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1 AV1 – Infectologia – Prof. Claudia Beatriz– Fernanda Pereira - 5º período – 2021.2 26/08/2021 Introdução A hepatite é um processo inflamatório do fígado, que pode ser decorrente de causas infecciosas (virais, fúngicas, bacterianas ou parasitárias) ou não infecciosas (doenças auto-imune, álcool, drogas, doenças metabólicas). Drogas hepatotóxicas + Lembrar dos anti-inflamatórios! São causas importantes de alteração da função hepática. Outras etiologias virais que promovem alterações hepáticas: Covid 19, EBV, CMV, adenovírus, herpes vírus e dengue. Resposta inflamatória multi sistêmica pediátrica: acontece cerca de 2-3 semanas após o quadro aguda de COVID e que vem com quadro inflamatório intenso que pode levar à síndrome hepática grave. Os vírus são os principais causadores de hepatites infecciosas. Diferentes agentes etiológicos virais poder ser os responsáveis por desencadear essa patologia. Os vírus causadores das hepatites possuem tropismo primário pelo tecido hepático. As hepatites virais são causadas por cinco vírus: - HAV - HBV - HCV - HDV - HEV O espectro clínico das hepatites é bastante amplo pode haver casos assintomáticos, anictéricos, ictéricos e até de progressão para a insuficiência hepática aguda grave (fulminante). A maioria das hepatites são assintomáticas, no entanto quando sintomática os sintomas são “separados” de acordo com a fase da doença. - Fase aguda: fadiga, mal-estar, náusea, dor abdominal, anorexia, icterícia + fezes esbranquiçadas (acolia fecal) + urina escura (colúria). - Fase crônica: a sintomatologia nessa fase é rara, quando aparece é na forma de fadiga. O acometimento hepático nessa fase da doença leva à fibrose, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. As hepatites virais são doenças de notificação obrigatória, devendo ser seguidas as orientações do Guia de Vigilância em Saúde e suas atualizações. Diagnóstico clínicos Quadros diversos, a maioria dos casos subclínicos cursam com fadiga, anorexia, náuseas e mal-estar. Nos sintomático a tríade de icterícia + colúria + acolia pode aparecer indicando o período de doença aguda. Hepatite HEPATITE A E HEPATITE E 2 AV1 – Infectologia – Prof. Claudia Beatriz– Fernanda Pereira - 5º período – 2021.2 Marcadores sensíveis para a detecção de lesão no parênquima hepático: ALT ou TGP, AST ou TGO, bilirrubinas, fosfatase alcalina podem estar aumentados e pode ocorrer linfocitose. – Todos esses marcadores são inespecíficos para ter o diagnóstico etiológico, que só é possível por meio de sorologia e/ou biologia molecular. Metodologia de diagnósticos Ensaios imunoenzimáticos: ELISA ou ELFA (fluorescência) Testes rápidos (TR): a detecção precoce dos vírus causadores das hepatites B e C. “Os testes rápidos utilizados para o diagnóstico das hepatites B e C baseiam-se na tecnologia de imunocromatografia de fluxo lateral. O teste para hepatite B permite a detecção do antígeno de superfície do HBV (HBsAg) no soro, plasma ou sangue total. Para a hepatite C, o teste detecta o anticorpo anti HCV no soro, plasma, sangue total ou fluido oral.” (MANUAL TÉCNICO PARA O DIAGNÓSTICO DAS HEPATITES VIRAIS, 2018). Teste molecular: PCR Locais em que é recomendado o uso de TR › Serviços de saúde sem infraestrutura laboratorial ou localizados em regiões de difícil acesso; › Instituições da Atenção Primária à Saúde (ex: UBS) e outras instituições pertencentes a Programas do Ministério da Saúde, tais como Rede Cegonha, Programa de Saúde da Família, Consultório na Rua, Quero Fazer, dentre outros programas; › Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Unidade de Testagem Móvel (UTM), Centro de Atenção Psicossocial (Caps), serviços de atendimento de emergência, pronto-socorro, hospitais e maternidades; › Segmentos populacionais flutuantes; › Populações vulneráveis: Hepatite B: homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas que usam drogas, pessoas privadas de liberdade, indivíduos em situação de rua, indígenas, quilombolas, indivíduos nascidos em áreas endêmicas; Hepatite C: indivíduos com 40 anos de idade ou mais, indivíduos que realizaram transfusão, transplante, indivíduos em situação de compartilhamento de material de injeção. › Comunicantes de pessoas vivendo com hepatites virais; › Acidentes biológicos ocupacionais; › Gestantes durante o pré-natal, parturientes e puérperas; › Situação de abortamento espontâneo, independentemente da idade gestacional; › Laboratórios que realizam pequenas rotinas (rotinas com até cinco amostras diárias para diagnóstico da infecção pela hepatite B ou C); › Pessoas em situação de violência sexual; › Outras situações especiais definidas pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) para ações de vigilância, prevenção e controle das infecções sexualmente transmissíveis (IST), do HIV aids e das hepatites virais. Cada um dos vírus responsáveis por causar a hepatite possui características diferenciadas como pode-se observar nas tabelas a seguir: Caso clínico 1 Paciente de 15 anos admitida na emergência com náuseas, vômitos e dor abdominal. História de tratamento para depressão no ano passado. Exames laboratoriais TGO (AST-aspartato aminotransferase): 180u/L (Referencia: 5-40u/L) TGP (ALT) 130 u/L (Referência: 7-56 u/L) INR: 1,8 TAP 40% Qual a principal hipótese diagnóstica? O que chama atenção para ser hepatite A? As manifestações clínicas; E, o que chama atenção para não ser hepatite A? As transaminases estão aumentadas, mas nem tanto. Na hepatite A as transaminases ficam acima 1000. Temos que lembrar sempre também sobre hepatite medicamentosa. Medicamentos antidepressivos ou medicamentos usados na pediatria podem dar hepatite. Caso clínico 2 Paciente, 3 anos, do sexo feminino, moradora da rocinha se apresenta com febre e vômitos, há 5 dias. 3 AV1 – Infectologia – Prof. Claudia Beatriz– Fernanda Pereira - 5º período – 2021.2 HDA: mãe refere que há 5 ias criança começou a apresentar febre (38,5ºC), que cedia com o uso de paracetamol, associada a episódios de vômitos (3-4 episódios por dia) sem sangue, com restos alimentares, dor abdominal difuso tipo cólica de leve intensidade, que piorava com a dieta. Apresentou 2 episódios diarreicos com fezes amarelo- esbranquiçadas, sem sangue ou muco. Relata também urina escurecida. Refere uso de água filtrada porem a criança permanece na creche onde utilizam água da torneira Há 2 dias, procurou a UPA, onde foi realizado exames laboratoriais e prescrito soro de hidratação oral. Regular estado geral, atenta ao meio, hipoativo, acianótica, ictérica 2+/4, afebril, hipocorada (+/4) e desidratada (+/4). Respiratório e cardiovascular: sem alterações Abdome: plano, normotenso, difusamente doloroso, mais intenso em epigástrio e HCD. Sinal de Blumberg ausente. Peristalse presente. Neurológico: ECG 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes, sem sinais de irritação meníngea. Extremidades: pulsos palpáveis e sem edema Exame laboratoriais: TGO-2751 u/L; TGP 2265u/L; INR 1; TAP 10; GAMA GT 193 u/L; fosfatase alcalina 672 u/L; proteínas totais 6,3 g/dL; albumina sérica 3g/dL; bilirrubinas totais: 6mg/dL. Diagnóstico: Hepatite A HAV e HEV O HAV e o HEV são vírus de RNA com capsídeos formados pelos antígenos HAVAg e HEVAg, respectivamente. A transmissão desses dois vírus se dá por via fecal-oral. HAV Normalmente, os pacientes mais velhos apresentam a forma sintomática da doença, com resolução lenta. Pessoas que já tiveram hepatite A apresentam imunidade para essa doença, mas permanecem susceptíveis às outras hepatites virais (BRASIL, 2009). O HAV pertence à família Picornaviridae, sendo representante único do gênero Hepatovirus (ICTV, 2014). O HAV é formado por um capsídeode formato icosaédrico composto pelas proteínas estruturais VP1, VP2 e VP3, o qual envolve o genoma viral (GASPAR; VITRAL; DE OLIVEIRA, 2013). Epidemiologia HAV: A taxa de incidência de hepatite A no Brasil tem mostrado tendência de queda, passando de 5,7 casos em 2009 para 0,2 por 100 mil habitantes em 2020. Boletim epidemiológico, secretaria de vigilância em saúde do ministério da saúde, número especial julho de 2021: 53% dos casos abaixo de 9 anos. Maior numero de casos no norte e nordeste. Transmissão: atinge mais crianças e adultos jovens. Sua transmissão é por maio da água, alimentos e fômites contaminados com fezes de indivíduos infectados. Assim, é válido ressaltar que as condições sanitárias em algumas regiões favorecem a transmissão do HAV. Por isso, esse vírus é o responsável pela maioria dos casos de hepatite viral em crianças. A transmissão por via parenteral e por hemotransfusão é rara, mas pode ocorrer se o doador estiver na fase de viremia do período de incubação. Pode ocorrer ainda transmissão por via sexual. Embora a transmissão sexual do HAV não seja comum, foram reportados surtos de hepatite A relacionados à transmissão sexual nas Américas e na Europa. A existência desses eventos indica a necessidade de atenção por parte da vigilância epidemiológica, principalmente junto a populações-chave para IST (ECDC, 2017; WHO, 2017a). Fatores que facilitam a transmissão: carga viral elevada; sobrevivência no meio ambiente. Estabilidade em pH baixo e altas temperaturas. Sobrevive ao pH estomacal. Pode afetar por meses a transmissão de pessoa a pessoa. Regiões onde o saneamento é precário, a maioria já adquiriu até os 10 anos de idade. Fecal → oral → sistema porta → canais biliares → intestino (repeat) Patogenia: Ingestão de alimentos ou água contaminada → resiste ao pH ácido e chega ao epitélio intestinal → circulação mesentérica → chega ao fígado pelo sistema porta → hepatócitos (replicação e ativação de CD8) → eliminação fecal. 4 AV1 – Infectologia – Prof. Claudia Beatriz– Fernanda Pereira - 5º período – 2021.2 Manifestação de hepatite A: indisposição, fadiga, anorexia, náuseas, vômito, desconforto abdominal, febre, urina escura, fezes pálidas e icterícia do recobrimento conjuntival da esclera. Pode ainda ocorrer diarreia em cerca de metade das crianças infectadas, o que, entretanto, é incomum em adultos A infecção, quando ocorre em crianças menores de seis anos, está, frequentemente, associada a quadro clínico pouco sintomático ou assintomático. Apenas 10% das crianças abaixo de 6 anos apresentam icterícia. Já a infecção em indivíduos com mais de 50 anos evolui de forma mais grave e sintomática, ocorrendo icterícia em mais de 70% dos pacientes. O período de incubação é, em média, de 28 dias, podendo variar de 15 a 50 dias. Não cronifica. Existem casos de evolução para hepatite fulminante (menos de 1%). A fase de transmissão da infecção pode acontecer a partir de duas semanas antes, até pelo menos uma semana após o início da icterícia, de outros sintomas clínicos ou da elevação dos níveis das enzimas hepáticas. Hiperbilirrubinemia e aumento de transaminases (>1000u/L) O vírus pode ser detectado nas fezes após cerca de uma a duas semanas após a exposição ao HAV e persiste, em média, por 79 dias após o pico de ALT (GASPAR; VITRAL; DE OLIVEIRA, 2013; NAINAN et al., 2006). O período total da viremia é, em média, de 79 dias (variando de 36 a 391 dias) Diagnóstico: o teste sorológico deve ser realizado apenas em indivíduos sintomáticos. Dada a natureza aguda e autolimitante da infecção, recomenda-se que a investigação seja realizada utilizando a pesquisa pelo anticorpo IgM contra o HAV (anti-HAV IgM). Os anticorpos IgG anti-HAV podem ser detectados no fluido oral (FO), soro, urina e fezes e indicam a imunidade prévia. Aumento de bilirrubinas, ALT (mais específica porque é presente principalmente no fígado) e AST (menos especifica porque está presente também no musculo e coração). Pode ocorrer linfopenia e neutropenia transitórias. Hiperbilirrubinemia: colestase (BD). + Segundo o “Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais” (BRASIL, 2017b), a maior parte dos casos de infecção pelo HAV se concentram na faixa etária de 0 a 14 anos. + A infecção pelo HAV é um agravo imunoprevenível, e todas as pessoas não vacinadas são susceptíveis à infecção. + Laudo: “O resultado reagente para o HAV IgM indica infecção aguda pelo vírus da hepatite A” Tratamento: Suporte. Nos casos graves é necessário oferecer terapia intensiva e transplante. Injúria hepática grave Atenção na pediatria: a injuria hepática não vem acompanhada de encefalopatia. A encefalopatia na criança muitas vezes é tardia. Discrasia sanguínea Na fase final de uma insuficiência hepática pode ter transaminases reduzidas. Insuficiência hepática aguda na infância: Insuficiência hepática aguda Criança Adulto Evidencia bioquímica de lesão hepática + ausência de doença hepática previa + coagulopatia não corrigível pela vitamina K + INR > 1,5 + encefalopatia ou INR> 2. Aguda encefalopatia + coagulopatia sem doença hepática previa. Primeiras 8 semanas de doença. Duração acima de 6 meses = crônica. HEV O HEV pertence ao gênero Hepevirus, família Hepeviridae (ICTV, 2014). O HEV é um vírus pequeno, não envelopado, 5 AV1 – Infectologia – Prof. Claudia Beatriz– Fernanda Pereira - 5º período – 2021.2 com capsídeo icosaédrico de, aproximadamente, 27- 34nm de diâmetro (MIRAZO et al., 2014; FOCCACIA, 2007). + A infecção pelos genótipos 1 e 2 do HEV é considerada uma antroponose, classe de doenças em que o ser humano é o único reservatório, suscetível e hospedeiro. Já a infecção pelo genótipo 3 é uma enzoonose, doença infecciosa de animais de uma área específica ou constantemente presente nesta; e a infecção pelo genótipo 4 é uma zoonose, doença que pode ser transmitida aos seres humanos pelos animais (GONÇALES, 2013; PARVEZ, 2013). A doença é autolimitada e pode apresentar formas clínicas graves, principalmente em gestantes. Transplantados ou imunossuprimidos, ou portadores de cirrose prévia podem evoluir para doença hepática grave. Epidemiologia: causa importante de hepatites virais na Ásia e África, América Central, região Norte. Transmissão: a transmissão deste também é muito relacionada com a veiculação na água. As principais vias de transmissão são: reservatórios de água potável contaminada (transmissão fecal-oral); ingestão de carne crua ou mal cozida de animais selvagens, como javalis e cervos, frutos do mar, fígado cru, e animais domésticos, como porcos e galinhas (transmissão alimentar-zoonótica); pelo sangue (transmissão parenteral) e da mãe para o filho (transmissão vertical perinatal). Contato interpessoal – esporádica. O quadro sintomático aparece em, aproximadamente, 20% dos indivíduos infectados e é observado, principalmente, em jovens e adultos de 14 a 40 anos. ?? A vacinação está indicada para indivíduos suscetíveis, inclusive aqueles com infecção anterior que apresentem ausência de manutenção de anticorpos IgG, pois a reinfecção pode ocorrer. Cabe ressaltar que a vacina nesse momento ainda não é recomendada pela OMS, e tem seu uso restrito à China. Diagnóstico: o imunoensaio é o método laboratorial mais utilizado no diagnóstico de HEV. anticorpos IgG anti-HEV são encontrados desde o início da infecção, com pico entre 30 e 40 dias após a fase aguda da doença, e podem persistir por até 14 anos. A busca por IgM não é um bom método de diagnóstico porque tem muita reação cruzada com outras hepatites virais. Baixa resposta de imunossuprimidos. O HEV pode ser detectado nas fezes, aproximadamente, uma semana antes do início dos sintomas da doença e costuma persistir por mais duas semanas, podendo, em alguns casos,ser detectado em até 52 dias após o início da infecção. No soro, o RNA viral pode ser detectado, na maioria dos pacientes, duas semanas após o início da doença; em alguns casos, a reatividade chega a se prolongar por 4 a 16 semanas. Diagnóstico diferencial: A suspeita diagnóstica de HEV em áreas não endêmicas deve basear-se na exclusão dos agentes das hepatites A, B e C, além dos vírus Epstein-Barr e citomegalovírus. O histórico de viagens, a procedência de regiões endêmicas para o HEV e a ocorrência de epidemias que têm como fonte de contágio os reservatórios de água devem ser interpretados como indícios importantes de aquisição de infecção por HEV. + Mortalidade alta em pacientes grávidas (20-25%). Final da gestação: 40% de insuficiência hepática. Grávidas encefalopatia hepática precoce, de rápida progressão com incidência elevada de edema cerebral + 13 x mais insuficiência hepática comparada com homens e mulheres não grávidas. Flutuações dos níveis de transaminases Período de incubação de 2-10 semanas Alguns casos de hepatite fulminante. Antigamente acreditava-se não levar a doença crônica, mas há relatos em pacientes transplantados. Manifestações extra-hepáticas HEV: 5% manifestações de SNC (encefalite, Guillén Barre, paralisia de Bell, papel da 6 AV1 – Infectologia – Prof. Claudia Beatriz– Fernanda Pereira - 5º período – 2021.2 resposta imune), pancreatite, anemia aplásica, tireoidite auto-imune, miosite, glomerulonefrite. HEV transplantados Soroprevalencia HEV alta – 2,4 a 43,9% Em transplante hepático ou outros transplantados pode levar a doença progressiva hepática com cirrose em 1-2 anos Uso de imunossupressores. Exemplo: Tacrolimus Genoma viral após 6 meses: infecção crônica; Tratamento: Imunocompetentes: sintomáticos Imunossuprimidos com hepatite E grave: RIBAVIRINA (teratogênico primeiro trimestre, principalmente) por 3 semanas rápida melhora da função hepática Para liberação global: avaliar a segurança em crianças, idosos e imunossuprimidos e idosos Prevenção • usar preservativo nas relações sexuais; • não compartilhar seringas, agulhas ou objetos perfurocortantes; • não compartilhar objetos de higiene pessoal tais como escova de dentes, lâminas de barbear e materiais de manicure. • consumir somente água potável • higienizar alimentos antes de consumi-los Hepatites virais imunopreveníveis As hepatites A e B são doenças imunopreveníveis, ou seja, elas podem ser evitadas por meio de vacinas que estão previstas no calendário nacional de imunização do SUS. As hepatites C e E, entretanto, ainda não são imunopreveníveis, pois até agora não foi desenvolvida uma vacina para essas infecções. A hepatite D, causada pelo vírus Delta, é evitada pela mesma vacina da hepatite B. A replicação do HDV depende da presença do HBV. Indicações de vacina contra HAV em situações especiais: hemoglobinopatia, hepatopatias, coagulopatia, HIV/AIDS, imunossupressão e transplantados ou candidatos. Hepatite A Hepatite E Como se transmite Via fecal-oral; água; contato entre pessoas; uso coletivo de copos, talheres, chupetas e mamadeiras. Alimentos contaminados (frutas e verduras mal lavadas e alimentos malcozidos). Via fecal-oral; contato entre pessoas; uso coletivo de copos, talheres, chupetas e mamadeiras; alimentos e água contaminados (frutas e verduras mal lavadas e alimentos malcozidos). Pode ser grave entre gestantes do 2º ou 3º trimestre de gestação. Sinais e sintomas Varia desde ausência de sintomas ou febre baixa, dor de cabeça e sensação de fraqueza, falta de apetite, icterícia, fezes esbranquiçadas e urina escura. Prevenção Medidas simples de higiene, beber água filtrada, lavar bem as frutas e verduras, deixar imerso em água com cloro (1 litro de água para uma colher de sopa de cloro); cozer bem frutos do mar; esvaziar e limpar a caixa-d’água a cada seis meses. Vacinas A vacina contra a hepatite A faz parte do calendário de vacinação do SUS para crianças de 15 meses até 4 anos de idade (dose única 95-97%). Sociedade brasileira de pediatria recomenda 12 meses e 19 meses (100%), Adolescentes não vacinados 2 doses 6 meses de intervalo. Não existe vacina. 7 AV1 – Infectologia – Prof. Claudia Beatriz– Fernanda Pereira - 5º período – 2021.2 Referências Diagnóstico de HEPATITES VIRAIS – TELELAB MANUAL TÉCNICO PARA O DIAGNÓSTICO DAS HEPATITES VIRAIS – MINISTÉRIO DA SAÚDE
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