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24 Guia dos Concursos - 3a edicao
Como turbinar seu cérebro e
tirar a cabeça das nuvens
Nanci Azevedo Cavaco*
A falta de atenção
e concentração
Quando se prepa- ram para concor-
rer a uma vaga no ser-
viço público, pelo menos
90% dos concursandos
sabem o quanto a falta de atenção e concen-
tração atrapalha o seu desempenho. Mas qual
é a diferença entre atenção e concentração?
Saber a diferença é importante para que
os exercícios de correção do problema se-
jam compatíveis com a situação que se
quer corrigir.
Começo este artigo pedindo que você exe-
cute a tarefa descrita a seguir. Mas não
vale “sabotar”!
Leia com atenção as instruções abaixo e
encontre em seqüência os números de 1 a
60 no quadro à direita.
1 21 4
 29 11 58 26
19 7 12 50
 15 41 34 18
53 3 42 56
45 5 28 22
 17 51 44
55 9 8 20
 35 13 40 14
49 31 52 60
3 43 21 38 46
 49 17 32 24 28
27 59 19 6 10
 23 47 58
 15 22 32 48
57 33 39 16
 37 51 2 36
 25 30 54
Alguns se queixam de falta de atenção, ou-
tros de concentração e muitos acreditam que
atenção e concentração são a mesma coisa.
Você pode até não saber a diferença entre
uma coisa e outra, mas com certeza deve
conhecer a sensação de “ausência momen-
tânea”, que faz surgir pensamento do tipo:
“não me lembro de ter ouvido o professor
falar sobre isso”, ou, ainda, enquanto estu-
da, percebe que seu pensamento viaja para
bem longe do assunto no qual deveria pres-
tar atenção. Parece que uma força estranha
e invisível seqüestra sua mente no momento
em que você mais precisa dela.
No dicionário Aurélio, entre outras definições,
encontramos o fenômeno da atenção defini-
do como “aplicação cuidadosa da mente a al-
guma coisa” e concentração como “aplica-
ção da atenção da mente de modo interno e
exclusivo”. Segundo o psicólogo e neuro-
psiquiatra russo Alexander Romanovich Luria,
que estudou as relações entre o sistema ner-
voso e o comportamento humano, a con-
centração é a condição responsável por ex-
trair os elementos essenciais para a ativida-
de mental a que se vincula a seletividade do
Faça a contagem respeitando a seqüên-
cia, mas faça no seu ritmo normal, nada
de fazer “correndo”.
Não utilize caneta ou lápis como auxilia-
res para marcar os números encontra-
dos, faça-o mentalmente.
Quando for começar a tarefa, marque
em seu relógio o momento do início e
do término.
IMPORTANTE: esta tarefa não tem a fi-
nalidade de medir a velocidade ou a in-
teligência. Cada pessoa tem seu pró-
prio ritmo, então cada um pode levar
30min, 10min, 05min, 04min...
Agora que você já leu as instruções,
inicie a contagem. Após anotar seu re-
sultado, continue a ler o artigo.
A
B
C
D
E
Como turbinar seu cérebro e
tirar a cabeça das nuvens
Encontre em seqüência os números de 1 a 60.
25Guia dos Concursos - 3a edicao
C
D
A
B
processo mental. A atenção funciona como
filtro da percepção. Ela é uma função
cognitiva básica. Quando está comprometi-
da, todas as outras funções decorrentes dela
funcionam precariamente. Um bom exem-
plo é o que ocorre com a memória. A falta
de atenção e concentração tem um efeito
direto sobre a capacidade de lembrar.
Importante mencionar que existe a falta de
atenção e concentração cuja causa é o trans-
torno de déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH). Porém, a hiperatividade não está sem-
pre presente nesse caso. O TDAH acomete
não só crianças e permanece até a vida adul-
ta. Além de comprometer a atenção e a con-
centração, esse transtorno traz outros pro-
blemas, como a tendência a procrastinação. A
desatenção e a desconcentração também po-
dem ser geradas por um nível alto de ansie-
dade. Nesse caso, entre outras coisas, o exer-
cício de relaxamento pode auxiliar bastante.
O relaxamento é uma prática psicossomática
que ajuda a aliviar as tensões físicas e a ad-
quirir equilíbrio mental.
Para ajudar a desenvolver a capacidade de
concentração, pode-se usar o exercício des-
crito no artigo Aprendendo a domar seus
pensamentos, publicado no site da Editora
Ferreira, ou ainda com o exercício de sole-
trar palavras de trás para frente. Exemplo:
a palavra casa soletre (a – s – a- c). Use de
preferência palavras que exijam maior es-
forço (constitucional, paralelepípedo, ante-
rioridade). Para a atenção, os exercícios
podem ser como os jogos de 07 erros,
além de desenvolver o hábito de observar
os detalhes em fotos, lugares etc. Todos
esses exercícios não lhe exigem muito
tempo para a execução, apenas devem ter
continuidade.
Quanto à tarefa sugerida no início desse arti-
go, não só é um bom exercício de estimulação
da concentração e atenção como também serve
para testar seu nível de ansiedade. E o princi-
pal é que ele é muito útil para ajudar a distin-
guir atenção de concentração.
Considerando o momento em que iniciou
e terminou a tarefa proposta, a conta-
gem de 01 a 60, quanto tempo levou? 20
min, 10min, 05min, cada um terá concluí-
do a tarefa em seu tempo, portanto, ha-
verá diferença de tempo de pessoa para
pessoa.
Se você levou 10min para executar a ta-
refa e, durante esse lapso de tempo, sua
mente manteve-se voltada para a exe-
cução da tarefa, isso significa que você
permaneceu concentrado.
Se, durante a contagem dos números,
mesmo concentrado, você não observou
que os números 15, 17, 21, 32, 51 e 58
se repetem, que os números ímpares es-
tão do seu lado esquerdo e que os pares
estão do seu lado direito, é porque não
houve atenção, embora você estivesse
concentrado.
Se você percebeu as repetições dos nú-
meros e/ou que os números ímpares e
pares estavam separados por lado es-
querdo e direito, mas durante a conta-
gem seu pensamento “fugia”, então você
tem atenção mas sua concentração é
comprometida.
Concluímos então que é possível ter con-
centração sem atenção e vice-versa, por
mais estranho que possa parecer.
Em situações comuns, para promover
estimulação nas áreas do cérebro (córtex
pré-frontal e parietal), envolvidas na tarefa
da atenção e concentração, os exercícios são
muito importantes. Além disso, devemos evi-
tar a tendência à superficialidade, muito co-
mum atualmente sob a justificativa de não
se perder tempo. Corrigindo essas deficiên-
cias, seu desempenho na aprendizagem e
memorização será infinitamente melhor.
Como no treinamento de um atleta que par-
ticipa de uma competição, entendemos que
o concursando também necessita de um pre-
Exercícios estimulantes ajudam a
melhorar a aprendizagem e a
memorização, servindo também
para testar o nível de ansiedade.
Vejamos a avaliação do seu desempenho no
exercício:
26 Guia dos Concursos - 3a edicao
paro (fitness mental), inclusive emocional, já
que terá de aprender a lidar com a pressão
de concorrer com milhares de “atletas” dis-
putando a mesma vaga.
Podem ser adotados vários exercícios de va-
riadas metodologias, com a finalidade de cor-
rigir as diversas dificuldades cognitivas
(desatenção, desconcentração, falta de me-
mória, falta de percepção etc.). Utilizamos,
por exemplo, a metodologia da Teoria da
Modificabilidade para reduzir a ansiedade, me-
lhorar a percepção, aumentar a atenção e
concentração. Aplicamos várias ferramentas
de Programação Neurolingüística (PNL) para
desbloquear a aprendizagem, aumentar a
performance, a disciplina nos estudos e a
interface cerebral e para identificar o estilo
de aprendizagem individual e aprimorá-la.
A Programação Neurolingüística estuda como
o cérebro e a mente funcionam e como
otimizar esse processo. Para que você te-
nha uma idéia, aqui temos um exemplo bem
simples. Você pode pensar que existem obs-
táculos entre você e o seu objetivo. Essa
idéia pode imobilizá-lo fazendo com que
você nem tente alcançá-lo, ou você pode
pensar que existem desafios entre você e o
seu objetivo e desse modo aumentar os
seus recursos,sua vontade de supera-
ção. A simples conotação que uma palavra
tem para você é o suficiente para impedi-lo
ou impulsioná-lo. Portanto, a linguagem in-
fluencia o seu sistema nervoso e, conseqüen-
temente, afeta a sua reação. Pensar é usar
os sentidos internamente. Já que o que você
diz é um reflexo do que você pensa, depen-
dendo das palavras que você habitualmente
utiliza, sem saber, você pode estar se sabo-
tando. Porém, a Programação Neurolingüística
é muito mais que este pequeno exemplo. Nós
a utilizamos amplamente, sempre buscando
produzir melhores resultados.
Ao longo dos anos, aliamos vários métodos
ao trabalho que desenvolvemos desde 1996.
Além disso, estamos sempre aprimorando
nosso conhecimento com freqüentes pesqui-
sas. Temos tido muito sucesso nos resulta-
dos alcançados. Os depoimentos registrados
sobre a avaliação do nosso trabalho, numa
comparação do antes e depois, são emocio-
nantes. Demonstram que, comprovadamente,
o treinamento funciona.
Então, aproveite e “boas práticas”.
*Nanci Azevedo Cavaco é psicopedagoga formada na Uni-
versidade Cândido Mendes, neurocientista pós-graduada
no Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação em
Neurofisiologia da memória e aprendizagem, Master
Practitioner em Programação Neurolingüística – NPA e aten-
de na Academia do Cérebro. Para mais informações sobre
a autora, acesse o site www.academiadocerebro.com ou
mande um e-mail para academiadocerebro@hotmail.com.
Dificuldades para se concentrar na leitura 
 
“Aprendendo a Domar seus pensamentos” 
 
Quantas vezes você se propôs a estudar e ao começar a ler a segunda linha não sabia mais o que 
estava escrito na primeira? Ou, ainda, na melhor das hipóteses, fez um esforço um pouco maior e o 
máximo que conseguiu foi chegar ao final da página, enquanto “lutava” com seus pensamentos, que 
divagavam em torno de vários assuntos, menos os referentes ao que acabara de ler? Pois é, você pode 
estar sofrendo da SFC (Síndrome da Falta de Concentração). Mas fique calmo: você pode corrigir isso. 
 
Imagino que neste exato momento você esteja mais preocupado em saber como se resolve 
isso do que em saber como se adquire isso, o que é bastante válido, porém isso pode sugerir um 
outro “probleminha” chamado DEA (Deficiência no Equilíbrio da Ansiedade), bem característico das 
pessoas que querem conhecer o final do livro antes mesmo de começar a lê-lo, das que 
querem partir logo para solução de exercícios antes de conhecer sua base teórica, das que 
sabem bastante, mas na hora da prova acabam tendo amnésia. Sobre ansiedade, podemos até 
nos aprofundar em outra oportunidade, porém é importante salientar que a ansiedade também é uma 
das causas da dificuldade de concentração. 
 
Vamos dizer que a causa é o fato gerador do problema, portanto, é importante que você a 
conheça. Sem identificá-la, corre-se o risco de ficar sem solução, perpetuando esta deficiência, afinal 
“chupar bala não resolve o problema do mau hálito, apenas o disfarça”. Desse modo, é importante que 
você saiba as possíveis causas da SFC. 
 
Várias podem ser as situações causadoras da falta de concentração. Como situações causadoras 
mais sérias, entre outras, temos a depressão e o TDAH (transtorno de déficit de atenção e 
hiperatividade) que afetam também a fase adulta e, entre as mais simples, vamos citar algumas como: 
estresse em geral, sono de baixa qualidade, “vício” em fazer várias coisas ao mesmo tempo, ansiedade, 
como já citada acima, alimentação inadequada, ah! sim, também o mau hábito que alguns possuem de 
estudar enquanto assistem à televisão. 
 
A esta altura, uma pergunta persiste: afinal como resolver o problema? Lógico que para cada 
causa teremos uma solução diferente, mas de maneira geral vou dar a dica de um exercício que 
ajudará bastante. Você deve fazê-lo diariamente. À medida em que se torne fácil, aumente sua 
dificuldade. Mentalmente imagine duas colunas, sendo uma ao lado da outra, a primeira começando 
com o 0 (zero) e outra começando com o número 100 (cem), ( 0 – 100). 
 
Na coluna da direita (0) você sempre aumentará 2 números, até chegar no total de 100, e na 
coluna esquerda (100) diminuirá 2 números, até que a coluna chegue a zero. Você deve executar esta 
tarefa simultaneamente e lembre-se: sem o uso de papel e caneta. Você deverá apenas recitar os 
números. Logo, você fará da seguinte maneira: 
 
0 – 100, 2 – 98, 4 - 96, 6 – 94... sucessivamente até chegar em 96 - 4, 98 - 2, 100 - 0. 
 
Se preferir peça a alguém que o ajude monitorando sua contagem, pois se você fizer sozinho e se 
perder, terá que começar do 0 – 100 outra vez. A outra pessoa poderá lhe dizer a última seqüência de 
pares de números certos que você pronunciou. 
 
Este simples exercício é de fato bastante poderoso. Além de trabalhar a concentração, ele também 
estimula a atenção e a memória. Leve a sério e perceba os resultados. Esteja atento a novas dicas e 
“boas práticas”. 
 
Drª Nanci Azevedo Cavaco – Academia do Cérebro 
Neurocientista especializada em memória e aprendizagem 
Psicopedagoga, Máster Practitioner em Programação Neurolingüística 
TRANSFORMANDO O TICO E TECO EM NEURÔNIOS DE SUCESSO 
 
Imagine que você tenha acabado de ganhar uma Ferrari que não pode ser vendida, doada ou 
rifada e, de repente, você descobre que não sabe nada sobre ela. Você simplesmente não tem a 
mínima noção de como fazer para dar a partida e nem sequer sabe como passar as marchas. Além de 
tudo isso, você a abastece com combustível adulterado. Imaginou? Pois é, que desperdício! A mesma 
coisa ocorre com seu cérebro. Ele é uma das partes mais ativas do corpo humano. 
 
Absorvendo cerca de 1/3 do oxigênio utilizado pelo corpo, o cérebro (nossa Ferrari), recebe esse 
combustível (o oxigênio) através do sangue. Vasos capilares formam redes que entrelaçam todo o 
cérebro, com a tarefa de irrigar tantos neurônios quanto possível. E essa irrigação precisa ser eficiente, 
uma vez que, sem ela, os neurônios simplesmente não se desenvolvem, sendo conhecidos, então, 
como TICO E TECO. 
 
Para impedir a deteriorização (ou a ticotequização) dos neurônios, que, de maneira geral, se 
inicia a partir dos 30 anos, é importante, entre outras coisas, expandir e melhorar o sistema 
circulatório do cérebro. Com o uso de “combustíveis adulterados” (álcool, drogas e fumo), além 
da preguiça de pensar, você contribui para o extermínio de seus neurônios e para que seu 
cérebro seja eficientemente seqüelado. Acredito que você não queira dar esta grande contribuição 
ao seu concorrente concursando. NÃO É???. 
 
A eliminação do uso dos “combustíveis adulterados”, uma alimentação adequada, o hábito de 
beber água, exercícios físicos cardiovasculares, e claro, exercícios mentais provocantes, muito 
contribuirão para um melhor condicionamento cerebral. Segundo fontes especializadas, os alimentos 
“bons pra neurônios” são: ácido aspártico (encontrado em batatas, ovos, cereais e amendoins); 
colina (presente no fígado, ovos e soja); tirosina (aparece no peixe, legumes, leite, carne); 
triptofano (existente nos ovos, queijo, banana, leite, iogurte, carne); feninalanina (encontrada na 
beterraba, soja, ovos, amêndoa, carnes e cereais) e ácido glutâmico (existente na farinha e batatas). 
 
Vitaminas, principalmente as C, E, e A, encontradas na laranja, manga e maçã, reduzem a 
quantidade de radicais livres que danificam as células nervosas. Vitamina B12, tiamina e ácido fólico 
muito colaboram para o funcionamento da memória. É importante lembrar que suplementos 
alimentares não devem ser utilizados sem uma orientação médica, assim como estimulantes que 
erroneamente são consumidos por algumas pessoas com o intuito de ficarem “ligadas” para estudar. 
 
Lembre-se: o maior estimulante é a saúde do seu corpo e do seu cérebro. A respeito do café, 
que é um estimulante natural, ainda há opiniões bastante divergentes na comunidade científica, uma 
vez que o nível de excitação causado pela cafeína pode, em algumas pessoas, dependendo da 
quantidade, interferirna atenção, na concentração e, conseqüentemente, na memória. A água exerce 
um papel fundamental na hidratação dos neurônios. Sem a hidratação adequada você pode ficar mais 
confuso e com dificuldades de pensar. Então, beba água. 
 
Para enfrentar bem a maratona preparatória que o deixará em condições de conquistar a tão 
desejada vaga num emprego público, além das matérias estudadas, você precisa aprender a utilizar e a 
cuidar de maneira eficiente da sua Ferrari, levando seus neurônios ao sucesso. Então, comece agora a 
aproveitar todas essas dicas e boas práticas. 
 
Nanci Azevedo Cavaco 
CONHEÇA ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE O CÉREBRO FEMININO E MASCULINO 
 
E TIRE PROVEITO DAS HABILIDADES 
 
Cem bilhões de células nervosas estão, neste momento, em atividade no seu cérebro. Cada uma 
dessas células vai se ligar a milhares de outras, formando mais de 100 trilhões de circuitos 
responsáveis por todas as funções do cérebro humano. Hoje, ainda ouvimos dizer que o homem só 
utiliza 10% de sua capacidade cerebral. Para alguns, seria bom que isso fosse verdade, mas, a cada 
dia, a neurociência descobre que utilizamos inúmeras conexões neurais, em diversas regiões cerebrais, 
para qualquer atividade que executamos. Atualmente, a tecnologia, com novos equipamentos, nos 
permite conhecer um pouco mais sobre o funcionamento do cérebro. Algumas das descobertas são, no 
mínimo, bem curiosas, como, por exemplo, as diferenças entre o cérebro feminino e o masculino. 
 
Segundo imagens da ressonância magnética funcional, neurocientistas concluíram que: 
1. O cérebro das mulheres é aproximadamente 10% menor que o dos homens (meninos, 
não se animem), porém, possui maior número de conexões entre as células nervosas. 
2. A mulher está mais sujeita a sentir depressão do que o homem e, quanto a isso, existe 
uma relação direta com a baixa produção da substância química cerebral, a serotonina, no cérebro 
feminino. 
3. O cérebro masculino é voltado para a compreensão, enquanto o feminino é programado 
para a empatia. 
4. As imagens mostraram que o lobo parietal inferior, área envolvida em atividades 
matemáticas, é maior no cérebro deles. Portanto, os homens costumam ser melhores em tarefas 
matemáticas, enquanto as mulheres se saem melhor em atividades verbais. 
5. As mulheres são mais emotivas e expressam com mais facilidade seus sentimentos do 
que os homens, porque o sistema límbico delas é mais desenvolvido do que o deles. 
(Do item 1 a 5 - Fonte: Revista Veja – Agosto/2004) 
 
Com isso, concluímos que, embora com algumas diferenças, homens e mulheres se completam. 
Então, se aprendermos a compreender essas diferenças estruturais, facilitaremos, em muito, os 
relacionamentos, principalmente entre marido e mulher. Além disso, no tocante ao preparatório, os 
concursandos masculinos e femininos, sabendo de suas habilidades, poderão tirar melhor proveito, 
porque estarão aptos a corrigir suas fraquezas e a aprimorar suas competências. 
 
Para exercitar o pensamento e identificar sua percepção e atenção, responda rápido à seguinte 
pergunta: Dois índios estão sentados numa cerca, um é pai do filho do outro. Qual o grau de 
parentesco entre os dois? 
 
Obs: A resposta está contida no texto que você acabou de ler. Fácil, não? Aprenda a prestar 
atenção, pois as respostas podem estar contidas onde você menos espera. 
 
Na próxima edição da revista Guia dos Concursos, daremos dicas valiosíssimas para você 
melhorar a performance do seu cérebro. 
 
Boas práticas. 
 
Nanci Azevedo Cavaco 
“A Saga de um estudante de Concurso Público” 
 
 “Ando muito esquecido. O pior é que estou me preparando para um concurso público 
e noto que por mais que estude, ainda assim, não consigo me dar bem nos exercícios e 
simulados. 
 Estou tentando estudar, mas o incrível é que ao sentar-me diante dos livros, sinto 
como se tivesse tomado um sonífero. Minhas pálpebras começam a se colar. Levanto-me, 
lavo o rosto e me sinto bem melhor, mas é só voltar a estudar e lá vem ele outra vez: o 
sono. Como sou persistente, tento continuar, aí é a vez de uma inquietação sensacional, que 
faz com que me levante várias vezes, pois caso contrário começo a divagar. Então, depois 
de quase seis horas de luta, já cansado de ‘estudar’, chego à brilhante conclusão de que 
estou com problemas de memória, afinal, depois de tantas horas estudando, não consigo me 
lembrar de nada que estudei. 
 Existe também uma outra dificuldade, que é o estresse de esconder do maior número 
de pessoas possível que estou fazendo um cursinho preparatório. Afinal, se os outros 
souberem (parentes e amigos), vão ficar cobrando minha aprovação, sem contar aqueles 
que podem ‘botar mal olhado’ na minha preparação ou ainda, aqueles que, por inveja, vão 
ficar torcendo para que eu não passe.” 
 
Nossa! De fato é uma verdadeira saga! Esse é um relato verídico. O mais 
extraordinário é que é vivenciado por um grupo tão grande de pessoas, que dá a impressão 
de ter sido ensaiado. Se você é mais um dos que se identificam com esse problema, saiba 
que a dificuldade de memória é só uma conseqüência que envolve, nesse caso, fatores como 
falta de disciplina, desmotivação, ansiedade, estresse e talvez algo que esteja bloqueando 
sua capacidade de estudar. 
 Muitas coisas devem ser feitas para solucionar essas dificuldades. Nesse caso, vamos 
por partes, assim como faria o “Jack estripador”. 
 
Saiba que o cérebro possui um sistema de recompensa e busca de novidades, aliás 
importantíssimo para auxiliar na retenção de informações. Logo, algo que já ajudaria 
bastante seria estabelecer, inicialmente, uma carga-horária de estudos possível de ser 
cumprida. Aos poucos você poderá aumentá-la. Se você estabelece uma carga horária de 
estudos que gostaria de cumprir mas que dentro de sua condição é impraticável no 
momento, isso criará uma conotação de incapacidade no seu cérebro, fazendo com que você 
se sinta frustrado. Desse modo, da próxima vez que for estudar, seu estado mental não 
estará favorável. 
 
Outra coisa interessante é criar uma rotina de horário para estudos, fazendo o 
possível para mantê-la. Assim, todas as vezes que for estudar naquele horário específico, 
seu cérebro estará mais predisposto a receber informações. Essa rotina também deve ser 
aplicada em relação ao local de estudos. 
Antes de começar a estudar, resgate de suas experiências passadas algo que o 
entusiasme. Pare de estudar antes de se sentir cansado e não após a exaustão. Se você 
viveu uma experiência desagradável, vai querer vivenciá-la novamente? Acredito que não. 
Portanto, é importante que ao parar de estudar você ainda esteja com disposição para tal e 
com uma sensação agradável. 
 
No próximo artigo vamos falar mais sobre memória e nos artigos seguintes faremos 
abordagens sobre as demais dificuldades aqui descritas. Aguardem até lá e boas práticas. 
 
 
Nanci Azevedo Cavaco 
O QUE VOCÊ TEM É MEMÓRIA OU UMA VAGA LEMBRANÇA? 
 
 Dificuldades de memória são comuns a várias pessoas. O problema é quando essa 
deficiência começa a deixar você cada vez mais longe de seu objetivo. Mais uma vez, vale 
lembrar que problema de memória não é causa e sim conseqüência. Portanto, antes de 
ficar desesperado, preste atenção no que está fazendo: 
 
1- Se você tem dormido muito tarde, para estudar mais, ou ainda tem tido insônia, e com 
isso sofrido privação de sono, saiba que indivíduos que se mantêm acordados por mais de 
19h, quando submetidos a testes de atenção, não conseguem se concentrar e, portanto, 
cometem muitos erros por distorção na percepção. Apresentam uma redução do 
metabolismo nas regiões do cerebelo (responsável pela coordenação motora) e 
frontais (responsáveis pela capacidade de planejar, executar tarefas), trazendo, 
ainda, alterações de humor, prejuízos à criatividade, atenção e memória. 
 
2- Se você está muito ansioso(a) porque o tempo está passando e percebe que não tem 
conseguido estudar, saiba que a ansiedade aumenta a produção de hormônios do 
córtex dasupra-renal, coloca em alerta o corpo e a mente e, sendo freqüente, 
gera cansaço crônico e compromete sua noite de sono tranqüilo. Isso certamente 
trará conseqüências para sua memória. 
 
 
3- Se você é fumante e gosta de um “choppinho de vez em sempre” para relaxar, além de 
estar diminuindo a oxigenação do seu cérebro, está desidratando as células nervosas. 
Saiba que, por diminuição de fluxação sangüínea no cérebro, você está diminuindo sua 
capacidade de memória. 
 
4- Se você está deprimido(a) porque já tentou outras vezes passar num concurso e não 
conseguiu ainda, saiba que depressão é coisa séria e que talvez você só esteja um pouco 
triste e desmotivado(a). De qualquer maneira, a emoção está intimamente ligada à 
memória, e este estado prejudica o desempenho de sua memória e em nada lhe é útil. 
 
Bem, é hora de reagir. Para manter e aprimorar a memória é importante: 
- Fazer uma dieta balanceada, com legumes, frutas e verduras. 
- Consumir vitaminas A, C, E e selênio e suplementos nutricionais de fosfolipídeos. 
- Acabar com a tristeza e o estresse. 
- Fazer exercícios cardiovasculares; se não tiver tempo de freqüentar uma academia, 
pedale uma bicicleta, pule corda ou faça polichinelos antes do banho. Tudo isso é 
excelente para promover a oxigenação do cérebro, visto que quanto menos 
oxigênio, pior será seu funcionamento cerebral. Comece se exercitando pelo menos 
por 20 (vinte) minutos durante 3 vezes por semana. 
 
Após essas providências, habitue-se a observar, ter mais atenção em suas leituras e 
durante as aulas. A atenção é a grande aliada da memória, por isso, faça associações, use 
a visualização, esteja atento ao que estiver ouvindo, faça exercícios de memória e “boas 
práticas”. 
 
Nanci Azevedo Cavaco 
O QUE FAZER PARA MELHORAR OS “MEGAS” DE SUA MEMÓRIA 
 
 
 Como a memória possui diversas especializações (memória de longa duração, operacional, 
declarativa, implícita, episódica, semântica etc), é importante identificar onde está o 
comprometimento. Por exemplo: uma pessoa com dificuldades para lembrar datas ou eventos 
relacionados com o tempo tem um problema de memória episódica, mas quando a dificuldade é 
em relação aos significados das palavras, a responsabilidade é da memória semântica. 
 
Se você esquece onde estacionou o carro ou onde colocou as chaves, sua memória 
operacional deve estar deficiente. Esse tipo de memória é sustentado pela atividade elétrica de 
neurônios do córtex pré-frontal, portanto, requer a participação da atenção na execução. 
 
A memória operacional é crucial tanto no momento da aquisição, quanto no momento da 
evocação de qualquer tipo de memória. Através da memória operacional, armazenamos 
temporariamente as informações. Para que ela se torne permanente, são necessários 
repetições e idéias associativas e, claro, uma boa dose de atenção. Como nossa habilidade 
de lembrar eventos não se reflete apenas num único sistema de memória, mas numa combinação 
de no mínimo duas estratégias usadas pelo cérebro, sua facilidade em guardar as informações e 
posteriormente evocá-las será maior, se você utilizar os vários canais de percepção (visual, 
auditivo, cinestésico) para processar a informação. 
 
Para estudar algumas matérias, você poderá utilizar uma boa estratégia para fixar o tema 
na memória. Uma dica interessante é o seguinte exemplo: No artigo do Professor Ricardo Ferreira 
Abatimentos sobre vendas afetam a base de cálculos do ICMS, do PIS e da CONFINS? – 28.7 – 
abatimentos concedidos sobre vendas e serviços, imagine as hipóteses descritas no texto como 
uma situação vivenciada por você. Procure fazê-lo em detalhes, imaginando-se recebendo do 
vendedor a mercadoria com defeito, estabeleça um preço para a mercadoria, um valor de 
desconto, imagine um diálogo entre você e o vendedor, enfim... à medida em que você visualiza a 
situação, mesmo sendo uma imaginação, de certo modo você concretiza o fato. Para o cérebro, 
uma imagem mental é entendida como algo real. Se você imaginar agora que está degustando 
uma fruta bem azeda, sua boca vai salivar, ou, ainda, se imaginar aquele barulhinho irritante do 
giz riscando no quadro, você será capaz de sentir um certo desconforto, como se de fato tudo 
fosse realidade. 
 
À medida em que utilizamos uma representação mental criando um cenário, imprimimos 
com mais eficácia, porque, desse modo, usamos mais de um recurso para a memorização. 
Estaremos estimulando a memória visual criando a imagem mental, a auditiva, com a 
representação de um diálogo, e a cinestésica, uma vez que você se imagina inserido no contexto 
que deseja memorizar. 
 
Por ser um assunto bem extenso e importante, teremos mais sobre memória, aguardem e 
“boas práticas”. 
 
 
 
Nanci Azevedo Cavaco 
www.academiadocerebro.com 
academiadocerebro@hotmail.com 
“ESTRESSILDO x ESQUECILDO” 
 
 
Em outras ocasiões, temos informado que problemas de memória são 
decorrentes de diversos fatores. Como também aprendemos por repetição, vale 
reforçar que: deficiência de memória é conseqüência e não causa. Quando fazemos um 
curso de memorização aprendemos técnicas para memorizar, mas do que adianta 
encher uma caixa d`água se ela tem um problema de vazamento? 
 
Entre as causas que produzem “vazamento” das informações que deveriam ficar 
registradas, em outro artigo já citamos o estresse. Ele é o maior vilão responsável pelo 
famoso lapso de memória,(lapso de memória é quando você tem certeza que sabe a 
informação mas mesmo assim não consegue “sacá-la de sua cabeça”,geralmente isso 
ocorre quando mais você precisa da informação. É aquele nome que está na ponta da 
língua mas não consegue saltar de sua boca). Quando o estresse é prolongado 
(experiência também experimentada por aqueles que vivenciam a saga de estudar 
para concurso), tem como conseqüência a falta de atenção, de concentração e 
cansaço. 
 
O estresse crônico, provocado por meses e anos de preparação para 
uma prova, por exemplo, depaupera o neurotransmissor norepinefrina, 
importantíssimo para enraizar memórias. O estresse também diminui o nível 
de açúcar no sangue e já que o cérebro repousando necessita de mais de 20% 
de açúcar do sangue, imagine em atividade mental. Haja glicose! 
 
 Como estamos tratando do efeito estresse sobre a memória, embora existam 
várias formas de combatê-lo, aqui vai uma dica bem simples para ajudar a lidar com 
ele. Este exercício é tão simples que poderá ser usado minutos antes de iniciar uma 
prova ou a todo momento em que se sentir estressado. 
 
O relaxamento mental pode ser de vários tipos. Como o oxigênio também é 
importantíssimo para o cérebro, associaremos (respiração e relaxamento) respirando 
corretamente com a musculatura abdominal. Aprenda a respirar movimentando os 
músculos abdominais para fora e para dentro e não os ombros para cima e para baixo. 
Quando inspirar empurre a musculatura abdominal para fora contando 
mentalmente devagar 1, 2, 3, 4, segure a respiração contando 1, 2, 3, 4 e 
expire contraindo o músculo abdominal enquanto mentalmente conta 1,2,3,4. 
Repita esta série umas quatro vezes seguidas, sem pressa. 
 
Com esse exercício além de se sentir mais calmo, você vai melhorar sua 
concentração, aumentar o nível de oxigênio no cérebro e eliminar quase 70% das 
toxinas pela respiração correta. Experimente e sinta os efeitos benéficos do exercício. 
 
 
“Boas práticas” 
 
 
Nanci Azevedo Cavaco 
www.academiadocerebro.com 
academiadocerebro@hotmail.com 
 
O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 
 
Ao se prepararem para concorrer a uma vaga no serviço público, alguns candidatos 
percebem que seu desempenho é muito menor do que o da maioria das pessoas. Por mais que 
tentem, não conseguem melhorar sua performance nos estudos e, depois de várias tentativas 
sem sucesso, começam a não acreditar em si mesmos. Em muitos é comum a ocorrência das 
características abaixo: 
 
1- Tendência à distração, com freqüentes devaneios (sonhar acordado); 
2- Dificuldade de organização;3- Dificuldade de concentração; 
4- Perda de coisas com freqüência; 
5- Ansiedade e transtorno de conduta, inclusive com compulsividade, que pode manifestar-se 
no sexo, álcool, drogas, jogo, compras, comida ou trabalho em excesso; 
6- Vários projetos iniciados e não concluídos; 
7- Tendência a fazer comentários inoportunos; 
8- Busca freqüente de fortes emoções; 
9- Tendência crônica a adiar tarefas; 
10- Impaciência e baixa tolerância à frustração; 
11- Sensação de insegurança e dificuldade em lidar com tarefas repetitivas; 
12- Problemas de atenção e concentração; 
13- Dificuldade em cumprir regras; 
14- Humor com predominância ao mau humor; 
15- Baixa auto-estima; 
16- Independente do quanto se esforce, não consegue realizar seus objetivos; 
17- Tendência a assumir vários compromissos ao mesmo tempo, sentindo-se estressado por 
não saber por onde começar. 
 
 Essas são apenas algumas das características do Transtorno de déficit de atenção e 
hiperatividade (TDAH), entre as quais também se incluem a criatividade e a extrema inteligência, 
apesar da dificuldade nos estudos. 
 
Vale observar que nem sempre a hiperatividade estará presente e, por essa razão, a 
situação fica mais difícil de ser detectada. Ainda hoje, muitos profissionais ignoram o TDAH em 
adultos, embora oficialmente, desde 1980, o problema em adultos tenha sido reconhecido pela 
Associação Americana de Estudos sobre o TDAH, que tem origem em vários fatores e ocorre 
devido a um desequilíbrio neuroquímico, afetando principalmente o córtex pré-frontal. 
 
 No caso de estar presente o TDAH, não resolverá o problema apenas o desejo de 
concentrar-se mais. É preciso que a carga de exercícios para melhorar a concentração e a atenção 
seja muito maior do que seria para os que não têm o transtorno. Além disso, haverá a 
necessidade de outras providências que deverão ser tomadas para minimizar as dificuldades, 
incluindo o apoio de um profissional. 
 
É importante salientar que em termos de inteligência, a pessoa com TDAH tem extrema 
capacidade. Sua dificuldade está em se controlar e manter o foco naquilo que é importante. Por 
isso, seu desempenho fica aquém do que deveria. Conhecer essa questão é de suma importância 
para quem não pode perder tempo. 
 
Até a próxima e “Boas Práticas”. 
Nanci Azevedo Cavaco 
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academiadocerebro@hotmail.com 
ESTADO MENTAL ADEQUADO PARA DISPUTAR UMA VAGA EM 
CONCURSOS PÚBLICOS 
 
Quando se preparam para uma prova de concurso público, muitas pessoas 
estudam com a seguinte idéia: “eu quero é passar, mesmo que seja em último lugar”. 
Porém, elas se esquecem de que estão numa disputa em que várias outras pessoas 
querem o mesmo. Sendo assim, as chances de conseguirem se classificar dentro do 
número de vagas diminuem bastante. Isso acontece por razões bem simples: 
Primeiro – A idéia deve ser a da classificação, porque passar, simplesmente, 
sem conseguir estar dentro do número de vagas, não garante a sua conquista. 
Segundo - O cérebro sempre cria recursos com base no objetivo que se quer 
atingir. 
 
Faça agora uma experiência bem simples: 
Pegue uma borracha, pense em jogá-la a meio metro de distância e jogue. 
Agora, estabeleça uma distância de dois metros e jogue-a novamente. Acredito que 
tenha conseguido realizar as duas propostas. O que se percebe é que quando 
determinou atingir meio metro, você conseguiu e quando ampliou para dois metros, 
também. Isso mostra que você consegue aquilo que determina. 
Se você se programa para estudar sem estabelecer o seu alvo ou o estabelece 
de maneira medíocre, o seu resultado também será medíocre. No entanto, se 
estabelecer seu objetivo de maneira grandiosa, seu cérebro buscará recursos para 
alcançá-lo. 
Prestando atenção na atuação dos competidores de olimpíadas, podemos 
observar a ocorrência do uso de nossas capacidades com base nos objetivos a serem 
atingidos. Um atleta, para estar entre os primeiros colocados, treina sempre com o 
intuito de conquistar o primeiro lugar. Aquele que já bateu seu recorde, na temporada 
seguinte, irá se preparar para ir mais além e quase sempre conseguirá. 
 
Se quiser aumentar suas chances de classificação, estude com o intuito 
de ser o primeiro, isso fará com que o seu desempenho fique melhor. Como 
estratégia, lembre-se de algo que tenha certeza de já ter aprendido e procure 
identificar sua sensação interna em relação ao aprendizado. Responda para si mesmo 
às seguintes perguntas: “Como eu sei que sei isso? Que sensação interna há dentro de 
mim que me sinaliza que já aprendi isso?” Quando identificar essas respostas, 
intensifique a sensação sobre elas e então inicie seus estudos. 
Para tudo que fazemos existe um estado mental adequado. Você não 
conseguiria jogar tênis com o estado mental de quem joga xadrez e vice-versa. 
Para produzir o resultado que você deseja, é importante que faça suas tarefas 
com o estado mental adequado ao que você quer e não ao que você não quer. Como 
você vai conseguir uma boa classificação se enquanto estuda está com o estado 
mental de quem não conseguirá chegar onde deseja? 
O treinamento, que nesse caso é o estudo, deve ser feito com o estado mental 
no padrão desejado. Desse modo, você estará indicando ao seu cérebro como quer se 
sentir no momento de provas (sensação de quem sabe que sabe o que está fazendo). 
Se você agir dessa forma, seu cérebro se encarregará de providenciar todos os 
recursos internos, liberando as substâncias químicas adequadas ao estado desejado. 
 
Comece a treinar essa estratégia e “boas práticas” 
 
Dra. Nanci Azevedo Cavaco 
www.academiadocerebro.com 
academiadocerebro@hotmail.com 
MELHORANDO SUA COMPETÊNCIA PARA CONQUISTAR UMA VAGA
 Se você é concursando, já deve ter se deparado com o sentimento chamado
dúvida.
 As dúvidas são traiçoeiras e nos impedem de alcançarmos nossos objetivos pelo
simples fato de gerarem conflito (capacidade X incapacidade). A tendência da
sensação de dúvida nos imobiliza. Talvez você não tenha muita noção do quanto isso
o prejudica.
 Para ter uma melhor percepção dos prejuízos que a dúvida pode causar, pense
nisso: Se eu pedir que você caminhe sobre uma tábua de 02 metros de largura por 06
metros de comprimento, estando essa tábua apoiada no chão, sabemos que você será
absolutamente capaz de concluir a tarefa. Contudo, se a mesma estiver a 04 metros
de altura, apoiada de um prédio a outro, seu desempenho será o mesmo?
Possivelmente não. Talvez você nem se “atreva” a iniciar a travessia. Apesar de ser a
mesma tábua e a mesma distância, sua competência em atravessá-la estará
comprometida pelo medo gerado pela dúvida de conseguir ou não.
Se arriscar a tentativa, em geral, a imagem mental que se forma é a de estar
caindo, a idéia de não conseguir acaba criando bloqueios que, muitas vezes, o
impedeM até mesmo de tentar, não por falta de capacidade (manancial de recursos
internos para realizar algo), mas por falta de competência (condições internas para
colocar em prática as capacidades existentes).
Ocorre que você está mantendo um padrão mental de quem não
consegue quando deveria ter um padrão mental de quem consegue.
 Para resolver esse problema, relembre uma ocasião em que teve a convicção de
que poderia resolver algo e de fato resolveu. Identifique suas sensações internas (qual
era o seu padrão de pensamento, o que sentia, o que ouvia e visualizava
internamente). Intensifique essas sensações e as transfira para a situação atual
(passar no concurso). Repita essa ação várias vezes, em momentos diferentes, para
fixá-la e torná-la automática.
 Se você pensa que isso é uma “tremenda” bobagem, saiba que para o cérebro a
imaginação é mais poderosa do que a razão. Um bom exemplo disso é o medo que as
pessoas têm de baratas. Pela razão, é absolutamente absurdo temer um bichinho não
venenoso e tão pequeno, mas a imaginação de alguns dá a elas, às baratas, um poder
extraordinário.
A prática desse simples exercício pode ser a diferença entre não
conseguir e conseguir conquistara sua vaga. Lembre-se disso e “boas
práticas”.
Dra. Nanci Azevedo Cavaco
www.academiadocerebro.com
academiadocerebro@hotmail.com
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QUAL A DIFERENÇA ENTRE SUA MEMÓRIA E A MEMÓRIA 
DE QUEM VIVEU NA ANTIGÜIDADE? 
 
Antes da prática da escrita, todo o processo de transferência de conhecimentos era 
basicamente oral. Logo, os povos daquela época necessitavam utilizar a capacidade de 
memorização para transmitir conhecimentos e garantir a unidade política, econômica, social 
e religiosa. 
Será que esses povos antigos eram mais capazes do que o atual? Que razão 
explicaria tanta capacidade mnemônica naquelas pessoas? A nosso ver, a resposta é bem 
simples. Atualmente, o uso da escrita, de agendas e de outras facilidades tecnológicas criou 
em nós a “preguiça” de pensar, a acomodação, que faz com que não utilizemos nossa 
memória, para resgatar as informações, e que fiquemos inseguros quando sem recursos 
externos para nos auxiliar na tarefa de lembrar. Acreditamos que para resgatar algo da 
memória é necessário muito esforço. 
Ora, sabemos que resgatamos algo da lembrança com facilidade quando fazemos 
associações e, quanto a isso, pode ser oferecido um grande número de exemplos: odores de 
perfumes associados a quem conhecemos; músicas associadas a uma determinada época de 
nossa vida etc. E falando em associação, não raro associamos determinadas situações que 
acabam por nos atrapalhar. 
Por que será que em momentos de prova você fica nervoso? Porque você associou 
prova a nervosismo, reproduzindo na memória a fórmula que tem a seguinte composição: 
prova=medo=insegurança=nervosismo=desaprovação. Ah! Nisso temos muito boa 
memória e aliás, esta é uma associação muito eficaz em causar prejuízos, já que por 
conta do sentimento medo (emoção), criamos uma impressão neurológica que quanto mais 
se repete, mais se reforça. Entretanto, podemos aprender a usar esta capacidade a nosso 
favor. 
Na maioria das vezes, reproduzimos situações compatíveis com o que 
pensamos. Quanto mais você repetir que tem uma memória ruim, pior ela ficará. O 
cérebro do ser humano foi criado para aprender. Memorizar é um processo natural, mesmo 
sem querer memorizamos. Um bom exemplo é o seguinte: “uma vez Flamengo, 
Flamengo até morrer”. Quantos de vocês se dedicaram a memorizar isso? Até quem 
nunca foi flamengo é capaz de se lembrar dessa frase. 
A partir de agora, o tempo que você gastava para repetir que não conseguia lembrar, 
que a sua memória era fraca e blá, blá, blá, use para repetir “a cada dia eu tenho a 
certeza de que minha memória fica cada vez melhor”. Se você não acredita nisso, 
repita pelo menos por uma questão de praticidade, afinal, ao invés de gastar seu tempo com 
o que você não quer, por que não o empregar naquilo que você deseja? Use sua 
inteligência a seu favor e o seu tempo em seu benefício. 
Assim como os povos antigos tinham uma boa memória, você também é capaz de 
ter. Basta um pouco mais de confiança na sua capacidade, usando a sua emoção para 
imprimir sensações resgatadas de momentos em que você teve um “ataque de boa 
memória”, nem que seja daquela vez em que você lembrou o nome daquela pessoa na 
qual estava interessado(a). Intensifique esta sensação ao máximo e a associe a qualquer 
coisa que gostaria de lembrar fazendo, assim, um link. 
É claro que existem várias técnicas, porém aqui estamos focando somente uma 
associada ao emocional. A idéia é demonstrar que aquilo que você faz de maneira a 
prejudicá-lo pode ser feito de modo a ajudá-lo. 
 
Lembre-se disso e “boas práticas”. 
 
Dra. Nanci Azevedo Cavaco 
www.academiadocerebro.com.br 
academiadocerebro@hotmail.com 
Você é de Esquerda ou de Direita?
O cérebro possui um hemisfério esquerdo e outro direito. Cada hemisfério
cerebral possui uma especialidade. Entre outras funções, o hemisfério esquerdo é mais
seqüencial, tendo o hemisfério direito uma capacidade mais sistêmica. Esses dois
hemisférios são responsáveis pela inteligência e raciocínio e algumas pessoas possuem
mais habilidade em um hemisfério do que no outro. Afinal, qual o hemisfério que
propicia melhor desempenho na hora de aprender, o direito ou o esquerdo?
Na verdade os dois hemisférios são muito importantes para a aprendizagem. O
esquerdo cuida do raciocínio e, de forma seqüencial, toma decisões com base na
lógica; e com o direito, conseguimos examinar a relação entre as partes numa visão
mais holística. Logo, podemos perceber que o ideal seria ter habilidade para utilizar os
dois hemisférios de maneira integrada. Para isso pode-se praticar vários exercícios
visando a promover a equilibração entre os dois hemisférios cerebrais.
Nesse aspecto, podemos lançar mão de um recurso chamado mapa mental,
que integra a capacidade imaginativa e lógico-racional.
O mapa mental foi aprimorado por Tony Buzan, que teve como remanescente o
trabalho desenvolvido pelo professor americano John Pearson. Se levarmos em conta
que 90% das informações estão contidas em apenas 10% das palavras, fica fácil
entender porque o mapa mental é uma ferramenta tão eficiente. Hierarquizando os
tópicos de maneira organizada, fornece uma visão global do assunto estudado. Como
no mapa utiliza-se figuras e cores, isso estimula a memorização e promove a
estimulação dos hemisférios cerebrais.
Para os que com facilidade conseguem utilizar o mapa mental, vale utilizar esta
ferramenta para melhorar o desempenho na aprendizagem.
No próximo artigo, vamos dar dicas de como fazer um mapa mental.
Até a próxima e “boas práticas”.
Nanci Azevedo Cavaco
www.academiadocerebro.com
academiadocerebro@hotmail.com
http://www.academiadocerebro.com
mailto:academiadocerebro@hotmail.com
FAZENDO UM MAPA MENTAL – “MIND MAP”
No artigo anterior, falamos dos hemisférios cerebrais, do processo sistêmico do hemisfério
cerebral direito, da importância da equilibração hemisférica. Além disso, afirmamos que o mapa
mental é uma ferramenta poderosa que auxilia no desempenho dos estudos. Mas como fazer
um mapa mental?
Como o próprio nome sugere, mapa mental é o caminho que mentalmente percorre o
processo do pensamento. Esse processo pode ser decodificado através de imagens e cores.
Desse modo, sintetizamos todas as informações de um contexto apenas em símbolos,
tendo uma visão mais sistêmica do tema a ser estudado. No nosso cotidiano, fazemos isso o
tempo todo de maneira tão simples que nem nos damos conta.
Os sinais de trânsito são um bom exemplo de mapa mental visto no dia-a-dia.
Ao observarmos esses sinais, temos uma idéia imediata de todos os seus significados.
Já sabemos o que é ou não permitido e o que acarretará a sua infração.
O mais importante é que cada símbolo ou palavra, no seu mapa, tenha um significado
para você.
Proceda assim:
1. No centro, coloque o tópico a ser desenvolvido.
2. Desenvolva os subtópicos relacionados, conectando cada um ao centro através de
uma linha. Repita o mesmo processo a partir dos subtópicos, sempre conectando-os ao seu
tópico correspondente.
3. Utilize cores, gráficos e desenhos à vontade. Mesmo que você seja inicialmente
resistente à idéia, por achar que “não entende de desenho”, ainda assim seu cérebro
agradece. À medida que for treinando, irá tendo mais facilidade.
4. Procure utilizar somente palavras-chave simples como tópicos. Evite ao máximo
escrever frases ou textos. Às vezes, no início, parece difícil, mas vale a pena. Dividir os
conceitos compostos facilita muito o processo criativo. Veja abaixo um exemplo do mind
map do livro de Tony Buzan.
A prática leva à perfeição.
Boas práticas.
Nanci Azevedo Cavaco
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academiadocerebro@hotmail.com
QUAL O SEU ESTILO DE APRENDIZAGEM?
 Ter consciência de si deveria ser uma prática constante. Quando enfrentamos
uma situação, é fundamental conhecermos nossos pontos fracos, que devem ser
corrigidos, e os fortes, que devem ser intensificados.
Ao invés de se concentrar em seus próprios talentos, as pessoas se apegam à
idéiade copiar as estratégias dos outros. Com esse pensamento, ficam entusiasmadas
em saber de que maneira estes já conseguiram a aprovação. Daí saem várias receitas:
faça isso, faça aquilo... e, então, os candidatos tentam se enquadrar nas estratégias e
talentos dos outros, afastando-se de suas próprias habilidades.
 Cada pessoa tem seu próprio estilo para aprender. Conhecendo o estilo
preferencial que utiliza, você aumentará sua capacidade de absorver conhecimentos.
As pessoas que utilizam o canal visual, preferencialmente, usam predicativos
em sua linguagem (verbos, adjetivos e advérbios visuais) e devem olhar para cima no
intuito de melhorar seu raciocínio, inclusive para memorizar e resgatar o que foi
memorizado. Devem fazer seus resumos e ou apontamentos utilizando várias cores,
como códigos do tipo: nos textos, grifar em vermelho os deveres ou o que não pode
(para nós, vermelho tem conotação de “pare”) e grifar em verde os direitos ou o que
pode (verde tem conotação de “siga, vá em frente").
Os que utilizam o canal auditivo para experienciar os acontecimentos do dia-
a-dia adotam mais predicativos auditivos e movimentam os olhos mais na linha
horizontal quando estão pensando. Portanto, devem buscar o auxílio de manter
aguçada a audição. Por exemplo: estudar falando em voz alta e utilizar gravações de
aula, desde que tenha tempo de ouvi-las posteriormente.
Os de preferência cinestésica, além de usarem predicativos cinestésicos
(com significados voltados para as sensações), falam mais devagar, num tom mais
para grave, e olham mais para baixo e para direita. Para estes, é importante treinar
muitos exercícios, porque eles aprendem fazendo. Durante a leitura, devem se
imaginar vivenciando a situação descrita no texto.
Existe ainda um grupo de pessoas que pensam em palavras, utilizando um
diálogo interno. Ao falar, usam muitos predicativos neutros e abstratos. Quando estão
pensando, olham mais para baixo e para a esquerda, mantendo braços cruzados. Este
sistema representacional é chamado de auditivo digital ou apenas digital. Para estas
pessoas, o ideal é utilizar todos os recursos das demais, para enriquecer sua
experiência interna.
Se conseguir identificar suas habilidades, você poderá aprimorá-las e, com isso,
melhorar seu desempenho baseando-se em suas próprias condições e não nas
condições dos outros.
“Boas práticas” e boa sorte.
Dra. Nanci Azevedo Cavaco
www.academiadocerebro.com
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PENSAMENTO LATERAL
 Pensamento lateral é aquele que nos leva a quebrar paradigmas, ou seja, ter um
pensamento diferente do padrão habitual. Durante uma prova, necessitamos quebrar alguns
deles, porque várias vezes necessitamos mudar nossa perspectiva para encontrar uma
solução.
 É muito comum acreditar que a solução de um problema deva ser a mais complicada, e
quando a solução é encontrada de maneira rápida e simples, nasce a desconfiança de que algo
está errado. Isso ocorre porque você está tendo uma alteração na percepção (uma das
atividades da região do córtex frontal no cérebro). Essa alteração perceptual provoca uma
distorção da realidade e uma das causas para que isso ocorra é a maneira de encarar um
problema. Quer um exemplo simples? Procure resolver a questão abaixo:
Dentro de um quarto muito escuro, sem condições de claridade, existe uma gaveta
com 25 meias roxas e 36 meias verdes. Quantas meias, no máximo, você deverá
pegar até que tenha a certeza de ter nas mãos um par de meias completo?
 Para uma avaliação do resultado, tente resolver essa questão e depois continue a ler o
texto.
 A percepção é um fator determinante para se fazer uma boa prova. Por conta de uma
distorção na mesma, após anos de dedicação aos estudos, o resultado pode ser desastroso. Veja
abaixo o que a distorção da percepção faz:
Aposto que no primeiro momento você visualizou uma caveira, isso pode ter-lhe provocado
um certo desconforto, mas o que temos na figura são duas meninas levantando duas garrafas que
estavam sobre a mesa e isso emolduradas por um arco, realidade nada assustadora e sim singela.
Agora vamos ao resultado do exercício:
Se você fez cálculos mirabolantes, você foi traído por sua percepção. Você só
precisa apanhar três meias. A 1ª meia, tanto faz ser verde ou roxa. Se ela for verde, e a próxima
roxa, com certeza na terceira vez que apanhar uma meia, sendo verde ou roxa, você já terá um
par perfeito nas mãos. Sendo então necessário apanhar no máximo três meias.
 PERCEBEU como a solução pode ser simples? Aproveite para “matar charadas”, que
também é um bom exercício para ampliar a percepção.
“Boas práticas”.
Dra. Nanci Azevedo
academiadocerebro@hotmail.com
www.academiadocerebro.com
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O MITO DE QUE SÓ UTILIZAMOS 10%
DA CAPACIDADE DE NOSSO CÉREBRO
Você acha que usa somente 10% (dez por cento) de seu cérebro? Se acredita
nisso, saiba que não existem evidências científicas que comprovem esta afirmação.
Nos bastidores da neurociência dizem que a idéia de que utilizamos somente 10% de
nosso cérebro está errada. Nesse caso, as dificuldades em obter melhores resultados
estão muito mais relacionadas à vontade (motivação) do que à capacidade
(potencialidade) do nosso cérebro.
 O mito dos 10% pode ter ocorrido por volta de 1920 a 1930. O Dr. James W.
Kalat (autor do livro Biological Psychology) comenta que os neurocientistas na década
de 30 não tinham maiores conhecimentos sobre as funções dos neurônios, sabiam
apenas sobre a existência de uma grande quantidade de neurônios locais. Esta falta de
informação pode ter levado ao mito dos 10% (referência: Kalat J. W. Biological
Psychology, sixth edition, Pacific grove: Brooks/cole Publishing Co, 1988, p.43).
 Sendo assim, agora que você já sabe sobre o mito, que tal deixar a idéia de que
só utiliza 10% do seu cérebro como “bengala” para justificar seu baixo desempenho
para conquistar seu objetivo e dedicar-se um pouco mais para alcançar aquilo que
deseja? Porém, não confunda dedicação com quantidade de horas de estudos. É
preciso ter convicção e firmeza. Você pode ser o seu pior inimigo ou seu melhor amigo.
Cuidado para não se sabotar.
 Estude com o propósito de ser o primeiro colocado e “boas práticas”.
Nanci Azevedo Cavaco
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SUA MOTIVAÇÃO PARA ESTUDAR PARECE UMA “MULA MANCA”?
 Muitas vezes mesmo querendo estudar somos dominados por um desânimo que mistura
medo e dúvidas. “Será que vale a pena tanto esforço? E se depois de tudo isso eu não conseguir
me classificar num concurso?” Basta um pensamento como este para comprometer sua vontade
de estudar gerando desânimos ou ainda uma forte tendência em fazê-lo acordar “babando” sobre
os livros, como se fossem travesseiros. Quando isso ocorre, é porque seu desempenho já ficou
abalado. A falta de motivação compromete qualquer inteligência.
A motivação é “fabricada” no cérebro e é fundamental para nos levar em direção ao nosso
objetivo. Parece claro que não estamos falando de capacidade intelectual.
 O processo motivacional de um indivíduo depende da interação de vários
neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina. Também é importante o papel de um
conjunto de estruturas como o hipotálamo, o neocórtex e o sistema límbico. Sabemos também
que os sentimentos que nos motivam nem sempre podem ser produzidos de maneira direta e
livremente. A alegria e a tristeza, por exemplo, não podem ser motivadas da mesma maneira que
fazemos um ato de vontade. Os sentimentos motivadores não podem ser governados como
governamos, por exemplo, os movimentos dos braços.
Nossa motivação só pode ser provocada de maneira indireta, preparando o terreno em
nosso interior, repelindo ou estimulando as respostas afetivas que surgem em nosso coração,
criando pensamentos que sejam capazes de gerar entusiasmo suficiente para nos
influenciarpositivamente, aumentando nossa persistência.
Nas pessoas motivadas há toda uma série de sentimentos e fatores que reforçam o seu
entusiasmo e a sua persistência diante de contratempos. Veja como exemplo os atletas, mesmo
tendo uma rotina exaustiva de treinamento e com atividades de lazer restritas, perseveram para
atingir seus objetivos.Conseguem isso mantendo seu foco nos pensamentos positivos e imagens
mentais em que predominam a visualização de seus desejos realizados.
Acreditar nas suas próprias capacidades tem um surpreendente efeito multiplicador
sobre essas mesmas capacidades. Aqueles que se sentem eficazes fazem o melhor que podem
e procuram a maneira de as fazer ainda melhor na vez seguinte. Esteja atento à sua motivação
e “boas práticas”.
Nanci Azevedo
www.academiadocerebro.com
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MELHORANDO A PERFORMANCE EM APRENDER
Uma das maiores queixas do universo dos concurseiros é que embora estudem
muito, ainda assim não conseguem obter o resultado desejado. Sentem-se como se
andassem longas distâncias sem sair do lugar.
 Mais importante que quantidade de estudos é a qualidade. O grande equívoco
dos alunos é acreditar que quantidade de horas de estudos equivale a rendimento.
Isso é um dos fatores que mais geram ansiedade nos candidatos, porque apesar de
estudarem de 08 a 12 horas por dia, percebem que o tempo passa sem que consigam
avançar em aproveitamento. No momento dessa constatação, começam a ficar
angustiados e o próximo passo é o desespero total. Quanto maior o desespero, maior é
a confusão mental e, em conseqüência, mais se distanciam de seu objetivo.
 Para minimizar o problema, e em alguns casos eliminá-lo por completo, é
preciso adotar algumas mudanças que apesar de simples tornam-se complexas por
mexerem com hábitos e alguns paradigmas (conceitos muito generalizados), mas a
mudança produzirá muitos bons resultados. Seguem as orientações:
1- Seu propósito não é estudar, e sim aprender.Se não compreender isso,
você pode estudar 24h e não aprender nada
2- Para aprender, é importante estar comprometido com o que estiver aprendendo
(não basta querer se não houver compromisso)
3- Inicialmente, concentre-se no estado desejado. A menos que seja
masoquista, dificilmente vai sentir-se encorajado e entusiasmado pensando em
coisas desagradáveis e sacrificantes. Para a aprendizagem eficaz, é importante
estar com pensamentos que gerem sentimentos de determinação, alegria,
interesse e garra. Este é o padrão mental adequado para o aprendizado.
4- Antes de começar a aprender, determine que seu cérebro será capaz de
identificar e absorver o conhecimento necessário para levá-lo ao
resultado que deseja, mesmo que você conscientemente não saiba quais
informações serão mais importantes, inconscientemente você as identificará.
Você precisa ter um foco para ser mais eficiente. Exemplo: pare a leitura agora
e olhe para a palma de suas mãos e pense sobre o que está vendo. Em
seguida, antes de olhar novamente para a palma de suas mãos, determine-se a
enxergar suas digitais. Reparou como seus olhos vão direto ao ponto? Da
mesma maneira, olhar para uma folha de papel cheia de palavras escritas não é
o suficiente, você precisa ter consciência do que quer encontrar, de que quer
aprender.
5- Lembre-se de fazer intervalos durante seu período de estudos. Nesse período
de descanso, que pode ser de 5min, no mínimo, e 15min, no máximo, repita o
item 3, buscando o “estado desejado” (recarregando as energias). O tempo de
estudos, antes da “paradinha”, varia de pessoa para pessoa. O importante é
não ultrapassar as aproximadas 1h30min. Mesmo que você consiga estudar até
2h sem se sentir cansado, é importante fazer um intervalo.
Esses são alguns dos conselhos úteis para melhorar seu aproveitamento. São
simples, mas que produzem significativa diferença nos resultados. Como sempre, o
único meio de conferir é experimentando. Então, “boas práticas”.
Nanci Azevedo Cavaco
FÓRMULA PARA SER MAIS INTELIGENTE 
 
Dra. Nanci Azevedo 
www.editoraferreira.com.br 
 
 A ciência vem buscando o “segredo da inteligência”, mas, cá pra nós, todos 
procuram este mesmo segredo, em particular os estudantes. Ah!, como seria 
maravilhoso poder tomar uma pílula e imediatamente ter um ataque de inteligência. A 
pílula ainda não foi descoberta, mas enquanto isso não acontece, podemos utilizar uma 
fórmula simples e eficaz. 
 
• 30 minutos de exercícios aeróbicos três vezes por semana é o suficiente 
para aumentar em 15% a capacidade de concentração e aprendizado. 
• Estudos recentes feitos na Tufts University, comprovaram que quem se 
alimenta de frutas, cereais e iogurte no café da manhã mostra maior 
capacidade de memória espacial do que as pessoas com o hábito de 
alimentar-se com sanduíches, salgadinhos e refrigerantes, que são 
pobres em nutrientes, especialmente os minerais, que têm papel 
importante no rendimento cerebral. A memória espacial é 
importantíssima para a solução de problemas matemáticos. 
Também os ovos ajudam o corpo a produzir o neurotransmissor 
acetilcolina, usado na memória. 
• Uma ou duas horas extras de sono propicia uma melhor performance em 
atividades como provas. Uma boa quantidade de sono aliada a uma 
melhor qualidade de sono aumenta a capacidade de concentração. 
• Ler temas interessantes e novos equivale a um poderoso exercício para a 
memória. O médico e pesquisador Dr. Ivan Izquerdo, diretor do Centro 
de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, diz 
que "a qualidade do que se lê importa mais que a quantidade, porque 
gostar do assunto gera interesse”. O desinteresse pela leitura funciona 
como um sedativo, fazendo com que a memória funcione mal. Ouvir 
música e tentar lembrar a letra também é muito eficiente. 
 
Exercitar a memória equivale a exercitar um músculo do corpo. Sem exercícios, 
ela atrofiará. Mantendo os cuidados necessários, é possível melhorar o 
condicionamento do seu cérebro e aumentar sua inteligência. 
 
Enquanto não se produz a pílula da inteligência, aproveite as orientações para 
melhorar a qualidade do seu cérebro e “boas práticas.” 
 
Dra. Nanci Azevedo 
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