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Os Evangélicos no Período Militar no Brasil (1964-1985)-1

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Licenciatura em História
ANDRÉ ULISSES DA SILVA PERES
 RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE HISTÓRIA I
Rio de Janeiro
2021
 
Os Evangélicos no Período Militar no Brasil (1964-1985)
André Ulisses da Silva Peres
Alessandra Silveira Borghetti Soares
Resumo
Durante o período militar no Brasil (1964-1985), a população teve optar por acolher e apoiar ou se opor ao governo dos militares. Mesmo a indiferença ante ao cenário político era um posicionamento. As igrejas evangélicas, de maneira institucional, também fizeram sua opção. E seus posicionamentos foram decisivos para a manutenção do regime. A população evangélica, era menos numerosa que hoje, mas já bastante influente nas questões nacionais. Seu apoio decisivo, ajudou a conter os ânimos mais exaltados e em momentos pontuais teve importante participação na identificação e silenciamento de eventuais opositores do governo dentro das fileiras evangélicas. Este artigo visa tratar da relação oficial e institucional, mesmo que de forma velada dos quatro maiores grupos evangélicos do Brasil naquele período: As Igrejas presbiteriana, Assembleia de Deus, Batista e Metodista. 
Palavras Chaves: Período Militar. Igrejas Evangélicas. História do Brasil
1 INTRODUÇÃO
Ultimamente, o papel do voto evangélico tem sido decisivo nos resultados eleitorais no Brasil e o público evangélico tem sido atraído das mais diversas maneiras por todas as campanhas eleitorais dado o grande percentual de cristãos evangélicos no Brasil, bem como sua influência dentro do cenário político nacional.
Há muito tempo essa influência existe e faz diferença no contexto político nacional. Durante o período militar não foi diferente. As igrejas evangélicas se posicionaram ante a ascensão dos militares ao poder com a deposição de João Goulart. Em geral, se alinharam àqueles que chegaram ao poder.
Movidos por diferentes interesses, as igrejas formaram uma base de apoio aos governos militares, que ajudaram a controlar os discursos e ações de opositores, e até identificar e denunciar às autoridades aqueles que tinham algum tipo de participação o envolvimento com a oposição ao governo.
Esse artigo pretende traçar as linhas gerais de como isso se deu nas Igrejas mais influentes do período: Presbiteriana, Assembleia de Deus, Batista e Metodista. Através de uma pesquisa bibliográfica, foram levantados dados que mostram que já desde antes do período militar já existe uma participação efetiva das igrejas evangélicas no processo político brasileiro, mas que por razões diversas, sobretudo ligadas ao pragmatismo, houve um alinhamento dos evangélicos ao governo instaurado em 1964.
Este tema, mostra-se relevante dada a influência crescente dos evangélicos na política nacional, a influência da bancada evangélica no governo nacional e soma-se ao processo de levantamento de dados que visam esclarecer cada vez mais o que ocorreu no Brasil durante o período militar em todas as esferas da sociedade, trazendo luz sobre o posicionamento efetivo de uma parte importante e numerosa da população brasileira, que teve no silêncio e nas falas papel importante durante os anos de governos militares no Brasil.
2 A posição da Igreja Presbiteriana
Desde antes da chegada dos militares ao poder, os presbiterianos tinham uma preocupação com os rumos da política nacional. Desde 1903, os presbiterianos se envolveram numa celeuma acerca da influência dos missionários estrangeiros na denominação. Desse episódio, surgiram dois grupos identificados com os presbiterianos, mas com gestões distintas: a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), ligada aos missionários americanos e tolerante com a maçonaria e de outro lado a Igreja Presbiteriana Independente (IPI), mais nacionalista e anti-maçonaria.
O posicionamento nacionalista da IPI naquele primeiro momento tinha mais a ver com questões internas da igreja, mas se desdobrou em uma justificativa para muitas das ações dos presbiterianos inclusive durante o período militar. A IPI contava com um jornal chamado ‘O Estandarte’. As publicações desse jornal são fonte importante para verificar como se posicionava politicamente a IPI.
Quando João Goulart assumiu a presidência em 1961, queria promover no Brasil as reformas de base. Uma dessas reformas estava relacionada a questão agrária. A questão da luta pela terra, estava ganhando forma. Um dos líderes de maior destaque no Nordeste na causa da Reforma Agrária era Francisco Julião. Muitos pastores protestantes aderiram à causa de Julião como ele mesmo afirma em depoimento:
Às vezes, a gente tomava um caminhão, e vinham os pastores protestantes, com outros protestantes. Eu, no meio deles, e eles, cantando os seus hinos. Lá, eles pregavam a Sagrada Escritura, em geral o Velho Testamento, que é muito bom para isso. Para o problema camponês, os profetas são melhores do que os apóstolos, estão muito mais ligados à terra, são mais radicais, mais consequentes na luta pela terra. Então, eles pregavam essas coisas, e eu falava de outras. Muitos presidentes de ligas foram realmente pastores protestantes: em Jaboatão, em Sapé, em vários outros lugares. Não bebiam, não fumavam, tinham somente uma família, impunham grande respeito, e isso os tornavam, naturalmente, líderes, com esse sentido de honestidade em conduzir o movimento. E se radicalizavam.[footnoteRef:4] [4: CPDOC. Francisco Julião (Depoimento). Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/historal/arq/Entrevista101.pdf acesso em 04 de outubro de 2019.] 
Nessa atmosfera de engajamento político na luta pela terra, o Setor de responsabilidade social da Igreja (SRSI) da Conferência Evangélica Brasileira (CEB) realizou em junho de 1962 em Recife a 4ª reunião de estudos. Essa reunião ficou conhecida como Conferência do Nordeste. O tema da conferência era ‘Cristo e o processo revolucionário brasileiro’, tanto nas plenárias como na assistência a presença de presbiterianos era de quase 50% dos participantes. Além de pastores e teólogos, a conferência deu espaço para a fala de intelectuais como Celso Furtado, Gilberto Freyre e Paul Singer.
Como consequência da conferência, os posicionamentos políticos foram se desenhando e uma verdadeira disputa ocorreu entre os presbiterianos para definir qual seria o real papel e posição da igreja ante a questão agrária. A ala conservadora ganhou força e fez com que sua posição fosse assumida pelo SRSI e aqueles cujo discurso destoava da posição oficial começaram a ser perseguidos e pressionados em disputas internas da igreja antes mesmo de abril de 1964.
O engajamento social deixa de fazer parte das publicações presbiterianas e não se vê mais referências à Conferência do Nordeste. O Conselho Mundial de Igrejas, de linhas ecumênica passa a ser atacado e muitos nomes proeminentes dentro da estrutura denominacional são deixados de lado das grandes discussões. A pretexto de uma isenção quanto a esses assuntos, dizia-se oficialmente que a solução dos problemas do Brasil não estaria nem à esquerda, nem à direita. Tal solução seria Cristo. 
Ainda assim, quando os brasileiros foram as urnas referendar o presidencialismo como a forma de governo a ser adotada, dando grande força política a João Goulart, as referências a esse fato foram discretas. A impressão generalizada era que Jango não era visto com bons olhos pelos protestantes. Arte dessa rejeição se dava pelo combate veemente dos presbiterianos a ameaça comunista, que pregava um ateísmo e por isso era incoerente com o discurso cristão. Jango precisava provar que não era comunista, embora muitas suspeitas tenham sido levantadas. 
Se frente ao fortalecimento político de Jango, a IPI não se mostrou animada, diferente reação ocorreu quando os militares assumiram o poder. O órgão oficial da igreja presbiteriana publicou reportagem que exaltava a ascensão do novo presidente. O editorial não economiza nas tintas elogiosas a um e críticas a outro:
O país foi atingido por um movimento revolucionário de grandes proporções e que tem implicações muitoprofundas. Muita gente não entende porque se chamou movimento revolucionário, visto como não chegou a haver luta. Todavia, o verdadeiro sentido de uma revolução está muito menos no fato de haver preparativos militares e muito mais no fato de produzir alteração profunda numa determinada situação. [...] Considerando que o antigo presidente da República não estava conduzindo com austeridade, mas ameaçava de levar o país a rumos perigosos, tornando-se representante de uma ordem inconsistente, os grupos democráticos da oposição, contando com o apoio das Forças Armadas, provocaram mudança radical nos quadros políticos nacionais.[footnoteRef:5] [5: O PAÍS tem novo presidente. O Estandarte, Ano 72, n.ºs 7 e 8, São Paulo, 15 e 30 de abril de 1964, p. 2.] 
A mesma edição de ‘O Estandarte’ traz ainda uma nota sobre a queda de João Goulart, sob o título de ‘Caiu o Jango’. Diz a nota:
O presidente João Goulart foi deposto e a justificativa é que, pela sua omissão, comunistas aboletavam-se no poder e preparavam-se para, através de um golpe, dominar o país. Governa agora o Marechal Humberto Castelo Branco e, a nossa posição de evangélicos, que respeitamos a autoridade constituída, não pode ser referência aos perdedores a do ódio e da vindita. Nem com os vencedores, uma presurosa, ostensiva e afetada adesão. O comunismo é inimigo do Evangelho, por certo. Mas os cristãos amam os inimigos e pregam a Cristo.[footnoteRef:6] [6: CAIU o Jango. O Estandarte, Ano 72, n.ºs 7 e 8, São Paulo, 15 e 30 de abril de 1964. P. 7.] 
Outra publicação presbiteriana, o Brasil presbiteriano trouxe àquele tempo, texto de Boanerges Ribeiro que trazia as convicções de que a incongruência entre cristianismo e comunismo deveria levar a identificação e ao afastamento das atividades na igreja de todos aqueles que se aproximavam ideologicamente das posições políticas associadas ao marxismo, legitimando o governo e sua repressão aos opositores, bem como trazendo esse espectro da repressão para a própria denominação:
Todos os verdadeiros cristãos se regozijaram e estão se regozijando com os resultados da gloriosa revolução de março-abril: o expurgo de comunistas, e seus simpatizantes, da administração do nosso querido Brasil. [...] Pastores, Seminaristas, Presbíteros, crentes, não podem abraçar a ideologia vermelha e permanecer na igreja. Se quiserem ser comunistas, que o sejam, mas renunciem a jurisdição da Igreja e não contaminem o rebanho. Uma ou outra coisa. Ou Cristo ou Belial. [...] É preciso o expurgo![footnoteRef:7] [7: Brasil Presbiteriano, maio de 1964, p. 7 apud SOUZA, Silas de. Presbiterianismo no Brasil. In: SILVA, Elizete; SANTOS, Lyndon de Araújo; ALMEIDA, Vasni de (orgs.). “Fiel é a palavra”: leituras históricas dos evangélicos protestantes. Feira de Santana: UEFS, 2011. P. 206
] 
A perseguição política avança e intelectuais são punidos, entre eles Celso Furtado que tinha sido preletor na Conferência do Nordeste. O pastor presbiteriano Rubem Alves que atuava em Minas Gerais foi denunciado às autoridades como subversivo. O sínodo das igrejas presbiterianas não via incoerência entre ser filiado ao partido do governo, mas que era um problema sério ser membro de um partido que negasse a existência de Deus[footnoteRef:8]. [8: SÍNODO ocidental: resumo das atas da quarta reunião ordinária. O Estandarte, Ano 72, n.ºs 23 e 24, São Paulo, 15 e 31 de dezembro de 1964, p. 10.] 
As aproximações presbiterianas com o governo militar cresciam gradualmente, eram feitas reuniões de oração e até o coro da Igreja Presbiteriana de Brasília foi até o Palácio da Alvorada se apresentar para o presidente Medici[footnoteRef:9]. [9: O Côro e o presidente Médici”. O Estandarte, 31 de janeiro de 1971, p. 11] 
O distanciamento se deu apenas a partir de 1984, quando mudam os quadros do Supremo Concílio da IPI e figuras que antes eram alvos dos expurgos oficiais agora chegaram às posições de decisão e fazem com que a posição da Igreja de aceitação integral ao governo militar se transforme em um apoio incisivo à causa das eleições diretas:
Pela primeira vez depois de 31 de março de 1964, quando quatro pastores se pronunciaram em cadeia nacional apoiando a Revolução, sem qualquer manifestação contrária do Supremo Concílio, o mesmo acontecendo com o primeiro deste ‘O ESTANDARTE’ de abril daquele ano, houve uma manifestação de caráter nitidamente político: nossa Assembleia Geral, com mais de 2/3 dos votos, aprovou que suba um documento ao presidente Figueiredo exigindo imediatamente eleições diretas para a presidência da República.[footnoteRef:10] [10: PRESBITERIANOS independentes decidem, como outros protestantes: “queremos diretas, já!”. O Estandarte, Ano 92, n.º 2, Londrina, 29 de fevereiro de 1984, p. 1.
] 
Evidentemente, houve quem discordasse dessa mudança de posicionamento. Mas não foi uma discordância forte o suficiente para que pudesse mudar aquilo que já estava em andamento: a Igreja Presbiteriana oficialmente estava rompendo com os militares e caminhando na direção da defesa de um governo democrático. Essa abertura se deu, é verdade numa fase em que a influência dos militares estava diminuindo a cada dia e pareceu muito mais um alinhamento ao grupo que estava chegando às posições de poder e de decisão do que uma mudança de perspectivas políticas. 
3 A atuação da Assembleia de Deus
Por razões doutrinárias, e sua ligação com uma corrente de interpretação do texto bíblico chamada de milenarista, cria que a igreja não deveria se envolver em questões temporais e políticas, uma vez que criam que pertenciam a uma realidade superior e transcendente, que compreendia o Reino de Deus. Assim, de maneira oficial, a Igreja Assembleia de Deus através das resoluções de sua Convenção Geral levadas a público pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), sobretudo através de um periódico chamado de ‘O Mensageiro da Paz’, onde nos últimos meses de João de Goulart e nos primeiros anos dos governos militares, caracterizou-se um silêncio absoluto acerca de assuntos políticos, pontuando eventualmente a participação e apoio de algum político local em atividades das igrejas. 
As pautas políticas em geral vinham a partir de motivações religiosas, como a rejeição a Teologia da Libertação que aproximava o cristianismo católico da América Latrina com ideias marxistas. A crítica veemente ao Marxismo e sua opção por um estado que rejeita as religiões foram o foco da maior parte dos escritos e resoluções da Assembleia de Deus.
A partir de 1968, algumas matérias e editoriais veiculados trazem apoio aos governos dos militares. Havia, entretanto, vozes discordantes dentro dos meios oficiais entre eles Joanyr de Oliveira que alertava para que a igreja não fechasse os olhos ante aos problemas da sociedade em que estava inserida.
As posições se alternavam no ‘Mensageiro da Paz’. As decisões do Congresso Latino Americanos de Evangelização realizado em 1968 em Bogotá foram publicados sem maiores observações no jornal. Na edição seguinte, no entanto, há uma observação para aqueles que se utilizavam de sua posição como ministros religiosos para tratar de assuntos políticos. O silêncio sobre política reinou mais uma vez após esse episódio.
Entre 1969 e 1973, há um claro alinhamento entre a direção da Assembleia de Deus e os governos militares. A partir da perspectiva bíblica de que separar as coisas que são de ‘César’ das coisas que são de Deus, a proposta era sempre não se envolver em assuntos políticos. Entretanto elogios rasgados dirigidos aos presidentes militares eram frequentes. Médici e sobretudo o luterano Geisel eram vistos como instrumentos de Deus para livrar o Brasil da ameaça do comunismo ateu.
Durante boa arte das décadas de 70 e 80, houve a tentativa de Joanyr de Oliveira de trazer à tona o assunto político como um fator que a igreja deveria se preocupar. Ele insistia numa atenção que devia ser dada a representação evangélica no parlamento, acompanhava a eleição de cristãos protestantes e como eles votavam nas questões que tocavam ponto importantesda moral cristã, como a lei do divórcio aprovada em 1977, uma lei proposta para a legalização do aborto em 1981 e as eleições diretas em 1984. O jornal trazia a posição de todos os parlamentares evangélicos da época, fazendo um esforço de fiscalização da atuação desses parlamentares no Congresso.
De outro lado, alinhado a luta pela terra, membro de sindicatos, filiado a Ação Popular e membro fundador do Partido dos Trabalhadores está Manoel da Conceição, cuja atuação no interior do Maranhão lhe rendeu perseguição política, prisões, torturas atentados a bala que levaram a amputação de uma perna além de um exílio de três anos e meio. Manoel só não morreu no período militar porque uma grande campanha mobilizadora uniu evangélicos e católicos para libertar o pastor assembleiano maranhense preso como subversivo, embora a essa altura, Manoel estivesse bastante afastado das posições da Assembleia de Deus continuava a se considerar um cristão protestante que teve uma atuação valiosa como líder de algumas congregações espalhadas pelo Maranhão. Ele relata sua libertação assim:
Quando fui preso, houve uma intervenção muito pesada da Igreja, no Brasil, e também internacionalmente. A Anistia Internacional cumpriu um papel gigantesco. Nos Estados Unidos – porque eu tinha sido evangélico –, os pastores divulgaram que tinha sido preso um pastor evangélico. Criaram dezoito comitês de solidariedade, num trabalho coordenado pelo Marcos Arruda. Com toda essa pressão, o governo resolveu que só me soltava com a condição de eu sair do Brasil. Os companheiros que estavam na Suíça, sabendo dessa informação, falaram com a Liga Internacional de Direitos Humanos e veio um companheiro para me acompanhar daqui até lá. Fiquei na Suíça três anos e meio.[footnoteRef:11] [11: MEMÓRIA: Manoel da Conceição. Revista Teoria e Debate, n.º 61, fevereiro/março 2005] 
Como outros grupos cristãos, a posição de alinhamento ao governo militar muda de cenário na Assembleia de Deus a partir da abertura democrática e do surgimento de novos partidos políticos. Começa então um processo de distanciamento dos governos militares. Os elogios cessam e há um retorno a sua posição absenteísta e ascética quanto ao envolvimento político partidário.
4 O posicionamento das igrejas batistas
Durante o governo de João Goulart, o órgão oficial de comunicação da Convenção Batista Brasileira, o Jornal Batista esteve sob a direção de Almir Gonçalves. Nesse período a tônica do jornal tratava majoritariamente dos assuntos das igrejas e das convenções. Assuntos políticos apareciam quando era necessário um posicionamento frente a questões presentes na sociedade. Assim, nos anos em que a ameaça da invasão do comunismo era fantasma que assombrava setores da sociedade brasileira, o Jornal trazia editoriais alertando para os perigos que a proposta comunista trazia, especialmente por negar as religiões e implantar o ateísmo como padrão.
Os batistas recebiam grande influência da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos. Diversos professores estadunidenses vinham lecionar nos seminários batistas brasileiros. Muito dinheiro era injetada pela convenção americana na Convenção Brasileira, de modo que o pensamento e as atuações dos batistas sempre levaram em consideração essa parceria que remontava o início do trabalho batista no Brasil, que data ainda do reinado de D. Pedro II.
Apesar disso, havia alguns setores batistas que se preocupavam com uma atuação social efetiva por parte da igreja. Um desses progressistas era o Pastor David Malta do Nascimento, que mantinha uma visão contrária ao marxismo ao mesmo tempo que dizia que a igreja deveria se envolver com os problemas sociais e políticos do país, de modo a marcar posição no lugar onde estavam.
Os artigos de David Malta propunham que a igreja agisse de modo distinto do que vinha fazendo: em vez de assistencialismo social, com distribuição de cestas básicas por exemplo, a ideia era que fossem feitas ações sociais que promovessem uma transformação de fato no cenário de miséria, fome e pobreza que atingia parte significativa da população brasileira. Seus artigos e posições se caracterizaram ao longo do ano de 1963 por defender um evangelho social e ecumênico, para arrepio de muitos batistas mais tradicionalistas que nunca se sentiram à vontade com a ideia de um ecumenismo.
David Malta juntamente com o Pastor Helcio Lessa lideravam um movimento com uma perspectiva mais voltada para esse evangelho social, aberto ao diálogo ecumênico. Seu movimento era chamado de ‘Diretriz evangélica’. David Malta manteve uma coluna no Jornal batista com esse mesmo nome que trazia artigos sobre a atuação social da Igreja.
Por outro lado, havia o time dos reacionários, cujo maior representante era o Pastor Delcyr de Souza Lima. 
Delcyr de Souza Lima se tornou o representante desse setor mais conservador, que se caracterizou, por um lado, pela forte oposição ao ecumenismo, ao evangelho social e, por outro, pela defesa da moral, dos costumes, insistindo em uma ascese religiosa puritana que estimulava o estranhamento do mundo, isto é, um tipo de comportamento que negava o prazer com o mundo como, por exemplo, jogar futebol, ir ao cinema, assistir programas de entretenimento, etc.[footnoteRef:12] [12: Almeida, Adroaldo José Silva. "Pelo Senhor, marchamos": os evangélicos e a ditadura militar no Brasil (1964-1985) Tese (Doutorado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. Departamento de História, 2016. P. 170.
] 
O ano de 1963 foi atípico. Muita movimentação, reuniões e sobretudo textos foram produzidos e publicados no Jornal Batista. Ambos os posicionamentos, no que diz respeito a uma participação social da igreja mais ativa, apareceram bastante no noticiário e geraram boas discussões. O Jornal aparecia nesse cenário como um espaço democrático que dava voz a todas as correntes.
As coisas mudam bastante a partir de 1964. Oficialmente a posição da Igreja batista era de uma neutralidade quanto a assuntos políticos. Mas o que se viu na prática foi uma diminuição radical até o encerramento do espaço destinado ao grupo ‘Diretriz Evangélica’. O comunismo ainda era o mal a ser combatido. O ecumenismo, representado sobretudo pelo Conselho Mundial de Igreja era malvisto e quaisquer ações que pudessem minimamente ser identificadas com a esquerda eram rechaçados como algo indevido. O jornal durante o período militar se dizia livre para publicar o que bem quisesse. Assim, a ausência de temas que fossem de orientação diferente daquela defendida pelos governos militares se foram censurados, o foram pela própria direção do Jornal.
Os batistas se diziam neutros, mas se posicionaram de fato ao lado dos militares. Lançaram nos anos 1960 uma Grande campanha de evangelização. O objetivo era mostrar que a solução de todos s problemas do Brasil estava em Jesus Cristo. Uma sociedade de pessoas cristãs tomaria as melhores decisões e faria do Brasil um lugar pacífico e próspero.
Em meio à campanha, foram feitas visitas a presidentes[footnoteRef:13], governadores e outra autoridades locais. Alguns deles evangélicos. Sinal de que os objetivos de uma mobilização de evangelização estavam sendo alcançados. A essa altura, pouco importava se os que exerciam cargos públicos eram eleitos pelo povo, ou indicados pelos militares. O que estava em jogo é a pessoa indicada, e caso fosse um bom cristão, de boa índole, era uma boa notícia. [13: NASSÁU, Rolando de. Pastores evangélicos visitam presidente Goulart: o Brasil precisa de reformas. O Jornal Batista, Ano LXIII, n.º 21, Rio de Janeiro, 25 de maio de 1963, p. 5.] 
Muitos aspectos morais contavam no critério para definir o que era um cristão adequado para exercer um cargo público. Havia cristãos filiados aos dois partidos daquele período. As convicções político-partidárias pesavam menos para os evangélicos em geral, e para os batistas em particular, do que as questões de ordem moral. Assim temas como aborto e divórcio eram mais importantes que outros na escolha dos representantes do povo.As igrejas batistas recebiam frequentemente membros do governo, e não raro era dado a eles a oportunidade de falarem nos púlpitos das igrejas. As notícias do Jornal Batista em geral aclamavam os presidentes militares com a recomendação bíblica de que os cristãos devem orar pelos governantes. Os textos eram sempre elogiosos, não apenas para criar bom ambiente com o governo, mas porque a ala conservadora que ora dirigia os rumos da Igreja batista achava sinceramente que o governo estava no rumo certo.
Desde o começo da expansão dos batistas no Brasil, a relação entre católicos e batistas nunca foi das melhores. Sempre com estranhamentos de lado a lado, esses se mostraram cada vez maiores quando a Teologia da Libertação começou a ser combatida dentro e fora da Igreja. Casos como a prisão de dois frades no episódio da morte de Carlos Marighella, em 4 de novembro de 1969[footnoteRef:14], da condenação de Leonardo Boff pela Igreja[footnoteRef:15], e da visita que Gregório Bezerra fez à Catedral de São Paulo depois de sua volta do exílio, quando levou flores para o arcebispo D. Paulo Evaristo Arns foram tratados pelo Jornal Batista como uma maneira de demonstrar que a Igreja Católica estava do lado dos comunistas, o que representaria o lado errado da História. Os batistas por sua vez, alinhados aos governos militares, estariam do lado certo. [14: PEREIRA, José Reis. A prisão dos frades. O Jornal Batista, Ano LXIX, n.º 49, Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1969, p. 3] [15: PEREIRA, José Reis. O frade silenciado. O Jornal Batista, Ano LXXXV, n.º 22, Rio de Janeiro, 2 de junho de 1985, p. 3.] 
Um único momento de crítica aos militares foi registrado quando da aprovação do feriado nacional no dia de Nossa Senhora de Aparecida. No mais os leitores do Jornal batista eram informados que o Brasil vivia uma condição de poder, ordem e liberdade. A democracia, princípio caro aos batistas, era justificada pela realização de eleições para cargos parlamentares. A democracia aliás fazia com que cinco pastores se alternassem na presidência da Convenção Batista Brasileira para mandatos de um ano. Quando não estavam na presidência, os mesmos nomes ocupavam posições na diretoria executiva, o que justificava uma alternância, mas que mantinha as decisões concentradas no mesmo grupo.
5 Os caminhos trilhados pelos metodistas
Os metodistas também estiveram muito envolvidos em causas políticas e sociais antes dos eventos de 1964. A participação dessa igreja na Conferência do Nordeste foi marcante. O SRSI, órgão da CEB que promoveu a conferência em Recife, era presidido pelo metodista Almir dos Santos.
Além da Conferência do Nordeste, o fato de observadores protestantes terem participado do Concílio Vaticano II era uma indicação de bons tempos para o cristianismo. A igreja metodista é, das quatro mencionadas nesse artigo, a que mais se aproximava da Igreja Católica, tendo relações sempre próximas e cordiais. Especialmente através da JUGAS (Junta Geral de Ação Social) que era o órgão na estrutura metodista que mais contribui para esta relação entre os anos de 1963 e 1964. Os textos publicados pela JUGAS no órgão oficial de comunicação das igrejas metodistas, ‘O Expositor Cristão’, expressavam a necessidade de os cristãos se engajarem nas causas sociais e políticas, tendo participação ativa nos sindicatos e movimentos de classe.
O jornal ‘Expositor Cristão’ divulgava textos não apenas de metodistas, mas de evangélicos de outras igrejas que não tinham espaço em suas denominações de origem para expressarem-se politicamente. A advertência caminhava na direção de que se as igrejas evangélicas não assumissem para si as pautas politicas e sociais, os movimentos de orientação marxista o fariam. Essa advertência, no entento, trazia consigo um dilema: como assumir essas pautas sem que houvesse uma identificação com os movimentos políticos de esquerda.
A JUGAS promoveu encontros que visavam motivar os membros das igrejas a um engajamento maior nas causas dos trabalhadores, inclusive incentivando os metodistas a se sindicalizarem. Um bom exemplo foi o pastor Jorge Lessa, de Duque de Caxias – RJ, que foi uma liderança importante na Fábrica Nacional de Motores, inclusive ajudando a mediar as tensões entre patrões e operários em ocasiões de greve[footnoteRef:16]. [16: SANTOS, Almir dos. Pastor metodista é presidente do conselho da comunidade. Expositor Cristão, Ano 78, n.º 17, São Paulo, 1º de setembro de 1963, p. 5] 
Os setores mais conservadores não viam essa atuação com bons olhos, especialmente por conta das aproximações que movimentos políticos e sociais tem com o marxismo e sua inspiração ateísta. Oficialmente, os metodistas apoiavam o governo de João Goulart, e não houve nenhum pronunciamento oficial por ocasião de sua deposição.
Nos primeiros meses após a instauração do governo militar, algumas mudanças de postura foram percebidas: mudou o editor-chefe de ‘O Expositor Cristão’, a coluna JUGAS deixou de trazer críticas ao governo e se ocupou de assuntos relacionados a educação e culto doméstico. Oficialmente houve um silêncio acerca das mudanças políticas ocorridas no Brasil.
Desde a Conferência do Nordeste, houve uma atenção das alas conservadoras ao discurso mais progressista entre os metodistas, a chegada dos militares ao poder e a realização de um Concílio que definiria nomes para a direção da Igreja no Brasil, em 1965. Esses fatos somados causaram uma desmobilização política no interior da Igreja Metodista no Brasil, embora, diferente do que houve nas igrejas Assembleia de Deus, Presbiteriana e Batista, nem conservadores nem progressistas assumiram a hegemonia entre os metodistas.
A posição oficial, foi se desenhando no sentido de um alinhamento ao governo militar. Muitos metodistas preferiram expor suas ideias, e das ideias muito partiram para ações, tendo casos registrados de seminaristas presos em manifestações de rua, e de pastores como Dorival Beulke, preso em Recife logo após o golpe de 1964. Por conta de suas querelas com o governo, foi transferido pela igreja de Recife para São Paulo.
Problemas internos e atos deliberados de afronta ao regime dentro da faculdade de Teologia Metodista levaram a um impasse entre estudantes e a Direção geral da Igreja, que resolveu num concílio mudar a direção da Igreja metodista no Brasil, de modo a deixar claro sua posição a favor do regime militar. Até mesmo o AI-5 foi elogiado em artigo que defendia o uso de meios antidemocráticos para salvaguardar a própria democracia[footnoteRef:17]. [17: O MUNDO político. Expositor Cristão, Ano 84, n.º 1, São Paulo, 15 de janeiro de 1969, p. 3] 
A participação não ficou restrita a elogios e condescendência. Em fevereiro de 1969, o bispo emérito Isaías Fernandes Sucasas e o reverendo José Sucasas Júnior foram ao DOPS, em São Paulo, e se ofereceram para atuar como informantes do órgão de repressão. Foram eles os responsáveis por denunciar ao DOPS a atuação tida como subsversiva de Anivaldo Padilha, que àquela época publicava a revista Cruz de Malta, voltada para juventude metodista. Anivaldo era membro da Ação Popular e foi preso pelo DOPS em 28 de fevereiro de 1970. Durante seu interrogatório, um dos militares deixou escapar a informação de que havia sido um pastor o delator. A igreja metodista estava a esse tempo vinculado de maneira inequívoca ao estado e a seus órgãos de repressão.
O movimento de afastamento começa a partir de 1972. Foi um afastamento lento e gradual, que passa pelo silêncio em relação à morte de Wladimir Herzog e uma nota acerca do falecimento de João Goulart, reconhecendo que o presidente foi deposto pelos militares.
A partir de 1977, o que se viu foi uma guinada à esquerda. Artigos e textos de cunho social e político são publicados, com críticas a atuação das igrejas evangélicas e sua relação amistosa e conivente com os governos do período militar. As críticas são contundentes, como no caso do presbiteriano Leonildo Campos que publicou n’O Expositor Cristão artigo em que afirma que o protestantismo latino-americano: “desempenhoudurante este negro período de nossa história um papel de omissão e de traição ao próprio Cristo.”[footnoteRef:18] [18: CAMPOS Leonildo. O Brasil quer anistia, e nós? Expositor Cristão, Ano 94, n.º 5, São Paulo, 15 de março de 1979, p. 16] 
As vozes conservadoras ainda continuavam a ter espaço, sobretudo em tom de lamento pelos rumos que a igreja tinha tomado, especialmente daqueles que eram saudosistas do período das boas relações que a igreja nutria com os governos militares, mas seu espaço estava bem mais diminuído.
6 Conclusão
As igrejas evangélicas, como se pode ver agiram de acordo com sua conveniência ocasional. Em geral a favor dos governos estabelecidos, sejam eles quem forem. As manifestações de apoio a João Goulart eram tímidas diante de sua própria condição de enfraquecimento político. As suspeitas de suas ligações com o marxismo também pesavam para que não houvesse uma identificação cristã evangélica com Jango, mas as críticas também não eram as mais abertas a esse período em que muitas mudanças aconteceram no meio cristão: a realização do Concílio Vaticano II por parte da igreja católica, os eventos do Conselho Mundial de Igrejas e a realização da Conferência do Nordeste eram sinais de que havia uma mentalidade de repensar a igreja, suas ações e as causas nas quais deveria gastar energia.
Assim, muitas proposições foram feitas no sentido de levar as igrejas cristãs a um pensamento mais voltado para as realidades sociais. Essas preocupações vez por outra esbarravam na ameaça do marxismo que além de seus aspectos políticos tinha também um elemento ateísta que era uma afronta a própria existência das igrejas evangélicas com a liberdade que gozavam então no Brasil.
Por razões diversas, as igrejas alinharam-se aos governos militares, seja por compactuar com seus valores conservadores, seja por ver ali a única possibilidade de um afastamento real da ameaça comunista ou por razões de pragmatismo político de querer ficar em paz com aqueles que detinham o poder, fato é que houve um silêncio conveniente em algumas questões e um apoio expressivo em muitos outros casos. Dessa forma, as quatro igrejas tratadas nesse artigo legitimaram em alguma medida os governos militares.
Quando os governos militares davam sinais de enfraquecimento, acenavam com a possibilidade de uma abertura política, ainda que ‘lenta e gradual’, quando era aventada a oportunidade de reivindicar eleições diretas e quando a anistia se tornou uma chance de rever coisas que estavam mal resolvidas no passado recente, as igrejas começaram também gradualmente a mudar de lado de acordo com os ventos políticos do país.
Uma vez que esses ventos agora sopravam em direção a esquerda, foi para lá que as igrejas foram vistas caminhando. E o mesmo movimento de conveniência pode ser observado quando das mudanças no panorama político brasileiro se apresentam.
7 Referências Bibliográficas
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CPDOC. Francisco Julião (Depoimento). Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/historal/arq/Entrevista101.pdf acesso em 04 de outubro de 2019.
CAMPOS Leonildo. O Brasil quer anistia, e nós? Expositor Cristão, Ano 94, n.º 5, São Paulo, 15 de março de 1979, p. 16
DIAS, Zwinglio Mota (org.). Memórias ecumênicas protestantes – os protestantes e a ditadura: colaboração e resistência. Rio de Janeiro: Koinonia Presença O PAÍS tem novo presidente. O Estandarte, Ano 72, n.ºs 7 e 8, São Paulo, 15 e 30 de abril de 1964, p. 2.
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