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Hérnias - Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais

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PATRÍCIA LINDEMANN 1 
 
Hérnias – Clínica Cirúrgica 
 
É a protrusão de vísceras de sua cavidade natural, por meio de um orifício para 
o subcutâneo, geralmente por uma fragilidade da musculatura através de 
abertura congênita ou adquirida. A formação normalmente ocorre de forma 
progressiva, formando o saco herniário (prolongamento do peritônio), e se 
consegue sentir o anel herniário. 
Cabe ressaltar que há diferença entre hérnia, evisceração e prolapso. 
Evisceração consiste na ruptura abdominal incluindo o peritônio, musculatura e 
pele. 
Prolapso é a saída de vísceras da cavidade original por um orifício natural, sendo 
acompanhada da inversão. 
As hérnias podem também ser definidas conforme a anatomia, estrutura, 
alteração funcional e conteúdo. 
Conforme a anatomia: 
Hérnia umbilical: Normalmente observado em animais filhotes na primeira 
consulta, e ocorre pelo mau fechamento do local, nesses casos, todos os órgãos, 
que apresentam pedículo no abdome, podem sofrer herniação através da parede 
abdominal, muitas vezes permanecendo sob a pele na região umbilical 
(ligamento falciforme, omento, intestino delgado). 
Hérnia inguinal: Ocorre na região inguinal, podendo muitas vezes se 
confundida com tumor de mama, e é aquela em que o intestino, a bexiga, o útero, 
o ligamento largo ou outros órgãos abdominais sofrem protrusão através do 
canal inguinal. 
Hérnia diafragmática: Ocorre pela ruptura do diafragma é aquela em que os 
órgãos abdominais sofrem protrusão através de abertura do diafragma, para o 
interior da cavidade torácica. Essa hérnia é chamada de falsa, pois não ocorre a 
formação do saco herniário. 
Hérnias abdominais: São pontos de fragilidade da musculatura abdominal, em 
que pode ocorrer a protusão de diversos órgão e estruturas. 
Hérnia perineal: Ocorre quando os músculos do diafragma pélvico falham em 
sustentar a parede retal. 
Conforme a estrutura pode ser classificada: 
Hérnia verdadeira: Apresenta na sua formação conteúdo, saco herniário e anel 
herniário. 
Hérnia falsa: Não apresenta o saco herniário na sua composição. É apenas o 
rompimento do tecido para outra cavidade. 
PATRÍCIA LINDEMANN 2 
 
As hérnias também podem ser classificadas quanto a alteração funcional: 
Hérnia redutível: Ocorre quando sob pressão manual o conteúdo herniário pode 
ser reposto para a cavidade de origem, mediante compressão, requerendo a 
intervenção cirúrgica apenas para o fechamento definitivo do anel herniário. 
Hérnia irredutível: É caracterizada pelo não retorno para a cavidade de origem 
apenas por pressão, consequência das dilatações, das aderências, do 
encarceramento, da inflamação ou do estrangulamento, e não se consegue a 
redução sem a abordagem cirúrgica. 
Quanto ao conteúdo, as hérnias podem ser classificadas: 
Hérnia diafragmática: Baço estômago, alças intestinais, fígado. 
Hérnia perineal: Bexiga, alças intestinais, prostata. 
Hérnia inguinal: Útero e alças intestinais. 
Hérnia umbilical: Ligamento falciforme, alças intestinais. 
Etiologia 
Normalmente ocorre por mais de um fator, mas pode ocorrer apenas por um 
fator. 
Fatores pré-disponente: ocorre normalmente em regiões anatômicas mais fracas 
Fatores determinantes: que pode ocorrer pelo aumento da pressão intra-
abdominal dirigindo a um ponto mais fraco. 
Ocorre com maior frequência em cães do que em gatos, machos costumam ser 
mais acometidos. 
A hérnia tem uma questão hereditária envolvida, podendo ser congênita, 
podendo ocorrer por trauma, ou até predisposta pela obesidade, pois ocorre a 
deposição de gordura entre as fibras musculares, causando fragilidade. 
Fisiopatologia 
Quando ocorre o encarceramento, o fluxo intestinal é interrompido, trazendo 
problema para o paciente, podendo levar ar a necrose e choque endotóxico. 
E caso não tratado, esse animal pode desenvolver um estrangulamento, que 
ocorre pela distensão e compressão dos vasos, causada pela diminuição do anel 
herniário, podendo levar ar a necrose e choque endotóxico. 
Tanto o encarceramento como o estrangulamento são casos de emergência e 
devem ser tratados o quanto antes. 
Sinais Clínicos 
Geralmente são observados: 
Tumefação; 
PATRÍCIA LINDEMANN 3 
 
Aumento de volume; 
Redutibilidade; 
Elementos de formação; 
Cólicas; 
Depressão; 
Dispnéia e hipertermia. 
Disquesia; 
Tenesmo: 
Diarréia. 
Diagnóstico 
Geralmente ocorre pela observação, palpação do anel herniário e do conteúdo, 
sempre se levando em conta o histórico do animal e sinais clínicos. 
Deve se realizar ultrassom, ou raio x dependendo do caso, para identificar de 
forma melhor os órgãos acometidos. 
Tratamento 
Tem como objetivo fazer o retorno do conteúdo viável a localização natural, 
realizando a oclusão segura da hérnia, usando os tecidos do próprio paciente, 
ou tecidos externos (malha de polipropileno). 
Dependendo o tipo de hérnia, se utiliza de antibioticoterapia, além de facilitar o 
trânsito intestinal. 
Cirúrgico. 
Prognóstico 
O prognóstico é reservado, principalmente em casos de recidiva, e sempre deve-
se recomendar a castração do paciente e retirada da reprodução.

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