivo- cabeça, cauda e 
as pregas laterais incorporam- se à 
parte dorsal da vesícula umbilical 
(saco vitelino) 
o 4ª semana 
o Fechado na extremidade 
cranial- membrana 
bucofaríngea 
o Fechado na extremidade 
caudal- membrana cloacal 
• Epitélio cranial- estomodeu 
• Epitélio caudal- fosseta anal 
• Endoderma especifica as informações 
temporais e posicionais- 
desenvolvimento do intestino 
• Mesênquima esplâncnico- tecido 
muscular, tecido conjuntivo e outras 
camadas da parede do tubo 
• Somatopleura de um lado fecha com 
a outra- parede anterior do abdome 
• Eplancnopleura- intestino/ mesentério 
Intestino anterior 
• A faringe primitiva e seus derivados 
• O sistema respiratório inferior 
• O esôfago e o estômago 
• O duodeno, proximal à abertura do 
ducto biliar 
• O fígado, as vias biliares (ductos 
hepáticos, vesícula biliar e ducto 
biliar) e o pâncreas 
• Obs: supridos pelo tronco celíaco 
Esôfago 
• Caudal a faringe, atrás do coração, 
atravessa o diafragma (tem buraco) 
• Epitélio e glândulas derivam do 
endoderma- oblitera o lúmen do 
esôfago 
• Músculo estriado- camada externa do 
terço superior- deriva do mesênquima 
no quarto e no sexto arcos faríngeos 
• Músculo liso- terço inferior- 
mesênquima esplâncnico circundante 
Estômago 
• 4ª sem- dilatação- local do estômago 
primitivo 
o Aumento fusiforme da parte 
caudal do intestino anterior 
o No plano mediano 
• Parte esquerda alarga 
anteroposteriormente 
• Polarização e rearranjo radial do 
epitélio- margem posterior direita do 
estômago cresce mais rápido- 
desenvolvimento da curvatura maior 
do estômago 
• Rotação- aumento do mesentério e 
dos órgãos adjacentes e crescimento 
das paredes do estômago 
o 90º no sentido horário 
o Margem anterior (curvatura 
menor) move-se para a direita 
o Margem posterior (curvatura 
maior) para a esquerda- 
mesogastro dorsal 
o Lado esquerdo original torna-se 
a superfície anterior e o lado 
direito original torna-se a 
superfície posterior 
• A rotação e o crescimento do 
estômago explicam por que o nervo 
vago esquerdo supre a parede 
anterior do estômago do adulto e o 
nervo vago direito inerva a parede 
posterior 
• Mesogástrio dorsal primitivo- levado 
para a esquerda na rotação- 
formação da bolsa omental 
• Mesogástrio ventral primitivo- une-se 
ao estômago, une o duodeno ao 
fígado e à parede anterior do 
abdome 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
 
 
Bolsa omental 
• Fendas isoladas desenvolvem-se no 
mesênquima- mesogástrio dorsal 
espesso 
• Fendas coalescem- unem- bolsa 
omental 
• Rotação do est^mago puxa 
mesogástrio para esquerda- aumenta 
bolsa- fica entre estômago e parede 
posterior do abdome 
• Facilita os movimentos do estômago 
 
 
• Desenvolvimento do diafragma- parte 
superior da bolsa omental é cortada- 
bolsa infracardíaca 
• Região inferior da parte superior da 
bolsa persiste como o recesso superior 
da bolsa omental 
 
• Estômago aumenta- recesso inferior 
da bolsa omental entre as camadas 
do mesogástrio dorsal alongado- 
omento maior 
• Recesso inferior desaparece à medida 
que as camadas do omento maior se 
unem 
• Bolsa omental comunica-se com a 
cavidade peritoneal por meio de uma 
abertura, o forame omental 
 
Duodeno 
• 4ª sem- parte caudal do intestino 
anterior, da parte cranial do intestino 
médio e do mesênquima esplâncnico 
associado a essas partes do intestino 
• A junção de duas partes do duodeno 
está distal à origem do ducto biliar 
 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
• Duodeno cresce- alça em C- gira- 
pressionada contra a parede posterior 
da cavidade abdominal ou para a 
posição retroperitoneal (externa ao 
peritônio) 
• 5a e a 6a sem- proliferação de células 
epiteliais- lúmen do duodeno torna-se 
menor- temporariamente obliterado 
• Células epiteliais se degeneram- 
vacuolização- duodeno recanalizado 
Fígado e aparelho biliar 
• 4ª sem- divertículo hepático 
 
• Divertículo invade o septo transverso- 
forma o mesogástrio ventral- aumenta 
e divide entre as camadas do 
mesogástrio ou mesentério 
• Parte cranial maior do divertículo- 
primórdio do fígado 
• Parte caudal menor- primórdio da 
vesícula biliar 
• Pedúnculo do divertículo- ducto 
cístico- ducto biliar 
• As células endodérmicas em 
proliferação- cordões entrelaçados 
de hepatócitos- epitélio da parte 
intra-hepática do sistema biliar 
• Os cordões hepáticos anastomosam-
se ao redor dos espaços revestidos de 
endotélio, os primórdios dos sinusoides 
hepáticos 
• O fígado cresce rapidamente da 5a à 
10a semana e preenche grande parte 
da cavidade abdominal superior 
• A hematopoese (formação e 
desenvolvimento de vários tipos de 
células sanguíneas) começa no 
fígado durante a 6a semana- 
migração das células-tronco 
hematopoéticas da aorta dorsal para 
o fígado 
• A bile, que entra no duodeno através 
do ducto biliar após a 13a semana, 
dá ao mecônio (eliminação intestinal 
do feto) uma cor verde-escuro 
• Mesentério ventral- dá origem 
o Ao omento menor, que passa 
do fígado para a curvatura 
menor do estômago (ligamento 
hepatogástrico) e do fígado 
para o duodeno (ligamento 
hepatoduodenal) 
o Ao ligamento falciforme, que se 
estende do fígado à parede 
anterior do abdome. 
Pâncreas 
• Desenvolve-se entre as camadas do 
mesentério, a partir dos brotos 
pancreáticos dorsal e ventral das 
células endodérmicas 
 
• Maior parte deriva do broto 
pancreático dorsal maior 
• Broto pancreático ventral menor 
desenvolve-se próximo à entrada do 
ducto biliar no duodeno e cresce 
entre as camadas do mesentério 
ventral 
• Duodeno gira para direita- formato de 
C- broto transportado dorsalmente 
com ducto biliar- funde no broto 
pancreático dorsal 
• Broto pancreático ventral forma o 
processo uncinado e parte da 
cabeça do pâncreas 
• Estômago, o duodeno e o mesentério 
ventral giram- pâncreas em posição 
retroperitoneal 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
• Botões pancreáticos se unem- ductos 
anastomosam 
• Ducto pancreático= ducto do broto 
ventral e da parte distal do ducto do 
broto dorsal 
• A parte proximal do ducto do broto 
dorsal persiste como um ducto 
pancreático acessório- se abre na 
papila menor do duodeno 
Baço 
• Deriva de massa de células 
mesenquimais entre as camadas do 
mesogástrio posterior 
• Baço fetal é lobulado- desaparecem 
antes do nascimento 
• Células mesenquimais no primórdio 
esplênico diferenciam- cápsula, 
estrutura de tecido conjuntivo e 
parênquima do baço 
• Funciona como um centro 
hematopoético até a vida fetal tardia 
o Mantém o seu potencial para a 
formação de células 
sanguíneas até na vida adulta 
 
Intestino médio 
• Intestino delgado, incluindo o 
duodeno distal à abertura do ducto 
biliar 
• Ceco, apêndice, cólon ascendente e 
metade a dois terços direitos do cólon 
transverso 
• OBS: supridos pela artéria mesentérica 
superior 
Herniação da alça do intestino médio 
• Fígado e rins grandes- sem espaço 
suficiente na cavidade abdominal 
para o cresmento do intestino médio 
• Intestino médio se alonga- alça 
ventral em forma de U- projeta no 
celoma extraembrionário 
o Parte proximal do cordão 
umbilical 
• 6ª sem- herniação umbilical fisiológica 
• Comunica-se com a vesícula umbilical 
pelo estreito ducto onfaloentérico 
• Tem um ramo cranial (proximal) e um 
ramo caudal (distal) e é suspensa da 
parede posterior do abdome pelo 
mesogástrio dorsal 
• Ducto onfaloentérico está unido ao 
ápice da alça do intestino médio- dois 
ramos se juntam 
o Ramo cranial- alças do intestino 
delgado 
o Ramo caudal- proeminência 
cecal (divertículo), primórdio 
do ceco e do apêndice 
vermiforme 
 
Rotação da alça do intestino médio 
• Alça do intestino médio está no 
cordão umbilical 
• Componentes da alça giram 90° no 
sentido anti-horário,em torno do eixo 
da artéria mesentérica superior 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
• Ramo cranial (intestino delgado) da 
alça para a direita 
• Ramo caudal (intestino grosso) para a 
esquerda 
• Ramo cranial alonga-se e forma as 
alças intestinais (ex., os primórdios do 
jejuno e do íleo). 
• A rotação da alça do intestino médio 
resulta do crescimento diferencial dos 
vários componentes 
Retração das alças intestinais 
• 10ª sem-intestinos retornam ao 
abdome- redução da hérnia do 
intestino médio 
• Intestino delgado retorna primeiro- 
ocupa a parte central do abdome 
• Intestino grosso retorna- rotação de 
180° no sentido anti-horário 
• O cólon descendente e o cólon 
sigmoide movem-se para o lado 
direito do abdome 
• O cólon ascendente torna-se 
reconhecível com o alongamento da 
parede posterior do abdome 
 
 
Fixação dos intestinos 
• A rotação do estômago e do 
duodeno levam o duodeno e o 
pâncreas para a direita 
• O cólon aumentado de tamanho 
pressiona o duodeno e o pâncreas 
contra a parede posterior do abdome 
• Maior parte do mesentério duodenal 
é absorvida 
• O mesentério do cólon ascendente 
funde-se ao peritônio parietal nessa 
parede e desaparece 
• Cólon ascendente também se torna 
retroperitoneal 
• Outros derivados da alça do intestino 
médio (p. ex., jejuno e íleo) retêm seus 
mesentérios 
Ceco e apêndice vermiforme 
• 6ª sem- elevação na margem do 
ramo caudal da alça- dilatação 
cecal 
 
• Apêndice vermiforme= pequena 
bolsa aberta a partir do ceco- 
aumenta- tubo resultante da 
extremidade distal do ceco 
 
• À medida que o cólon ascendente 
alonga, o apêndice vermiforme pode 
passar 
o Posterior ao ceco (apêndice 
retrocecal) 
o Ao cólon (apêndice 
retrocólico) 
o Descer sobre a abertura 
superior da pelve (apêndice 
pélvico) 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
 
Intestino posterior 
• De um terço a metade do cólon 
transverso esquerdo, cólon 
descendente, cólon sigmoide, reto e 
parte superior do canal anal 
• Epitélio da bexiga urinária e maior 
parte da uretra. 
• OBS: supridos pela artéria mesentérica 
inferior 
Cloaca 
• É uma câmara na qual o intestino 
posterior e a alantoide se esvaziam 
• Revestida por endoderma em contato 
com o ectoderma superficial na 
membrana cloacal 
• Membrana é composta por 
endoderma da cloaca e ectoderma 
da fosseta 
• A cloaca recebe a alantoide 
anteriormente 
• É dividida em partes dorsal e ventral 
por uma cunha de mesênquima, o 
septo urorretal- se desenvolve no 
ângulo entre a alantoide e o intestino 
posterior 
 
• Septo cresce- forquilhas- dobramentos 
das paredes laterais- unem- divisória 
em 3 partes 
o Reto, a parte cranial do canal 
anal e o seio urogenital 
 
 
• Após a ruptura da membrana cloacal 
por apoptose, o lúmen anorretal fica 
temporariamente fechado pelo 
tampão epitelial 
• A recanalização do canal anorretal 
ocorre por morte celular apoptótica 
do tampão anal epitelial, que forma a 
fosseta anal 
 
 
 
 
Canal anal 
• 2/3 superiores- intestino posterior 
• 1/3 inferior- fosseta anal 
• Linha pectinada= epitélio derivado do 
ectoderma da fosseta anal e o 
endoderma do intestino posterior 
• Linha anocutânea= epitélio anal 
muda de células colunares para 
células escamosas estratificadas 
• Epitélio é queratinizado e contínuo 
com a pele ao redor dele 
• As outras camadas da parede do 
canal anal derivam do mesênquima 
esplâncnico 
• Os tumores na parte superior são 
indolores e surgem do epitélio colunar, 
enquanto os tumores na parte inferior 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
são dolorosos e surgem do epitélio 
escamoso estratificado 
Patologias 
Esôfago 
• Atresia esofágica- desvio do septo 
traqueoesofágico no sentido posterior 
e da separação incompleta do 
esôfago do tubo laringotraqueal 
o 90% associado a fístula 
traqueoesofágica 
o Atresia isolada- falha na 
recanalização do esôfago 
o Resulta em polidrâmnio- 
acúmulo de volume excessivo 
de líquido amniótico 
o Sialorreia, rejeitar a 
alimentação oral com 
regurgitação imediata e tosse 
 
 
• Estenose esofágica- recanalização 
incompleta do esôfago ou falha no 
desenvolvimento dos vasos 
sanguíneos na área afetada- 
estreitamento do lúmen 
• Esôfago curto (hérnia congênita de 
hiato)- estômago também passa pelo 
buraco do diafragma 
o Se tiver cheio- esvazia 
totalmente 
Estômago 
• Estenose pilórica hipertrófica- 
espessamento muscular do piloro- 
músculos circulares e longitudinais na 
região pilórica são hipertrofiados- 
estenose e obstrução da passagem 
de alimentos 
o Estômago distendido 
o Cirurgia piloromiotomia 
Duodeno 
• Estenose duodenal- recanalização 
incompleta do duodeno, proveniente 
da vacuolização defeituosa- oclusão 
parcial do lúmen duodenal 
o Conteúdo do estômago 
(geralmente contendo bile) é 
frequentemente vomitado 
 
• Atresia duodenal- não ocorre 
recanalização completa do lúmen- 
oclusão de um segmento curto do 
duodeno 
o Ocorre na junção do ducto 
biliar com o ducto pancreático- 
ampola hepatopancreática 
o Atresia duodenal familiar- 
herança autossômica recessiva 
o Recém- nascido- vômito com 
bile (êmese biliosa), distensão 
do epigástrio, polidrâmnio 
o Defeitos associados- pâncreas 
anular, defeitos 
cardiovasculares, defeitos 
anorretais e a má rotação do 
intestino 
 
Fígado 
• As variações dos ductos hepáticos, do 
ducto biliar e do ducto cístico são 
comuns 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
• Ductos hepáticos acessórios- canais 
estreitos que percorrem o lóbulo 
direito do fígado em direção à 
superfície anterior do corpo da 
vesícula biliar 
o ducto cístico abre no ducto 
acessório hepático e não no 
ducto hepático comum 
• Atresia biliar extra-hepática- ausência 
de abertura normal dos principais 
ductos biliares 
o Obliteração dos ductos biliares 
ou superior à porta do fígado 
o Falha no processo de 
remodelação no hilo hepático 
por infecções virais, reações 
imunológicas ou defeitos da 
circulação, durante o 
desenvolvimento fetal tardio 
o Icterícia logo após o 
nascimento, as fezes são 
acólicas (esbranquiçada), e a 
urina é de cor escura 
Pâncreas 
• Pâncreas ectópico- tecido 
pancreático na túnica mucosa do 
estômago, a parte proximal do 
duodeno, o jejuno, o antro pilórico e o 
divertículo ileal (de Meckel) 
o Sintoma gastrointestinal, 
obstrução, sangramento, 
câncer 
• Pâncreas anular- faixa de tecido 
pancreático fina e plana, envolvendo 
a parte descendente do duodeno 
o Causa obstrução duodenal e 
intestinal em recém nascidos 
o O bloqueio do duodeno ocorre 
se houver inflamação 
(pancreatite) no pâncreas 
anular 
o pode estar associado a 
síndrome de Down, má rotação 
intestinal e defeitos cardíacos 
o Resulta do crescimento de um 
broto pancreático anterior 
bífido ao redor do duodeno- 
unem ao broto posterior- anel 
pancreático 
 
 
Baço 
• Baços acessórios- 1 ou mais pequenas 
massas esplênicas de tecido esplênico 
totalmente funcional 
o Nas dobras peritoneais, perto 
do hilo esplênico, na cauda do 
pâncreas ou dentro do 
ligamento gastresplênico 
• Poliesplenia- múltiplos baços 
acessórios pequenos estão presentes, 
mas sem o corpo principal do baço 
o Em crianças 
o Função imunológica 
comprometida- mais infecções 
Herniação 
• Onfalocele congênita- herniação 
persistente do conteúdo abdominal 
para a parte proximal do cordão 
umbilical 
o Herniação do intestino para o 
cordão umbilical 
o Herniação do fígado 
o Até 50% dos casos estão 
associados a anormalidades 
cromossômicas 
o Cavidade abdominal é 
proporcionalmente pequena- 
não há estímulo para o 
crescimento dela 
o A onfalocele resulta do 
comprometimento no 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
crescimento dos componentes 
mesodérmico (músculo) e 
ectodérmico (pele) da parede 
do abdome 
o Como a formação do 
compartimento abdominal 
ocorre durante a gastrulação, 
uma falhafundamental do 
crescimento nesse momento 
está, frequentemente, 
associada a outros defeitos 
congênitos dos sistemas 
cardiovascular e urogenital 
 
• Hérnia umbilical- intestinos retornam à 
cavidade abdominal (10ª sem) depois 
voltam a herniar através do umbigo 
imperfeitamente fechado 
o Diferente de onfalocele- massa 
protuberante (omento maior e 
parte do intestino delgado) é 
coberta por tela subcutânea e 
pele 
Parede do abdome 
• Gastrósquise- defeito lateral ao plano 
mediano da parede anterior do 
abdome 
o extrusão das vísceras 
abdominais sem envolver o 
cordão umbilical- banhadas 
pelo líquido amniótico 
 
 
Anomalias do intestino médio 
• Má rotação do intestino- resulta de 
rotação e/ou fixação incompleta do 
intestino 
• Não rotação do intestino médio- 
intestino não gira ao retornar para o 
abdome 
o Ramo caudal da alça do 
intestino médio retorna primeiro 
ao abdome, o intestino 
delgado fica do lado direito do 
abdome e todo o intestino 
grosso fica do lado esquerdo 
 
• Atresia intestinal (obstrução 
duodenal)- falha da alça do intestino 
médio em completar os 90° finais da 
rotação 
• Torção do intestino médio primitivo ou 
do vólvulo do intestino médio- apenas 
duas partes do intestino estão ligadas 
à parede posterior do abdome, o 
duodeno e o cólon proximal 
o O intestino delgado fica 
pendente por um pedúnculo 
estreito que contém a artéria e 
a veia mesentéricas superiores 
o Artéria mesentérica superior 
obstruída- infarto e gangrena 
do intestino suprido por ela 
o Os recém-nascidos com má 
rotação intestinal são 
propensos a vólvulos e êmese 
biliosa 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
 
• Rotação inversa- alça do intestino 
médio gira no sentido horário em vez 
de anti-horário 
o duodeno fica anterior à artéria 
mesentérica superior e não 
posterior a ela e o cólon 
transverso fica posterior em vez 
de anterior a ela 
o Recém-nascidos, o cólon 
transverso pode ser obstruído 
pela pressão da artéria 
mesentérica superior 
o Em casos mais incomuns, o 
intestino delgado encontra-se 
no lado esquerdo do abdome 
e o intestino grosso, no lado 
direito, com o ceco no centro 
o Essa situação incomum resulta 
da má rotação do intestino 
médio, seguida por falha na 
fixação dos intestinos. 
 
• Hérnia interna- intestino delgado 
penetra o mesentério da alça do 
intestino médio durante seu retorno ao 
abdome 
 
Ceco e apêndice vermiforme 
• Ceco e apêndice vermiforme sub-
hepáticos- a habitual rotação de 270° 
no sentido anti-horário não é 
completada e o ceco e o apêndice 
vermiforme ficam em posição inferior 
ao piloro do estômago 
o Em posição alta no abdome 
podem ser vistos em adultos- 
dificulta o diagnóstico de 
apendicite e a remoção 
cirúrgica do apêndice 
 
• Ceco móvel- fixação incompleta do 
cólon ascendente- mobilidade 
anormal 
o Possíveis variações na posição 
do apêndice, torção (vólvulo) 
Intestino 
• Estenose e atresia do intestino- 
oclusão parcial e a oclusão completa 
(atresia) do lúmen intestinal 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
o 1/3 dos casos de obstrução 
intestinal 
o frequentemente no duodeno 
(25%) e no íleo (50%) 
o resultam da falha da formação 
de um número adequado de 
vacúolos durante a 
recanalização (restauração do 
lúmen) do intestino 
o Em alguns casos, forma-se um 
septo ou teia transversal, 
provocando bloqueio 
o Outra causa é a interrupção do 
suprimento sanguíneo para 
uma alça do intestino fetal, 
resultante de acidente vascular 
fetal- necrose do intestino 
• Duplicação do intestino- falha da 
recanalização normal do intestino 
delgado, como resultado, dois lumens 
se formam 
o Císticas ou tubulares 
o Duplicação contém mucosa 
gástrica ectópica, que pode 
resultar em ulceração péptica 
local e sangramento 
gastrintestinal 
 
 
 
 
 
Outros 
• Divertículo ileal congênito (divertículo 
de Meckel)- evaginação de parte do 
íleo 
o Simula apendicite 
o A mucosa gástrica ectópica 
frequentemente secreta ácido, 
provocando ulceração e 
sangramento 
o O divertículo ileal pode estar 
conectado ao umbigo por um 
cordão fibroso, o que pode 
predispor a pessoa à obstrução 
intestinal porque o intestino 
pode se enrolar nesse cordão 
fibroso ou pode formar uma 
fístula onfaloentérica 
o Cistos podem se formar em um 
remanescente do ducto e ser 
encontrados na cavidade 
abdominal ou na parede 
anterior do abdome 
 
• A. Corte do íleo e do divertículo com 
úlcera 
• B. Divertículo conectado ao umbigo 
por resquício fibroso do ducto 
onfaloentérico 
• C. Fístula onfaloentérica resultante da 
persistência da parte intra-abdominal 
do ducto onfaloentérico 
• D. Cistos onfaloentéricos no umbigo e 
no resquício fibroso do ducto 
onfaloentérico 
• E. Vólvulo (torção) do divertículo ileal 
e seio umbilical, resultante da 
persistência do ducto onfaloentérico 
no umbigo 
• F. O ducto onfaloentérico persistiu 
como um cordão fibroso, que 
conecta o íleo ao umbigo 
 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
 
 
Anorretais 
• Megacólon congênito ganglionar 
(doença de Hirschsprung, HSCR)- 
ausência de células ganglionares 
(aganglionose) em um comprimento 
variável do intestino distal, 
o multigênica dominantemente 
hereditária 
o Causa mais comum de 
obstrução neonatal do cólon 
• Ânus imperfurado 
o O canal anal pode ter fundo 
cego ou pode ser um ânus 
ectópico ou uma fístula 
anoperineal (comunicação 
anormal) que abre no períneo 
No entanto, o canal anormal 
pode abrir para a vagina, nas 
mulheres, ou na uretra, nos 
homens 
o Mais de 90% dos defeitos 
anorretais baixos estão 
associados a fístula 
 
• Estenose anal- ânus está na posição 
normal, mas ele e o canal anal são 
estreitos 
o Causado por discreto desvio 
posterior do septo urorretal à 
medida que ele cresce 
caudalmente 
 
• Atresia membranosa- ânus está na 
posição normal, mas uma fina 
camada de tecido separa o canal 
anal do exterior 
o O resquício do tampão anal 
epitelial é fino o suficiente para 
projetar-se com o esforço para 
defecar e parece azul por 
causa do mecônio (fezes do 
recém-nascido) acima dele 
o Esse defeito ocorre porque o 
tampão epitelial não é 
perfurado 
• Agenesia anorretal- reto termina 
superior ao músculo puborretal 
o fístula (comunicação anormal) 
o para a bexiga (fístula 
retovesical) 
o para a uretra (fístula 
retouretral), nos homens 
o para a vagina (fístula 
retovaginal) 
o para o vestíbulo da vagina 
(fístula retovestibular), nas 
mulheres 
• Agenesia anorretal com fístula- 
separação incompleta da cloaca do 
seio urogenital pelo septo urorretal 
o sexo masculino mecônio na 
urina 
o sexo femininomecônio no 
vestíbulo da vagina 
 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
 
• Atresia retal- existem canal anal e 
reto, mas estão separados 
o dois segmentos do intestino 
estão conectados por um 
cordão fibroso, resquício de 
uma porção atrésica do reto 
o A causa da atresia retal pode 
ser a recanalização anormal do 
cólon ou, mais provavelmente, 
defeito no suprimento 
sanguíneo 
 
• Persistência da cloaca 
 
• Atresia anal 
 
Resumo 
• O intestino primitivo forma-se a partir 
da parte posterior da vesícula 
umbilical, que é incorporada ao 
embrião. O endoderma do intestino 
primitivo dá origem ao revestimento 
epitelial do tubo digestório, com 
exceção das partes cranial e caudal, 
que derivam do ectoderma do 
estomodeu e da membrana cloacal, 
respectivamente. Os tecidos 
musculares e conjuntivo que 
compõem o tubo digestório derivam 
do mesênquima esplâncnico 
adjacente ao intestino primitivo 
• O intestino anterior dá origem a 
faringe, sistema respiratório inferior, 
esôfago, estômago, parte proximal do 
duodeno, fígado, pâncreas e sistema 
biliar. Como a traqueia e o esôfago 
têm origem comum no intestino 
anterior, a divisão incompleta pelo 
septo traqueoesofágico resulta em 
estenosesou em atresias, com ou sem 
fístulas entre elas 
• O divertículo hepático, o primórdio do 
fígado, da vesícula biliar e do sistema 
de ductos biliares, é a extensão do 
revestimento epitelial endodérmico 
do intestino anterior. Os cordões 
epiteliais do fígado desenvolvem-se a 
partir do divertículo hepático e 
crescem no septo transverso. Entre as 
camadas do mesentério ventral, 
derivadas do septo transverso, as 
células primitivas diferenciam-se em 
tecidos hepáticos e nos revestimentos 
dos ductos do sistema biliar 
• A atresia duodenal congênita resulta 
de falha no processo de vacuolização 
e recanalização após o estágio de 
desenvolvimento sólido normal do 
duodeno. Habitualmente, as células 
epiteliais degeneram e o lúmen do 
duodeno é restaurado. A obstrução 
do duodeno também pode ser 
causada pelo pâncreas anular ou por 
estenose pilórica 
• O pâncreas desenvolve-se a partir dos 
brotos pancreáticos, que se formam 
do revestimento endodérmico do 
intestino anterior. Quando o duodeno 
gira para a direita, o broto 
pancreático ventral é deslocado 
posteriormente e se funde ao broto 
pancreático dorsal. O broto 
pancreático ventral forma a maior 
parte da cabeça do pâncreas, 
incluindo o processo uncinado. O 
broto pancreático dorsal forma o 
Luísa Ribeiro- MED 105 
 
restante do pâncreas. Em alguns fetos, 
os sistemas de ductos dos dois brotos 
não se fundem e formam o ducto 
pancreático acessório 
• O intestino médio dá origem a 
duodeno (a parte distal à abertura do 
ducto biliar), jejuno, íleo, ceco, 
apêndice, cólon ascendente e 
metade a dois terços da parte direita 
do cólon transverso. O intestino médio 
forma uma alça intestinal em forma 
de U, que se hernia para o cordão 
umbilical durante a 6a semana 
porque não há espaço para ela no 
abdome. Enquanto está no cordão 
umbilical, a alça do intestino médio 
gira 90° no sentido anti-horário. 
Durante a 10a semana, o intestino 
retorna ao abdome, girando mais 
180° 
• As onfaloceles, as más rotações e a 
fixação anormal do intestino resultam 
da falha no retorno ou na rotação 
anormal do intestino. Como o 
intestino, normalmente, está ocluído 
durante a 5a e a 6a semana, a 
estenose (obstrução parcial), a atresia 
(obstrução completa) e as 
duplicações resultam de falha da 
recanalização ou anormalidade desse 
processo. Resquícios do ducto 
onfaloentérico podem persistir. Os 
divertículos ileais são comuns; no 
entanto, pouquíssimos inflamam e 
provocam dor 
• O intestino posterior origina um terço a 
metade da parte esquerda do cólon 
transverso, o cólon descendente e o 
cólon sigmoide, o reto e a parte 
superior do canal anal. A parte inferior 
do canal anal se desenvolve a partir 
da fosseta anal. A parte caudal do 
intestino posterior divide a cloaca no 
seio urogenital e no reto. O seio 
urogenital dá origem à bexiga urinária 
e à uretra. O reto e a parte superior 
do canal anal são separados do 
exterior pelo tampão epitelial. Essa 
massa de células epiteliais se 
decompõe no final da 8a semana 
• A maioria dos defeitos anorretais 
resulta da divisão anormal da cloaca 
no reto e no canal anal, 
posteriormente, e na bexiga urinária e 
na uretra, anteriormente. O 
crescimento interrompido e/ou o 
desvio do septo urorretal causa a 
maioria dos defeitos anorretais, como 
a atresia retal e as fístulas entre o reto 
e a uretra, a bexiga urinária ou a 
vagina

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