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Embriologia do intestino grosso

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Luiza Oliveira – 3 semestre 2020.1
Embriologia do intestino grosso
· A origem embrionária do intestino grosso varia, uma porção vem do intestino médio e outra do intestino posterior.
· Intestino médio dá origem ao ceco, apêndice, colo ascendente e 2/3 do colo transverso.
· Intestino posterior dá origem ao terço final do colo transverso, colo descendente, colo sigmoide, reto e porção superior do canal anal.
· O foco aqui vai ser nas extremidades, ou seja, no ceco e apêndice e no reto e canal anal.
Ceco e apêndice
· Relembrando que o intestino médio quando estava se desenvolvendo, cresceu tanto que não coube na cavidade abdominal, tendo que se mover para fora como hérnia umbilical fisiológica que em seguida sofre um processo de rotação.
· A parte do intestino médio que vai dar origem ao intestino grosso é a porção caudal. 
· Por volta da 6ª semana, da face ante-mesentérica da porção caudal do intestino médio vai surgir uma dilatação que corresponde à tumefação cecal, ou seja, o ceco.
· O ceco vai possuir um divertículo, que é o apêndice, que inicialmente vai se apresentar como uma pequena elevação. 
· O ceco cresce mais rápido que o apêndice, que só vai crescer depois que o ceco já estiver maior.
· A medida que o ceco vai crescendo e formando suas dilatações, o apêndice vai se localizando posteriormente ao ceco (retrocecal).
· Porém, essa posição final do apêndice é variável. A mais comum é a retrocecal que encontramos em 64% das pessoas, mas ele pode acabar subindo mais um pouco além do ceco e se posicionando atrás do colo, ou seja, retrocólico. Pode também continuar para baixo, sendo justamente o apêndice ilíaco.
reto e canal anal
· O reto e o canal anal vão surgir de uma porção dilatada do intestino posterior chamada de cloaca.
· Vai haver uma invasão do mesênquima na coacla que vai fazer um septo urorretal, que vai separar a parte da coacla que dará origem ao seio urogenital (futuramente a bexiga e a uretra) da que dará origem ao reto e ao canal anal.
· A porção inferior/final do canal anal que não vêm do intestino posterior vai vir do ectoderma, que adentrará na extremidade formando uma membrana chamada de membrana cloacal e o ânus primitivo, chamado de proctomodeu.
· Por conta da origem embrionária do canal anal divergir em intestino posterior e ectoderma, vão consequentemente ter divergências em algumas características, como a vascularização, inervação e epitélio. 
· A junção do epitélio que vem da parte do intestino posterior com a parte do ectoderma (proctomodeu) é chamada de linha pectínea, ou seja, ponto de separação das origens embrionárias.
· A linha branca vai ser o ponto que vai dividir histologicamente um epitélio do outro, ou seja, o ponto de transição de um epitélio para o outro (colunar simples estratificado pavimentoso não queratinizado).
· Chegando no ânus em si, o epitélio vai ser estratificado pavimentoso queratinizado, pois vai ser contínuo com a pele, mas no canal anal ele vai ser não queratinizado.
· Quanto a vascularização e inervação, na porção superior vamos ter o suprimento sanguíneo vindo da artéria retal superior (ramo da artéria mesentérica inferior que irriga o intestino posterior) e inervado pelo sistema autônomo/involuntário, enquanto que na porção debaixo, vamos ter a irrigação pela artéria retal inferior e inervação pelo sistema somatossensorial, por isso é mais sensível às temperaturas, dor, etc.
Anomalias do intestino grosso
megacolo congênito
· Ocorre durante o período embrionário, em que as células da crista neural começam a migrar. 
· O que acontece nessa anomalia é que por algum motivo essas células não conseguem chegar em alguma parte do intestino grosso (locais mais acometidos: reto e colo sigmoide), fazendo com que essas regiões estejam aganglionares (sem gânglios do sistema nervoso autônomo), ou seja, não tendo como ocorrer aí o peristaltismo.
· Isso faz com que o conteúdo fecal se acumule nas regiões acima dessa parte aganglionar, em regiões que está com a motilidade ok mas que como sua próxima região não tem funcionamento, isso gera um acúmulo na parte funcionante, que vai acabar aumentando e crescendo cada vez mais, caracterizando o que chamamos de megacolon.
anomalias anorretais
· Há diversos tipos dessas anomalias, como a atresia retal, atresia anal, ânus imperfurável, estenose anal, etc.
· No caso do ânus imperfurável (imagem C), o que ocorre é que a membrana formada anteriormente chamada de membrana anal ou tampão anal permanecerá lá no local mantendo o ânus fechado e impedindo que o conteúdo fecal saia.
· Na estenose anal (imagem B), temos o estreitamento da luz por conta de um desvio mais posterior do septo urorretal, estreitando o canal anal.
· Podem ocorrer outras anomalias decorrentes de algum defeito na septação assim como ocorre na estenose anal. Podem estar associadas com fístulas e atresias. Essas outras anomalias estão representadas pelas imagens D, E, F e G.
· Outras anomalias podem decorrer de atresias ocasionadas por ausência de recanalização ou alguma deficiência no suprimento sanguíneo da região. Representadas nas imagens H e I.
· Por fim, temos uma anomalia chama de cloaca persistente (imagem A). O que ocorre nesse caso é que um só orifício vai “servir” para tudo, então vai acabar sendo apenas um local de saída para o reto + vagina + uretra.
Embriologia – Ceco e Apêndice
Moore
Embriologia –Ceco e ApêndiceMoore

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