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EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Capítulo 7: Escoamento Interno �Trocadores de calor EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Temperatura de mistura • Tm é a temperatura que se obtêm ao retirar uma amostra de fluido na seção transversal do duto, colocar em um copo e fazer uma mistura. • Ela é MUITO CONVENIENTE pois o produto cpTm expressa a entalpia específica na seção transversal do duto. • Neste caso o balanço de energia final (considerando W=0 e ∆∆∆∆Ec e ∆∆∆∆Ep desprezíveis) numa tubulação fica sendo: ( ) Qhhm es && =− ( ) QTmTmcm esp && =− EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Lei de Newton • Para um escoamento trocando calor no interior de um tubo, pode-se escrever que: Logo, o fluxo de calor por unidade de área é o produto de hx (coeficiente local de transferência de calor) pela diferença entre as temperaturas Ts e Tm (temperatura da superfície e de mistura, respectivamente). (((( ))))mpx"x TThq −−−−====& EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Trocadores de calor • São equipamentos que fazem a transferência de energia de uma corrente quente de fluido para uma corrente fria. • Normalmente, os dois fluidos são separados por paredes sólidas: – São chamadas de superfícies de troca. – No caso de fluidos imiscíveis, as paredes sólidas podem ser dispensadas e o trocador é chamado de contato direto. Tfe Tfs TqeTqs EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero CLASSIFICAÇÃO • Normalmente os trocadores de calor são classificados pela: – Aplicação: • Sem mudança de fase do fluido: líquido-líquido, gás-líquido e gás- gás; • Com mudança de fase: vapor/líquido-líquido, vapor/líquido-gás e líquido/vapor-gás. Também conhecidos como condensadores e evaporadores. – Arranjo do escoamento: • Correntes Paralelas; • Correntes Contrárias ou Opostas; • Correntes cruzadas. – Tipo construtivo: • Duplo tubo, Casco tubo, Placas, Compactos, Tubos aletados, etc; EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Correntes paralelas • Nesse tipo de trocador de calor, o fluido quente e o frio entram pelo mesmo lado do trocador e escoam no mesmo sentido. • Conforme os fluidos escoam, há a transferência de calor do fluido quente para o frio. • Usualmente estão associados a trocadores tipo duplo tubo. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Correntes opostas ou contracorrente • Nesse tipo de trocador de calor, o fluido quente entra por um lado e o frio entra pelo lado oposto. • O escoamento ocorre em sentidos opostos. • Apresenta uma maior eficiência global quando comparado com o de corrente paralela. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Correntes cruzadas • Nesse tipo de trocador de calor, os escoamentos são perpendiculares entre si. • Pode-se ter um escoamento não misturado e misturado: – Fluido não misturado: há dispositivos (aletas) que inibem o movimento do fluxo cruzado na direção do escoamento. – Fluido misturado: nesse caso, o fluido pode escoar em todas as direções (não há aletas). EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Casco tubos • É o trocador de calor mais comum nas indústrias. • Simplicidade de operação, construção e manutenção são suas características principais. • Podem ser classificados como: – Número de passes nos tubos: • Passe simples; • Múltiplos passes. – Número de passes no casco: • Passe simples; • Múltiplos passes EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Casco tubos • Com um passe no casco e um passe nos tubos: • Com um passe no casco e dois passes nos tubos: EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Casco tubos • Com dois passes no casco e quatro passes nos tubos: EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Trocador de calor aletado (compacto) (líquido-gás) – motores de combustão • São aqueles que possuem uma grande área de troca ocupando um pequeno volume: – Usualmente maior que 700m2/m3. • Possuem arranjos densos de tubos aletados ou placas. • São tipicamente usados quando um dos fluidos é gás. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Transferência de calor • A transferência de calor do escoamento interno a um duto para o externo a um duto é uma aplicação freqüente em trocadores de calor. Considere: Tmi > Tpi > Tpe > Tf de maneira que o fluido quente (interno) transfere calor para o fluido frio (externo). TTmimi TTpipi TTpepe TTff "q& EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Há três mecanismos de transferência de calor: • do fluido interno com a parede interna por convecção térmica interna ( Qi ); • da parede interna à parede externa por condução térmica ( Qk ); • da parede externa com o fluido externo por convecção térmica externa ( Qe ). Troca de calor interna e externa ao tubo EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Como não há variação de temperatura com o tempo (regime permanente) então: • o calor transferido do fluido interno para a parede é o mesmo; • do calor transferido da parede interna para a externa e que por sua vez; • é igual ao transferido da parede externa para o fluido. Q = Qi = Qk = Qe Troca de calor interna e externa ao tubo EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Como calcular as taxas de calor: ( )ip,im,iii TThAQQ −== && ( )ep,ip, ie k TT)/dln(d 2π QQ −== Lk && ( )fep,eee TThAQQ −== && Onde Ai e Ae representam as áreas interna e externa do tubo (ππππdiL e ππππdeL [m2] ). Troca de calor interna e externa ao tubo EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Troca de calor interna e externa ao tubo É freqüente a necessidade de se determinar Q, em função apenas de Tm,i e Tf: ( )ip,im,iii TThAQ −=& ( )ep,ip,iek TTL2π)/dln(dQ −=k& ( )fep,eee TThAQ −=& ++ ( )fim, ee ie ii TT hA 1 kL2 )/dln(d hA 1 Q −= ++⋅ π & EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Taxa Calor Interno/Externo (J/s ou W) A taxa de calor que sai do fluido quente e chega ao fluido frio é então determinado por: ( ) ++ − = ee ie ii fim, hA 1 kL2 )/dln(d hA 1 TT Q π & EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Analogia calor/eletricidade Pode-se estabelecer uma analogia direta entre o caminho que o calor percorre com um circuito elétrico (lei de ohm: V = R.I ⇒⇒⇒⇒ I = V/R) RhA VT IQ ⇔ ⇔∆ ⇔ 1 TTmimi TTpipi TTpepe TTff Re Rk Ri ( ) ( ) i ip,em, ii ip,em, R TT hA1 TT Q − = − =& ( ) ( ) e fep, ee fep, R TT hA1 TT Q − = − =& ( ) ( ) k ep,ip, ie ep,ip, R TT L2π)/dln(d TT Q − = − = k & Onde R é a resistência térmica. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Utilizando-se a analogia calor/eletricidade: A taxa de calor total transferido é Q = (Tm,i-Tf)/Req onde a resistência equivalente é a soma das resistências interna, da parede e externa: Req = Ri + Rk + Re. TTmimi TTpipi TTpepe TTff Re Rk Ri ii i hA 1 R ==== ee e hA 1 R ==== kπ )/d(d ie L Rk 2 ln = • Quanto menor for a resistência térmica, maior é o fluxo de calor para a mesma diferença de temperatura! • Quanto maior for a área de troca de calor ou h ou k, menor será a resistência térmica equivalente! Analogia calor/eletricidade EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Sobre a resistência de condução No capítulo 8 será visto com mais detalhes a transferência de calor por conduçãotérmica. No momento, a resistência térmica devido a condução para um tubo é: A resistência térmica devido a condução para uma placa de espessura ∆∆∆∆x é: kA x R placa k ∆∆∆∆ ==== ( ) L2 ddLn R iek πk = onde L é o comprimento do tubo e de e di são os diâmetros externo e interno onde ∆∆∆∆x é a espessura da placa e A é a área transversal da placa ao fluxo de calor EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Resistência das incrustações • Os fluidos podem apresentar impurezas (fuligem, sólidos em suspensão) que acabam sendo depositadas nas superfícies do trocador de calor. • Estas são conhecidas como incrustações na superfície do trocador de calor e além de modificar a superfície, alteram o coeficientes de transferência de calor por convecção e promovem uma resistência adicional à resistência térmica nas duas interfaces fluido-superfície (interna e externa). • A resistência das incrustações (Rf) é definida a partir do fator de incrustação (que depende da característica do fluido) e da área superficial em que ocorre o depósito (vide Tabelas 7.7 e 7.8). EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero • Caso a separação entre os dois fluidos seja uma parede plana: • Caso seja um tubo: Onde “d” refere-se ao diâmetro no qual há a incrustação (podendo ser interno e externo ao tubo). Resistência das incrustações A F R f = F πdL F R f = EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero A taxa de calor transferido depende da diferença de temperatura entre o fluido interno e externo e da resistência equivalente do circuito térmico: O coeficiente global de transferência de calor é definido como sendo: Por meio de UA pode-se determinar a troca térmica utilizando apenas a temperatura de mistura do tubo e a temperatura externa! Coeficiente global de transferência de calor (U) ( ) eq fim, R TT Q − =& eki RRR UA ++ = 1( )fim, TT(UA)Q −=& EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero • Considerando todas as resistências térmicas entre o fluxo de dois fluidos separados por um tubo e incrustações internas e externas, tem-se que : Coeficiente global de transferência de calor (U) eee e p ie i i ii Ah 1 A F L2π )/dln(d A F Ah 1 1 UA ++++ = k EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Coeficiente global de transferência de calor (U) EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Análise da 1a lei para trocadores de calor calor cedido fluido quente: = calor recebido fluido frio: Tfe Tfs TqeTqs ( )eq,sq,qp,qq TTcmQ −= && ( )ef,sf,fp,ff TTcmQ −= && ( ) ( )ef,sf,fp,fsq,eq,qp,q fq TTcmTTcm QQ- −=− = && && EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero • O produto da vazão mássica com o calor específico é conhecido como Capacidade térmica do fluxo de fluido - C [W/ºC]: • A 1a lei fica: Análise da 1a lei para trocadores de calor fp,ffqp,qq cmCcmC && == ( ) ( )ef,sf,fsq,eq,q TTCTTC −=− Fluido quente está perdendo calor. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Método da efetividade (εεεε) • Em trocadores de calor freqüentemente se necessita da área de troca de calor ou das temperaturas de saída dos fluidos. • Conhecendo-se as temperaturas de entrada, os parâmetros mencionados podem ser determinados pelo método da efetividade (εεεε). EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Método da efetividade (εεεε) • A efetividade de um trocador de calor é a razão entre a taxa de calor que ele troca pela máxima taxa de calor que ele pode trocar: onde Qmax é igual ao produto da menor capacidade térmica entre os dois fluidos pela máxima diferença de temperatura possível no trocador de calor (entrada): ( )ef,eq,minmax TTCQ −= ⋅& maxQ Q ε & & = EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Calor utilizando efetividade • Com o conceito de efetividade pode-se expressar a taxa de calor trocado Q, como sendo: ou ( )ef,eq,min TTCεQ −⋅= ⋅& maxQεQ && ⋅= • EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero A efetividade de um trocador é uma função: 1. do Número de Unidades Térmicas: 2. da razão entre Capacidades térmicas: 3. da configuração do trocador. Como calcular a efetividade mínC UA NUT = (((( ))))geometria,C,NTUf r====εεεε máx mín C C C =r EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero NUT: corrente paralela e contracorrente EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero NUT: outras configurações EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero NUT: outras configurações EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Exemplo: um trocador de calor deve ser projetado para resfriar 2 kg/s de óleo de 120oC para 40oC. Depois de considerações iniciais, o tipo de um passe na carcaça e seis passes no tubo foi selecionado. Cada passe de tubo é composto de 25 tubos de parede fina com um diâmetro de 2 cm conectado em paralelo. O óleo deve ser resfriado usando água que entra no trocador de calor a 15oC e descarrega a 45oC. Um esquema da unidade pode ser visto na figura abaixo. O coeficiente global de calor vale 300 W/m2. Determine a vazão mássica de água, a área total de transferência de calor e o comprimento dos tubos. água água óleo óleo EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero água água óleo óleo • Tm,o=(120+40)/2=80oC cp,o= 2,132 kJ/kgoC • Tm,a=(15+45)/2=30oC cp,a= 4,180 kJ/kgoC • Pelo balanço de energia se obtém a vazão mássica de água: )()( ,,,,,, easaapaeosoopo TTcmTTcm −=−− && 2,72kg/s 15)4180(45 120)2132(40*2 )T(Tc )T(Tcm m ea,sa,ap, eo,so,op,o a = − −− = − −− = & & mínC UA NUT = • Pelo NUT obtém-se a área total de transferência de calor: U C*NUT A mín= EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero água água óleo óleo • Tm,o=(120+40)/2=80oC cp,o= 2,132 kJ/kgoC • Tm,a=(15+45)/2=30oC cp,a= 4,180 kJ/kgoC • Para este tipo de trocador (um passe na carcaça e 6 no tubo), usa-se a Fig. 7-25 para determinar NUT a partir da efetividade e de Cr. 375,0 10.38,11 10.264,4 3 3 === máx mín C C Cr CW/4,264.102132*2cmC o3op,oo === & CW/11,38.104180*2cmC o3ap,aa === 72,& EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero água água óleo óleo • Tm,o=(120+40)/2=80oC cp,o= 2,132 kJ/kgoC • Tm,a=(15+45)/2=30oC cp,a= 4,180 kJ/kgoC • Para este tipo de trocador (um passe na carcaça e 6 no tubo), usa-se a Fig. 7-25 para determinar NUT a partir da efetividade e de Cr. W341,1.10120)2132(40*2)T(TCQ 3eo,so,o =−−=−−=& ( )ef,eq,min TTCεQ −⋅= ⋅& ( ) ( ) 0,7619 151204,264.10 341,1.10 TTC Q ε 3 3 ef,eq,min = − = − = ⋅ & • Para εεεε=0,7619 e Cr=0,375 pela Fig 7-25: NUT = 2,3 EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero água água óleo óleo • Tm,o=(120+40)/2=80oC cp,o= 2,132 kJ/kgoC • Tm,a=(15+45)/2=30oC cp,a= 4,180 kJ/kgoC • Logo, a área é: • A área superficial de troca de calor por passe é: • A área superficial de cada tubo em cada passe é: 2 a a m 5,4486 32,69 N A A === 2 3 mín m 32,69 300 )102,3(4,264. U C*NUT A === 2 t a t m 0,217925 5,448 N A A === EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero água água óleo óleo • Tm,o=(120+40)/2=80oC cp,o= 2,132 kJ/kgoC • Tm,a=(15+45)/2=30oC cp,a= 4,180 kJ/kgoC • O comprimento de cada tubo será: m 3,468 0,02*3,14 0,2179 πd A L t === EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Exercícios recomendados: 7.5 / 7.7 / 7.8 / 7.18 / 7.21 / 7.23 / 7.25 / 7.26 / 7.27/ 7.28 / 7.48 EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Exercício 1: Vapor condensado na superfície externa de um tubo circular de parede fina de 50mm de diâmetroe 6 m de comprimento mantém uma temperatura superficial uniforme de 100oC. A água escoa através do tubo a uma vazão mássica de 0,25 kg/s e suas temperaturas na entrada e saída do tubo são 15oC e 57oC respectivamente. Qual é o coeficiente médio de transferência de calor por convecção associado ao escoamento da água? Tme=15oC m = 0,25kg/s Tp 100oC Tp 100oC Tms=57oC ESCOAMENTO INTERNO TEMPERATURA DA PAREDE UNIFORME EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero • Temperatura da parede uniforme: Exercício 1: Vapor condensado na superfície externa de um tubo circular de parede fina de 50mm de diâmetro e 6 m de comprimento mantém uma temperatura superficial uniforme de 100oC. A água escoa através do tubo a uma vazão mássica de 0,25 kg/s e suas temperaturas na entrada e saída do tubo são 15oC e 57oC respectivamente. Qual é o coeficiente médio de transferência de calor por convecção associado ao escoamento da água? Tme=15oC m = 0,25kg/s Tp 100oC Tp 100oC Tms=57oC p ms p me p T T h A EXP T T m C −−−− ⋅⋅⋅⋅ = −= −= −= − − ⋅− ⋅− ⋅− ⋅ & − − −= mep mspp TT TT ln* P*L cm h & EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Temperatura média da mistura • cp = 4,179 kJ/kg oC • P = ππππd = 0,157 m Exercício 1: Vapor condensado na superfície externa de um tubo circular de parede fina de 50mm de diâmetro e 6 m de comprimento mantém uma temperatura superficial uniforme de 100oC. A água escoa através do tubo a uma vazão mássica de 0,25 kg/s e suas temperaturas na entrada e saída do tubo são 15oC e 57oC respectivamente. Qual é o coeficiente médio de transferência de calor por convecção associado ao escoamento da água? Tme=15oC m = 0,25kg/s Tp 100oC Tp 100oC Tms=57oC C W/m756ln* ,* .,*, TT TT ln* P*L cm h 2o mep mspp = − − −= − − −= 15100 57100 15706 101794250 3& C 2 T om 36 5715 = + = EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Água (0,01 kg/s) Tm,e = 20 ºC Tm,s = 80 ºC L = ? Tp = ? Exercício 2: Um conceito utilizado para a captação da energia solar consiste na colocação de um tubo no ponto focal de um refletor parabólico (concentrador) e o escoamento de um fluido através deste tubo. O efeito líquido desta configuração se assemelha ao da criação de um fluxo térmico constante para o fluido ao longo da circunferência e do eixo do tubo. Considerando uma operação com água entrando no tubo a uma temperatura de mistura de 20 ºC e vazão mássica de 0,01 kg/s, em um dia ensolarado no qual o fluxo térmico é de 2.000 W/m2, determine: a) O comprimento L do tubo necessário para obter uma temperatura de saída da água de 80º C; b) A temperatura da parede na saída do tubo para o escoamento plenamente desenvolvido. 2" 2000W/mq =& ESCOAMENTO INTERNO FLUXO DE CALOR UNIFORME EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Água (0,01 kg/s) Tm,e = 20 ºC Tm,s = 80 ºC L = ? Tp = ? Fluxo constante: 2" 2000W/mq =& em, p " sm, Tcm Aq T += & & dLL*PA π== ( ) )( dq TTcm L " em,sm,p π& & − = C50 2 8020 T om = + = cp = 4,182 kJ/kg.º C ; ρ = 998,0 kg/m3 ; ν = 0,5537.10-6 m2/s ; k = 0,6405 W/m.ºC ; Pr = 3,57 ( ) m 6,66 dq TTcm L " em,sm,p = − = − = 06,0*14,3*2000 )2080(*4182*01,0 )(π& & EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Água (0,01 kg/s) Tm,e = 20 ºC Tm,s = 80 ºC L = ? Tp = ? Fluxo constante: 2" 2000W/mq =& Escoamento Laminar: Nu = 4,36 (((( )))) (((( )))) (((( )))) " " x x x p m p m x q q h T T T x T x h = −= −= −= − ⇒⇒⇒⇒ = += += += + & & transvρUAm =& m/s 3,546.10 dρ m 4 ρA m U 32 transv −==== 2)06,0(*14,3*0,998 01,0*4 π && 25,384 10.5537,0 06,0*10.546,3 6 3 ==== − − ν Ud µ ρUd Re C W/m46,5 o2===⇒= 06,0 6405,0*36,4 d u*kN h k dh uN C 123T h q T osm, " p =+=+= 80 5,46 2000& EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Exercício 3: Ar quente entra em um trocador de calor de corrente cruzada (ambos fluidos misturados) a uma temperatura de 100 oC e vazão mássica de 3 kg/min. Ar frio entra no equipamento com uma vazão de 5,66 m3/min e temperatura de 30 oC. O coeficiente global de transferência de calor é 25 W/m2oC e a área externa de transferência de calor é de 10 m2. Determine as temperaturas dos fluidos que deixam o trocador de calor. TROCADORES DE CALOR EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero CHUTE - Temperatura média do ar frio (60oC) e do ar quente (60oC) : cp = 1,008 kJ/kg.º C ; ρ = 1,0596 kg/m3 Exercício 3: Ar quente entra em um trocador de calor de corrente cruzada (ambos fluidos misturados) a uma temperatura de 100 oC e vazão mássica de 3 kg/min. Ar frio entra no equipamento com uma vazão de 5,66 m3/min e temperatura de 30 oC. O coeficiente global de transferência de calor é 25 W/m2oC e a área externa de transferência de calor é de 10 m2. Determine as temperaturas dos fluidos que deixam o trocador de calor. )()( ,,,, eqsqqefsff TTCTTCQ −−=−= CWCcmC o qqpqq /4,50 60 1008*3 , ==⇒= & CWCcVC o ffpff /8,100 60 1008*66,5*0596,1 , ==⇒= &ρ EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Exercício 3: Ar quente entra em um trocador de calor de corrente cruzada (ambos fluidos misturados) a uma temperatura de 100 oC e vazão mássica de 3 kg/min. Ar frio entra no equipamento com uma vazão de 5,66 m3/min e temperatura de 30 oC. O coeficiente global de transferência de calor é 25 W/m2oC e a área externa de transferência de calor é de 10 m2. Determine as temperaturas dos fluidos que deixam o trocador de calor. CHUTE - Temperatura média do ar frio (60oC) e do ar quente (60oC): cp = 1,008 kJ/kg.º C ; ρ = 1,0596 kg/m3 96,4 4,50 10*25 / min === CUANUT 53,0 max min == C C Cr )( ,,min efeq TTCQ −= ε 840,=ε WQ 5296330100450840 ,)(*,*, =−= EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Temperatura média do ar frio (60oC) e do ar quente (60oC) - (chute): cp = 1,008 kJ/kg.º C ; ρ = 1,06 kg/m3 Exercício 3: Ar quente entra em um trocador de calor de corrente cruzada (ambos fluidos misturados) a uma temperatura de 100 oC e vazão mássica de 3 kg/min. Ar frio entra no equipamento com uma vazão de 5,66 m3/min e temperatura de 30 oC. O coeficiente global de transferência de calor é 25 W/m2oC e a área externa de transferência de calor é de 10 m2. Determine as temperaturas dos fluidos que deixam o trocador de calor. CTTTCQ o sfefsff 459,)( ,,, =⇒−= CTTTCQ o sqeqsqq 241,)( ,,, =⇒−−= Fica para vocês recalcularem os valores da temperatura média do fluido quente e frio e obter as respectivas temperaturas de saída. As Ts finais (quente e frio) serão aquelas em que convergirem as Tm. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero Existem tópicos do Cap. 7 que não foram revisados para a execução dos exercícios anteriores. Eles precisarão ser estudados para a resolução dos exercícios recomendados do livro. EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero FIM !