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Rhyan Coelho Radiologia – Imagem das Vias Biliares A vesícula biliar fica em contato com o segmento 5 do fígado. A via biliar hepática direita e esquerda vão formar o ducto hepático comum, que se junta com o ducto cístico (vindo da vesícula biliar) formando o ducto colédoco. O ducto colédoco distal se encontra com o pancreático comum e desaguam na ampola de Vater. A vesícula pode ser dividida em fundo, corpo e região infundibular (colo). O termo hepato-colédoco é toda a via biliar extra-hepática, principalmente na USG. Rhyan Coelho A parede da vesícula possui pregas e é formada pela serosa, muscular e mucosa. A espessura da parede é de até 3mm, sendo esse tamanho importante para avaliação de patologias. A vesícula biliar normal vai ter um conteúdo liquido homogêneo, sendo visualizado como preto na USG (como na imagem) e a parede é bem fina em estados normais. A USG é a primeira opção para avaliar a via biliar. A colangeoressonância é um exame que é realizada sem contraste, e com sequência ponderada em T2, que é boa para checar líquidos parados, e uma vez que os líquidos na vesícula se movem lentamente, acabam sendo perceptíveis. Rhyan Coelho Imagem de uma vesícula alterada: A parede está espessada e delaminada (tem um conteúdo líquido dentro da parede – processo inflamatório/edema). Conteúdo branco dentro da vesícula em sua porção inferior, com um tracejado preto logo em seguida, que seria a sombra acústica posterior. O ducto colédoco é normal até 6 mm, podendo aumentar de tamanho até 10 mm quando há colecistectomia ou com o avanço da idade. O valor máximo aceitável de um colédoco corresponde ao algarismo da dezena convertido em mm. Ex.: 40 anos = 4mm 70 anos = 7 mm. Rhyan Coelho ➔ Patologias da vesícula biliar Agenesia de vesícula biliar. Condição rara que acomete menos de 70 a cada 100.00 habitantes. Pode ou não ser acompanhada de ausência do ducto cístico. Achado: área hiperecogênica ...... Paciente sem a vesícula biliar no lugar. Litíase biliar (colelitíase). É a doença mais comum do TGI. Está relacionada com uma maior incidência de carcinoma de vias biliares. Fatores de risco (4F): female (sexo feminino), forty (>40 anos), fertility (multiparidade), fat (obesidade) Tipos de cálculos: • Colesterol (amarelos) – mais comuns (75%) associados a dieta rica em lipídios e formados por colesterol • Pigmentados/negros – formados por impregnação de bilirrubina e relacionados com doenças hemolíticas • Castanhos/marrons – formados por vários sais minerais e lipídeos e relacionados com processos infecciosos. USG tem alta sensibilidade e especificidade (é o exame de escolha), os achados incluem imagens ecogênicas (branquinhas) com sobra acústica (exceto nos cálculos menores de 4mm). Os cálculos são móveis quando o paciente muda de posição (um cálculo preso pode indicar uma obstrução e acabar evoluindo para outros quadros, como colescistite) Rhyan Coelho Espessamento de parede. Pode ocorrer em várias patologias. O tamanho da parede nunca pode passar de 3 mm no jejum. Pode ser difuso ou focal Rhyan Coelho Colesterolose. É caracterizado pelo depósito de triglicerídeos precursores do colesterol e ésteres de colesterol na parede das vias biliares. Existe a forma plana: múltiplos pontos hiperecogenicos na parede da vesícula, com artefatos em “cauda de cometa”. Forma polipóide: pseudopólipos de colesterol, ecogênicos, aderidos à parede, projetando-se para o lúmen vesicular (únicos ou múltiplos. Rhyan Coelho Adenomiomatose. É uma forma de colesterolose onde se observa hiperplasia da mucosa e da muscular da parede da vesícula biliar. Pode haver evaginação e formação de divertículos onde pode haver precipitação de cristais de colesterol. Pólipos. São caracterizados por massas na parede da vesícula biliar. Podem ser sésseis ou pediculados, sendo que têm chances de malignização. Se > 1 cm = colecistectomia < 1cm = controle ecográfico anual. O pólipo não produz sombra acústica posterior e ao movimentar o paciente, permanecerão no mesmo lugar e não irão se mover. (Diferenciação com cálculo) Rhyan Coelho Coledocolitíase. Ocorre quando há a passagem de cálculo que estava na vesícula biliar para o ducto colédoco. É a causa mais comum de icterícia obstrutiva extra-hepática (impossibilidade de eliminar a bile para o duodeno). A maioria dos cálculos se encontram no colédoco distal e na porção intra-pancreática. Colecistite aguda litiásica. É a principal consequência da colelitíase, sendo que 1/3 dos pacientes com cálculos na vesícula biliar vão cursar com colecistite aguda em algum momento. É mais comum na 5ª e 6ª década de vida. Quadro clínico: dor em hipocôndrio direito, náuseas e vômitos, febre, e sinal de Murphy +. Achados: parede espessada e cálculo impactado (sem mobilidade). Rhyan Coelho Colescistite aguda alitiásica. Corresponde de 2 a 15% dos casso de colecistite, estando relacionada com: pós- operatório; traumas; alimentação parenteral; pancreatite aguda. (Pacientes que não estão utilizado a vesícula biliar) Esse tipo é relativamente frequente nos casos de pancreatite aguda quando há refluxo das enzimas pancreáticas para a vesícula. Achados: parede espessa, sem cálculos. Colecistite aguda gangrenosa. É caracterizada pela ocorrência de uma desestruruação da arquitetura da vesícula biliar. Pode apresentar necrose, hemorragia e abscesso intramural. Achados: parede irregular, detonada, com conteúdo líquido dentro da vesícula biliar (líquido espesso – pus) Colecistite aguda enfisematosa. É caracterizado pela presença de processo infeccioso causado por bactérias produtoras de gás. O principal achado é a constatação de gás dentro da vesícula, gerando reverberação sonora. (Imagem toda borrada) Rhyan Coelho Atresia das vias biliares. É caracterizada pela ausência ou pela obliteração do lúmen colédoco ou ductos biliares intra-hepáticos Colangiocarcinoma. É a neoplasia primária mais comum das vias biliares (principalmente idosos). Tipos: -Periféricos (10%): lesões semelhantes a massa que não obstruem os ductos centrais. Ausência de invasão vascular. Paciente não tem icterícia. -Tipo hilar (tumor de Klatskin – 60%):origem na confluência dos ductos hepáticos direito e esquerdo. Pequenos pois resultam em obstrução precoce da via biliar.-Tipo Extra- hepático (30%):acomete os ductos extra-hepáticos. Crescem em umpadrão circunferencial. Sintomas precoces (icterícia e perda de peso). Rhyan Coelho Colangite bacteriana aguda. É uma complicação da obstrução das vias biliares, sendo causada pela contaminação bacteriana das vias biliares com estagnação da bile e aumento da pressão intraluminal. Os achados incluem: espessamento parietal difuso concêntrico, dilatação de via biliar, pneumobilia, realce parietal, alterações parequimatosas. Quadro clínico: Tríade de Charcot (febre + dor+ icterícia); Pêntade de Reynolds (tríade de charcot + hipotensão + alteração do nível de consciência). Rhyan Coelho Colangite esclerosante primária. Tem origem provavelmenteautoimune com uma inflamação que evolui para fibrose das vias biliares. Relaciona-se diretamente com DII em 80% dos casos. Achados: constrições multifocais, ectasias segmentares, espessamento de paredes ductais, aspecto em “colar de contas” (áreas de dilatação e estenose alternando).
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