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infecções respiratorias na emergência - PEDIATRIA

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FSM – P7 – M13 | HELOYSA RIBEIRO 
 
1 
 
 Pediatria Heloysa Ribeiro 
infecções respiratórias 
na emergência 
 
 
 
 Introdução 
A FR da criança é diferente do adulto e varia de 
acordo com a sua idade 
 
IVAS 
As infecções de vias aéreas superiores são o 
principal problema de saúde em crianças que 
levam à emergência pediátrica, pois geralmente 
cursam com febre e vômito, causando 
preocupação aos pais. 
 Geralmente crianças < 5 anos – podem ter 
mensalmente; 
 Podem ter de 4-14 episódios por ano - 
principalmente as que têm irmão mais velho 
ou frequentam escolas ou creches; 
 Apesar de a maioria ser de etiologia viral, 
é a maior causadora do uso abusivo de 
antibióticos → confundem-se devido à 
hiperemia de mucosa (garganta 
inflamada), amigdalite (que é viral em 75% 
dos casos e as quais podem, inclusive, ter 
foco purulento também); 
 A transmissão se dá por via aérea através 
de gotículas de saliva e de mãos 
contaminadas. 
Resfriado Comum 
 Agentes etiológicos - Rinovírus (30-50%), 
Coronavírus (10-15%), Parainfluenza, 
Adenovírus, Enterovírus, ente outros 
 
 Duração – 5 a 10 dias, com sintomas leves. 
A tosse pode persistir por até 3 semanas 
(tosse esporádica), persiste enquanto a 
mucosa está em recuperação; 
 
 Quadro clínico 
• Insidioso e com sintomas de vias aéreas 
superiores; 
• Febre baixa 
• Obstrução nasal 
• (não significando necessariamente ser 
algo bacteriano) 
• tosse – pode duar até 01 semana 
• Dor na garganta. 
 
 Exame físico 
• Hiperemia de mucosa 
• Adenomegalias... 
Ausculta: roncos de transmissão, dependendo do 
grau de obstrução nasal podem ser ouvidos até 
sem estetoscópio 
Obs: importante saber diferenciar de estertores e 
outras alterações das vias respiratórias 
 Diagnóstico - Unicamente clínico 
 Tratamento: 
• Sintomático - Antipiréticos, soro 
fisiológico nasal, hidratação oral... 
A lavagem nasal com soro é muito eficiente, tanto 
no tratamento quanto para prevenção - os 
bebês já saem da maternidade com essa 
orientação → recomenda-se de no mínimo de 
3x/dia 
Obs: Não usar - descongestionantes, anti-
histamínicos, AINEs. 
 Complicações 
• Otite média aguda (mais comum) 
• Sinusite aguda (rinossinusite) 
Gripe 
Muitas vezes os sintomas da gripe são 
confundidos com o Resfriado comum 
P7 – M13 
Prof: Dra Thaíse Brasileiro 
FSM – P7 – M13 | HELOYSA RIBEIRO 
 
 Agente etiológico: Influenza 
 
 Quadro clínico 
• Súbito e intenso 
• Febre alta 
• Congestão nasal e coriza mais 
intensos 
• Sintomas sistêmicos, como mialgia, 
fadiga e inapetência (não 
presentes no resfriado) 
• Cefaleia intensa 
• Tosse 
• Dor de garganta 
• Mialgia, fadiga e inapetência 
 
 Duração: até 15 dias 
 
 Diagnóstico e Tratamento iguais ao do 
resfriado comum 
 O vírus Influenza H1N1 é bastante 
perigoso para a população infantil, na 
qual o quadro clínico tende a ser mais 
grave, o que a coloca em um grupo de 
risco. Na campanha de vacinação as 
crianças geralmente são do grupo 
prioritário 
 Já o Coronavírus atinge as crianças de 
forma mais leve e as complicações são 
mais raras, então as crianças não são 
um grupo de risco. 
 
Influenza (H1NI) 
 Casos graves relacionados a grupos 
de risco: idosos, crianças nos primeiros 
anos de vida (geralmente <5 anos), 
gestantes, portadores de doenças 
crônicas e imunocomprometidos; 
 Pode apresentar infecções 
bacterianas secundárias - maior 
morbimortalidade; 
 As crianças têm um importante papel 
na cadeia de transmissão do vírus: são 
acometidos de forma importante e 
excretam o vírus por tempo mais 
prolongado 
Obs: quanto ao Coronavírus, a criança é o 
grupo com menor capacidade de 
transmissão 
 Diagnóstico – essencialmente clínico 
 Investigação laboratorial pode ser 
feita se for necessário para 
confirmação: 
• Hemograma característico 
(leucopenia, leucocitose ou 
neutrofilia) 
• Marcadores de função hepática 
(pois pode ter acometimento 
hepático): CPK, TGO, TGP, 
bilirrubinas 
• Padrão-ouro: PCR-RT (swab nasal) 
 
 Exames de imagem 
• Radiografia de tórax: infiltrado 
intersticial localizado ou difuso 
(geralmente difuso) ou presença de 
área de condensação 
• TC: infiltrado intersticial difuso, 
principalmente nos lobos médio e 
inferior, e consolidações de 
tamanhos variáveis nos casos que 
complicam para pneumonia 
 
 Tratamento 
• Medidas de suporte, hidratação, 
repouso 
• Sintomáticos - analgésicos e 
antitérmicos 
• Antivirais (Oseltamivir (Tamiflu®) e 
Zanamivir): devem ser usados na 
fase precoce (1ªs 48h de sintomas 
quando há suspeita de contato ou 
se há muitos casos recentemente) 
para maior eficácia; reduz a 
3 
 
duração dos sintomas, o risco de 
ocorrência de complicações e a 
morbimortalidade do grupo de 
risco; também são benéficos para 
pacientes hospitalizados se 
iniciados em até 4-5 dias dos 
sintomas, mas não tanto quanto 
seria antes. 
Indicações do Oseltamivir: 
• SRAG - a qualquer momento de 
suspeita diagnóstica (tentar iniciar 
<48h); 
• Síndrome gripal: crianças <5 anos 
(o maior risco de hospitalização é 
em <2 anos, especialmente as <6 
meses), população indígena ou com 
dificuldade de acesso (grupo de 
risco), indivíduos <19 anos em uso 
prolongado de AAS e indivíduos 
com comorbidades; 
 
Indicações Antibioticoterapia 
• Iniciar empiricamente se a criança 
já chegou grave; 
• Se ela já tinha diagnóstico de H1N1 
e evoluiu para piora clínica após 
melhora inicial; 
• Sem melhora após 3-5 dias de 
antivirais. 
Indicações Corticosteroides 
• Não é indicado para tratar a 
Influenza, apenas complicações 
associadas: asma, pneumonia 
associada, falência respiratória ou 
SRAG... 
• A Imunoglobulina não está indicada 
para crianças! 
Coronavírus 
 Crianças são menos propensas a se 
infectarem do que os adultos 
• apresentam quadro clínico mais 
leve e menor risco de desenvolver 
complicações → isso leva a uma 
menor pesquisa da taxa de 
infecção das crianças (por não se 
fazer o teste) → subnotificação e 
números subestimados; 
Obs: Geralmente a criança infectada 
apresenta apenas febre por um dia e nenhum 
outro sintoma. Suspeita-se do diagnóstico 
quando há outros casos na mesma residência; 
 Papel na cadeia de transmissão: muito 
baixa transmissão entre crianças, mais 
provável ser intra-domiciliar. 
Obs: Também pode apresentar infecções 
bacterianas secundárias, que são mais 
perigosas que o próprio Coronavírus; 
 Diagnóstico clínico 
• Diferenciar síndrome gripal de uma 
SRAG 
• Casos iniciais leves e subfebris 
podem evoluir para evolução 
progressiva da temperatura e a 
febre pode persistir além de 3-4 
dias 
 
 Testes sorológicos 
• Padrão-ouro: PCR-RT → até 7 dias 
desde início dos 1ºs sintomas (ideal 
a partir do 3º dia) 
• Quantitativos (IgM, IgG e IgA) e 
teste rápido (IgM e IgG) → após 7 
dias dos 1ºs sintomas 
 
FSM – P7 – M13 | HELOYSA RIBEIRO 
 
Existem casos em que o IgG demorou muito 
mais tempo para ficar reagente, assim como 
casos em que o IgM demorou muito mais para 
desaparecer. Apesar disso, a afirmação de 
que, enquanto não houver IgG, a pessoa 
ainda está transmitindo, é falsa. Estudos 
mostraram que, em casos de sintomas leves, 
após o 10º dia de infecção, já não há mais 
transmissão. 
 Diagnóstico laboratorial 
• Hemograma: leucocitose, com 
progressiva linfopenia nos casos 
graves, e plaquetas normais – no 
adulto as plaquetas costumam vir 
baixas; 
• PCR pode esta normal ou 
aumentado 
• Procalcitonina: >0,5ng/ml (50%) → 
sugere infecção bacteriana 
secundária 
• TGO, TGP, enzimas musculares, 
mioglobina e D-dímero podem estar 
aumentados 
 
 
• Padrão-ouro: PCR-RT 
No COVID as opacidades são mais presentes 
devido às infecções bacterianas secundárias. 
 
 Tratamento 
Obs: A maioria dos relatos de tratamentos 
são provenientes de estudos em adultos, 
portanto, o bom senso deve prevalecer 
quando se trata com crianças infectadas ou 
com suspeitas; 
• Medidas desuporte, hidratação, 
repouso 
• Sintomáticos - analgésicos e 
antitérmicos 
Prioridades 
Identificação precoce Isolamento precoce → 
manter em quartos 
separados mesmo antes 
da confirmação 
laboratorial 
Diagnóstico precoce 
(história clínica, Swab...) 
Tratamento precoce 
Indicação de UTIP 
• Insuficiência respiratória aguda com 
necessidade de assistência 
respiratória (ventilação não invasiva, 
cateter nasal de alto fluxo ou VM 
invasiva); 
• Choque séptico decorrente de 
infecção bacteriana secundária 
• Disfunção orgânica 
Coadjuvantes 
• Lopinavir e Ritonavir: não 
recomendados para faixa 
pediátrica, pois não apresentou 
redução da mortalidade, do tempo 
para melhora clínica ou da carga 
viral; 
• Oseltamivir: iniciar quando não há 
certeza diagnóstica e suspeita-se de 
H1N1; quando chegar o resultado 
5 
 
 
do teste, se for COVID, deve ser 
suspeso; 
• Corticosteroides: não é indicado 
para tratar o COVID, apenas 
complicações associadas: asma, 
pneumonia associada, falência 
respiratória ou SRAG, choque 
séptico... 
• Metilprednisona 1-3 mg/kg/dia por 
3-5 dias 
• Antibioticoterapia: iniciar 
empiricamente se a criança já 
chegou grave ou se ela já tinha 
diagnóstico de COVID e evoluiu 
para piora clínica após melhora 
inicial; 
• Terapia de substituição renal (TRS): 
apenas na elevação das funções 
renais com necessidade de diálise; 
muito raro; 
Obs: Calendário vacinal atualizado: a 
resposta imune é melhor nessas crianças 
(também estão sendo feitos estudos sobre o 
papel da vacina Tríplice Viral, da 
Pneumocócica e da Influenza na resposta 
imunológica contra o SARS-CoV 2) 
→ Não existem medicamentos aprovados 
para tratamento ou prevenção do 
COVID-19; 
→ O tratamento é amplamente favorável 
e inclui prevenção e tratamento de 
complicações; 
→ A decisão por tratamento ambulatorial 
X hospitalar deve ser analisado de 
caso a caso (crianças são geralmente 
ambulatorial); 
→ O tratamento de casos graves de 
pacientes pediátricos pode incluir o 
tratamento de pneumonia, insuficiência 
respiratória, exacerbação de 
condições subjacentes (ex.; asma não 
controlada), sepse ou choque séptico 
ou infecção bacteriana secundária. 
 
 
 Oxigenoterapia e suporte ventilatório 
• Está indicado para manter a 
saturação ≥94% 
• Saturação baixa, mas sem 
insuficiência respiratória → cateter 
de oxigênio 3L/min; 
• Máscara não reinalante → 10-15 
L/min; 
• A nebulização e a máscara de 
Venturi não devem ser usadas, por 
causar dispersão de aerossóis, 
principalmente domiciliarmente 
• Máscara VNI: com filtro e sistema 
fechado de ventilação mecânica; 
indicado em paciente com baixa 
saturação com forte suspeita de 
COVID-19 ou confirmado, na 
ausência de materiais → 
recomendado optar pela 
intubação orotraqueal precoce) 
O melhor tratamento ainda é a prevenção!!! 
COMPLICAÇÕES DO RESFRIADO COMUM 
OTITE MÉDIA AGUDA (OMA) 
Agentes etiológicos: Streptococus 
pneumoniae (35-40%), Haemophilus influenzae 
(30%), Moxarella catarrhalis 
 Quadro clínico 
História prévia 
de resfriado 
comum recente; 
Bebê com 
choro intenso 
(diagnóstico 
faz-se com 
otoscopia ou 
se houver 
secreção) ou 
criança que 
relata a dor no 
ouvido; 
Otalgia súbita, 
que piora com 
deglutição 
Sensação de 
plenitude 
auricular 
(ouvido 
“tapado”) 
Otorreia → 
OMA supurada 
 
 
 
Tímpano saudável – 
translúcido, 
brilhante e 
côncavo; 
 
FSM – P7 – M13 | HELOYSA RIBEIRO 
 
Tímpano infeccionado 
– abaulado, opaco e 
hiperemiado, 
podendo também 
haver otorreia 
 
 
 Diagnóstico: clínico – Suspeita pelos 
sintomas e confirmação pelo exame 
físico (otoscopia); 
 Tratamento 
• Cura espontânea em 85% dos 
casos 
• O tratamento é feito para diminuir 
a evolução e evitar complicações 
• Não se tratam todos! Tratamento 
seletivo baseado em idade, dúvida 
diagnóstica e gravidade: 
 
Obs.: Isso só deve ser seguido se o seguimento da 
criança for garantido! Se a infecção for leve em 
uma criança de 2 anos, por exemplo, e você 
garante que ela retornará, pode deixá-la apenas 
em observação para reavaliação em 48h. Se não 
houver garantia, deve-se iniciar o ATB. 
→ Grave: toxemia, febre ≥ 39ºC, otalgia 
intensa 
• Observação 48-72h 
• Analgésicos 
• ATB de escolha 
→ Casos não graves: Amoxicilina 
50mg/kg/dia ou 80-90mg/kg/dia se >2 
anos ou frequentar creche/escola 
→ Casos graves: Amoxicilina + 
Clavulonato (mesma dosagem) 
 
 Duração: 7-10 dias 
Obs: O início da resposta só se dá em 48h: 
orientar a mãe que, até lá, a criança ainda 
pode ter febre e dor. Se durar mais do que 
isso, retornar ao atendimento. 
 Falha terapêutica: persistência da 
febre, otalgia e otorreia após 48-72h 
de tratamento - Trocar esquema 
antibiótico 
 
Existe outra opção, que é o Cefaclor 
(Ceclor ®), uma cefalosporina de 2ª 
geração, que pode ser usado VO antes de 
optar pela Ceftriaxona, que é injetável. 
 Complicações 
• Mastoidite: tumefação 
retroauricular com sinais flogísticos. 
Requer tratamento hospitalar (ATB 
venoso) 
 Grave → pode levar a 
comprometimento ósseo e evoluir 
para osteomielite 
 
RINOSSINUSITE AGUDA 
Agentes etiológicos: Streptococus 
pneumoniae, Haemophilus influenzae, 
Moxarella catarrhalis, Staphylococcus aureus 
(esfenoidal) 
 Quadro clínico: presença de 2 ou + 
dos sintomas: 
Congestão 
nasal; 
Secreção 
nasal; 
Tosse 
persistente 
(principal) 
Dor/ pressão 
facial 
(apenas 
crianças 
maiores); 
Hiposmia/ 
anosmia 
 
Obs: Diferencia-se porque o resfriado comum 
tende a melhorar após o 5º dia de sintomas; 
já a rinossinusite ocorre o contrário: após o 
5º dia de sintomas, há uma piora do quadro 
 Exame físico 
• Dor à palpação dos seios 
paranasais (crianças maiores) 
7 
 
• Secreção purulenta na rinoscopia/ 
endoscopia nasal 
 
 Diagnóstico: clínico 
Resfriado prolongado, que piora subitamente 
após o 5º dia de doença (rinorreia purulenta 
abundante, obstrução nasal intensa → a 
criança fica respirando com a boca aberta) 
 Podem ser necessários exames 
complementares, mas não de imediato! 
Apenas casos selecionados: 
• Endoscopia nasal 
• Radiografia de seios da face 
→ Espessamento da mucosa 
→ Nível líquido 
→ Opacificação completa dos 
seios 
• TC 
→ Extensão do acometimento 
→ Casos refratários ao tratamento 
→ Complicações 
 
●Tratamento 
• Medidas gerais - Hidratação 
adequada; Umidificação do 
ambiente; evitar exposição a 
agentes potencialmente alérgenos 
(pois também pode ser decorrente 
de uma rinite alérgica); 
Desobstrução dos seios da face 
• Lavagem nasal com soro frequente, 
sempre que a criança se mostrar 
incomodada 
• Descongestionantes orais 
associados a anti-histamínicos de 
2ª geração 
• Descongestionantes tópicos (pouco 
prescritos): por curto período 
(máximo 3 dias) e em pequena 
quantidade → Cloridrato de 
oximetazolina (Afrin ®), Nitrato de 
nafazolina (Sorine ®, Naridrin ®) 
• ATB 
→ 1ª opção: Amoxicilina - Sem 
melhora em 4-5 dias ou uso 
recente de ATB: Amoxicilina + 
Clavulonato 
Obs: Tratamento prolongado (sintomas 
diminuem, mas demoram a desaparecer → 
orientar mãe a terminar o tratamento com 
ATB): por 10-14 dias ou até 7 dias após 
resolução dos sintomas 
Obs: Alérgicos a Amoxicilina: Claritromicina ou 
Clindamicina 
 Complicações (raro) 
• Celulite periorbitária (+ comum) 
 
 
 
• Meningite 
• Abscesso cerebral 
 
 Diagnóstico diferencial 
• Corpo estranho - Secreção 
purulenta e fétida, geralmente 
unilateral; também pode ter 
aspecto sanguinolento 
• Rinite alérgica - Prurido nasal; 
Espirros abundantes; Mucosa nasal 
pálida 
Obs: É valido lembrar que a rinite alérgica 
pode evoluir para uma rinossinusite 
IVAS COM OBSTRUÇÃO 
LARINGOTRAQUEÍTE AGUDA (CRUPE) 
Agentes etiológicos: Vírus Parainfluenza 1 e 2 
e Influenza tipo A e B 
Obs: Causa mais comum de estridor em 
crianças (90%), atingindo mais aquelas de 1 
a 3 anos de idade e durando de 3 a 7 dias. 
 Quadro clínico 
• Inicialmente como um resfriado: 
coriza clara, tosse leve, angina, 
febre baixa. 
FSM– P7 – M13 | HELOYSA RIBEIRO 
 
• Mas em 12-48h → evolui para 
rouquidão, tosse ladrante, estridor, 
desconforto respiratório (variável, 
mas geralmente leve) 
Obs: Se não tratado, obstrui 
progressivamente as vias aéreas 
Maioria dos casos é com sintoma leves → a 
criança vai pra emergência para fazer o 
tratamento, mas não há necessidade de 
internamento 
 Sinais de risco para falência 
respiratória 
Idade < 6 meses Estridor em repouso 
Alteração do nível de 
consciência 
Queda da saturação 
de O2 
●Classificação 
*A entrada de ar é medida através da 
ausculta pulmonar 
 
 Diagnóstico: clínico 
• Sintomas iniciais de resfriado que 
evoluem com estridor, tosse ladrante 
ou esforço respiratório; 
• Rx cervical (usado apenas na 
teoria) - Pouco valor, Sinal da torre 
de igreja: estreitamento subglótico, 
Em 50% das crianças, o Rx está 
normal. 
 
 Tratamento: manutenção de vias 
aéreas patentes 
• Hidratação: nebulização com soro 
fisiológico → se a criança estiver 
muito agitada, não fazer! 
• Corticoide 
→ Dexametasona 0,15-0,6 mg/kg 
(dose única): efeito por 24h ou 
Budesonida inalatório 2mg 
(Clenil A®): vem em sachê líquido 
para dissolução no soro 
Obs: Reduz gravidade e necessidade de 
internação 
• Nebulização com adrenalina 
→ Adrenalina pura (1:1000) 
0,5ml/kg (máx. de 5ml) 
→ Indicações: estridor em repouso 
e doença refratária ao 
corticoide; (se a criança já 
chega com estridor em repouso, 
faz o corticoide e a nebulização 
com adrenalina) 
→ Efeito breve: 2h 
→ Manter em observação por 3-4h 
→ Se o estridor não retornar: alta 
hospitalar com prescrição de 
corticoide 
→ Se o estridor voltar após as 2h 
→ repetir a adrenalina por, no 
máximo, 3 vezes (a cada 2h) 
 
• Internação 
→ Indicações: toxemia; 
desidratação ou incapacidade 
de ingerir líquidos; estridor 
significante ou retrações em 
repouso; ausência de resposta à 
Epinefrina ou piora clínica após 
2h após administração da 
mesma; 
9 
 
→ Geralmente causadas por 
infecções bacterianas 
secundárias. 
TRAQUEÍTE BACTERIANA 
Agentes etiológicos: Staphylococcus aureus, 
Moraxella catarrhalis, Haemophilus sp, 
Estreptococos (Pneumococo ou grupo A) 
Geralmente acomete crianças maiores – até 6 
anos 
 Diagnóstico diferencial da 
laringotraqueíte viral → é um crupe 
com infecção bacteriana secundária 
 
 Quadro clínico 
• Pródromo viral leve seguido de 
rouquidão, tosse ladrante e estridor 
respiratório (começa como um 
crupe viral e evolui com piora e 
ausência de resposta terapêutica) 
• Diferente da viral, apresenta febre 
alta, toxemia e desconforto 
respiratório mais intenso → criança 
fica mais “largadinha” 
 
 Diagnóstico 
• Refratária ao corticoide e 
adrenalina 
• Leucocitose 
• Confirmação: visualização de 
exsudato na traqueia (geralmente 
quando já está para intubar) 
 
 Tratamento 
• UTI (94%): intubação orotraqueal 
(84%) 
• ATB de amplo espectro: Ceftriaxona 
ASMA (EXACERBAÇÕES) 
É dever do médico orientar os pais de que 
existe medicação profilática que evita as 
exacerbações da doença; → controle reduz 
risco de exacerbações e óbitos 
São causa de grande morbidade e 
acometem de forma gradual, entre 5-7 dias 
 Causas: infecções virais, exposição a 
alérgenos ambientais, poluição 
ambiental, exposição ocupacional, 
drogas (AINEs) 
 
 
 Tratamento - Atendimento inicial: 
rápido e objetivo 
• Oximetria: avalia grau da doença 
e resposta terapêutica 
Obs: Exames complementares não são 
necessários, apenas se não houver melhora 
clínica ou suspeita de outras causas; 
Fatores de risco 
<12 meses Crianças que já vinham 
tomando doses 
repetidas de B2 de curta 
ação nas primeiras horas 
e não teve melhora 
Recidivas abruptas 
(crianças que tiveram 
exacerbação, mas não 
continuaram tratando 
em casa) 
 
• Na emergência 
→ Oxigenoterapia se Sat O2 < 94-
95% 
→ Máscara de Venturi - 
Quantidade de O2 ofertado 
varia de acordo com a cor; 
Manutenção de acordo com a 
resposta obtida através da 
oximetria 
 
 
 
 
 
Azul: 24% 
Amarelo: 28% 
Branco: 31% 
Verde: 35% 
Vermelho: 40% 
Laranja: 50% 
 
FSM – P7 – M13 | HELOYSA RIBEIRO 
 
 
→ Broncodilatadores de curta ação: 
Salbutamol (Aerolin®) ou Fenoterol 
(Berotec®) 
→ Spray (Aerolin) é preferível, por ser mais 
efetivo e prático que a nebulização 
 100mcg/jato → 1 jato/3kg, a 
cada 20 min, por 3 vezes (máximo 
10 jatos) 
 Agita e aperta a bombinha e 
segura por 10 segundos (cada 
jato) 
 Inalador com espaçador 
 
→ Na ausência de Aerolin → solução 
Berotec p/ NBZ 
 1 gota/3kg a cada 20 min, por 3 
vezes (min. 5 gotas e máx. 20 gotas) 
 Adicionar 3ml de SF 0,9% 
 Fluxo de O2 6 L/min 
 Pode causar taquicardia, mas já é 
um efeito esperado; só apresenta 
risco se em doses exagerados ou na 
forma injetável → reverte-se com 
Amiodarona e outras medicações, 
se preciso 
 
→ Corticoides 
 Devem ser usados na 1ª hora (já 
pode ser iniciado após a 1ª 
nebulização) 
 Pacientes graves ou 
corticodependentes 
 Diminuem a inflamação, aceleram 
recuperação e diminuem recidivas, 
hospitalização e risco de asma 
fatal 
 VO é semelhante a IV (usar IV 
quando a criança não conseguir 
deglutir) 
 
→ Prednisona (3mg/ml): 1-2 mg/kg/dia, 
VO, máx. 60mg 
→ Hidrocortisona (500mg): 2-
4mg/kg/dose, IV, a cada 4-6h, dose 
máx. 250 mg 
Exemplo de prescrição na emergência 
Criança de 10kg 
1ª opção: 
 Nebulização: 3 ml SF 0,9% + 5 gts. De 
Berotec + O2 6L/min → fazer 3x, de 20/20 
min (ou até o copinho secar) e reavaliar 
após 30 min do término 
OU 
 Inalação Salbutamol 100mcg → fazer 3 
jatos de 20/20 min e reavaliar após 30 min 
do término 
2ª opção 
 Prednisona (3mg/ml) → 3,5ml, VO, agora 
 
 Drogas alternativas 
• Brometo de Ipatrópio (Atrovent®) - 
Crises mais graves; diminui a 
necessidade de internação; usar 
apenas no 1º ciclo da NBZ (junto 
com o broncodilatador): 
→ <10kg → 10 gotas | >10kg → 
20 gotas, a cada 20min por 3 
vezes 
→ 5 anos → 2 jatos | >5 anos → 
10 jatos, a cada 20min por 3 
vezes 
• Sulfato de magnésio, aminofilina, 
salbutamol injetável... 
Obs: Exacerbações muito graves e refratárias 
→ evoluem com necessidade de UTI 
 Avaliação da resposta ao tratamento: 
• Reavaliar 30-60 min. após o fim do 
último ciclo e reclassificar a 
situação da doença 
• Sinais clínicos não indicam 
necessariamente a intensidade da 
obstrução → medida objetiva da 
gravidade: Sat O2 
 
 Alta 
• Educação dos pacientes e 
familiares para controlar a asma e 
evitar recidivas das exacerbações, 
que voltam mais graves → 
prescrever a bombinha (de graça 
na farmácia popular) para usar por 
3-5 dias 
11 
 
 
• Medicação preventiva e o uso 
correto das mesmas → mostrar 
vídeos de como usar a bombinha... 
Prednisolona 1mg/kg/dia (máx. 60mg/dia) 
pela manhã, por 3-5 dias e NBZ ou inalação 
com broncodilatador 
Exemplo de prescrição na alta 
Criança de 10kg 
1ª opção 
 Nebulização: 3 ml SF 0,9% + 5 gts. De 
Berotec + O2 6L/min → fazer de 4/4h ou 
6/6h por 5 dias 
OU 
 Inalação Salbutamol 100mcg (1 frasco) → 
fazer máximo de 3 jatos com espaçador 
(ou máscara para crianças que ainda não 
conseguem aspirar), de 4/4h ou 6/6h 
2ª opção 
 Prednisona (3mg/ml) → 3,5ml, 1x/dia pela 
manhã, por 5 dias 
 Indicações de UTI 
• Parada cardiorrespiratória e 
necessidade de VMI 
• Hipercapnia, acidose (<7,3 pH) ou 
hipoxemia 
• Aumento do lactato sérico 
• Hipotensão ou arritmias graves 
(efeito colateral das medicações) 
 
 
FSM – P7 – M13 | HELOYSA RIBEIRO

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