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Universidade Federal da Integração Latino-Americana
Curso de Medicina
Matriz de Funcionamento Sistêmico e Biológico II
2020.9 (2020.2)
Situação-problema 3: Mulher de fases
João: O que você tem, Maria? Tá com TPM?
Maria: Como você é desagradável, João! Já não basta as mudanças que
enfrento todo mês ainda tenho que aguentar você me perturbando? Que belo
amigo!
João: Vocês sempre usam isso como desculpa! Como se houvesse diferença
entre os homens e mulheres...aff
Maria: Não acredito que ouvi isso! Vocês homens ovulam? Menstruam?
Carregam filhos na barriga? Sentem cólica?
João: Não! Mas os problemas que os homens enfrentam são diferentes e
causam muito mais vergonha quando acontecem na hora H!
Maria: Lógico! São estruturas diferentes! Mas não se esqueça que mesmo
estruturas diferentes podem ter a mesma origem. Ou você esqueceu o que é
análogo e homologo?
João: Pronto! Lá vem... Acha que só vocês sofrem? Já levou uma bolada nos
testículos pra saber?
Maria: Me deixe aqui quieta e vá estudar! E começa pela endocrinologia porque
já vi que não sabe nada!
João: Mas que mulher de fases!
Abertura - Terça: 13/07
ATP 1 – 19h - Quinta: Graciele – 15/07
ATP 2 – 15h - Sexta: Rodrigo – 16/07 Fechamento - Terça: 20/07
Intencionalidades: Compreender as diferenças entre homens e mulheres no que
se refere ao sistema reprodutor masculino e feminino e seus hormônios.
SP3 – Mulher de Fases
Palavras Chave: Ovulação; Menstruação; TPM; Análogo e Homologo; Mudanças que
enfrento todo mês; Testículos; Ovários; Endocrinologia; Estruturas diferentes e Mesma
Origem; Ciclo Menstrual; Fases; Mulheres e Homens;
Problemas: desconhecimento de João sobre o ciclo menstrual e sistema reprodutor
feminino; Desconhecimento do dimorfismo sexual humano;
Hipóteses:
1. A menstruação é uma preparação do útero que acontece a cada 28 dias
quando não há fecundação. Cujas fases são: menstruação, folicular (maturação
do folículo), ovulação e fase lútea (secretora do ovócito II). verdadeiro
2. O ciclo menstrual é regulado por hormônios LH (Luteinizante) e FSH (folículo
estimulante), ambos produzidos na hipófise. Eles têm seu pico durante a
ovulação. verdadeiro
3. O estradiol está relacionado ao período de maturação do folículo e a
progesterona atua depois da ovulação.
4. Os homens não menstruam porque eles não têm útero para gestacionar filhos.
5. A primeira menstruação (menarca) ocorre entre os 12 e 14 anos (em média).
6. Órgãos homólogos têm a mesma origem embrionária, que podem ou não ter a
mesma função, e os Análogos têm origem embrionária diferentes, mas com a
mesma função.
7. Os órgãos do sistema reprodutor feminino são: ovários, tubas uterinas, útero,
vagina, clitóris, bulbo do vestíbulo, vulva.
8. Os órgãos do sistema reprodutor masculino: testículos, epidídimos, ductos
deferentes, uretra (3 partes), próstata, vesículas seminais, glândula
bulbouretral, corpos cavernosos e corpo esponjoso glande.
9. A ereção inconsciente pode acontecer nos homens seja por conta de excitação
ou não só tendo uma participação do córtex cerebral. Isso pode ocorrer por
conta do pinçamento de um nervo espinhal.
10. O colesterol é precursor dos hormônios sexuais, sendo constituídos por
pregnenolona, a qual pode se diferenciar em progesterona, que pode
desenvolver-se em testosterona. Essa por sua vez pode se diferenciar em
hormônios androgênios e estrogênios (esses influenciam as características
sexuais secundárias).
11. A vágina tem uma mucosa mais ácida para evitar a proliferação de
microorganismos. verdadeiro, naturalmente a vagina apresenta fungos e
bactérias que não causam danos e esses organismos fazem fermentação lática
que reduz o pH vaginal e impede que outros microorganismos nocivos
contaminem o local.
12. As meninas que menstruam mais cedo têm maior chance de demorar a chegar
à menopausa. Falso, não há nada que relacione a menarca precoce ou
atrasada com o atraso da menopausa. A menopausa é causada pela queda dos
hormônios ou pelo fim do estoque dos ovócitos 1ª
13. A ovogênese feminina é embrionária e para no estágio de ovócito I (400 mil) e
existe um processo fisiológico normal que é a menopausa, quando acabam
esses ovócitos. Que é caracterizada pela interrupção da menstruação, que é
causada pela não produção dos hormônios sexuais (estrogênio e progesterona)
pelos ovários. verdadeiro
14. O fluxo de sangue é uma descamação contínua do útero. verdadeiro
15. Em mulheres existe uma glândula análoga à próstata. falso
16. A próstata se localiza a 2.5cm do ânus. verdadeiro
QAs:
1. Qual anatomorfofisiologia do sistema reprodutor (feminino e masculino)?
2. Quais são as hormonas sexuais femininas e quais são as masculinas?
a. E o que é a TPM (tensão pré menstrual)?
b. Por que é tão estranho que meninas menstruam antes dos 12 anos?
c. Por que a voz dos homens mudam quando começa a puberdade?
3. Como ocorre a aromatização hormonal?
A conversão de andrógenos, principalmente androstenediona e testosterona, em
estrógenos (basicamente estradiol) pelas células da granulosa, é realizada por ação de
uma enzima chamada aromatase, estimulada pelo FSH.
Reprodução Masculina
Visão geral:
O trato genital masculino é constituído de testículos, genitália interna
(glândulas acessórias e ductos) e genitália externa. A genitália externa consiste
no pênis e no escroto, uma estrutura em forma de saco que contém os
testículos. A uretra atua como uma via comum de passagem para o esperma e
a urina, embora isso não ocorra simultaneamente. A uretra está situada ao
longo da parte ventral do eixo do pênis e é circundada por uma coluna de tecido
esponjoso, chamada de corpo esponjoso. O corpo esponjoso e duas colunas de
tecido, denominadas corpos cavernosos, constituem o tecido erétil do pênis. A
ponta do pênis é alargada em uma região chamada de glande que, ao
nascimento, é coberta por uma camada de pele, chamada de prepúcio.
Glândulas:
As glândulas bulbouretrais e as vesículas seminais liberam as suas
secreções na uretra através de ductos. As glândulas individuais da próstata
abrem-se diretamente no lúmen da uretra. A próstata é a glândula mais bem
conhecida das três glândulas acessórias por seu significado clínico. O câncer
de próstata é a forma mais comum de câncer em homens, e a hiperplasia
prostática benigna (BPH) traz problemas para muitos homens após os 50 anos.
Como a próstata envolve completamente a uretra, seu aumento causa
dificuldade em urinar devido ao estreitamento da uretra prostática. O
desenvolvimento fetal da próstata, como o da genitália externa, está sob o
controle da DHT. A descoberta do papel da DHT no crescimento da próstata
levou ao desenvolvimento da finasterida, um inibidor da enzima 5-redutase, que
bloqueia a produção de DHT. Esse fármaco foi o primeiro tratamento não
cirúrgico para a hiperplasia prostática benigna.
Testículos:
Os testículos possuem uma cápsula externa fibrosa resistente que envolve
uma massa de túbulos seminíferos enrolados, agrupados em cerca de 250 a
300 compartimentos. Entre os túbulos seminíferos existe um tecido intersticial,
onde ficam os vasos sanguíneos e as células intersticiais de Leydig produtoras
de testosterona. Os túbulos seminíferos deixam os testículos e se unem,
formando o epidídimo, um ducto único que forma um cordão firmemente
enovelado na superfície da cápsula testicular. O epidídimo origina o vaso
deferente, também conhecido como ducto deferente. Esse ducto passa para
dentro do abdome, onde finalmente desemboca na uretra, a passagem da
bexiga urinária para o meio externo
Túbulos seminíferos - Os túbulos seminíferos são o local de produção de
espermatozoides e contêm dois tipos de células: espermatogônias, em diversos
estágios de desenvolvimento de espermatozóides e as células de Sertoli, que
são células de suporte. O desenvolvimento dos espermatócitos ocorre em
colunas, da borda externa do túbulo em direção ao lúmen. Entre cada coluna
existe uma única célula de Sertoli que se estende da borda externa até o lúmen
do túbulo. Circundando o lado de fora do túbulo existe uma lâminabasal que
atua como uma barreira, impedindo que certas moléculas grandes do líquido
intersticial entrem no túbulo, mas permitindo que a testosterona entre
facilmente.
Célula de Sertoli - A função das células de Sertoli é regular o desenvolvimento
dos espermatozoides. Outro nome das células de Sertoli é células
sustentaculares, pois elas dão sustento, ou nutrição, às espermatogônias em
desenvolvimento. As células de Sertoli produzem e secretam proteínas que vão
desde hormônios, como a inibina e a ativina, a fatores de crescimento, enzimas
e a proteína ligadora de andrógenos (ABP). A ABP é secretada no lúmen dos
túbulos seminíferos, onde se liga à testosterona. A testosterona ligada à proteína
é menos lipofílica e não pode se difundir para fora do lúmen tubular.
Células intersticiais ou Leydig - As células intersticiais (células de Leydig),
localizadas no tecido intersticial entre os túbulos seminíferos, secretam
testosterona. Elas tornam-se ativas inicialmente no feto, quando a testosterona é
necessária para determinar o desenvolvimento das características masculinas.
Após o nascimento, as células tornam-se inativas. Na puberdade, elas retomam
a produção de testosterona. As células intersticiais também convertem parte da
testosterona em estradiol.
Reprodução Feminina
Visão geral:
A genitália externa feminina é coletivamente conhecida como vulva ou pudendo.
Lateralmente, estão os lábios maiores do pudendo, dobras de pele que se
originam do mesmo tecido embrionário que o escroto. Medial e internamente aos
lábios maiores, estão os lábios menores do pudendo, derivados dos tecidos
embrionários que, nos homens, dão origem ao corpo do pênis. O clitóris é uma
pequena saliência de tecido sensorial erétil, situado na extremidade anterior da
vulva, envolto pelos lábios menores e por uma dobra adicional de tecido
equivalente ao prepúcio do pênis.
O útero é a estrutura onde o ovócito fertilizado se implanta e se desenvolve
durante a gestação. O útero é composto por três camadas de tecido: uma fina
camada externa de tecido conectivo, uma camada intermédia espessa de
músculo liso, denominada miométrio, e uma camada interna, denominada
endométrio.
As tubas uterinas têm de 20 a 25 cm de comprimento, e um diâmetro
aproximado de um canudinho de refrigerante. Suas paredes têm duas camadas
de músculo liso, uma longitudinal e uma circular, similar às paredes do intestino.
Um epitélio ciliado reveste o interior das tubas.
O movimento de líquido criado pelos cílios e ajudado pelas contrações
musculares transporta o ovócito ao longo das tubas uterinas até o
útero.Condições patológicas nas quais a função ciliar está ausente estão
associadas à infertilidade feminina e a gestações nas quais o embrião se
implanta nas tubas uterinas, em vez de no útero.
Ovário: incompleto ver melhor os hormônios e a menarca
O ovário é uma estrutura elíptica, com cerca de 2 a 4 cm de comprimento. Ele
possui uma camada externa de tecido conectivo e uma estrutura de tecido
conectivo interior, chamada de estroma. Grande parte do ovário é constituído por
um espesso córtex externo preenchido por folículos ovarianos em diversos
estágios de desenvolvimento ou de degradação. A pequena medula central
contém nervos e vasos sanguíneos. O ovário, assim como os testículos, produz
gametas e hormônios. Cerca de 7 milhões de ovogônias no ovário embrionário
se desenvolvem, formando meio milhão de ovócitos primários. Cada ovócito
primário é circundado por uma única camada de precursores das células da
granulosa e envolvido por uma lâmina basal, formando um folículo primordial.
A maior parte dos folículos primordiais nunca se desenvolverá, degradando-se
ao longo dos anos por um processo semelhante à apoptose, chamado de atresia
(morte celular regulada hormonalmente). Alguns folículos primordiais se
desenvolvem lentamente, originando folículos primários. O ovócito aumenta, e
as células da granulosa dividem-se, mas permanecem em uma única camada.
Na puberdade, sinais químicos fazem grupos de folículos primários deixarem o
seu estado de repouso e entrarem em um período de crescimento ativo que
pode levar alguns meses. Conforme os folículos em crescimento aumentam de
tamanho, uma camada de células, conhecida como teca, desenvolve-se na parte
externa da lâmina basal. Neste ponto, os folículos são conhecidos como
pré-antrais ou folículos secundários. Alguns folículos primários nunca completam
a transição para folículos secundários e são perdidos por atresia. Conforme os
folículos secundários crescem, as células da granulosa começam a secretar o
líquido que se acumula na cavidade central do folículo, denominada antro. O
líquido antral contém hormônios e enzimas necessários para a ovulação. Neste
ponto, o folículo torna-se um folículo terciário. A partir do pool de folículos
terciários iniciais, somente alguns folículos sobrevivem até alcançar os estágios
finais de crescimento, e geralmente um único folículo, chamado de folículo
dominante, desenvolve-se até o momento em que libera seu ovócito. O tempo
necessário para o crescimento de um folículo secundário até o folículo terciário
dominante é estimado em cerca de três meses ou mais.
Ciclo menstrual:
As mulheres produzem gametas em ciclos mensais (em média de 28 dias).
Esses ciclos são comumente denominados ciclos menstruais, uma vez que
apresentam um período de 3 a 7 dias de sangramento uterino, conhecido como
menstruação. O ciclo menstrual pode ser descrito de acordo com as mudanças
que ocorrem nos folículos ovarianos, o ciclo ovariano, ou pelas mudanças que
ocorrem no revestimento endometrial do útero, o ciclo uterino.
Ciclo ovariano:
● ciclo ovariano é dividido em três fases:
1. Fase folicular. A primeira parte do ciclo ovariano, conhecida como fase
folicular, é um período de crescimento folicular no ovário. Essa fase é a que tem
duração mais variável, de 10 a 21 dias.
2. Ovulação. Quando um ou mais folículos amadurecem, o ovário libera o(s)
ovócito(s) durante a ovulação.
3. Fase lútea. A fase do ciclo ovariano que segue a ovulação é conhecida como
pós-ovulatória ou fase lútea. O segundo nome tem origem na transformação do
folículo rompido em um corpo lúteo, assim denominado devido ao pigmento
amarelo e aos depósitos de lipídios. O corpo lúteo secreta hormônios que
continuam a preparação para a gestação. Se a gestação não ocorre, o corpo
lúteo para de funcionar após cerca de duas semanas, e o ciclo ovariano é
reiniciado.
Ciclo uterino:
● O revestimento endometrial do útero também segue um ciclo – o ciclo
uterino – regulado por hormônios ovarianos:
1. Menstruação. O começo da fase folicular no ovário corresponde ao
sangramento menstrual do útero.
2. Fase proliferativa. A parte final da fase folicular do ovário corresponde à fase
proliferativa no útero, durante a qual o endométrio produz uma nova camada de
células em antecipação à gestação.
3. Fase secretora. Após a ovulação, os hormônios liberados pelo corpo lúteo
convertem o endométrio espessado em uma estrutura secretora. Assim, a fase
lútea do ciclo ovariano corresponde à fase secretora do ciclo uterino. Se não
ocorrer gravidez, as camadas superficiais do endométrio secretor são perdidas
durante a menstruação, quando o ciclo uterino inicia novamente.
Controle hormonal do ciclo menstrual:
Os ciclos ovariano e uterino estão sob o controle primário de vários hormônios:
- GnRH do hipotálamo.
- FSH e LH da adeno-hipófise.
- Estrogênio, progesterona, inibina e AMH do ovário.
Durante a fase folicular do ciclo, o estrogênio é o hormônio esteroide dominante.
A ovulação é desencadeada pelo pico de LH e de FSH. Na fase lútea, a
progesterona é dominante, embora o estrogênio ainda esteja presente. O
hormônio anti-mülleriano (AMH) aparentemente atua como um regulador para
evitar que muitos folículos ovarianos se desenvolvam ao mesmo tempo.
Fase folicular inicial:
O primeiro dia da menstruação é o dia 1 do ciclo. Este ponto foi escolhido como
o início do ciclo porque o sangramento menstrual é um sinal físico facilmente
observável. Pouco antesdo início de cada ciclo, a secreção de gonadotrofinas
(FSH e LH) pela adeno-hipófise aumenta. Sob a influência do FSH, um grupo de
folículos ovarianos terciários começa a crescer. Conforme os folículos crescem,
as suas células da granulosa (sob a influência do FSH) e suas células da teca
(sob a influência do LH) começam a produzir hormônios esteróides
(progesterona e estrogênio). As células da granulosa também começam a
secretar AMH (hormônio antimulleriano). Esse AMH diminui a sensibilidade do
folículo ao FSH, o que aparentemente impede o recrutamento de folículos
primários adicionais após um grupo ter iniciado o desenvolvimento. As células
da teca sintetizam androgênios que se difundem para as células vizinhas da
granulosa, onde a aromatase os converte em estrogênios. Gradualmente, os
níveis crescentes de estrogênio na circulação têm diversos efeitos. Os
estrogênios exercem retroalimentação negativa na secreção de FSH e de LH
pela adeno-hipófise, o que impede o desenvolvimento adicional de folículos no
mesmo ciclo. Ao mesmo tempo, o estrogênio estimula a produção de mais
estrogênio pelas células da granulosa. Esta alça de retroalimentação positiva
permite que os folículos continuem sua produção de estrogênio mesmo que os
níveis de FSH e de LH diminuam. No útero, a menstruação termina durante a
fase folicular inicial. Sob a influência do estrogênio proveniente dos folículos que
estão se desenvolvendo, o endométrio começa a crescer, ou proliferar. Este
período é caracterizado por aumento no número de células e aumento do
suprimento sanguíneo para levar nutrientes e oxigênio para o endométrio
espessado. O estrogênio também estimula as glândulas mucosas do colo do
útero a produzirem um muco claro e aquoso.
Síndrome do ovário policístico
Fase folicular tardia:
Conforme a fase folicular se aproxima do final, a secreção de estrogênio
ovariano atinge o seu ponto máximo. Neste ponto do ciclo, somente um folículo
ainda está se desenvolvendo. Assim que a fase folicular está completa, as
células da granulosa do folículo dominante começam a secretar inibina e
progesterona, além do estrogênio. O estrogênio, que até então tinha exercido
um efeito de retroalimentação negativa sobre a secreção de GnRH na fase
folicular inicial, muda para uma retroalimentação positiva, levando ao pico
pré-ovulatório de GnRH. Imediatamente antes da ovulação, os níveis
persistentemente altos de estrogênio, auxiliados pelos níveis crescentes de
progesterona, aumentam a responsividade da adeno-hipófise ao GnRH. Como
resultado, a secreção de LH aumenta significativamente, um fenômeno
conhecido como pico de LH. O FSH também aumenta, mas em menor grau,
presumivelmente por estar sendo suprimido pela inibina e pelo estrogênio. O
pico de LH é parte essencial da ovulação, pois ele desencadeia a secreção de
inúmeros sinais químicos necessários para os passos finais da maturação do
ovócito. A meiose é retomada no folículo em desenvolvimento com a primeira
divisão meiótica. Esta etapa divide o ovócito primário em ovócito secundário (2n
DNA) e em um primeiro corpúsculo polar (2n), que se degenera. Enquanto essa
divisão ocorre, o líquido antral acumula-se, e o folículo cresce, atingindo seu
maior tamanho, preparando-se para liberar o ovócito. Os altos níveis de
estrogênio na fase folicular tardia preparam o útero para uma possível gestação.
O endométrio cresce até uma espessura de 3 a 4 mm. Imediatamente antes da
ovulação, as glândulas cervicais produzem grandes quantidades de muco fino e
filante (elástico) para facilitar a entrada do espermatozoide. A cena está
preparada para a ovulação.
Ovulação:
Cerca de 16 a 24 horas após o pico de LH, a ovulação ocorre. O folículo maduro
secreta prostaglandinas e enzimas proteolíticas, como metaloproteinases de
matriz (MMPs) que dissolvem o colágeno e outros componentes do tecido
conectivo que mantém as células foliculares unidas. As prostaglandinas podem
contribuir para a ruptura da parede folicular em seu ponto mais fraco. O líquido
antral jorra do ovário junto com o ovócito, o qual é circundado por duas ou três
camadas de células da granulosa. O ovócito é arrastado para dentro da tuba
uterina para ser fertilizado ou para morrer.
Fase lútea inicial:
Após a ovulação, as células foliculares da teca migram para o espaço antral,
misturando-se com as células da granulosa e preenchendo a cavidade. Ambos
os tipos celulares, então, transformam-se em células lúteas do corpo lúteo. Esse
processo, conhecido como luteinização, envolve mudanças bioquímicas e
morfológicas. As células lúteas recém-formadas acumulam gotículas de lipídios
e grânulos de glicogênio em seu citoplasma e começam a secretar hormônios.
Conforme a fase lútea progride, o corpo lúteo produz continuamente
quantidades crescentes de progesterona, estrógeno e inibina. A progesterona é
o hormônio dominante na fase lútea. A síntese de estrogênio diminui
inicialmente e depois aumenta. Entretanto, os níveis de estrogênio nunca
atingem o pico observado antes da ovulação. A combinação de estrogênio e
progesterona exerce retroalimentação negativa sobre o hipotálamo e a
adeno-hipófise. A secreção de gonadotrofinas, adicionalmente inibidas pela
produção de inibina lútea, permanece baixa ao longo da maior parte da fase
lútea. Sob influência da progesterona, o endométrio continua sua preparação
para a gestação e se torna uma estrutura secretora. As glândulas endometriais
enrolam-se e crescem vasos sanguíneos adicionais na camada de tecido
conectivo. As células endometriais depositam lipídios e glicogênio no seu
citoplasma. Esses depósitos fornecerão a nutrição para o embrião em
desenvolvimento enquanto a placenta, a conexão materno-fetal, está se
desenvolvendo. A progesterona também causa o espessamento do muco
cervical. O muco mais espesso cria um tampão que bloqueia a abertura do colo
uterino, impedindo que bactérias e espermatozóides entrem no útero.
Fase lútea tardia e menstruação:
O corpo lúteo tem uma duração intrínseca de aproximadamente 12 dias. Se a
gestação não ocorrer, o corpo lúteo sofre apoptose espontânea. Conforme as
células lúteas degeneram, a produção de progesterona e de estrogênio diminui.
Essa queda retira o sinal de retroalimentação negativa sobre a hipófise e o
hipotálamo, e, assim, a secreção de FSH e de LH aumenta. Os remanescentes
do corpo lúteo formam uma estrutura inativa, chamada de corpo albicante. A
manutenção de um endométrio secretor depende da presença de progesterona.
Quando o corpo lúteo degenera e a produção hormonal diminui, os vasos
sanguíneos da camada superficial do endométrio contraem. Sem oxigênio e
nutrientes, as células superficiais morrem. Cerca de dois dias após o corpo lúteo
parar de funcionar, ou 14 dias após a ovulação, o endométrio começa a
descamar a sua camada superficial, e a menstruação inicia. A quantidade total
de menstruação liberada do útero é de aproximadamente 40 mL de sangue e 35
mL de líquido seroso e restos celulares. Em geral, existem poucos coágulos no
fluxo menstrual devido à presença de plasmina, que degrada os coágulos. A
menstruação continua por 3 a 7 dias, já na fase folicular do próximo ciclo
ovulatório.
Hormônios e seus principais efeitos
● Testosterona
A testosterona começa a ser elaborada pelos testículos fetais masculinos por
volta da sétima semana de vida embrionária. De fato, uma das principais
diferenças funcionais entre os cromossomos sexuais masculinos e os femininos
é que o cromossomo masculino tem o gene da região determinante do sexo no
Y (SRY) que codifica uma proteína denominada fator dedeterminação testicular
(também denominada proteína SRY). A proteína SRY inicia uma cascata de
ativação genéticas que faz com que as células do tubérculo (crista) genital se
diferenciam em células que secretam testosterona e, por fim, formam os
testículos, enquanto o cromossomo feminino faz com que a crista se diferenciam
em células que secretam estrogênios.
Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos, chamados,
coletivamente, androgênios, incluindo a testosterona,diidrotestosterona e
androstenediona. A testosterona é mais abundante do que os outros, às vezes
considerada como o hormônio testicular mais importante, embora a maioria da
testosterona seja, por fim, convertida, nos tecidos-alvo, no hormônio mais ativo,
a di-hidrotestosterona. A testosterona é formada pelas células intersticiais de
Leydig, situadas no interstício entre os túbulos seminíferos, e constituem,
aproximadamente, 20% da massa dos testículos adultos. As células de Leydig
são praticamente inexistentes nos testículos durante a infância, época em que
os testículos quase não secretam testosterona, mas elas são numerosas no
recém-nascido do sexo masculino nos primeiros meses de vida e no homem
adulto após a puberdade; em ambas as épocas, os testículos secretam grande
quantidade de testosterona.
O termo “androgênio” significa qualquer hormônio esteroide que tenha efeitos
masculinizantes, incluindo a testosterona; também inclui os hormônios sexuais
masculinos produzidos em outros locais do corpo além dos testículos. Por
exemplo, as glândulas adrenais secretam, pelo menos, cinco androgênios,
embora a atividade masculinizante total desses androgênios seja normalmente
tão baixa (< 5% do total no homem adulto), que, mesmo na mulher, eles não
geram características masculinas significativas, exceto a indução do crescimento
de pelos pubianos e das axilas.
Após a secreção pelos testículos, aproximadamente 97% da testosterona
liga-se fracamente à albumina plasmática ou liga-se, mais fortemente, a uma
betaglobulina, chamada globulina ligada ao hormônio sexual.
A testosterona que não se fixa nos tecidos é convertida rapidamente,
principalmente pelo fígado, em androsterona e desidroepiandrosterona e,
simultaneamente, conjugada com glicuronídeos ou sulfatos (particularmente
glicuronídeos). Essas substâncias são excretadas pelo intestino, por meio da
bile, ou na urina, pelos rins.
A maior parte do controle das funções sexuais, tanto dos homens quanto das
mulheres, começa com a secreção do hormônio liberador de gonadotropina
(GnRH) pelo hipotálamo (Figura 81-10). Esse hormônio, por sua vez, estimula a
hipófise anterior a secretar dois outros hormônios chamados hormônios
gonadotrópicos: (1) hormônio luteinizante (LH); e (2) hormônio folículo
estimulante (FSH). Por sua vez, LH é o estímulo primário para a secreção de
testosterona pelos testículos, e FSH estimula, principalmente, a
espermatogênese.
Referências Bibliográficas:
Fisiologia Humana Silverthorn 7ª ed.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4166265/mod_page/content/1/Foliculog
%C3%AAnese.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4166265/mod_page/content/1/Foliculog%C3%AAnese.pdf
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