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Lambe na Prancheta 
 
Acadêmico(s): 
Tutor Externo: André Schiminski 
Turma: FLC3675ART 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso de Licenciatura em Artes Visuais 
Disciplina: Prática Interdisciplinar Fundamentos Históricos e Tecnológicos das Artes 
Data: 23/06/2021 
 
Relato da Experiência Prática Lambe na Prancheta 
No início do século XX, os antigos fotógrafos, os lambe-lambes, conhecidos também como fotógrafos de praça atuavam ao ar livre, geralmente eram procurados para fazer retratos de documentos do tipo 3x4 e registrar momentos especiais também. A sua ferramenta de trabalho era um caixote de madeira junto a um pano preto, sobre um tripé, concentrando rosto no interior do caixote para assim capturar a imagem desejada, portanto, em seu pequeno laboratório efetuava a revelação do filme com sulfato de ferro, o artista tinha de lamber a chapa, resultando na imagem se destacando do fundo preto asfáltico, devido a ação do cloreto de sódio presente na saliva. A câmera além de ser utilizada como registro fotográfico e laboratório de revelação, era usada também como mostruário, sendo suas laterais cobertas por fotos, montadas e remontadas, com a expressividade desses profissionais ambulante, a máquina do lambe-lambe se tratava de um produto caseiro e artesanal, justamente de onde o teatro lambe- lambe herdou sua inspiração para dentro de uma caixa. 
O lambe-lambe ou poster-bomber, é um pôster artístico de tamanho variado, o cartaz é colocado nos 
postes, nas ruas, muros , ponto de ônibus, lixeiras, locais urbanos, para chamar atenção do público aberto, este movimento começou no final do século , todo tipo de comunicação, dentre elas, anunciar a chegada do circo na cidade, eventos esportivos ou para vender algo. Uma das formas de expressão mais populares de arte de rua, traz consigo um determinado ponto de vista crítico, de pensamentos e ideias abordados pelo artista. 
O hip-hop, por exemplo, também se tornou uma expressão artística de rua que influenciou outras manifestações como a dança, o grafite e a poesia. Teve seu início em 1970 nós Estados Unidos e é um movimento que representa muito mais que a própria música ou a dança em si, mais estimula a busca pela consciência dos envolvidos, almejando a humanização, na tarefa de educar e instruir a sociedade para uma vida digna. 
A street art permite uma intervenção urbana com muitas possibilidades e particularidades, que vão desde desenho com grafite e pincel, passando por stickers (figurinhas), cartazes lambe-lambe, até apresentações de malabarismo, arte circense, estátuas vivas, expressões teatrais musicais e artesanatos. 
 
“As manifestações artísticas- pós modernas se iniciaram no final da década de 1950, tendo como expressão artística pioneira que surgiu com a explosão das comunicações de massa. Ela tinha como ideal estético ironizar os símbolos, objetivos e ícones do consumismo idolatrados pela sociedade.” (CORDEIRO, 2009, p. 175). 
 
 
 
“Pop foi o rótulo crucial dado para um novo tipo de iconografia e abordagem na arte, que se apoiou no design comercial e publicitário. Embora os artistas frequentemente desgostassem da designação pop, sua determinação comum em abraçar a cultura visual em oposição à “alta” cultura mudou a arte ocidental nas décadas de 1950 e 1960.” (BIRD, 2012, p. 174). 
 
Na atualidade pandêmica que estamos enfrentando é de suma evitarmos ao máximo saímos de casa, devido a isto, em conversa com o grupo, surgiu a ideia do Lambe na Prancheta, o objetivo é expor os sentimentos, trazer para o externo, propondo uma reflexão de análise crítica e construtiva, uma visão profunda sobre si próprio, através de desenhos, colagens, recortes, e materiais que sejam acessíveis para a criação. 
 
 Desenvolvimento da Pratica Artística
 Edoilson Borba.2021 
 
“Em arte conceitual, a ideia ou conceito é o mais importante aspecto da obra. Todo planejamento e as decisões são formulados de antemão e a execução é uma questão superficial. A ideia torna-se, a máquina que faz a arte...” (SMITH,1991,p.185). 
A prática foi desenvolvida por todas as integrantes do grupo individualmente em suas casas, os materiais utilizados foram: lápis, pincel, algumas linhas para macramê, chaveiro, stickers (figurinha), papel e cola de amido de milho (maizena). Para fazer a cola caseira precisa-se de uma panela com um copo de água, uma colher de maisena, uma colher de vinagre de álcool, mexer em fogo baixo até pegar ponto de mingau, deixar esfriar, enfim a cola estará pronta. 
 Preparo da cola. Cozinhar também é arte. 
 Julia Caldas Batschauer.2021 
 
Existe uma obra de arte contemporânea chamada “Comedian” do italiano Maurizio Cartela, onde ele coloca no centro de uma tela de fundo branco, uma banana com uma fita silver tape Prata segurando-a. Na Mostra de Arte Contemporânea de Miami Beach, o ator David Datuna decidiu comer a banana, intitulado sua performance artística de “Hungry Artista”. 
A interação entre a obra e o indivíduo espectador, é uma das propostas abordadas nessa prática artística, com a prancheta podendo ser usada para diversas funções, como as anotações, confecções de pulseiras , brincos e colares artesanais, feitos a mão com a linha de macramê, por exemplo. A terapia ocupacional se faz presente constantemente nesta prática. 
“Expressões artísticas contemporâneas, como as modalidades da arte urbana, têm conquistado a cada dia o respeito das pessoas. O artista pós-moderno se revela um ser incumbido de responsabilidade social, um questionador dos valores da sociedade. Uma das principais intenções é aumentar a percepção das pessoas acerca dos mecanismos de alienação que as cercam. Na arte urbana, artistas exploram as paisagens das cidades em busca de suporte para sua liberdade criativa. Porém, intervir em espaços públicos é considerado contravenção, e muitas pessoas apoiam a punição dos artistas urbanos, enxergando-os como transgressores. A arte nos espaços públicos, que muitas vezes só faz sentido a céu aberto, ainda é muito polêmica” (CORDEIRO, 2009, p. 171)
Prática artistica finalizada, verso da obra.
Julia Caldas Batschauer. 2021.
Houve uma percepção interessantíssima para ser ressaltada aqui no relatório, em relação ao processo pessoal evolutivo de cada integrante, para com a conclusão do processo criativo. Durante a conversação uma das alunas relatou vontade de estudar tatuagem, dentro da linguagem artística de Old Scool. Para outra, agregou no ramo de publicidade e propaganda na sua empresa. Para a terceira, surgiu o interesse de colocar a prática em sala de aula, como arte educadora.
Prática artística finalizada, frente da obra.
Julia Caldas Batschauer.2021
REFERÊNCIA 
A ARTE do lambe-lambe. Design Culture: Marcos Torres, 12 jul. 2017. Disponível em: http://www.designculture.com br. Acesso em: 18 jun. 2021. 
ARTISTA come banana vendida como obra de arte: Banana colada era do artista Maurizio Cattelan. 
G 1: Affonso Andrade, 8 dez. 2019. Disponível em: G1.globo.com. Acesso em: 18 jun. 2021
COLA caseira com amido de milho. Produção: Márcia Aki. YouTube: [s. n.], 2020. Disponível em: YouTube. Acesso em: 18 jun. 2021. 
Konell, Vânia. História da arte moderna e contemporânea: UNIASSELVI, 2017.
LAMBE-LAMBE: O fotógrafo da praça. Coletiva.net: Carlos Roberto Saraiva da Costa Leite, 16 jan. 2019. Disponível em: http://www.coletiva.net. Acesso em: 18 jun. 2021.

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