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Puberdade feminina e sistema genital feminino Puberdade feminina Puberdade significa o início da fase adulta, e a menarca significa o primeiro ciclo de menstruação. O período da puberdade é causado por aumento gradual na secreção dos hormônios gonadotrópicos pela hipófise, começando em torno dos 8 anos de idade, como mostrado, e normalmente culminando no início da puberdade e da menstruação, entre 11 e 16 anos de idade, nas meninas (em média, aos 13 anos). Na mulher, assim como nos homens, a hipófise infantil e os ovários são capazes de funcionar completamente, se estimulados apropriadamente. Entretanto, assim como também é verdadeiro para os homens e por motivos ainda não entendidos, o hipotálamo não secreta quantidades significativas de GnRH durante a infância. Experimentos revelaram que o hipotálamo é capaz de secretar esse hormônio, mas o sinal apropriado de alguma outra área do cérebro para desencadear a secreção está ausente. Portanto, acredita-se, hoje, que o início da puberdade se dê por algum processo de amadurecimento que ocorre em alguma outra parte do cérebro, talvez em algum ponto do sistema límbico. O início da puberdade desencadeia mudanças físicas e fisiológicas. - As meninas apresentam o estirão puberal de crescimento no início da puberdade, enquanto que os meninos só irão apresentá-lo no final da puberdade.- Os primeiros sinais e características da puberdade nas meninas, são: 1. O primeiro sinal é o aparecimento do broto mamário (telarca), um nódulo na região da aréola da mama, um pouco dolorido ao toque; 2. Surgimento dos pelos pubianos (pubarca); 3. Crescimento de pelos nas axilas, geralmente um ano após os pubianos; 4. Cheiro de suor; 5. Ocorrência da primeira menstruação (menarca). A puberdade precoce feminina ocorre quando o broto mamário surge antes dos 8 anos. Se for depois dos 13 anos, é sinal de retardo puberal. Nas duas situações, a menina deve ser avaliada por um médico. O QUE É A MENARCA? A primeira menstruação da vida de uma mulher recebe o nome de menarca. Este evento ocorre habitualmente entre os 10 e 14 anos de idade. Aos 15 anos, mais de 95% das meninas já terão tido a sua primeira menstruação, motivo pelo qual essa é a idade considerada limite para o surgimento da menarca. As meninas que completam 16 anos sem nunca terem menstruado devem ser avaliadas por um(a) ginecologista, para que ele(a) possa investigar os motivos de tal atraso. A menarca é uma das manifestações da puberdade, mas não é a única nem a mais precoce. Várias alterações no corpo das meninas podem ser notadas antes do surgimento da menarca e servem de aviso para a chegada da primeira menstruação. COMO SURGE? A menarca surge porque os ovários das mulheres começam a produzir hormônios a partir do início da puberdade. A primeira menstruação é apenas uma das muitas alterações que o corpo da mulher sofre por influência hormonal ao longo da adolescência. BO surgimento da menstruação marca o início da vida fértil da mulher, apesar da primeira menstruação em si não estar necessariamente associada a uma ovulação. A primeira menstruação pode ocorrer exclusivamente por ação do estrogênio sobre o endométrio, que é o tecido que recobre a parede interna do útero. Após a menarca, porém, a tendência é que a menina comece a ovular, inicialmente de forma irregular, o que se traduz por ciclos menstruais também irregulares, e, posteriormente, com o passar dos anos, de forma mais regular e previsível. Portanto, após a menarca, qualquer atividade sexual sem métodos contraceptivos pode resultar em uma gravidez. O surgimento da primeira menstruação é uma ótima oportunidade para que os pais conversem sobre métodos anticoncepcionais e levem a menina para uma primeira avaliação do ginecologista Anatomia do sistema genital feminino Gônada: ● Ovários - Função de produzir gametas e função de secreção de hormônios como o estrogênio e progesterona. - Eles estão localizados na fossa ovárica, uma depressão do peritônio, que está localizada ao nível da bifurcação da artéria ilíaca comum, limitada posteriormente pelo ureter. - Posterior ao ligamento largo do útero - Na infância -> Liso e rosado - Depois da puberdade -> cinza e rugoso Tem 2 extremidades: 1. Perto da tuba uterina 2. Perto do útero Tem 2 margens : 1. Margem mesovárica : se fixa parte do ligamento do útero 2. Margem livre Tem 2 faces: 1. Face medial : a face observada 2. Face lateral Tem ligamentos : 1. Ligamento próprio do ovário : 2 ligamentos que conectam o ovário e margem do útero 2. Ligamento suspensor : prega de peritônio, é por onde todas as estruturas chegam e partem dos ovários Estruturas internas : ● Tuba uterina - A tuba uterina é um órgão tubular bilateral, localizada ao longo da margem superior do ligamento largo do útero, que tem a função de transportar os óvulos até a cavidade uterina. - A tuba uterina possui musculatura própria, que cria um peristaltismo que contribui para a passagem do embrião, auxiliado pela atividade ciliar das células e pelo edema da túnica mucosa. A tuba uterina divide-se anatomicamente em quatro partes: 1. Infundíbulo da tuba uterina: - O infundíbulo é a primeira parte da tuba uterina, localizado mais lateralmente, se assemelha à parte alargada de um funil, como indicado o próprio nome. Na sua face voltada para o ovário, envolvendo grande parte da sua superfície, encontramos as fímbrias ováricas, que são numerosas franjas, linguetas e sépalas. Sua continuidade corresponde à ampola da tuba uterina. 2. Ampola da tuba uterina: - É considerada a parte principal da tuba uterina, pois é onde normalmente ocorre a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. A ampola da tuba uterina possui aproximadamente sete centímetros de comprimento e seu trajeto é ondulado. Sua continuidade é o istmo da tuba uterina. 3. Istmo da tuba uterina - O istmo da tuba uterina se dirige ao corpo do útero em um trajeto retilíneo, de aproximadamente três centímetros de comprimento, que se comunica à parte uterina da tuba. 4. Parte uterina - Por estar contida na parede do útero é uma parte intramural, embora seja totalmente independente do útero. Possui aproximadamente um centímetro de comprimento e, através do óstio uterino da tuba uterina, se abre na cavidade uterina. Tem 2 óstios: 1. Um óstio na posição lateral -> óstio abdominal 2. Um óstio na posição medial -> óstio uterino Caminho dos ovócitos da posição lateral para medial: 1. Óstio abdominal da tuba uterina 2. Infundíbulo (fímbrias) -> com franjas 3. Ampola -> Região dilatada das tubas e onde ocorre o encontro dos gametas 4. Parte uterina -> atravessa parte do útero 5. Óstio uterino da tuba O epitélio que reveste a tuba uterina é formado por células ciliadas e por células secretoras não ciliadas, mais fortemente coradas. ● Útero - Tem 1 cavidade - Caso o óvulo seja fecundado, o útero será o órgão responsável pelo alojamento do embrião até o nascimento. - Nele, o óvulo fecundado se implanta, aninha, desenvolve e cresce até o momento do nascimento. - Junto com a vagina, ele forma o canal do parto, por onde o feto irá passar ao fim da gestação. - Ele é envolvido pelo ligamento largo do útero e fixado à cavidade pélvica pelo ligamento redondo do útero. - O útero é um órgão muscular localizado na pelve entre o reto e a bexiga urinária. Ele tem a forma de pera e é oco. - O útero é dividido em corpo, istmo e colo. Partes : 1. Fundo: - Acima da região das tubas 2. Corpo: - Parte em que ocorre a gestação. Sua extremidade superior, localizada acima do óstio uterino da tuba uterina, é denominada fundo do útero. O corpo do útero apresenta uma face relacionada com a bexiga, face vesical, e uma face relacionada com o reto conhecida como face intestinal. 3. Istmo : - Parte do útero que afina - Parte que separa o corpo do colo do útero. 4. Colo : - última parte do útero - Tem a parte supravaginal - E a parte vaginal : fica na luz da vagina - Atravessado por um canal : canal do colo do útero Paredes : 1. Endométrio :O endométrio é a camada mais interna,consiste em um epitélio e uma lâmina própria que contém glândulas tubulares simples, as quais, às vezes, se ramificam nas porções mais profundas (próximo do miométrio). O endométrio pode ser subdividido em duas camadas, que não podem ser bem delimitadas morfologicamente: (1) a camada basal, mais profunda, adjacente ao miométrio, constituída por tecido conjuntivo e pela porção inicial das glândulas uterinas; (2) a camada funcional, formada pelo restante do tecido conjuntivo da lâmina própria, pela porção final e desembocadura das glândulas e também pelo epitélio superficial. Enquanto a camada funcional sofre mudanças intensas durante os ciclos menstruais, a basal permanece quase inalterada.Os vasos sanguíneos que irrigam o endométrio são muito importantes para o fenômeno cíclico de perda de parte do endométrio durante a menstruação. 2. Miométrio : camada média, que é formada por uma túnica muscular conhecida como miométrio. 3. Perimétrico : camada mais externa , composta de uma túnica serosa derivada do peritônio, o perimétrio. Camadas 1. Camada funcional - composta por camada compacta (tec. conj. em torno do colo das gll.) e camada esponjosa (te. conj. edemaciado contendo porções dilatadas e tortuosas das gll)) - Desintegram-se e descamam durante a menstruação e parto 2. Camada basal - fundo cego das gll. e possui seu próprio suprimento sanguíneo - Não se desintegra durante a menstruação e parto Ligamento redondo : Mantém a posição do útero voltado para frente e para trás Órgão da cópula ● Vagina - órgão tubular, miomembranáceo, ímpar, mediano, se estende do vestíbulo da vagina até o colo do útero. - Atravessa o assoalho pélvico, como órgão da cópula recebe o sêmen, serve para o escoamento das secreções uterinas e menstruais e, junto com o útero, forma o canal do parto - A vagina apresenta relação direta, anteriormente, com a bexiga urinária e com a uretra, e, posteriormente, com o reto. - Ela pode ser dividida em: corpo, fórnice e óstio. Partes: 1. Fórnice Também conhecido como fundo da vagina, corresponde à extremidade mais superior que envolve o colo do útero. 2. Corpo Em seu estado distendido, apresenta formato cilíndrico, porém, normalmente, encontra-se achatado no sentido anteroposterior. É considerado a parte principal da vagina. 3. Óstio Orifício localizado na extremidade inferior da vagina, que se abre no pudendo feminino. O óstio da vagina( vestíbulo da vagina ) pode apresentar diferenças de acordo com a atividade sexual e reprodutiva. Em mulheres virgens, a luz do óstio da vagina é reduzida pelo hímen, que deixa evidente a separação entre a vagina e o vestíbulo da vagina. O hímen é uma membrana mucosa incompleta de pequena espessura e reduzida vascularização. Glândulas anexas ● Glândulas vestibulares - são glândulas anexas - Possuem ductos que se abrem no vestíbulo da vagina (espaço entre os lábios menores do pudendo) - Responsáveis pela lubrificação dos espaços entre os lábios menores - Lubrificação da vagina - Glândulas vestibulares menores - Glândulas vestibulares maiores ou de Bartholin: Podem ser consideradas homólogas às glândulas bulbouretrais masculinas. Elas são responsáveis pela secreção de um líquido denso, claro e viscoso, semelhante a um muco, que possui função lubrificante para auxiliar no momento de copular e na fecundação. Elas têm o formato ovóide e são bilaterais, situadas na parede lateral da extremidade posterior do bulbo do vestíbulo. Estruturas eréteis ● Clitoris - Região muito inervada - Devido ao fato do sistema genital feminino servir de passagem durante o parto, as estruturas eréteis femininas não estão reunidas em apenas um órgão, como ocorre no sexo masculino. Uma das estruturas eréteis femininas é o clitóris, órgão homólogo ao pênis. O clitóris é composto por dois corpos cavernosos, que, na sua porção distal, formam um tubérculo arredondado, a glande, que é recoberta pelo prepúcio do clitóris. Esses corpos cavernosos são envolvidos por uma túnica albugínea, semelhante ao pênis. A principal diferença estrutural do clitóris em relação ao pênis é o fato do seu corpo ser pequeno. - Está na confluência dos lábios menores do pudendo Partes : 1. Ramo 2. Corpo 3. Glande -> única parte que se projeta no meio externo Ereção: Seus corpos cavernosos se enchem de sangue para proporcionar mais atrito com o penis e garantir mais prazer ● Bulbo do vestíbulo - Fica ao redor da vagina e depois do óstio - Outra estrutura erétil do sistema genital feminino, ele corresponde ao corpo esponjoso do pênis. Está localizado ao redor do óstio da vagina e tem a forma de uma ferradura. O bulbo do vestíbulo é compreendido por duas massas eréteis. Ele é recoberto pelo músculo bulbo-esponjoso, que possui dimensões variáveis, tendo em vista que, em ereção, sofre alterações de tamanho. Ereção : se enche de sangue, diminuindo a luz da vagina para aumentar o atrito com o penis visando a ejaculação Órgãos externos ● Pudendo (vulva) Partes : 1. Monte do púbis : Elevação anterior à sínfise púbica, mediada, formada por um grande coxim de tecido adiposo. 2. Lábios maiores do pudendo : 2 pregas cutâneas alongadas, face externa tem pelos e face interna não tem pelos 3. Rima do pudendo : espaço entre os lábios maiores 4. Lábios menores : Os lábios menores delimitam o vestíbulo da vagina. São formados por 2 pregas cutâneas paramedianas. Eles são descobertos pelo afastamento dos lábios maiores, com a base implantada na face medial dos lábios maiores. Os lábios menores não apresentam folículos de pelo, nem glândulas sudoríparas. Devido a existência abundante de tecido conjuntivo elástico, ausentes de gordura, com numerosas células musculares lisas e numerosas veias calibrosas, os lábios menores do pudendo apresentam características de tecido erétil. 5. Vestíbulo da vagina : Para ser observado, é necessário que ocorra o afastamento dos lábios menores, pois corresponde ao espaço compreendido entre os lábios menores. Na região do vestíbulo da vagina, é identificado o frênulo do clitóris, o óstio externo da uretra e o óstio da vagina, além de se abrir nele os ductos das glândulas vestibulares maiores. ● Clítoris ● Bulbo do vestíbulo ● Glândulas vestibulares Estrutura do ovário e suas células Histologicamente, o ovário é dividido entre porção medular e cortical. A porção medular, que é mais centralizada, é basicamente composta de tecido conjuntivo frouxo vascularizado, rico em vasos sangüíneos e célula hilares (intersticiais) e a porção cortical, que é mais periférica, é formado por epitélio germinativo que contém as estruturas funcionais dos ovários (folículos ovarianos e corpos lúteos). Sua superfície é revestida de epitélio cúbico simples (epitélio superficial ou germinativo), sob o qual, encontra-se uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado, a túnica albugínea. Oogênese e desenvolvimento dos folículos Oócito = ovócito Células foliculares= células da granulosa Folículo maduro = folículo de graaf Folículo secundário = folículo antral Ao final do 1º mês de gestação um grupo de células se dirige do saco vitelínico até o futuro lugar dos óvulos. Já no final do 5º mês de gestação, de tanta multiplicação celular, já tem praticamente 7 milhões de células germinativas no futuro lugar da gônada feminino . A partir do 3º mês, as células germinativas entram em divisão mitótica e param em prófase da 1º meiose , não progredindo a partir dai, graças à presença do inibidor da maturação dos oócitos (IMO). A partir do momento dessa pausa essas células deixam de ser chamadas ovogônias e passam a ser chamados de ovócitos primários, sendo envoltos por uma camada fina de células foliculares (são essas células foliculares que produzem IMO). Antes do 7º mês da gestação todas as ovogônias já se transformaram em oócitos primários e atingem mais ou menos 7 milhões de células. Com o passar do tempo essas células serão degeneradas por um processo chamado atresia. Com esse processo, o número de ovócitos primários cairá de 7 milhões para mais ou menos500 mil. O ovócito fica contido numa vesícula denominada folículo ovariano. A formação do folículo se inicia com cerca de 18 semanas, perto da metade da vida pré-natal. Inicialmente, o ovócito primário está envolvido por uma única camada de células epiteliais achatadas - folículo primordial - O processo de amadurecimento dos folículos acontece a partir da puberdade. Em que vai haver um pico hormonal de FSH, que impõe modificações tanto ao ovócito quanto às células foliculares. Folículos ovarianos ● É o ovócito envolvido por camadas de células foliculares ( ou da granulosa ) ● Dependendo da etapa do seu desenvolvimento do ovócito pode estar envolto por 1 camada ou mais camadas de células ● Na maior parte do tempo os ovocitos estão adormecidos e envoltos por uma única camada de células foliculares e essa camada é de células achatadas ( epitélio pavimentoso simples). Eles ficam localizados na região periférica do ovário, mais próximo a túnica albugínea. Folículo primordial O ovócito fica contido numa vesícula denominada folículo ovariano. A formação do folículo se inicia com cerca de 18 semanas, perto da metade da vida pré-natal. Ao nascimento, todos os folículos, até então, denominados primordiais, já estão formados e presentes nos ovários. Os folículos primordiais não secretam ou respondem à ação hormonal, e consistem em um ovócito primário envolvido por uma única camada de células foliculares pavimentosas simples (achatadas ) . A partir da puberdade, a cada ciclo sexual feminino um pequeno grupo de folículos primordiais inicia um processo de crescimento e desenvolvimento folicular Folículo primário ● Folículo primário unilaminar Uma vez recrutados, a partir da puberdade e de maneira cíclica (a cada ciclo estral um grupo de folículos primordiais é ativado para entrar em crescimento), os folículos primordiais se desenvolvem e crescem dando origem aos folículos primários. Há o crescimento muito acelerado ao ovócito (que antes estava adormecido),além do aumento do volume, há aumento do volume de várias organelas celulares. Mas não é só no ovócito que ocorre essa modificação, as células foliculares vão começar a se multiplicar e vão sair da situação de células pavimentosas simples (achatadas ) para uma célula cúbica. E a partir do momento que essa camada de células foliculares cubóides envolvem o ovócito passa a se chamar FOLÍCULO PRIMÁRIO UNILAMINAR. ● Folículo primário multilaminar A proliferação dessas células foliculares cubóides continua , de tal forma, que ela deixa de ter apenas 1 camada cubóide e passa a se transformar no epitélio estratificado (várias camadas) . Esse epitélio estratificado, portanto, dá um novo nome ao folículo, deixando de ser folículo primário unilaminar para FOLÍCULO PRIMÁRIO MULTILAMINAR Há também a formação de uma zona pelúcida uma fina camada de glicoproteínas produzidas pelas células da granulosa e que envolve o ovócito primário (é observada entre o ovócito e suas células da granulosa), responsável por garantir a penetração de somente um único espermatozóide e evitar a polispermia durante o processo de fertilização. Folículo secundário Nessa etapa, nos folículos secundários, algumas células do tecido conjuntivo que circundam externamente o folículo formam a camada de células alongadas chamada de tecas (interna e externa) . A camada da Teca será dividida em teca externa (fibrosa) semelhante ao estroma ovariano e teca interna (com células secretoras de esteróides- estrógeno e progesterona- ). Além disso, nessa etapa, o folículo secundário começa a produzir um líquido chamado líquido folicular que é feito de componentes do plasma sanguíneo e produtos secretados pelas células foliculares. Sendo assim, esse líquido começa a ser secretado e a permear por essas múltiplas camadas de células foliculares (ou granulosas ) e começa a abrir pequenos espaços. A medida que esses pequenos pequenos espaços vão aumentando em quantidade e formam espaços maiores, até que eles se unem e formam o ANTRO , a presença desses antros determina o folículo ser secundário Na medida que surge o antro, as células da granulosa, também vão se organizando depositando em maior quantidade em uma extremidade. Essas células concentradas na extremidade são chamadas de cumulus oopos ( ou seja, agrupamento de células grânulos que se localizam e se organizam a partir da deposição do líquido folicular nesse antro e que empurram as células granulosas para uma região). Esses cumulus oopos servem de apoio para o ovócito se manter bem apoiado. Além da presença do cumulus após uma pequena quantidade de células da granulosa se localiza entorno do ovócito formando uma estrutura chamada Corona radiata, essa estrutura é vital para nutrição do zigoto ( no início). A partir do momento que essa célula se transforma num folículo secundário ela começa a se aprofundar no tecido ovariano, se aprofundar no tecido ovariano e se afastar da região periférica (cortical ) e ir para a região central. Folículos de graaf ou maduros Em cada ciclo sexual feminino,sob ação do FSH, os folículos com mais receptores para FSH , são os que vão desenvolver e crescer . Os folículos começam a se desenvolver e secretar mais estrógeno, o folículo que produzir mais estrógenos vai adquirir consequentemente, também, mais receptores para FSH. Quando um folículo se diferencia dos demais e atinge seu estado de maturação, é chamado de folículo maduro e é esse folículo que libera o ovócito para o meio externo , nas tubas uterinas ( o ovócito se torna secundário momentos antes da ovulação) . Já os outros folículos que não maturaram são degenerados pelo processo de atresia. Quando o folículo maduro se rompe apenas a parte dele com o ovócito secundário com a zona pelúcida e a corona radiata, serão liberadas, ou seja, as células da granulosa juntamente com a teca interna, se transformam em células luteínicas, formando no conjunto, o Corpo Lúteo. Corpo lúteo O corpo lúteo é uma estrutura temporária formada pelas células granulosas ou foliculares (grânulo- luteínicas) e da teca interna (teco-luteínicas) que secretam progestagênios e estrogênios. Estes hormônios estimulam o crescimento e a atividade secretória do endométrio (camada interna do útero), essencial à preparação deste tecido para a implantação do embrião em desenvolvimento. É considerado um órgão endócrino e, na ausência da implantação, mantém sua atividade por cerca de 12 dias (10 a 14 dias), entrando em degeneração. Quando ocorre a implantação, as gonadotrofinas coriônicas que são, inicialmente, produzidas pelo trofoblasto (sinciciotrofoblasto) e, posteriormente, pela placenta, irão estimular a persistência do corpo lúteo, que passa a ser chamado corpo lúteo gravídico. O corpo lúteo é essencial para a manutenção da gravidez; no entanto, com a produção hormonal pela placenta entra em degeneração, processo que ocorre ao redor do 4o mês na mulher. Quando ocorre a degeneração do corpo lúteo (luteólise), forma-se no local um tecido hialino amorfo, denominado de corpo albicante. Células e estruturas que fazem parte do folículo ovariano Folículo : ovócito + células foliculares (ou da granulosa ) Células da granulosa ou foliculares : As células da granulosa são as células que rodeiam o oócito no folículo. Estas células têm como funções a proteção e o suporte do gameta feminino necessários para o seu desenvolvimento. São estas células que posteriormente dão origem às células do cumulus, tendo também um papel predominante na regulação hormonal dos processos que ocorrem na gônada feminina. Células da teca : As células da teca são células somáticas presentes no folículo em desenvolvimento. Estas células situam-se externamente à camada de células da granulosa. Quando ocorre a ativação dos folículos, na fase secundária do desenvolvimento, as células da teca são recrutadas para se diferenciarem. Quando estão ativas, estas células produzem androgênios que são cruciais, durante a maturação folicular, para a comunicação hormonal entre as células da granulosae os oócitos. As células da teca também protegem o folículo em desenvolvimento, dando suporte estrutural e vascular até à ovulação. Após a ovulação as células da teca tornam-se a origem e suporte hormonal para a gravidez. - Teca interna : com células secretoras de esteróides- estrógeno e progesterona- - Teca externa : fibrosa e semelhante ao estroma ovariano Estroma: É um tecido conjuntivo vascularizado que forma o tecido nutritivo e de sustentação do ovário.O estroma do ovário, entre as estruturas medulares e corticais, possui algumas células fusiformes, denominadas de células intersticiais ou de Leydig. Estas últimas respondem aos estímulos das gonadotrofinas e produzem hormônios sexuais, principalmente androgênios. Zona pelúcia : A zona pelúcida é uma membrana composta por quatro glicoproteínas (ZP 1-4) que rodeiam a membrana plasmática do oócito. A zona pelúcida tem inúmeras funções sendo uma das mais importantes a indução da reação acrossómica e a prevenção da polispermia. Esta estrutura persiste até à pré-implantação do embrião em desenvolvimento, sendo necessária a eclosão do blastocisto, da zona pelúcida, para que ocorra a implantação. Cumulus oophorus: Durante a reorganização das células da granulosa para formar o antro, algumas células dessa camada se concentram em determinado local da parede do folículo, formando um pequeno espessamento, o cumulus oophorus, que serve de apoio para o ovócito Corona radiada : A corona radiata envolve o ovócito e é liberada com essa célula no momento da ovulação. Essa importante camada produz sinais químicos que atraem os espermatozoides, ou seja, contribui para um processo conhecido como quimiotaxia. No processo de fecundação, a corona radiata será a primeira camada que o espermatozóide terá que atravessar para entrar em contato com o ovócito. Após penetrar nessa camada, o espermatozoide terá que penetrar a zona pelúcida e, por fim, fundir-se à membrana da célula reprodutiva feminina. Hormônios presentes na regulação do ciclo sexual feminino GnRH – hormônio liberador de gonadotrofina (gonadotropin- releasing hormone) FSH – hormônio folículo estimulante (follicle-stimulating hormone) → desenvolvimento de um pool de folículos ovarianos e produção de estrógeno pelas células foliculares LH – hormônio luteinizante (luteinizing hormone) → “disparador” da ovulação – libera ovócito secundário- estimula corpo lúteo a produzir progesterona Estrogênio - estão envolvidos na primeira fase do ciclo. Diversas são as suas ações em todo organismo feminino. No aparelho reprodutor, suas principais ações são: produção de muco mais fluido, a fim de favorecer o ato sexual e a penetração do espermatozoide, para que a fecundação possa ocorrer; também aumenta o crescimento uterino, em especial o endométrio, crescimento das tubas uterinas e da vagina; nas tubas uterinas, os estrogênios promovem também o aumento da atividade ciliar e da contração , tornando mais fácil a movimentação. Como é possível perceber, as ações dos estrogênios são essenciais para o favorecimento de uma fecundação, pois possibilita a entrada do espermatozoide no sistema reprodutor feminino. Mas essas não são as únicas ações desse hormônio. Ele também atua em diversos outros locais do organismo. Um desses locais é a mama, onde o estrogênio estimula o desenvolvimento da mesma, por seu efeito mamogênico, e promove também a pigmentação da aréola. No esqueleto ósseo, os estrogênios estimulam a preservação da massa óssea (pois ativa os osteoblastos), o crescimento e o fechamento das epífises (ao se fecharem a menina não cresce mais). Também possui efeitos no sistema nervoso central, onde garante uma das características femininas, que é o comportamento dócil (o que nem sempre acontece hahaha), possui efeito antidepressivo e preserva a memória. Quanto ao metabolismo, estimula a deposição de gordura no quadril e nas mamas, o que é uma característica típica do sexo feminino. No sistema cardiovascular, promove aumento do HDL e redução do LDL, o que é uma vantagem, reduzindo assim o risco cardiovascular. Mas, no mesmo sistema, os estrogênios promovem vasodilatação e pode propiciar a formação de edemas. E quanto a pele e os pelos, os estrogênios garantem características femininas, como pele macia, distribuição pilosa tipicamente feminina e aumento da resistência da pele. Progesterona - A progesterona é um hormônio envolvido na segunda fase do ciclo mensal, após a ovulação. Diversas e importantes também são as suas ações. No aparelho reprodutor, possui muitas ações. No endométrio uterino, a progesterona estimula a secreção, preparando o mesmo para a nidação (caso tenha fecundado). O miométrio uterino sofre relaxamento para proteger a gestação, caso tenha ocorrido a fecundação. Nas tubas uterinas, a progesterona promove uma secreção mucosa, a fim de nutrir e movimentar o embrião. Já o muco cervical, ao contrário do que ocorre pela ação dos estrogênios, torna-se mais espesso sob ação da progesterona, para impedir a entrada de espermatozoide (pois, se já ocorreu a fecundação, deve impedir a entrada de outro espermatozoide). E, por fim, nas mamas, a progesterona, assim como os estrogênios, possui efeito mamogênico, promovendo o desenvolvimento das mesmas. Inibina - É produzida pelo Corpo Lúteo e inibe a secreção de FSH e LH. Além dos efeitos de feedback do estrogênio e da pro ges terona, outros hormônios parecem estar envolvidos, sobretudo a inibina, que é secretada em conjunto com os hor mônios esteróides sexuais pelas células da granulosa do corpo lúteo ovariano, da mesma maneira que as células de Sertoli secretam inibina nos testículos masculinos. Esse hormônio tem o mesmo efeito em mulheres e homens — isto é, inibe a secreção de FSH e, em menor extensão, de LH pela hipófise anterior. Portanto, acredita-se que a inibina seja especialmente importante ao diminuir a secreção de FSH e LH, no final do ciclo sexual mensal feminino. Controle hormonal do eixo hipotálamo hipó�se gonadal sob o ciclo sexual feminino O GnRH, secretado pelo hipotálamo - Existem 2 locais de secreção e produção de GnRH no hipotálamo: os centros controladores de secreção tônica, que secretam GnRH de uma forma relativamente contínua, e os centros controladores da onda pré-ovulatória que secretam grandes quantidades de GnRH de uma só vez- é encaminhado até a adeno hipófise através do sistema porta-hipotalâmico- hipofisário. Ao atingir esta parte da hipófise, o GnRH é encaminhado até as células com receptores para esse hormônio, quando chega até essas células da própria adeno hipófise , esse hormônio estimula a secreção e liberação das gonadotrofinas, FSH e LH. Por conseguinte, esses hormônios caem na corrente sanguínea e são encaminhados até o órgão alvo, os ovários. O FSH será o primeiro a atuar e ao chegar nos ovários vai se deparar com vários folículos imaturos, formados por um ovócito envolvidos por apenas uma camada de células foliculares( ou células da granulosa). Desse modo o FSH passa a realizar algumas funções concomitantes: - Durante a fase folicular , um folículo acaba sendo mais estimulado pelo FSH, consequentemente , produz maiores quantidades de estrogênio, o estrogênio por sua vez , estimula a expressão de mais receptores de FSH na células da granulosa e dessa forma , essas células ficam ainda mais sensíveis ao FSH motivo pelo qual esse folículo acaba crescendo mais que os outros . Além disso, conforme as células ficam mais sensíveis ao FSH, esse hormônio acaba se ligando mais com o estrogênio e produzindo, também, mais receptores de LH nas células da granulosa . Assim, um folículo acaba se diferenciando dos demais e desenvolvendo mais que os outros, quando esse folículo chega a sua maturação final , passa a ser chamado de folículo maduro ou folículo de graaf e é exatamente esse folículo que libera o óvulo,enquanto os demais folículos, que estavam em crescimento, entram em atresia e involuem. - Dessa forma ,conforme o folículo se desenvolve surgem mais células foliculares e, consequentemente , a secreçãode estrogênio também aumenta. ( FSH estimula a produção de estrogênio pelas células foliculares) .Esse estrogênio produzido, vai atuar lá no útero estimulando a proliferação das células endometriais e preparando-o para uma gravidez. - Ademais, durante o desenvolvimento dos folículos também há a formação das tecas . O tecido conjuntivo que envolve externamente esse folículo vai se organizando e formando 2 cápsulas, a teca interna e a teca externa. A teca interna tem células secretoras de esteróides- estrógeno e progesterona; já a teca externa é semelhante ao estroma ovariano , produz substâncias que aumentam a circulação sanguínea, intensificando , assim , a chegada de nutrientes no gameta e auxiliando sua maturação. Assim , com o folículo maduro e os demais involuídos por atresia , cerca de 2 dias antes da ovulação, o aumento da quantidade de estrógeno na fase pré-ovulatória e o consequente aumento dos receptores de LH e FSH no folículo (mencionado nos parágrafos acima ) , implica em um feedback positivo, levando a um pico de liberação de LH , horas antes do processo de ovulação- o FSH também aumenta porém não na mesma proporção ) - Esses dois hormônios agem juntos para promover a dilatação e a ruptura do folículo Dessa forma , o pico de LH sofre , promove o enfraquecimento da membrana folicular e juntamente com o aumento do líquido folicular no interior do folículo, a membrana a membrana não aguenta a pressão, interna e se rompe , liberando o ovócito para as tubas uterinas. Quando o ovócito é liberado para o exterior dos ovários, apenas a zona pelúcida e a corona radiata são liberadas junto com ele. O restante das células foliculares que sobram no útero, sob influência do LH , se transformam no corpo lúteo . Esse corpo lúteo é uma grande glândula endócrina que passará a secretar progesterona ( em maior quantidade ) , estrógeno ( em menor quantidade ) e inibina. Esses hormônios caem na corrente sanguínea e, a partir daí, o estrogênio desenvolverá um pouco o endométrio e a progesterona, além de desenvolver bastante o endométrio , prepara o corpo para a gravidez , estimula a proliferação das glândulas, promove a contração uterina e a secreção de mucosa, a fim de nutrir e movimentar o embrião. Com o aumento das quantidades de estrogênio, progesterona e inibina no corpo, a hipófise sofrerá feedback negativo e diminuirá as secreções de LH e FSH . Sem o hormônio LH , o corpo lúteo não consegue se manter e começará a degenerar e formar o corpo alpicans. Sendo assim, sem o corpo lúteo , as produções de progesterona e estrogênio cairão drasticamente , com isso , o endométrio deixa de se desenvolver e e suas camadas de células começam a descamar- menstruação- Figura 82-11. Regulação por feedback do eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano em mulheres. Os efeitos estimulatórios são indicados pelo sinal de mais, e os efeitos de feedback negativo são indicados pelo sinal de menos. Os estrogênios e as progestinas exercem tanto os efeitos do feedback positivo quanto do negativo, na hipófise anterior e no hipotálamo, dependendo do estágio do ciclo ovariano. A inibina tem efeito de feedback negativo na hipófise anterior, enquanto a ativina tem efeito oposto, estimulando a secreção de FSH pela hipófise anterior. FSH, hormônio foliculoestimulante; GnRH, hormônio liberador de gonadotropina; LH, hormônio luteinizante; SNC, sistema nervoso central. Formação dos ovócitos e dos folículos - CICLO OVARIANO E CICLO MENSTRUAL - No período embrionário uma parte das células germinativas primordiais , se dividem e formam os ovócitos. Mais ou menos no 3º mês as ovogônias entram em divisão meiótico e param na prófase da meiose I, dando origem aos ovócitos primários. Antes do 7º mês todas as ovogônias já viraram ovócitos primários , no entanto , nem todos vão ser desenvolvidos e alguns degeneram pelo processo de atresia. Os ovócitos primários que sobram são envolvidos por uma camada de células foliculares pavimentosas e passam a ser chamados de folículos primordiais. Estes folículos, já estão presentes no nascimento, porém em uma forma inativa. Dessa forma, esses folículos primordiais ficam inativos durante toda a infância da mulher , até que na puberdade os hormônios hipofisários ficam começam a ser liberados e levam ao início dos ciclos sexuais mensais. Quando isso acontece, ocorrem 2 eventos concomitantes : o desenvolvimento dos folículos até a liberação do óvulo (CICLO OVARIANO) e as alterações do endométrio ( CICLO MENSTRUAL). Tratando deles separadamente : CICLO OVARIANO 1. Fase folicular SEUS DIAS VARIAM E PARA CALCULAR : (N-14) Para o óvulo ser liberado o folículo tem que se desenvolver e isso ocorre a partir do crescimento folicular influenciado pelo FSH. A ação desse hormônio faz com que cerca de 6 a 12 folículos iniciem seu crescimento ( ainda não se sabe o critério de escolha ) . No início do processo o ovócito cresce rapidamente e depois as células foliculares aumentam de tamanho e se dividem , deixando de ser pavimentosas, e formando uma única camada de células cubóides , dando origem ao folículo primário unilaminar. As células foliculares continuam se proliferando e formando mais camadas de células cubóides , ao mesmo tempo , uma camada espessa de glicoproteínas e lipídeos se forma em volta do ovócito e é chamada de zona pelúcida, a partir daí, o folículo é chamado de folículo primário multilaminar. A partir disso, o s folículos vão crescendo e as células foliculares secretam o líquido folicular ( cheio de estrógeno ), esse líquido vai ocupando os espaços entre as células foliculares, se tornando cada vez maior e, por fim, formando um espaço entre as células foliculares chamado de antro. Além disso, uma parte das células foliculares envolve o ovócito e forma a corona radiata e uma parte de células que forma o estroma ovariano se diferenciam e formam a teca interna( secreta progesterona e estrógeno ) e teca externa(cápsula do folículo em desenvolvimento ). A partir desses eventos , o folículo passa a ser chamado de folículo secundário ou folículo antral. Durante a fase folicular , um folículo acaba sendo mais estimulado pelo FSH, consequentemente , produz maiores quantidades de estrogênio, o estrogênio por sua vez , estimula a expressão de mais receptores de FSH na células da granulosa e dessa forma , essas células ficam ainda mais sensíveis ao FSH motivo pelo qual esse folículo acaba crescendo mais que os outros. Além disso, conforme as células ficam mais sensíveis ao FSH, esse hormônio acaba se ligando mais com o estrogênio e produzindo, também, mais receptores de LH nas células da granulosa Assim, um folículo acaba se diferenciando dos demais e desenvolvendo mais que os outros, quando esse folículo chega a sua maturação final , passa a ser chamado de folículo maduro ou folículo de graaf e é exatamente esse folículo que libera o óvulo,enquanto os demais folículos, que estavam em crescimento, entram em atresia e involuem. Com o folículo maduro , cerca de 2 dias antes da ovulação, o aumento da quantidade de estrógeno na fase pré-ovulatória e o consequente aumento dos receptores de LH e FSH nos folículos (mencionado nos parágrafos acima ) , implicam em um feedback positivo, levando a um pico de liberação de LH , horas antes do processo de ovulação- o FSH também aumenta porém não na mesma proporção ) - . Esses dois hormônios agem juntos para promover a dilatação e a ruptura do folículo O LH , também estimula as células da granulosa e da teca a produzir progesterona, ou seja, nesse momento a secreção de estrogênio começa a cair e a de progesterona começa a aumentar. A partir daí, influenciado pelo LH , a teca externa começa a liberar enzimas que promovem a dissolução da membrana folicular , fazendo mais dilatação desse folículo e sua consequente ruptura e liberação do óvulo para as tubas. 2. Fase lútea FASE FIXA: DURA 14 dias Após a liberação do óvulo , as células da granulosa e da teca interna, sofrem um processo chamado "luteinização” e se transformamem células luteínicas. O hormônio responsável por esse processo é o LH. O conjunto dessas células luteínicas formam o corpo lúteo, nesse corpo lúteo as células da granulosa começam a produzir grande quantidade de progesterona,um pouco de estrogênio ( que vai atuar na produção de muco, crescimento do endométrio, das tubas uterinas e da vagina) e inibina , enquanto as células da teca produzem andrógeno ( testosterona ) . O aumento dos níveis de progesterona , estrógeno e inibina fazem feedback negativo na hipófise, que em resposta a isso, diminui a secreção de LH e FSH. Com a diminuição dos níveis de LH, o corpo lúteo não consegue se sustentar e começa a degenerar , involuir e se transformar num corpo branco , chamado corpo albicans. Sem o corpo lúteo , as secreções de progesterona e estrogênio diminuem muito e consequentemente o endométrio deixa de desenvolver e coe,cá a descamar , resultando na menstruação. RESUMO A cada 28 dias, mais ou menos, hormônios gonadotróficos da hipófise anterior fazem com que cerca de 8 a 12 novos folículos comecem a crescer nos ovários. Um desses folículos finalmente “amadurece” e ovula no 14o dia do ciclo. Durante o crescimento dos folículos, é secretado, principalmente, estrogênio. Depois da ovulação, as células secretoras dos folículos residuais se desenvolvem em corpo lúteo que secreta grande quantidade dos principais hormônios femininos, estrogênio e progesterona. Depois de outras duas semanas, o corpo lúteo degenera, quando, então, os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, diminuem bastante, iniciando a menstruação. Um novo ciclo ovariano, então, se segue. Ciclo menstrual Associado à produção cíclica mensal de estrogênios e progesterona pelos ovários, temos um ciclo endometrial no revestimento do útero, que opera por meio dos seguintes estágios: (1) proliferação do endométrio uterino; (2) desenvolvimento de alterações secretoras no endométrio; e (3) descamação do endométrio, que conhecemos como menstruação. 1. Fase proliferativo ou fase estrogênica ● Elevada taxa de secreção de estrogênio ● Ocorre antes da ovulação ● Marca o início do ciclo menstrual e ocorre após a descamação (menstruação) ● Nesse período as grandes taxas de secreção de estrogênio pelas células foliculares (na 1ª fase do ciclo ovariano ) estimulam a proliferação de células epiteliais e do estroma endometrial. Essa proliferação continua até alguns dias antes da ovulação causando crescimento das glândulas endometriais , das células endometriais, das células do estroma endometrial e dos vasos sanguíneos. Nessa fase , o colo do útero, respondendo ao estrogênio, produz um muco fino e aquoso que facilita a entrada de espermatozóides no útero. 2. Fase secretora ou fase progestacional ● Quando ocorre a ovulação, o corpo lúteo passa a secretar grande quantidade de progesterona e estrogênio. A progesterona estimula a maior parte dos processos secretórios do endométrio e o estrogênio causa leve proliferação adicional , essas secreções dão início à fase secretora. Nessa fase as glândulas aumentam, as substâncias secretoras se acumulam, a quantidade de glicogênio e lipídeos aumenta e o fluxo sanguíneo na região também se intensifica. Nessa etapa , também, o colo do útero produz um muco escasso (ao contrário da fase proliferativa) e espesso para dificultar a entrada de mais espermatozoides nesse momento do ciclo. Tudo isso , ocorre a fim de deixar o ambiente uterino propício e favorável para implantação de um óvulo fecundado. Se houver fecundação : A partir do momento em que o óvulo fertilizado chega à cavidade uterina, vindo da trompa de Falópio (o que ocorre 3 a 4 dias depois da ovulação), até o momento em que o óvulo se implanta (7 a 9 dias depois da ovulação), as secreções uterinas, chamadas “leite uterino”, fornecem nutrição ao óvulo em suas divisões iniciais. Em seguida, quando o óvulo se implanta no endométrio, as células trofoblásticas, na superfície do ovo implantado (no estágio de blastocisto), começam a di gerir o endométrio e absorver as substâncias endometriais armazenadas, disponibilizando, assim, grandes quantidades de nutrientes para o embrião recém-implantado. 3. Fase menstrual ● Quando não há fecundação a fecundação o corpo lúteo involui e as secreções de estrogênio e progesterona são reduzidas. Essa redução diminui a estimulação das células endometriais , causa vasoconstrição e diminui a concentração de nutrientes na região, todos esses fatores ocasionam a necrose do tecido endometrial. A partir daí, a massa de tecido descamado e sangue na cavidade uterina mais os efeitos contráteis das prostaglandinas ou de outras substâncias no descamado em degeneração agem em conjunto, dando início a contrações que expelem os conteúdos uterinos - dando origem à menstruação- . Cerca de 6/7 dias após o início da menstruação, o sangramento para e o endométrio já está recuperado e preparado para um novo ciclo .
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