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Revoluções Científicas e Iluminismo

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Antes, a religião explicava todas as questões sobre o mundo e os seres huma-
nos, e Deus estava no centro de todas as respostas. A nova mentalidade surgiu co-
mo uma outra forma de explicar o mundo e chegar as respostas para questiona-
mentos e problemas. E a maneira utilizada para fazer isso era por meio de experi-
mentos. 
 Revolução Científica foi um longo período de testes na prática de hipóteses
para solucionar questões, e esta prática tornou-se cada vez mais comum. Este pe-
ríodo se estendeu do século XVI ao XVIII. O conjunto de experimentos, assim como os
resultados e a repercussão, revolucionaram a forma de produzir conhecimento,
inaugurando a Ciência Moderna.
 Nicolau Copérnico (1473 - 1543), considerado um dos precursores da Revolução
Científica, por ser um dos responsáveis pela desorganização do modelo medieval até
então predominante, ao propor que o Sol não se movia.
 Na origem da Revolução Científica, encontramos o método experimental ou ci-
entífico, e se baseia em seis etapas: observação, levantamento de um problema,
formulação de uma hipótese, experimentação, conclusão, análise de resultados e ge-
neralização.
O século das luzes
RevoluçõesRevoluçõesRevoluções
CientíficasCientíficasCientíficas
IluminismoIluminismoIluminismo
 Com base na racionalidade e na nova maneira de enxergar e explicar o mundo
inspirou um novo arsenal de ideias e de propostas para a melhoria das sociedades.
Essas ideais nasceram e foram divulgadas inicialmente na Europa continental, princi-
palmente na França do Antigo Regime.
 Foi na França onde surgiu uma "luz" que de certo modo, caracterizava o abso-
lutismo.
 O século XVIII ficou conhecido como o século das luzes, pois foi naquela época
que surgiu o Iluminismo, que foi basicamente um movimento filosófico do século XVIII,
que defendeu a individualidade e a liberdade de pensamento, isso significou a desapro-
vação de todas as formas de dogmatismo.
 Para os iluministas, a razão tinha um papel fundamental naquele "século das lu-
zes", que era esclarecer a humanidade.
Os filósofos e as ideias iluministas
 Os historiadores explicam que o Iluminismo encaixava-se nas aspirações e nas
desilusões da burguesia em ascensão na Europa do século XVIII.
 A burguesia consolidava-se como um grupo social ativo, verdadeiro protagonista
das transformações do mundo moderno. Esta classe encabeçou as principais revol-
tas e revoluções dos séculos XVIII e XIX. O movimento iluminista, apesar de ter ocor-
rido há mais de 200 anos, lançou as bases do pensamento político dos novos Esta-
dos e da mentalidade contemporânea ocidental.
 Vários foram os iluministas que contribuíram para o novo pensamento político e
para o rompimento das estruturas do Antigo Regime. Em razão de uma das bandei-
ras defendidas por eles ser justamente a liberdade, o próprio movimento que levou
essa ideia muito a sério.
 Essa liberdade de expressão foi uma das características mais marcantes do
Iluminismo, que, com o interesse na difusão do saber, os iluministas acreditavam que
eram as armas mais poderosas contra as superstições, a ignorância e o preconcei-
to, relacionados ao medievo. As bases para o pensamento ilustrado podem ser en-
contradas ainda no século XVII, nos trabalhos de John Locke (1632 - 1704).
As ideias de Locke sobre liberdade
 Thomas Hobbes (1588 - 1679) acreditava que durante o estado de natureza o
homem tem liberdade absoluta e se preocupa apenas com sua sobrevivência e com
seu próprio prazer, e que por causa disso, havia uma constante sensação de ame-
aça e guerra. Com isso, foi estabelecido um contrato social para criação de um Es-
tado Civil, e nele, os homens iriam abrir mão de sua liberdade absoluta, e a entrega-
riam para o Estado, para que eles garantissem a segurança para todos.
 Para John Locke (1632 - 1704), o homem a princípio era bom, mas com o
passar do tempo seriam desenvolvidas corrupções naturais (inveja; vaidade), e com
isso ocorreu a saída dos homens da igualdade para os conflitos, o que fez com que
o estado natural se torne insustentável. O contrato social foi estabelecido para
preservar os direitos naturais. Se o Estado não conseguir preservar, o contrato
social poderia ser desfeito.
 Os principais filósofos do Iluminismo vão dialogar com essas ideias para escre-
verem sobre a liberdade, a igualdade e os direitos do homem, e seus escritos vão in-
fluenciar líderes de todo o mundo ocidental.
Descartes e as revoluções científicas
 René Descartes (1596 - 1650) foi um revolucionário que pretendia romper com
as tradições medievais. Para Descartes, antes de aceitar uma ideia como verdadei-
ra, ela deve ser passada previamente pela razão (no caso, a razão matemática).
Descartes convenceu-se de que o funcionamento do Universo podia ser descoberto
por meio da aplicação de uma ciência matemática universal.
 A ciência universal pensada por ele, pretendeu reunir todo o conhecimento hu-
mano em busca da verdade (atingida pelo uso da razão). Ele propôs um novo 
método de pensamento muito mais do que revolucionário. 
 Segundo Strathern, Descartes pensou em um sistema que unificaria todo o co-
nhecimento, não teria preconceito e nem hipótese, seria sustentado por certezas,
se iniciaria por princípios básicos e se desenvolveriam a partir deles.
 Segundo o filósofo Denis Lerrer Rosenfield, resgatar o princípio da filosofia
resultava em um pensamento autônomo, livre de amarras e livre de toda espécie de
preconceito. 
 O Discurso do Método (1637) veio acompanhado da afirmação da igualdade de
gênero entre os sexos.

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