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1 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS: LAUDOS E PERÍCIAS 2 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS: LAUDOS E PERÍCIAS DÚVIDAS E ORIENTAÇÕES Segunda a Sexta das 09:00 as 18:00 ATENDIMENTO AO ALUNO editorafamart@famart.edu.br mailto:editora 3 Sumário CONCEITOS GERAIS ............................................................................................... 5 CLASSIFICAÇÃO DOS IMÓVEIS ............................................................................ 19 ATIVIDADES BÁSICAS ........................................................................................... 23 MÉTODOS PARA CÁLCULO E AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS ..................................... 29 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................. 30 MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O VALOR DE UM BEM, DE SEUS FRUTOS E DIREITOS ................................................................................................................ 35 MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O CUSTO DE UM IMÓVEL ................................. 45 TRATAMENTO POR FATORES .............................................................................. 50 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS ......................................................................... 69 HOMOGENEIZAÇÃO DOS FATORES .................................................................... 74 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS ......................................................................... 76 A EXECUÇÃO DA ATIVIDADE PERICIAL ............................................................... 79 ATIVIDADES DO PERITO ....................................................................................... 80 REQUISITOS PARA PERÍCIAS ............................................................................... 84 APRESENTAÇÃO DO LAUDO DE AVALIAÇÃO ..................................................... 92 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 99 ANEXOS ................................................................................................................ 102 4 Evolução da Avaliação de Bens Imóveis no Brasil A evolução do trabalho e metodologias da avaliação de bens no Brasil pode ser resumida no exposto abaixo: • Década de 50 – surgem as primeiras normas de avaliação de imóveis organizadas por entidades públicas e institutos voltados para a engenharia de avaliações. • 1957 – Surge o primeiro anteprojeto de normas da ABNT; sendo que outros se sucedem elaborados por institutos que atuam no ramo. • Década de 60 – o assunto ganha destaque em função do grande número de desapropriações cujos estudos foram realizados por comissões de profissionais de perícias e avaliações judiciais. • 1973 – Elaboração de Normas para Avaliação de Imóveis nas desapropriações, aprovadas pelo IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia) e pela Divisão de Avaliações e Perícias do Instituto de Engenharia. • 1974 – Realização do I Congresso Brasileiro de Avaliações, em São Paulo. • 1977 – Publicação da 1ª Norma Brasileira sobre o assunto. A NB-502/77 (Avaliação de Imóveis Urbanos) cuja principal novidade é o estabelecimento de níveis de precisão sendo também desta época a elaboração de normas para outras tipologias, tais como imóveis rurais, máquinas e equipamentos e glebas urbanizáveis. • 1979 – Publicada a NB 613/79, 2ª Norma Brasileira que trata sobre Avaliações, mais especificamente sobre avaliação de imóveis rurais. • 1980 – I Congresso Mundial de Avaliações, realizado no Brasil. • 1980 – 1º Curso de Engenharia de Avaliações - Escola Politécnica da USP. • 1990 – a norma brasileira para avaliações de imóveis urbanos é registrada no INMETRO como NBR 5676 sendo os níveis de precisão transformados em níveis de rigor (expedito, normal, rigoroso e rigoroso especial). 5 • 2001 – Lançada a primeira parte da NBR 14653 que trata especificamente da parte de procedimentos gerais, servindo como guia de procedimentos gerais para as demais partes, sendo utilizável somente em conjunto com cada uma delas, razão pela qual não trouxe contribuição significativa até o lançamento das partes 2, 3 e 4. • 2003 – Lançamento da parte 4 da NBR 14653 e que trata da avaliação de empreendimentos, assunto até então não tratado em norma específica. • 2004 – Lançamento das partes 2 e 3 da NBR 14653 e que tratam, respectivamente, da avaliação de imóveis urbanos e imóveis rurais. • 2006 – Lançamento da parte 5 da NBR 14653 e que trata da avaliação de Máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais em geral. • 2011 – Atualização da NBR 14653-2, com mudanças no intervalo de predição, na identificação das variáveis (independentes) do modelo, assim como na especificação das avaliações. Tratou ainda de mudanças na verificação da autocorrelação, não mais citando o teste de Durbon-Watson para verificação de autocorrelação, e ainda tratou sobre os critérios de alocação de códigos e códigos ajustados. Os pioneiros das atividades trabalhavam em fórmulas baseadas em suas próprias experiências, desenvolvidas para centros urbanos específicos que, em seguida, eram usadas como modelos verdadeiros para outras municipalidades ou mesmo regiões nas quais, por vezes, não percebiam a mesma realidade do local onde tais procedimentos foram desenvolvidos, não traduzindo assim uma metodologia tecnicamente correta e muito menos confiável e consistente. CONCEITOS GERAIS Para iniciarmos nosso trabalho devemos primeiro relacionar alguns conceitos pertinentes à técnica de avaliação. O que é Avaliação A definição de avaliação pode ser dada como o conjunto de operações técnicas que leva a formação de juízo sobre o valor mais provável de um bem, de seus frutos 6 ou de um direito sobre ele. Neste sentido a Norma NBR-14653 (Parte 1), em seu item 3.5 define avaliação de bens como sendo: “Análise técnica... [é utilizada] para identificar o valor de um bem, de seus custos, frutos e direitos, assim como determinar indicadores da viabilidade de sua utilização econômica, para uma determinada finalidade, situação e data”. A publicação das partes 1 e 2 do conjunto de Normas que compõem a NBR 14653, que recebe o título geral de Avaliação de bens, fortalece o conceito de valor único de um bem, o que confirma o entendimento da escola univalente, de que o valor de um bem, em determinado instante, é único, independente do fim a que se destina a avaliação, em contraposição a escola plurivalente, que correlaciona o valor de um bem com a finalidade para o qual é avaliado, podendo o mesmo atingir diversos tipos de valor. Veja que a definição dada pela Norma, conforme transcrevemos acima, indica a obtenção “do valor” (no singular) e não “dos valores” (no plural). Bens De outro lado, ao tratarmos a respeito de bens, esses podem ser classificados como: • Bens Tangíveis - são aqueles que podem ser tocados, têm existência física, tais como: terrenos, edifícios, máquinas, instalações e assim por diante. • Bens Intangíveis - são aqueles representados por direitos, tais como: marcas, patentes, fundo de comércio, ponto comercial e outros também não materializáveis diretamente por objetos ou bens físicos. Diferenças conceituais entre Preço, custo e valor Valor O objeto específico da avaliação de imóveis é a obtenção do “valor de mercado”, embora a Parte 1 da NBR 14653 indique também valor em risco, patrimonial e residual. Não parece pretender a norma indicar que existam vários tipos de valores 7 para um mesmo bem, mas valores diferentes em função da parcela ou conjunto de bens que se pretende avaliar. Valor de Mercado O valor mais usual no campo de avaliação de bens é o de mercado, que será extraído de um intervalode valores prováveis cuja amplitude, por sua vez, será diretamente decorrente da dispersão dos elementos amostrais e da probabilidade estatística que representará a confiança de que o valor real de mercado esteja contido no intervalo estipulado. O ”valor de mercado” de um bem está relacionado com a sua utilidade, ou seja, com a sua capacidade de atender a uma necessidade, a um desejo e até mesmo a um capricho, entretanto, o valor advindo desta relação estará diretamente ligado às condições do mercado ao qual o bem avaliando pertence. A NBR-14653-1 (Norma Brasileira para Avaliações de bens - Procedimento Geral) prescreve, em seu item 3.44, que valor de mercado é a “quantia mais provável pela qual se negociaria voluntariamente e conscientemente um bem, numa data de referência, dentro das condições do mercado vigente”. A definição presume que o bem esteja livre e sem ônus, que devem ser considerados quando existirem. Se for solicitada a determinação de outro valor que não o de mercado, esse fato deve ser destacado junto ao respectivo valor. Os valores de mercado são mensurados em ambientes em que é possível se fazer uma comparação direta, ou ter suporte de mercado para tal assertiva. É importante destacar que o Valor de Mercado definido acima é uma estimação objetiva do bem e/ou seus direitos, para uma determinada situação e data. Implícito dentro desta definição está o contexto do Mercado no qual o bem está inserido e reflete a motivação dos seus participantes. Desta forma, o Valor de Mercado está associado a um estimador, seus intervalos, calculado e fundamentado de acordo com as metodologias e critérios da presente Norma. O Valor de Mercado de um bem imobiliário é mais uma decorrência de sua utilidade, reconhecida pelo mercado, do que por sua condição física. A utilidade dos 8 ativos para uma empresa ou pessoa física, pode diferir daquela que um mercado ou uma indústria em particular reconhecem. Portanto, é necessário que a avaliação de ativos e os relatórios resultantes para propósitos contábeis estabeleçam a diferença entre os valores reconhecidos no mercado. Uma vez que a palavra valor tem muitos sentidos e muitos elementos modificadores e a fim de não nos estendermos muito na matéria, apresentaremos algumas das mais usuais definições utilizadas no assunto e que podem ser consideradas na tabela abaixo: Tabela - Tipos de Valor Tipo de Valor Descrição Valor de Mercado O valor de mercado deve ser entendido como o valor estimado de um bem, sem considerar os custos adicionais relativos comprador, aplicáveis aos valores finais de compra e venda, tais como ITBI, despesas de escritura e registro, e já embutidas as despesas inerentes do vendedor, tais como comissões. Valor patrimonial Somatório do valor do terreno, benfeitorias e eventuais equipamentos de um imóvel. Para que o mesmo represente o valor de mercado deve ser apurado e aplicado o fator de comercialização com base em informações de mercado levantadas pelo avaliador ou em pesquisa de caráter regional, previamente publicada. Valor em risco Valor para fins de seguros de um determinado imóvel, representado pelo valor das benfeitorias, equipamentos e instalações, conforme objeto da apólice ou da contratação, observada a máxima depreciação. Valor econômico Valor resultante do Fluxo de Caixa Descontado na aplicação do método da capitalização da renda. Valor de liquidação forçada Valor para uma situação de venda compulsória, típico de leilões e também muito utilizado para garantias bancárias. Quando utilizado, deve ser também apresentado o valor de mercado. Valor de custo Total dos custos necessários para se repor o bem, com explicitação do estado em que se encontra ou sem considerar eventual depreciação. Valor de indenização Valor de bens, não obrigatoriamente de mercado, destinado a ressarcimento de débitos, desapropriações ou congêneres. 9 Fonte: ABNT (2002) Preço Por sua vez, preço representa a quantidade de dinheiro pela qual se realiza ou se pretende realizar uma operação de transição de propriedade sobre um determinado bem (inclusive imóveis), seus frutos ou direitos. Nessa operação, logicamente, devem ser considerados outros fatores, que podem aumentar ou diminuir o preço como, por exemplo, uma necessidade urgente de parte do vendedor ou do comprador; a inexistência de um mercado livre; desequilíbrio entre oferta e procura ou ainda outros que impossibilitem o equilíbrio necessário entre as partes envolvidas. Assim, o preço pode ser inferior, igual ou superior ao valor. A ABNT (NBR-14.653-1, p.5) define preço como sendo a “quantia pela qual se efetua, ou se propõe efetuar, uma transação envolvendo um bem, um fruto ou um direito sobre ele”. Custo Custo, por sua vez, é o preço acrescido de todas as outras despesas em que incorre o comprador da propriedade quer se refiram a regularizações legais (registro em cartório de imóveis, legalização em órgãos públicos etc.) ou mesmo regularizações físicas (construções, reformas, ampliações etc.). Ressalte-se que algumas regularizações físicas podem estar relacionadas às regularizações legais como, por exemplo, de intervenções necessárias à regularização de recuos mínimos, coeficientes de ocupação, áreas de iluminação e ventilação, dentre outras. A ABNT (NBR-14.653-1, p.3) define custo como sendo o “total dos gastos diretos e indiretos necessários à produção, manutenção ou aquisição de um bem, numa determinada data e situação”. Terminologia 10 Para um melhor entendimento e complementação de informações, elencamos abaixo as conceituações recorrentes utilizadas nas avaliações: APROVEITAMENTO EFICIENTE DE TERRENO - é aquele recomendável para o local, observada a tendência do uso circunvizinho dentre os permitidos pelas posturas municipais. ÁREA COBERTA PADRÃO - é a área coberta de acabamento semelhante ao tipo considerado para avaliação do custo global da construção. ÁREA COBERTA DE PADRÃO DIFERENTE - é a área coberta de padrão de acabamento substancialmente inferior ou superior ao tipo considerado para avaliação do custo global da construção. ÁREA COBERTA REAL DE CONSTRUÇÃO - é a medida de superfície de qualquer dependência coberta, nela incluídas as superfícies das projeções de paredes, pilares e demais elementos construtivos. ÁREA DE CONSTRUÇÃO - é a soma das áreas cobertas-padrão e equivalentes da construção. ÁREA DESCOBERTA REAL DE CONSTRUÇÃO - é a medida da superfície de qualquer dependência descoberta, que se destina a outros fins, que não apenas o de simples cobertura (terraços, “playgrounds” etc.), incluídas as superfícies das projeções de paredes, pilares e demais elementos construtivos. ÁREA EDIFICADA - é qualquer construção que caracterize um imóvel, tais como: casas, edifícios, galpões, garagens etc. ÁREA EQUIVALENTE DE CONSTRUÇÃO - é a área estimada, fictícia, que, ao Custo Unitário Básico, tenha o mesmo valor que o efetivamente estimado para a área real de construção correspondente, descoberta ou coberta de padrão diferente. ÁREA HOMOGÊNEA - é a região cujas características locais (tais como: paisagismo, topografia, pedologia e serviços urbanos) se assemelham e cuja legislação quanto ao uso e parcelamento do solo, percentual de construção admissível, gabarito e áreas mínimas dos lotes é a mesma. ÁREA REAL DE CONSTRUÇÃO PRIVATIVA DA UNIDADE IMOBILIÁRIA - é a soma das áreas cobertas e descobertas reais, contidas nos limites de uso exclusivo da unidade considerada. 11 ÁREA REAL DE CONSTRUÇÃO TOTAL DA UNIDADE IMOBILIÁRIA - é a soma da área real de construção privativa da unidade imobiliária e a parcela da área real de construção de uso comum correspondente à unidade autônoma considerada. ÁREA REAL DE CONSTRUÇÃO DE USO COMUM - é a soma das áreas coberta e descoberta reais, contidas nos limites dasdependências de uso comum. BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS - BDI - de uma construção compreendem o custo da administração central, financiamentos, bonificações da construtora e da incorporadora etc. BENFEITORIA - é qualquer melhoramento incorporado permanentemente ao solo pelo homem, de modo que não se possa retirá-lo sem destruição, modificação, fratura ou dano, e que vise a conservá-lo, torná-lo mais útil ou produtivo. Excetuam- se cercas, muros limítrofes, aterros e gramados. BENFEITORIA NÃO REPRODUTIVA - em áreas rurais são os melhoramentos permanentes que se incorporam ao solo, cuja remoção implica destruição, alteração, fratura ou dano, compreendendo edificações, vedos, terreiros, instalações para abastecimento de água, de energia elétrica, de irrigação e outras que, por sua natureza e função, e por se acharem aderidas ao chão, não são negociáveis e nem rentáveis separadamente das terras. BENFEITORIA REPRODUTIVA - em áreas rurais são as culturas comerciais ou domésticas implantadas no terreno, cuja remoção implica perda total ou parcial, compreendendo culturas permanentes, florestas e pastagens cultivadas e que, embora não negociáveis separadamente do solo, poderão ter cotação em separado, para base de negócios de propriedades rurais. CADASTRO DE LOGRADOUROS - é o sistema organizado de informações que, mediante códigos apropriados, atribui a cada logradouro ou seção um valor genérico do m² do terreno, observados os fatores de desvalorização ou valorização que incidem sobre sua localização e características próprias. COEFICIENTE OU FATOR DE DEPRECIAÇÃO FÍSICA E FUNCIONAL - Fd - é o multiplicador que visa a depreciar o imóvel novo para atingir condições semelhantes às do imóvel avaliando. 12 COEFICIENTE DO VALOR PLENO - Kp - é o multiplicador que permite passar do valor do m² de construção publicado pelas revistas técnicas especializadas ao valor de reprodução da benfeitoria. Nele se incluem as despesas complementares, não contempladas no Custo Unitário Básico (elevadores, fundações etc.) e os benefícios e despesas indiretas (BDI). Este coeficiente não incorpora a vantagem da coisa feita, nem o fator de valorização comercial, que devem ser usados, quando for o caso, para obter-se o valor de mercado de benfeitoria. DEPRECIAÇÃO - é a perda de parte do valor da benfeitoria causada por obsolescência física, econômica ou funcional. DESPESAS COMPLEMENTARES - de uma construção compreendem: custos de projetos de arquitetura, estrutura e instalações (elétrica, hidráulica, águas pluviais, esgoto etc.), licenças, seguros, despachantes, instalações provisórias, equipamentos mecânicos (elevadores, compactadores, exaustores etc.), administração local e outras. DIVISAS DO TERRENO - são os seus limites que confinem diretamente com os de outras unidades. FATORES DE HOMOGENEIZAÇÃO - são multiplicadores que visam a transformar os dados provenientes dos imóveis utilizados como amostra, para fins de levantamento de valores adequados ao imóvel avaliando. FRENTE OU TESTADA EFETIVA - distância real, medida pelo desenvolvimento da frente ao longo da via ou logradouro público, servidão, orla marítima, lacustre ou fluvial, ou ainda costões e canais. FRENTE PROJETADA - “Projeção da frente sobre a normal a um dos lados, quando ambas as divisas laterais são oblíquas no mesmo sentido, ou a corda, no caso da frente curva, ressalvadas condições especiais de melhor aproveitamento, em função da zona e da norma. A medida do fundo em lotes de esquina com laterais paralelas” (Básico de Avaliações de Imóveis Urbanos - CURSO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES, IBAPE, São Paulo, 1997). FRENTE DE REFERÊNCIA - “É a frente adotada pelo avaliador como representativa dos terrenos pesquisados, visando ao processo de homogeneização em decorrência do conceito de que as dimensões da testada influem no valor do 13 terreno” (Básico de Avaliações de Imóveis Urbanos - CURSO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES, IBAPE, São Paulo, 1997). GLEBA INDUSTRIAL - Gleba urbanizável que resulta na criação de lotes de destinação industrial. GLEBA URBANA - é o terreno situado em zona urbana ou de expansão urbana, em princípio com área superior a 10.000m², cujo aproveitamento eficiente não depende de parcelamento, em geral sendo potencial ou efetivamente utilizado como terreno industrial. GLEBA URBANIZÁVEL - é o terreno situado em zona urbana ou de expansão urbana, cujo aproveitamento eficiente depende de parcelamento e urbanização, tendo, em princípio, uma área superior a 10.000m². Este limite no tamanho da área deve ser considerado meramente indicativo, não devendo ser tomado como fator decisório no enquadramento da gleba como urbanizável. IMÓVEL RURAL - prédio rústico, de área contínua, qualquer que seja sua localização, que se destine à exploração extrativa, agrícola, pecuária, ou agroindustrial, quer por meio de planos públicos de valorização, quer por meio da iniciativa privada. LOTE-PADRÃO URBANO - é aquele de forma retangular, com uma só frente ou testada, com as medidas-padrão adotadas pela municipalidade em que esteja localizado ou estabelecidas pela SPU quando da elaboração da Planta Genérica de Valores. LOTE URBANO - é o terreno situado em zona urbana ou de expansão urbana, como tal definida na lei municipal de zoneamento urbano, passível de ser aceito como unidade autônoma conforme o disposto na Lei 6.766 de 19.12.79, especialmente nos artigos 2º, 4º e 6º, e na legislação local do uso do solo e cujo aproveitamento eficiente não dependa de parcelamento. PROFUNDIDADE EQUIVALENTE - “Resultado numérico da divisão da área de um lote pela sua frente projetada, nos lotes de centro de quadra e pela frente principal nos de frente múltipla” (Básico de Avaliações de Imóveis Urbanos - CURSO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES, IBAPE, São Paulo, 1997). 14 PLANTA GENÉRICA DE VALORES - é a representação gráfica de uma localidade na escala conveniente, onde estão indicados os códigos de logradouros correspondentes aos valores de m² de terreno em moeda vigente, determinados em uma mesma data e segundo um padrão de comparação. SEÇÃO OU TRECHO DE LOGRADOURO - é constituída por um trecho de logradouro com igual valor genérico para o m² dos terrenos nele situados. O ponto inicial da seção deve ser o início do logradouro ou o término de um trecho anterior, e o seu ponto final o início do trecho subsequente. A seção pode corresponder apenas ao lado direito ou esquerdo de um determinado logradouro no trecho considerado. SERVIDÃO - Encargo específico que se impõe a uma propriedade em proveito coletivo ou de outrem. Pode ser classificada em: • Servidão acessória: aquela necessária para que a principal possa surtir efeito. Servidão administrativa: aquela em que o titular é o poder público. • Servidão aparente: aquela que se manifesta concretamente por intervenção física. • Servidão múltipla: aquela que, embora instituída sobre a mesma parte de um imóvel, destina-se a usos de naturezas diversas. • Servidão não aparente: aquela que não se manifesta por intervenção física. Servidão perpétua ou permanente: aquela instituída por prazo indeterminado. • Servidão predial: restrição imposta a um prédio para uso e utilidade de outro prédio, pertencente a proprietário diverso. • Servidão temporária: aquela instituída por prazo determinado. • Servidão voluntária: aquela que decorre de ato espontâneo de vontade (Atuação Profissional - AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, IBAPE, 1996). TABELA DE VALORES - é o relatório de saída do sistema eletrônico de cadastro em que estão listados os códigos, a descrição dos trechos de logradouros e os correspondentes valores do m² de terreno. TERRENO INDUSTRIAL - é aquele utilizado ou próprio para finalidade produtiva “lato sensu” de caráter industrial, tais como fábricas, instalações industriais, depósitos, armazéns, “shoppings”,supermercados, instalações de apoio à pesca, clubes de serviços náuticos etc. 15 TÍTULO DE PROPRIEDADE DE IMÓVEL - é o instrumento ou escritura pelo qual se transfere o domínio do imóvel, mediante seu registro no Cartório de Registro Geral de Imóveis competente. O título de propriedade é denominado comumente escritura ou título de domínio de imóvel. VALOR GENÉRICO DO M² DE TERRENO - é o valor mais provável de mercado, resultante de pesquisa do mercado imobiliário local, do m² de terreno para os lotes situados em um trecho ou todo um logradouro. VALOR MAIS PROVÁVEL DE MERCADO DE UM IMÓVEL - é o resultante da livre ação dos fatores e forças de mercado pela lei da oferta e da procura. Salvo referência em contrário, esse valor é para pagamento à vista, considerando-se o imóvel livre e desembaraçado de quaisquer ônus, inclusive locação. VANTAGEM OU VALOR DA COISA FEITA - é a diferença entre o valor de mercado e o custo de reprodução depreciado do imóvel. UNIDADE IMOBILIÁRIA AUTÔNOMA - é o terreno ou sua fração ideal, com ou sem benfeitorias, objeto de Matrícula individual no Cartório de Registro Geral de Imóveis. ZONAS OU CATEGORIAS HOMOGÊNEAS - “Aquelas que apresentam características semelhantes quanto à dimensão dos lotes e construções, infraestrutura urbana e entorno, tipo de uso e ocupação de solo estabelecidos, vocação e capacidade de aproveitamento” (Atuação Profissional - AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, IBAPE, 1996). Simbologia A simbologia adotada é aquela da ABNT, complementada com as convenções literais que seguem. Medidas Att Área total do terreno Atu Área do terreno da União T Frente ou testada real 16 Tef Frente ou testada efetiva (projeção da frente sobre a normal a um dos lados) Tr Frente ou testada de referência Tmín Frente ou testada mínima recomendada para a zona, segundo sua categoria Peq Profundidade equivalente Pmáx Profundidade máxima recomendada para a zona, segundo sua categoria Pmín Profundidade mínima recomendada para a zona, segundo sua categoria N Profundidade padrão (ou do lote Padrão) Ab Área de construção das benfeitorias Abp Área de construção privativa da unidade imobiliária Idade Iap Idade aparente (ou estimada) do imóvel Ir Idade remanescente Ip Vida útil provável (Iap + Ir) Valores e custos Vtt Valor do terreno total Vtu Valor do domínio pleno do terreno da União Vdu Valor do domínio útil do terreno da União Vg Valor genérico unitário (por m²) do terreno para o trecho de logradouro ou de área rural Vo Valor genérico da faixa retangular com 1 (um) metro de frente e profundidade padrão no trecho do logradouro Vb Valor das benfeitorias 17 Vbp Valor da benfeitoria proporcional à relação entre a área do terreno da União e do terreno total Vti Valor total do imóvel Vip Valor proporcional do imóvel para fins de laudêmio Vir Valor de referência do imóvel para cálculo do laudêmio Vr Valor residual Vl Valor locativo Vui Valor unitário inicial (por m² ou por ha) Vuh Valor unitário homogeneizado Vd Valor declarado Vad Valor adotado Pa Percentagem de aproveitamento para lotear glebas urbanizáveis Pgv Produto geral de vendas Mgd Montante global das despesas Dp Despesas em percentagem do Pgv Li Lucro do incorporador Lp Lucro percentual em relação ao Pgv Rlo Receita líquida operacional Rlef Receita líquida efetiva Rlt Receita líquida total Cr Custo de reprodução Cub Custo Unitário Básico de construção por m² Yi Índice de valor do trecho de logradouro do imóvel pesquisado Ylp Índice de valor do trecho de logradouro do lote padrão Coeficientes e taxas 18 r Coeficiente de proporcionalidade (Atu / Att) i Taxa de juros (por período ou mensal) f Taxa de inflação (por período ou mensal) Kp Coeficiente do valor pleno Kcf Coeficiente de vantagem da coisa feita Kr Coeficiente do valor residual Kv Coeficiente de vacância fi Fração ideal em condomínios horizontais ou verticais Estatística n Número de elementos da amostra xi Elemento da amostra x Média aritmética s Desvio-padrão da amostra σ Desvio-padrão da população t Abscissa da distribuição de Student Ls Limite superior de aceitação Li Limite inferior de aceitação Fatores de homogeneização e correção Os fatores de homogeneização são extraídos das diversas características encontradas nos elementos pesquisados, tais como: frente, área, profundidade etc. As características destes fatores podem ser quantitativas, quando seu valor pode ser medido efetivamente (área, frente, profundidade, coeficiente de aproveitamento etc.) ou qualitativas (localização, zoneamento, topografia etc.), quando são arbitradas determinadas pontuações para as diversas situações encontradas. 19 Fat Fator de acidentação topográfica Fp Fator de profundidade Ft Fator de frente ou de testada Ftm Fator de frentes ou de testadas múltiplas Ftr Fator de transposição de local Frl Fator de restrição legal Fpd Fator de pedologia Fd Fator de depreciação física e funcional ou de idade Flj Fator de loja ou de valorização comercial Fpj Fator de projeto Fac Fator de acabamento Fa Fator de atualização monetária Ff Fator de fonte Fh Fator de homogeneização ou corretivo total Fc Fator de condomínio Ftc Fator devido ao tipo de construção Fx Fator genérico a ser usado conforme a necessidade Fk Fator de comercialização Estes coeficientes são aplicados sobre os valores unitários ou valores por metro quadrado dos elementos pesquisados, no sentido de se obter os valores homogeneizados que representam os primitivos valores corrigidos em função das características do imóvel objeto da avaliação. CLASSIFICAÇÃO DOS IMÓVEIS Reconhecendo a separação em dois grandes grupos na avaliação imobiliária, nosso foco agora está voltado para aqueles situados nas áreas urbanas. 20 Imóveis urbanos Os imóveis urbanos poderão ser classificados conforme abaixo: Quanto ao uso: a. Residencial. b. Comercial. c. Industrial. d. Institucional. e. Misto. Quanto ao tipo do imóvel entre outros: a. Terreno (lote ou gleba). b. Apartamento. c. Casa. d. Escritório (sala ou andar corrido). e. Loja. f. Galpão. g. Vaga de garagem. h. Misto. i. Hotéis e motéis. j. Hospitais. k. Escolas. l. Cinemas e teatros. m. Clubes recreativos. n. Prédios industriais. Quanto ao agrupamento dos imóveis: a. Loteamento. b. Condomínio de casas. c. Prédio de apartamentos. d. Conjunto habitacional (casas, prédios ou mistos). e. Conjunto de salas comerciais. 21 f. Prédio comercial. g. Conjunto de prédios comerciais. h. Conjunto de unidades comerciais. i. Complexo industrial. Imóveis Rurais Os imóveis rurais, quanto à classificação dos bens, seus frutos e direitos, podem ser segregados de acordo com a instrução normativa da ABNT (2001) conforme abaixo: Dimensão a. Pequeno - até 4 módulos fiscais. b. Médio - de 4 a 15 módulos fiscais. Exploração a. Não explorado. b. De lazer e turismo. c. De agricultura. d. De pecuária. e. De silvicultura. f. Agroindustrial. g. Misto. Classificação dos componentes dos imóveis rurais Terras As terras são enquadradas segundo o Sistema de Classificação da Capacidade de Uso das Terras, conforme o Manual Brasileiro para Levantamento da Capacidade 22 de Uso da Terra - III, aproximação ou o que vier a substituí-lo para fins de avaliação de imóveis rurais. Quanto ao seu estágio de exploração atual as terras são classificadas como: a. Terra bruta. b. Terra nua. c. Terra cultivada. Benfeitorias a. Produção vegetal (culturas). b. Construções (exemplos: casa, galpão, cercas) e instalações (exemplos: rede de energia elétrica, redede distribuição de água). c. Obras e trabalhos de melhoria das terras. Máquinas e equipamentos fixos ou removíveis • Veículos • Semoventes • Recursos naturais: a. Florestais. b. Hídricos. c. Minerais. Frutos a. Rendas de exploração direta. b. Aluguel. c. Arrendamento. d. Parcerias. Direitos a. Servidões. b. Usufrutos. c. Concessões. 23 d. Comodatos. e. Direitos hereditários. f. Direitos possessórios. g. Outros. ATIVIDADES BÁSICAS É recomendável que o profissional de avaliações ao ser contratado ou designado para fazer uma avaliação esclareça aspectos essenciais para definir o método avaliatório e eventuais níveis de fundamentação e precisão que se pretende atingir, entre outros: • Finalidade: locação, aquisição, doação, alienação, dação em pagamento, permuta, garantia, fins contábeis, seguro, arrematação, adjudicação e outros. • Objetivo: valor de mercado de compra e venda ou de locação; outros valores, tais como: valor em risco, valor patrimonial, custo de reedição, valor de liquidação forçada, valor de desmonte (ver definição na ABNT NBR 14653-4); indicadores de viabilidade e outros. • Prazo limite para apresentação do laudo. • Condições a serem utilizadas no caso de laudos de uso restrito. Cabe ainda neste tópico considerar a estruturação do trabalho a ser realizado nas seguintes etapas: • Conhecimento e requisição de documentação. • Vistoria. • Coleta de dados. • Diagnóstico do mercado. • Escolha e justificativa dos métodos e critérios de avaliação. • Tratamento dos dados de mercado. • Cálculo do valor do imóvel. 24 Passaremos a ver em melhores detalhes estas etapas. Documentação • Cabe ao profissional avaliador solicitar ao contratante ou interessado o fornecimento da documentação relativa ao bem, necessária à realização do trabalho. • Conhecimento da documentação: é recomendável que ao iniciar o procedimento de avaliação, a primeira providência do profissional avaliador seja tomar conhecimento da documentação disponível. • Na impossibilidade de o contratante ou interessado fornecer toda a documentação necessária ou esclarecer eventuais incoerências, o profissional avaliador deverá julgar sobre a possibilidade de elaborar a avaliação. Em caso positivo, deverá deixar claramente expressas as ressalvas relativas à insuficiência ou incoerência da informação, bem como os pressupostos assumidos em função dessas condições. Legislação a consultar Recomenda-se consultar as legislações municipal, estadual e federal, bem como examinar outras restrições (inclusive decorrentes de passivo ambiental) ou incentivos que possam influenciar no valor do imóvel. Vistoria do Imóvel Urbano Nenhuma avaliação poderá prescindir da vistoria. Em casos excepcionais, quando for impossível o acesso ao bem avaliando, admite-se a adoção de uma situação paradigma, desde que acordada entre as partes e explicitada no laudo. A vistoria deve ser efetuada pelo profissional avaliador com o objetivo de conhecer e caracterizar o bem avaliando e sua adequação ao seu segmento de mercado, daí resultando condições para a orientação da coleta de dados. É recomendável registrar as características físicas e de utilização do bem e outros aspectos relevantes à formação do valor. 25 O conhecimento de estudos, projetos ou perspectivas tecnológicas que possam vir a afetar o valor do bem avaliando deverá ser explicitado e suas consequências apreciadas. Caracterização da região: • Aspectos gerais: análise das condições econômicas, políticas e sociais, quando relevantes para o mercado, inclusive usos anteriores atípicos ou estigmas. • Aspectos físicos: condições de relevo, natureza predominante do solo e condições ambientais. • Localização: situação no contexto urbano, com indicação dos principais polos de influência. • Uso e ocupação do solo: confrontar a ocupação existente com as leis de zoneamento e uso do solo do município para concluir sobre as tendências de modificação a curto e médio prazo. • Infraestrutura urbana: sistema viário, transporte coletivo, coleta de resíduos sólidos, água potável, energia elétrica, telefone, redes de cabeamento para transmissão de dados, comunicação e televisão, esgotamento sanitário, águas pluviais e gás canalizado. • Atividades existentes: comércio, indústria e serviço. • Equipamentos comunitários: segurança, educação, saúde, cultura e lazer. Caracterização do terreno: • Localização: situação na região e via pública, com indicação de limites e confrontações. • Utilização atual e vocação, em confronto com a legislação em vigor. • Aspectos físicos: dimensões, forma, topografia, superfície, solo. • Infraestrutura urbana disponível. • Restrições físicas e legais ao aproveitamento. • Sub ou super aproveitamento. Caracterização das edificações e benfeitorias: 26 Aspectos construtivos, qualitativos, quantitativos e tecnológicos, comparados com a documentação disponível. • Aspectos arquitetônicos, paisagísticos e funcionais, inclusive conforto ambiental. • Adequação da edificação em relação aos usos recomendáveis para a região. • Condições de ocupação. • Patologias aparentes como anomalias, avarias, danos construtivos e outras, conforme definidas na ABNT NBR 13752 que possam influenciar de forma significativa a variação dos preços relativos dos elementos amostrais. Edificações e benfeitorias não documentadas: No caso da existência de edificações e benfeitorias que não constem na documentação, observar o disposto em 7.2 da ABNT NBR 14653-1. Situações especiais: Vistoria por amostragem Na avaliação de conjunto de unidades autônomas padronizadas, é permitida vistoria interna por amostragem aleatória de uma quantidade definida previamente pelas partes ou se houver omissão no contrato, de um percentual mínimo de 10% do total das unidades de cada bloco ou conjunto de unidades de mesma tipologia. Impossibilidade de vistoria Quando não for possível o acesso do avaliador ao interior do imóvel, o motivo deve ser justificado no laudo de avaliação. Neste caso, em comum acordo com o contratante, a vistoria interna pode ser prescindida e a avaliação pode prosseguir com base nos elementos que for possível obter ou fornecidos pelo contratante, tais como: a) Descrição interna; b) No caso de apartamentos, escritórios e conjuntos habitacionais, a vistoria externa de áreas comuns, a vistoria de outras unidades do mesmo edifício e informações da respectiva administração; c) No caso de unidades isoladas, a vistoria externa. As considerações hipotéticas sobre o imóvel que configuram a situação paradigma, devem estar claramente explicitadas no laudo de avaliação. 27 Planta de valores Nas avaliações em massa, a partir de dados cadastrais, recomenda-se vistoria por amostragem, com o objetivo de aferir os critérios e percepções considerados no cadastro. Vistoria do Imóvel Rural A vistoria visa permitir ao profissional de avaliações conhecer, da melhor maneira possível, o imóvel avaliando e o contexto imobiliário a que pertence, de forma a orientar a coleta de dados. Além do previsto na ABNT NBR 14653-1, devem ser observados os aspectos relevantes na formação do valor, de acordo com o objeto, o objetivo e a finalidade da avaliação, constantes no respectivo item. Caracterização da região: a. Aspectos físicos: relevo e classes de solos predominantes, ocupação existente e tendências de modificação a curto e médio prazos, clima, recursos hídricos. b. Aspectos ligados à infraestrutura pública, como canais de irrigação, energia elétrica, telefonia, sistema viário e sua praticabilidade durante o ano agrícola. c. Sistema de transporte coletivo, escolas, facilidade de comercialização dos produtos, cooperativas, agroindústrias, assistência técnica agrícola,sistemas de armazenagem de produtos e insumos, comércio de insumos e máquinas agrícolas e rede bancária. d. Estrutura fundiária, vocação econômica, disponibilidade de mão de obra. e. Aspectos ligados às possibilidades de desenvolvimento local, posturas legais para o uso e a ocupação do solo, restrições físicas e ambientais condicionantes do aproveitamento. Caracterização do imóvel 28 Abrangendo outros aspectos além daqueles enumerados nos imóveis urbanos, os rurais exigem especial atenção quanto as seguintes características. Quanto a suas características gerais: a. Denominação. b. Dimensões - área registrada e área levantada topograficamente, quando existente. c. Limites e confrontações. d. Situação. e. Destinação. f. Recursos naturais. g. Sistema viário interno. h. Telefonia; rede de energia elétrica interna. i. Utilização econômica atual e condicionantes legais. Quanto à caracterização das terras: a. Aspectos físicos. b. Identificação pedológica. c. Classificação da capacidade de uso das terras, conforme 1.3.3.1 Terras. d. Condicionantes legais. Quanto à caracterização das construções e instalações: a. Dimensões. b. Aspectos construtivos (qualitativos, quantitativos e tecnológicos). c. Estado de conservação, idade aparente, vida útil. d. Aspectos funcionais. e. Condicionantes legais. Quanto à caracterização das produções vegetais: a. Estado vegetativo. b. Estágio atual de desenvolvimento, estado fitossanitário (infestação de doenças, pragas e invasoras), nível tecnológico. 29 c. Produtividades esperadas, riscos de comercialização. d. Adaptação à região, considerando o risco de ocorrência de intempéries. e. Condicionantes legais. Quanto à caracterização das obras e trabalhos de melhoria das terras: Devem ser caracterizadas as obras e trabalhos de melhoria que não foram enquadrados quando da classificação da capacidade de uso das terras, nos seguintes aspectos: a. Dimensões e quantidade. b. Aspectos qualitativos e tecnológicos. c. Estado de conservação, idade aparente e vida útil. d. Aspectos funcionais. e. Condicionantes legais. Quanto à caracterização das máquinas e equipamentos: a. Fabricante, tipo (marca, modelo, ano de fabricação, número de série). b. Características técnicas (exemplo: potência, capacidade operacional). c. Estado de conservação e funcionalidade. Quanto à caracterização das atividades pecuárias: a. Espécie, raça, categoria dos animais. b. Índices zootécnicos e aspectos sanitários c. Manejo, alimentação e outros. Quanto à caracterização de outras atividades (agroindústria, turismo rural, hotelaria, mineração): Recomenda-se que a caracterização do bem avaliando seja complementada com a apresentação de cartografia, desenhos, fotografias, imagens de satélite e outros documentos que esclareçam aspectos relevantes, com citação da respectiva autoria. MÉTODOS PARA CÁLCULO E AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS 30 Para a identificação do valor de mercado, sempre que possível preferir o método comparativo direto de dados de mercado, conforme definido em 8.2.1 da ABNT NBR 14653-1:2001. Quando couber e o objetivo for a identificação do valor de mercado, é recomendável que sejam apresentadas considerações quanto ao aproveitamento eficiente do imóvel. Nos mercados em transição são recomendáveis a análise e o diagnóstico da situação do mercado, eventualmente com a adoção de outro enfoque, procedendo-se a conciliação. Métodos utilizados não detalhados na norma da ABNT devem ser descritos e fundamentados no trabalho, de forma a manter a consistência da análise desenvolvida e laudos produzidos. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS As metodologias aplicáveis à avaliação de bens, seus frutos e direitos dependem basicamente: • Da natureza do bem avaliando. • Da finalidade da avaliação (explicitada no laudo junto ao valor encontrado). • Da disponibilidade, qualidade e quantidade de informações colhidas no mercado. • Do prazo para sua execução. Consideradas as peculiaridades regionais, o IBAPE/SP recomenda adotar os procedimentos desta Norma, que detalham e complementam aqueles constantes da ABNT NBR 14653-2. Zonas de características homogêneas Na Região Metropolitana de São Paulo os bairros possuem diversas características de diferenciação, classificadas para efeito desta Norma, em quatro grupos, totalizando onze zonas descritas a seguir, cujos critérios e parâmetros devem servir para enquadramento do elemento avaliando em relação à região geoeconômica a que pertence. 31 GRUPO I - ZONAS DE USO PREDOMINANTEMENTE RESIDENCIAL E OCUPAÇÃO HORIZONTAL 1ª Zona: Residencial Horizontal de Padrão Popular Encontradas em regiões periféricas ou de ocupações irregulares, dotadas de pouca infraestrutura urbana, alta densidade de ocupação e concentração de famílias de baixa renda. Os lotes possuem dimensões reduzidas, em torno de 125m², e as edificações predominantes são de padrão proletário, geralmente associadas à autoconstrução e no uso mínimo de materiais de acabamento. 2ª Zona: Residencial Horizontal de Padrão Médio Zonas cuja característica é de ocupação horizontal, com predominância de casas e rara presença de comércio. São dotadas de infraestrutura básica, com população concentrada em renda média. Os lotes possuem dimensões em torno de 250m² e as edificações são de padrão médio, podendo ser térreas ou assobradadas, isoladas ou geminadas, caracterizadas pelos acabamentos econômicos, porém de boa qualidade. 3ª Zona: Residencial Horizontal de Padrão Alto Compreendem as regiões dotadas de infraestrutura completa e ocupadas exclusivamente por casas de alto padrão, com arquitetura das edificações diferenciada, geralmente com projetos personalizados. Nestes locais, predominam terrenos de grandes proporções, em torno de 600m2. GRUPO II - ZONAS DE USO RESIDENCIAL OU COMERCIAL E OCUPAÇÃO VERTICAL (ZONAS DE INCORPORAÇÃO): 4ª Zona: Prédios de Apartamentos de Padrão Popular Encontradas em diversas regiões, dotadas de infraestrutura básica e com concentração de população de baixa renda. Apresentam vocação para ocupação de 32 prédios de apartamentos de padrão popular, geralmente sem elevadores, até quatro andares. 5ª Zona: Prédios de Apartamentos ou de Escritórios de Padrão Médio Dotadas de infraestrutura completa com concentração de população de renda média. Para classificação nesta zona é necessário verificar a vocação legal e a predominância de ocupação que necessariamente tem que refletir verticalização, por meio de edifícios de apartamentos ou escritórios de padrão médio ou superior. 6ª Zona: Prédios de Apartamentos ou de Escritórios de Padrão Alto Compreendem as regiões ocupadas por edifícios de apartamentos ou escritórios com arquitetura diferenciada, projetos personalizados e de padrão elevado, destinadas à população de alta renda. GRUPO III - ZONAS DE USO COMERCIAL OU DE SERVIÇOS COM OCUPAÇÃO PREDOMINANTEMENTE HORIZONTAL 7ª Zona: Comércio ou Serviços de Padrão Popular Podem ser identificadas em regiões periféricas ou de população de baixa renda, onde é constatada a concentração de comércio ou prestação de serviços populares. 8ª Zona: Comércio ou Serviços de Padrão Médio É constatada a concentração de comércio ou prestação de serviços de padrão médio. 9ª Zona: Comércio ou Serviços de Padrão Alto Identificadas em regiões que apresentam arquitetura diferenciada, com projetos personalizados e de padrão elevado, presentes em corredores e ruas de bairros de alto padrão. 33 GRUPO IV - ZONAS DE USO INDUSTRIAL OU DE ARMAZÉNS 10ª Zona: Indústrias São zonas cuja vocação é geralmente definida pelas legislações estaduais e municipais, com restrições de uso específicas e com ocupação predominantemente industrial. 11ª Zona: GalpõesSão identificadas pela presença de armazéns ou galpões, sem características industriais podendo ser encontradas em regiões cerealistas ou de comércio. Método comparativo direto de dados de mercado Analisa elementos semelhantes ou assemelhados ao avaliando, com objetivo de encontrar a tendência de formação de seus preços. A homogeneização das características dos dados deve ser efetuada com o uso de procedimentos, dentre os quais se destacam o tratamento por fatores e a inferência estatística. Pesquisa de dados Principal etapa do processo avaliatório e compreende o planejamento da pesquisa, a coleta de dados e vistoria de dados amostrais. Planejamento da pesquisa O planejamento da pesquisa define a abrangência da amostragem, quantitativa e qualitativa, e a forma de sua coleta e compilação, com utilização de fichas, planilhas, roteiro de entrevistas entre outros. Caracteriza e delimita a região na qual o bem avaliando está inserido para a obtenção de uma amostra representativa de dados de mercado a ele semelhantes. 34 Coleta de dados Obtenção de dados e informações confiáveis de ofertas e preferencialmente de negociações realizadas, contemporâneos à data de referência, com suas principais características físicas, econômicas e de localização e investigação do mercado. É recomendável buscar a maior quantidade possível de dados de mercado e com atributos comparáveis aos do bem avaliando. Serão considerados semelhantes elementos que: a. Estejam na mesma região e em condições econômico-mercadológicas equivalentes às do bem avaliando. b. Constituam amostra onde o bem avaliando fique o mais próximo possível do centroide amostral. c. Sejam do mesmo tipo (terrenos, lojas, apartamentos etc.). d. Em relação ao bem avaliando, sempre que possível, tenham: i. Dimensões compatíveis. ii. Número compatível de dependências (vagas de estacionamento, dormitórios entre outros). iii. Padrão construtivo semelhante. iv. Estado de conservação e obsoletismo similares. Além destas condições de semelhança, observar que: a. As referências de valor sejam buscadas em fontes diversas e, quando repetidas, as informações devem ser cruzadas e averiguadas para utilização da mais confiável. b. As fontes de informações sejam identificadas, com o fornecimento de, no mínimo, nome e telefone para averiguação. c. No caso de insuficiência de dados semelhantes, possam ser coletados outros de condições distintas para estudos ou fundamentações complementares. d. Nos preços ofertados sejam consideradas eventuais superestimativas, sempre que possível quantificadas pelo confronto com dados de transações. e. Os dados referentes às ofertas contemplem, sempre que possível, o tempo de exposição no mercado. 35 f. Não serão admitidos como dados de mercado opiniões, mesmo que emitidas por agentes do mercado imobiliário. MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O VALOR DE UM BEM, DE SEUS FRUTOS E DIREITOS Método comparativo direto de dados de mercado Analisa elementos semelhantes ou assemelhados ao avaliando, com objetivo de encontrar a tendência de formação de seus preços. A homogeneização das características dos dados deve ser efetuada com o uso de procedimentos, dentre os quais se destaca o tratamento por fatores e a inferência estatística. Planejamento da pesquisa É a principal fase de qualquer avaliação, pois se trata da etapa inicial, em que serão escolhidos os elementos cuja semelhança orientará as conclusões relativas ao valor do bem avaliando. No planejamento de uma pesquisa, o que se pretende é a composição de uma amostra representativa de dados de mercado de imóveis com características, tanto quanto possível, semelhantes às do avaliando, usando-se toda a evidência disponível. Esta etapa, que envolve estrutura e estratégia da pesquisa, deve iniciar-se pela caracterização e delimitação do mercado em análise, com o auxílio de teorias e conceitos existentes ou hipóteses advindas de experiências adquiridas pelo avaliador sobre a formação do valor. Na estrutura da pesquisa são eleitas as variáveis que, em princípio, são relevantes para explicar a tendência de formação de valor e estabelecidas as supostas relações entre si e com a variável dependente. A estratégia de pesquisa refere-se à abrangência da amostragem e às técnicas a serem utilizadas na coleta e análise dos dados, como a seleção e abordagem de fontes de informação, bem como a escolha do tipo de análise (quantitativa ou qualitativa) e a elaboração dos respectivos instrumentos para a coleta de dados (fichas, planilhas, roteiros de entrevistas entre outros). 36 Identificação das variáveis do modelo Variável dependente: Para a especificação correta da variável dependente é necessária uma investigação no mercado em relação à sua conduta e às formas de expressão dos preços (por exemplo, preço total ou unitário, moeda de referência, formas de pagamento), bem como observar a homogeneidade nas unidades de medida. Variáveis independentes: As variáveis independentes referem-se às características físicas (por exemplo, área, frente), de localização (como bairro, logradouro, distância ao polo de influência entre outros) e econômicas (como oferta ou transação, época e condição do negócio — à vista ou a prazo). As variáveis devem ser escolhidas com base em teorias existentes, conhecimentos adquiridos, senso comum e outros atributos que se revelem importantes no decorrer dos trabalhos, pois algumas variáveis consideradas no planejamento da pesquisa podem se mostrar pouco relevantes na explicação do comportamento da variável explicada e vice-versa, e adotando-se, sempre que possível, a adoção de variáveis quantitativas, que podem ser especificadas na seguinte ordem de prioridade: a. Pelo emprego de tantas variáveis dicotômicas quantas forem necessárias, especialmente quando a quantidade de dados for abundante e puderem ser preservados os graus de liberdade necessários à modelagem estatística definidos nesta Norma (por exemplo, aplicação de condições booleanas do tipo “maior do que” ou “menor do que”, “sim” ou “não”). b. Pelo emprego de variáveis proxy, por exemplo: • custos unitários básicos de entidades setoriais, para expressar padrão construtivo; • índice fiscal, índice de desenvolvimento humano, renda média do chefe de domicílio, níveis de renda da população, para expressar localização; • coeficientes de depreciação para expressar estado de conservação das benfeitorias; 37 • valores unitários de lojas em locação para expressar a localização na avaliação de lojas para venda. c. E por meio de códigos ajustados, quando seus valores são extraídos da amostra com a utilização dos coeficientes de variáveis dicotômicas que representem cada uma das características. O modelo intermediário gerador dos códigos deve constar no laudo de avaliação. Levantamento de dados de mercado A primeira etapa realizada no campo, designada coleta, é onde se realizam levantamentos junto ao mercado imobiliário, no sentido de se obter o maior número de informações possíveis sobre os elementos disponíveis, sejam eles ofertas de imóveis ou transações realizadas. Na fase de coleta de dados é recomendável: a. Buscar dados de mercado com atributos mais semelhantes possíveis aos do bem avaliando. b. Identificar e diversificar as fontes de informação, sendo que as informações devem ser cruzadas, tanto quanto possível, com objetivo de aumentar a confiabilidade dos dados de mercado. c. Identificar e descrever as características relevantes dos dados de mercado coletados. d. Buscar dados de mercado de preferência contemporâneos com a data de referência da avaliação. O levantamento de dados tem como objetivo a obtenção de uma amostra representativa para explicar o comportamento do mercado no qual o imóvel avaliando esteja inserido econstitui a base do processo avaliatório. Nesta etapa, o profissional de avaliações investiga o mercado, coleta dados e informações confiáveis preferentemente a respeito de negociações realizadas e ofertas, contemporâneas à data de referência da avaliação, com suas principais características econômicas, físicas e de localização. 38 As fontes devem ser diversificadas tanto quanto possível e identificadas. A identificação das fontes pode ser dispensada em comum acordo entre as partes contratantes. Recomenda-se que os dados de mercado tenham suas características verificadas pelo profissional de avaliações. Os dados de oferta são indicações importantes do valor de mercado. Entretanto, devem-se considerar super estimativas que em geral acompanham esses preços e, sempre que possível, quantificá-las pelo confronto com dados de transações. Na amostragem deve-se sopesar o uso de informações que impliquem opiniões subjetivas do informante e recomenda-se: a. Visitar cada imóvel tomado como referência, com o intuito de verificar, tanto quanto possível, todas as informações de interesse. b. Atentar para os aspectos qualitativos e quantitativos. c. Confrontar as informações das partes envolvidas, de forma a conferir maior confiabilidade aos dados coletados. Tratamento de dados Preliminares: É recomendável, preliminarmente, a sumarização das informações obtidas sob a forma de gráficos que mostrem as distribuições de frequência para cada uma das variáveis, bem como as relações entre elas. Nesta etapa, verificam-se o equilíbrio da amostra, a influência das variáveis que presumivelmente expliquem a variação dos preços, a forma dessa variação, possíveis dependências entre elas, identificação de pontos atípicos entre outros. Assim, pode-se confrontar as respostas obtidas no mercado com as crenças a priori do profissional de avaliações, bem como permitir a formulação de novas hipóteses. Nos casos de transformação de pagamento parcelado ou a prazo de um dado de mercado para preço à vista, esta deve ser realizada com a adoção de uma taxa de desconto, efetiva, líquida e representativa da média praticada pelo mercado, a data correspondente a esse dado, discriminando-se a fonte. No tratamento dos dados podem ser utilizados, alternativamente e em função da qualidade e da quantidade de dados e informações disponíveis: 39 • Tratamento por fatores: homogeneização por fatores e critérios, fundamentados por estudos conforme especificado no tópico Tratamento de Fatores, a seguir, e posterior análise estatística dos resultados homogeneizados. • Tratamento científico: tratamento de evidências empíricas pelo uso de metodologia científica que leve à indução de modelo validado para o comportamento do mercado. Deve-se levar em conta que qualquer modelo é uma representação simplificada do mercado, uma vez que não considera todas as suas informações. Por isso, precisam ser tomados cuidados científicos na sua elaboração, desde a preparação da pesquisa e o trabalho de campo, até o exame final dos resultados. O poder de predição do modelo deve ser verificado a partir do gráfico de preços observados na abscissa versus valores estimados pelo modelo na ordenada, que deve apresentar pontos próximos da bissetriz do primeiro quadrante. Alternativamente, podem ser utilizados procedimentos de validação. A qualidade da amostra deve estar assegurada quanto a: a. Correta identificação dos dados de mercado, com especificação e quantificação das principais variáveis levantadas, mesmo aquelas não utilizadas no modelo. b. Isenção das fontes de informação. c. Identificação das fontes de informação, salvo houver acordo quanto à sua dispensa, conforme já abordado. d. Número de dados de mercado efetivamente utilizados, de acordo com o grau de fundamentação. e. Sua semelhança com o imóvel objeto da avaliação, no que diz respeito à sua situação, à destinação, ao grau de aproveitamento e às características físicas; diferenças relevantes perante o avaliando devem ser tratadas adequadamente nos modelos adotados. f. Inserção de mais de um tipo de agrupamento no mesmo modelo. Nestes casos, o profissional de avaliações deve se certificar de ter contemplado as diferenças significativas entre esses grupos, sendo obrigatória a verificação da influência das interações entre as variáveis. 40 Recomenda-se a inclusão dos endereços completos dos dados de mercado. Tratamento por fatores: O tratamento por fatores é aplicável a uma amostra composta por dados de mercado com as características mais próximas possíveis do imóvel avaliando. Os fatores devem ser calculados por metodologia científica, como citado anteriormente, justificados do ponto de vista teórico e prático, com a inclusão de validação, quando pertinente. Devem caracterizar claramente sua validade temporal e abrangência regional e ser revisados no prazo máximo de quatro anos ou em prazo inferior, sempre que for necessário. Podem ser: a. Calculados e divulgados, juntamente com os estudos que lhe deram origem, pelas entidades técnicas regionais reconhecidas, bem como por universidades ou entidades públicas com registro no sistema CONFEA/CREA, desde que os estudos sejam de autoria de profissionais de engenharia ou arquitetura. b. Deduzidos ou referendados pelo próprio profissional de avaliações, com a utilização de metodologia científica, conforme tópico Tratamento científico a seguir, desde que a metodologia, a amostragem e os cálculos que lhes deram origem sejam anexados ao laudo de avaliação. No caso de utilização de tratamento por fatores, deve ser observado o ANEXO II – Resumo dos fatores de ajuste e respectivos intervalos recomendados (IBAPE/SP). Tratamento científico: Quaisquer que sejam os modelos utilizados para inferir o comportamento do mercado e formação de valores, seus pressupostos devem ser devidamente explicitados e testados. Quando necessário, devem ser intentadas medidas corretivas, com repercussão na classificação dos graus de fundamentação e precisão. Outras ferramentas analíticas para a indução do comportamento do mercado, consideradas de interesse pelo profissional de avaliações, tais como regressão espacial, análise envoltória de dados e redes neurais artificiais, podem ser aplicadas, desde que devidamente justificadas do ponto de vista teórico e prático, com a inclusão de validação, quando pertinente. 41 Os Anexos C, D e E na NBR 145653-2:2011 apresentam de forma resumida as características e fundamentos básicos dessas ferramentas analíticas em caráter informativo, visando sua difusão para o desenvolvimento técnico da engenharia de avaliações. No caso de utilização de modelos de regressão linear, deve ser observado o Anexo A da mesma norma. Campo de arbítrio: O campo de arbítrio definido em 3.8 da ABNT NBR 14653-1:2001 é o intervalo com amplitude de 15%, para mais e para menos, em torno da estimativa de tendência central utilizada na avaliação. O campo de arbítrio pode ser utilizado quando variáveis relevantes para a avaliação do imóvel não tiverem sido contempladas no modelo, por escassez de dados de mercado, por inexistência de fatores de homogeneização aplicáveis ou porque essas variáveis não se apresentaram estatisticamente significantes em modelos de regressão, desde que a amplitude de até mais ou menos 15 % seja suficiente para absorver as influências não consideradas e que os ajustes sejam justificados. Quando a amplitude do campo de arbítrio não for suficiente para absorver as influências não consideradas, o modelo é insuficiente para que a avaliação possa atingir o grau mínimo de fundamentação no método comparativo direto de dados de mercado e esse fato deve ser consignado no laudo. O campo de arbítrio não se confunde com o intervalo de confiança de 80% calculado para definir o grau de precisão da estimativa.Método involutivo Este método exige a vistoria conforme já abordado na Unidade I, devendo ainda serem realizados: Projeto hipotético: Na concepção do projeto hipotético, o profissional de avaliações deve verificar o aproveitamento eficiente para o imóvel em avaliação, como definido anteriormente. Pesquisa de valores: 42 A pesquisa de valores deve ser realizada segundo os preceitos do método comparativo direto de dados de mercado e tem como objetivo estimar o valor de mercado do produto imobiliário projetado para a situação hipotética adotada e sua variação ao longo do tempo. Previsão de receitas: As receitas de venda das unidades do projeto hipotético são calculadas a partir dos resultados obtidos na pesquisa de valores, considerados a eventual valorização imobiliária, preferencialmente inferida, a forma de comercialização identificada na conduta do mercado e o tempo de absorção em face da evolução conjuntural no mercado e evidências de seu desempenho. Levantamento do custo de produção do projeto hipotético: Este levantamento corresponde à apuração dos custos diretos e indiretos, inclusive de elaboração e aprovação de projetos, necessários à transformação do imóvel para as condições do projeto hipotético. Previsão de despesas adicionais: Podem ser incluídas, quando pertinentes, entre outras, as seguintes despesas: a. De compra do imóvel. b. De administração do empreendimento, inclusive vigilância. c. Com impostos, taxas e seguros. d. Com publicidade. e. Com a comercialização das unidades. Margem de lucro do incorporador: Quando for usada margem de lucro em modelos que não utilizem fluxo de caixa, esta margem deve ser considerada proporcional ao risco do empreendimento, que está diretamente ligado à quantidade de unidades resultantes do projeto, ao montante investido e ao prazo total previsto para retorno do capital. 43 A margem de lucro adotada em modelos estáticos deve ter relação com o que é praticado no mercado. Prazos: No caso de adoção de modelos dinâmicos, recomenda-se que: a. o prazo para a execução do projeto hipotético seja compatível com as suas características físicas, disponibilidade de recursos, tecnologia e condições mercadológicas; b. o prazo para a venda das unidades seja compatível com a estrutura, conduta e desempenho do mercado. Taxas: No caso de adoção de modelos dinâmicos, recomenda-se explicitar as taxas de valorização imobiliária, de evolução de custos e despesas, de juros do capital investido e a mínima de atratividade. Modelo: A avaliação pode ser realizada com a utilização dos seguintes modelos, em ordem de preferência: a. Por fluxos de caixa específicos. b. Com a aplicação de modelos simplificados dinâmicos. c. Com a aplicação de modelos estáticos. Método da renda As avaliações de empreendimentos de base imobiliária (hotéis, shopping centers e outros) devem observar as prescrições da ABNT NBR 14653-4. No caso de avaliação de imóvel que não se enquadre na situação anterior, devem ser observados os aspectos descritos dos tópicos 2.2.6.1 a 2.2.6.4. Estimação das receitas e despesas: Em função do tipo de imóvel que se pretende avaliar, são levantadas todas as despesas necessárias à sua manutenção e operação, impostos etc., e receitas provenientes da sua exploração. Montagem do fluxo de caixa: 44 A montagem do fluxo de caixa é feita com base nas despesas e receitas previstas para o imóvel e suas respectivas épocas. Estabelecimento da taxa mínima de atratividade: Esta taxa é estimada em função das oportunidades de investimentos alternativos existentes no mercado de capitais e, também, dos riscos do negócio. Estimação do valor do imóvel: O valor máximo estimado para o imóvel é representado pelo valor atual do fluxo de caixa, descontado pela taxa mínima de atratividade. Método evolutivo Método em que o valor de mercado do imóvel é obtido por meio da composição do valor do terreno com o custo de reprodução das benfeitorias devidamente depreciado e o fator de comercialização, ou seja: Vi = ( VT + CB ) . FC Onde: • Vi é o valor do imóvel; • VT é o valor do terreno; • CB é o custo de reedição da benfeitoria; • FC é o fator de comercialização. Sempre que possível, recomenda-se que o fator de comercialização seja inferido no mercado da região, a partir de imóveis similares, observando-se o mínimo de 03 (três) elementos. A aplicação deste método exige que: a. O valor do terreno seja determinado pelo método comparativo de dados de mercado ou, na impossibilidade deste, pelo método involutivo. b. As benfeitorias sejam apropriadas pelo método comparativo direto de custo ou pelo método da quantificação de custo. c. O fator de comercialização seja levado em conta, admitindo-se que pode ser maior ou menor do que a unidade, em função da conjuntura do mercado na época da avaliação. 45 Quando o imóvel estiver situado em zona de alta densidade urbana, onde o aproveitamento eficiente é preponderante, o profissional de avaliações deve analisar a adequação das benfeitorias, ressaltar o sub aproveitamento ou o super aproveitamento do terreno e explicitar os cálculos correspondentes. Quando puder ser empregado, o método evolutivo pode ser considerado método eletivo para a avaliação de imóveis cujas características sui generis impliquem a inexistência de dados de mercado em número suficiente para a aplicação do método comparativo direto de dados de mercado. O método evolutivo pode também ser empregado quando se deseja obter o valor do terreno ou o custo de reedição da benfeitoria a partir do conhecimento do seu valor total, considerada a equação acima. MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O CUSTO DE UM IMÓVEL Os métodos a seguir são recomendados para a identificação do custo de todos os tipos de imóveis, conforme atesta a ABNT em suas normas. A seguir, trataremos de cada um deles. Método da quantificação do custo Utilizado para identificar o custo de reedição de benfeitorias. Pode ser apropriado pelo custo unitário básico de construção ou por orçamento, com citação das fontes consultadas. Identificação de custo pelo custo unitário básico (ABNT NBR 12721) 46 Vistoria Tendo como objetivo principal examinar as especificações dos materiais aplicados, para estimação do padrão construtivo, a tipologia, o estado de conservação e a idade aparente, a vistoria novamente aqui é exigida. Cálculo da área equivalente de construção Se os custos das edificações em condomínio forem estimados conforme previsto na ABNT NBR 12721, devem ser utilizadas as áreas equivalentes de construções para os custos unitários padrão, representadas pela seguinte fórmula: 𝑆 = 𝐴𝑝 + ∑ (𝐴𝑞𝑖. 𝑃𝑖) 𝑛 𝑖 Onde: • S é a área equivalente de construção; • Ap é a área construída padrão; • Aqi é a área construída de padrão diferente; • Pi é o percentual correspondente à razão entre o custo estimado da área de padrão diferente e a área padrão, de acordo com os limites estabelecidos na NBR 12721. Ao custo das edificações resultante da multiplicação da área S pelo Custo Unitário Básico com características mais próximas às do elemento avaliando, devem ser acrescidos os itens de custo não contemplados pela NBR12721. Estimação do custo de construção Para a estimação do custo de construção pode-se aplicar o modelo a seguir: 𝐶 = [𝐶𝑈𝐵 + 𝑂𝐸 + 𝑂𝐼 + (𝑂𝐹𝑒 − 𝑂𝐹𝑑) 𝑆 (1 + 𝐴ℎ)(1 + 𝐹)(1 + 𝐿)] 47 Onde: • C é o custo unitário de construção por m² de área equivalente de construção; • CUB é o custo unitário básico; • OE é o orçamento de elevadores; • OI é o orçamento de instalações especiais e outras, tais como geradores, sistemas de proteção contra incêndio, centrais de gás, interfones, antenas, coletivas, urbanização, projetos etc. • OFe é o orçamentode fundações especiais; • OFd é o orçamento de fundações diretas; • S é a área equivalente de construção, de acordo com a NBR 12721; • A é a taxa de administração da obra; • F é o percentual relativo aos custos financeiros durante o período da construção; • L é o percentual correspondente ao lucro ou remuneração da construtora. Identificação do custo pelo orçamento detalhado Vistoria: A vistoria detalhada da benfeitoria tem como objetivo examinar as especificações dos materiais aplicados, o estado de conservação e a idade estimada. Levantamento dos quantitativos: Nesta etapa são levantados todos os quantitativos de materiais e serviços aplicados na obra. Pesquisa de custos: De acordo com as especificações dos materiais e serviços utilizados para execução da benfeitoria, coletam-se os seus respectivos custos em fontes de consulta especializadas. Preenchimento da planilha orçamentária: 48 O preenchimento da planilha deve ser de acordo com o modelo sugerido na ABNT NBR 12721, onde são discriminados todos os serviços, indicando-se a unidade de medida, a quantidade, o custo unitário, o custo total e a fonte de consulta. Depreciação física O cálculo da depreciação física pode ser realizado de forma analítica por meio de orçamento necessário à recomposição do imóvel na condição de novo ou por meio da aplicação de coeficiente de depreciação, que leve em conta a idade e o estado de conservação. Esse coeficiente deve ser aplicado sobre o valor depreciável. Coeficiente de Estado de Conservação (FCONSERV) É aquele que corrige as diferenças em ter o estado de conservação das edificações, em função da manutenção aplicada à benfeitoria. a) Tipo de estado de conservação: Estado de Conservação Nota Novo 100 Boa 90 Entre Boa e Regular 85 Regular 80 Desgastada 70 Ruim 65 Péssimo 60 Coeficiente de Estado de Conservação: Ao relacionarmos o fator de estado de conservação do imóvel avaliando com o fator de estado de conservação do imóvel pesquisado, estamos estabelecendo uma comparação entre estes imóveis. 49 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑠𝑞𝑢𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜 𝑊𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣 = 𝐹 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣 𝐴 𝐹𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣 𝑃 Exemplo: Estado de Conservação do avaliando = Regular = 80 Estado de Conservação da Pesquisa 01 = 90 Estado de Conservação da Pesquisa 02 = 85 Estado de Conservação da Pesquisa 03 = 75 Estado de Conservação da Pesquisa 04 = 70 Estado de Conservação da Pesquisa 05 = 60 Para uma compreensão pontual sobre o processo de avaliação da conservação de um imóvel, considere analisar o disposto no ANEXO IV – Estado de Conservação. Custo de reedição da benfeitoria O custo de reedição da benfeitoria é o resultado da subtração do custo de reprodução da parcela relativa à depreciação. Método comparativo direto de custo: A utilização do método comparativo direto para a avaliação de custos deve considerar uma amostra composta por imóveis de projetos semelhantes, a partir da qual são elaborados modelos que seguem os procedimentos usuais do método comparativo direto de dados de mercado. Fator do Estado de Conservação Avaliando 80 1 90 O,89 2 85 0,94 3 75 1,07 4 70 1,14 5 60 1,33 50 TRATAMENTO POR FATORES No tratamento por fatores devem ser utilizados os elementos amostrais mais semelhantes possíveis ao avaliando em todas as suas características cujas diferenças perante o mesmo, para mais ou para menos, são levadas em conta. É admitida a priori a existência de relações fixas entre as diferenças dos atributos específicos e os respectivos preços. Os fatores devem ser aplicados sempre ao valor original do elemento comparativo na forma de somatório. No valor original do elemento devem ser considerados quando aplicáveis: • A elasticidade de preços representada pelo fator oferta. • A transformação de preços à vista e a prazo, e/ou conversões de preços que sejam ofertados em outras moedas. O conjunto de fatores aplicado a cada elemento amostral será considerado como homogeneizante quando após a aplicação dos respectivos ajustes se verificar que o conjunto de novos valores homogeneizados apresenta menor coeficiente de variação dos dados que o conjunto original. Devem refletir, em termos relativos, o comportamento do mercado, em uma determinada abrangência espacial e temporal, com a consideração de: • Localização. • Fatores de forma (testada, profundidade, área ou múltiplas frentes). • Fatores padrão construtivo e depreciação. Fator oferta A superestimativa dos dados de oferta (elasticidade dos negócios) deverá ser descontada do valor total pela aplicação do fator médio observado no mercado. Na impossibilidade da sua determinação, pode ser aplicado o fator consagrado 0,9 (desconto de 10% sobre o preço original pedido). Todos os demais fatores devem ser considerados após a aplicação do fator oferta. Fator Oferta: • Transação = 1,00 • Oferta = 0,90 ou 0,95 51 Geralmente, os imóveis são ofertados em valor superior ao que são efetivamente transacionados devido à elasticidade de preço por parte do vendedor que tende a ceder no curso da negociação. Deve ser aferido por meio de uma contínua observação de mercado. Este fator é utilizado de forma direta na planilha de homogeneização. Em valores captados como “Ofertas” (possibilidade de superestima e margem de negociação). Redução de 5% a 10%, ou seja, multiplicar os valores unitários por redutores, de 0,95 ou 0,90. Em valores captados como “Vendas” tendem a ser reduzidos por motivos fiscais, no entanto, após certa ponderação podem ser mantidos ou multiplicados por 1,0. Fator localização Para a transposição da parcela do valor referente ao terreno de um local para outro, poderá ser empregada a relação entre os valores dos lançamentos fiscais, obtidos da Planta de Valores Genéricos editada pela Prefeitura Municipal se for constatada a coerência dos mesmos. Nos casos de inexistência desses valores ou se forem constatadas incoerências nas suas inter-relações, deverá ser procedido estudo devidamente fundamentado de novos índices para a região. Tanto quanto possível, deverá ser evitada a utilização de valores oriundos de locais cujos índices de transposição discrepem excessivamente daquele para o qual a pesquisa deve ser feita, limitando-os entre a metade e o dobro do local a avaliar. No caso de terrenos com edificações, os fatores referentes à localização devem incidir exclusivamente na parcela do valor do comparativo correspondente ao terreno. Segundo a NBR 14653-2, a localização indica a situação no contexto urbano, com indicação dos principais polos de influência. Refere-se assim às diferenças de valores entre imóveis situados em locais distintos, uma vez que, por mais assemelhados que os elementos sejam, a amostragem possui discrepâncias relativas à localização. 52 A variação relativa pode ser referente ao Polo Urbano Central ou a um Polo Urbano localizado. Os valores a serem estabelecidos podem ser obtidos ou pesquisados da seguinte maneira: a) Por meio do “Valor Fiscal” estabelecidos nas PVG – Plantas de Valores das Prefeituras para cobranças do IPTU e ITBI. Estes valores devem ser pesquisados com muito cuidado e paciência, pois não são raras as vezes em que percebe-se a existência de distorções ou desatualização. Nestas condições devem ser comparados com os valores locais e com as devidas justificativas ajustadas com fatores de correções explícitos à situação local. Assim, Floc = R$ 85,00 / m2, R$ 91,00 / m2, R$ 89,00 / m2, R$ 75,00 / m2 etc. b) Por meio de “pontuação percentual” em escala estudada estatisticamente no local. A região de influência do terreno avaliando determina-se por pesquisa o
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