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Fisiologia Humana - Resumo FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

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Sistema Resp!atório Sistema Resp!atório 
O metabolismo aeróbio das células depende de um suprimento contínuo de oxigênio e de 
nutrientes do meio externo, associados à remoção do dióxido de carbono. 
A principal função do sistema respiratório é a homeostase, fornecendo oxigênio para 
o tecido e removendo o gás carbônico.
Além disso, o sistema respiratório realiza outras funções:
- regulação homeostática do pH do corpo;
- auxílio no equilíbrio térmico, já que o aumento da ventilação acarreta maior perda 
de calor e água;
- fonação;
- proteção contra patógenos e substâncias irritantes inalados (bactérias, partículas 
de sílica e asbestos, cigarro, poluição);
- produção e metabolização de substâncias vasoativas (ECA 1, bradicinina). 
A respiração externa pode ser subdividida 
em 4 processos integrados:
Troca I - ventilação: troca de ar entre pulmões 
e atmosfera.
Troca II - hematose: troca de O2 e de CO2 
entre os pulmões e o sangue.
Transporte: O2 e CO2 pelo sangue.
Troca III: gases entre o sangue e as células.
Via respiratória superior: boca, cavidade 
nasal, faringe e laringe.
- A laringe contém as pregas vocais 
Via respiratória inferior: traqueia, brônquios 
principais e suas ramificações, pulmões.
- É dividida em 3 zonas: zona condutora ou 
de transporte, zona de transição e 
zona respiratória.
- A área de secção transversal aumenta a cada divisão das vias aéreas ( v).
capítulo 17
Vias respiratórias
@paulapsantos1
-
F.
.
1- Zona condutora ou de transporte:
- Acondicionamento do ar: filtração, 
umidificação e ajuste de temperatura.
- Transporte do ar.
- Possui células caliciformes que 
secretam muco, associado à filtração - 
contém imunoglobulinas que combatem 
patógenos.
- Revestida por um epitélio ciliado 
banhado por uma solução salina.
- Na superfície do seu epitélio existem 
canais CFTR.
2- Zona de transição:
- Estende-se da 17a à 19a gerações de 
bronquíolos respiratórios.
3- Zona respiratória:
- Região da hematose.
produzida pelas células epiteliais quando o Cl�- é 
secretado para o lúmen por canais de ânions apicais 
que atraem Na�+ para o lúmen através da via 
paracelular. O movimento de soluto do LEC para o 
lúmen cria um gradiente osmótico, e, assim, a água 
segue os íons em direção à via aérea.
regulam o transporte de íons Cl- através das 
células
Fibrose cística: deficiência nos canais CFTR. No 
pulmão, esses canais bombeiam o Cl- da célula para o 
interstício, levando ao movimento da água por osmose 
explicado anteriormente. O indivíduo com FC fica com 
muco mais espesso na via aérea e suco pancreático 
mais espesso, o que prejudica a digestão e gera 
desnutrição (no pâncreas, o canal coloca cloreto no 
suco pancreático). A secreção inadequada de 
líquidos prejudica o transporte de líquido nas vias 
aéreas, tornando o indivíduo mais suscetível à 
infecções (paralisação do muco). Outra forma de 
diagnóstico é por meio do suor. Na glândula 
sudorípara há um ducto com CFTR, que retira cloreto 
do suor. O indivíduo com alteração genética 
apresenta um suor mais salgado, que tem mais 
cloreto.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?
v=6IbP1ASGv9w
https://www.youtube.com/watch?v=omkp2VJTE3c
alvéolos
@paulapsantos1
*
↳
↳
Alvéolos pulmonares 
Gradualmente, a cartilagem e o músculo liso 
das vias aéreas respiratórias começam a 
desaparecer, originando os alvéolos.
por isso, eles são extremamente eficientes nos 
processos de troca
- Os alvéolos possuem uma densa rede de 
capilares, o que favorece a troca rápida de 
gases entre essas estruturas.
- 95% da área superficial alveolar: 
pneumócitos do tipo I
células delgadas rápida difusão dos gases 
- 5%: pneumócitos do tipo II
células espessas produção de surfactante
 também ajudam a minimizar a quantidade de 
líquido presente nos alvéolos, transportando solutos e 
água para fora do espaço aéreo alveolar.
Papel do surfactante
O surfactante impede o 
colabamento do alvéolo, 
além de diminuir a 
resistência do pulmão ao 
estiramento.
- Substância anfipática: 
interage com a água do 
líquido alveolar e diminui 
a atração entre as suas
moléculas (o alvéolo colabaria devido à tensão 
superficial da água). 
Síndrome do desconforto respiratório: neonatos 
prematuros, apesar de terem os pulmões 
formados, ainda não produzem surfactante o 
suficiente (até a 34ª semana). Isso gera um
enorme esforço respiratório devido à ineficiência dos seus alvéolos.
Caixa torácica e pleuras
Os músculos primários envolvidos na respiração espontânea (repouso) são o 
diafragma, os intercostais externos e os escalenos. 
@paulapsantos1
-
↳
↳ →
*
↳ →
Emmet
-
- Os pulmões estão inseridos no saco pleural. 
- A superfície dos pulmões é coberta pela pleura visceral, e a porção pleural que 
reveste a cavidade torácica é chamada de pleura parietal. 
- As forças de coesão do líquido intrapleural promovem a adesão dos pulmões à caixa 
torácica. Quando a caixa torácica se movimenta durante a respiração, os pulmões 
movem-se junto.
- A pressão intrapleural possui valor subatmosférico, o que impede o colabamento 
pulmonar.
- O sistema linfático também contribui muito para esse processo, porque assim que o 
líquido pleural extravasa dos vasos, o sistema linfático recolhe esse excesso, 
renovando o líquido pleural o tempo todo. Se ocorre alguma obstrução, por exemplo, 
ele não recolhe o excesso de líquido e pode levar ao colabamento do pulmão também. 
Se a filtração aumenta muito, os vasos linfáticos são incapazes de remover todo o 
líquido, e o excesso acumula-se no espaço intersticial pulmonar, gerando edema 
pulmonar.
Pneumotórax: ocorre a partir de uma abertura entre a cavidade pleural e a 
atmosfera (a partir de uma facada, por exemplo). O ar que entra na cavidade 
pleural desfaz as interações do líquido que mantêm o pulmão aderido à caixa 
torácica. A parede torácica expande-se, ao passo que os pulmões elásticos colapsam 
para um estado não estirado.
atelectasia
@paulapsantos1
Inervação do sistema respiratório
- A inervação dos pulmões e das vias respiratórias é basicamente autônoma (simpático 
e parassimpático).
- O controle neural primário dos bronquíolos é feito por neurônios parassimpáticos que 
causam broncoconstrição, um reflexo que protege o trato respiratório inferior de 
irritantes inalados.
- Não existe inervação simpática 
significativa dos bronquíolos humanos. 
Contudo, o músculo liso dos bronquíolos 
é bem suprido com receptores B�2 que 
respondem à adrenalina. A estimulação 
dos receptores B�2 relaxa o músculo liso 
da via aérea, resultando em 
broncodilatação.
- Os músculos esqueléticos da parede 
torácica e do diafragma são inervados pelo sistema nervoso somático.
Mecânica respiratória
Inspiração: processo ativo no qual o volume torácico aumenta a partir da contração 
de certos músculos esqueléticos da caixa torácica. Ao final da inspiração, os impulsos 
dos neurônios motores somáticos para os músculos inspiratórios cessam, e eles 
relaxam.
Expiração: em repouso, é um processo passivo. A expiração ativa ocorre durante a 
exalação voluntária e quando a ventilação excede 30 a 40 ciclos ventilatórios por 
minuto (fisiológico: 12 a 18 ciclos por minuto), durante a prática de exercícios físicos, 
por exemplo. Usa-se os músculos intercostais internos e os músculos abdominais, os 
quais não são utilizados durante a inspiração.
- Esses 2 processos resultam na ventilação pulmonar.
Conceitos: eupneia, taquipneia, bradipneia, apneia, dispneia, hiperventilação, 
hipoventilação.
OBS.: taquipneia é diferente de hiperventilação. A hiperventilação é de acordo com 
o volume de ar respirado, já a taquipneia é em relação à quantidade de vezes, e não 
necessariamente gera hiperventilação.
Apneia obstrutiva do sono: AOS é definida como a obstrução total (apneia) ou parcial 
(hipopneia) recorrente da via aérea superior durante o sono. É muito comum em 
indivíduos obesos, pois eles têm a circunferência cervical aumentada, então a 
gordura pesa mais a faringe e dificulta a respiração.
- Sinais de alerta: ronco alto e frequente,que em geral perturba o companheiro ou 
companheira, e pausas respiratórias durante o sono.
@paulapsantos1
=
Volumes e capacidades pulmonares
O ar movido durante a respiração pode ser dividido em 4 
volumes pulmonares: (1) volume corrente, (2) volume de 
reserva inspiratório, (3) volume de reserva expiratório e 
(4) volume residual. 
- Volume corrente (VC): volume de ar que se move durante 
uma única inspiração ou expiração.
- Volume de reserva inspiratório (VRI): volume adicional inspirado, 
acima do volume corrente, quando o indivíduo força uma inspiração máxima.
- Volume de reserva expiratório (VRE): quantidade de ar expirado vigorosamente após 
o final de uma expiração espontânea.
- Volume residual (VR): volume de ar presente no sistema respiratório após a expiração 
máxima.
O somatório de 2 ou mais volumes pulmonares é chamado de capacidade.
- Capacidade inspiratória = VC + VRI
- Capacidade residual funcional = VRE + VR
- Capacidade vital = VC + VRI + VRE
- Capacidade pulmonar total = VC + VRI + VRE + VR
- O espirômetro é um instrumento 
que mede o volume de ar movido 
a cada respiração.
Asma: condição inflamatória, 
frequentemente associada a 
alergias, caracterizada por 
broncoconstrição e edema 
das vias aéreas. 
Fibrose: caracterizada pelo 
desenvolvimento de tecido fibroso 
cicatricial rígido que restringe a 
insuflação pulmonar. Os macrófagos
secretam fatores de crescimento que 
estimulam fibroblastos no tecido conectivo pulmonar a produzir colágeno inelástico. A 
fibrose pulmonar não pode ser revertida.
Teste da CVF: a pessoa que está sendo testada inspira o máximo de volume possível e, 
em seguida, expira tudo o mais rápido que puder. 
aumenta o volume residual devido ao aumento da 
resistência dos brônquios e bronquíolos
associado ao não colabamento
intersticial
@paulapsantos1
-
↳
→
Esse teste de capacidade vital forçada 
permite que o médico possa medir o quão 
rápido o ar deixa as vias aéreas no 
primeiro segundo da expiração, uma 
medida conhecida como VEF 1, ou volume 
expiratório forçado em 1 segundo. O VEF 1 
diminui em certas doenças pulmonares, 
como a asma, e também com a idade.
Com base nesse traçado é possível 
computar a capacidade vital forçada 
(CVF) e o volume expiratório forçado no 
primeiro segundo (VEF 1,0).
Gráficos
Os gráficos comparam pacientes normais, acometidos por doenças respiratórias 
obstrutivas e acometidos por doenças respiratórias restritivas.
Faz 3 vezes pra garantir que fez certo.
Cada 2 quadrados são 1 segundo 
Deve 
corresponder 
a 80% do 
volume total
Resistência 
nas vias 
aéreas
O brônquio não apresenta obstrução 
mas o alvéolo está restrito
@paulapsantos1
-
Ciclo respiratório @paulapsantos1-
- Tempo 0: na breve pausa entre as respirações, a pressão alveolar é igual à pressão 
atmosférica (0 mmHg no ponto A1). Quando as pressões são iguais, não há fluxo de ar.
- Tempo 0 a 2 segundos: inspiração: quando a inspiração inicia, os músculos 
inspiratórios contraem, e o volume torácico aumenta. Com o aumento do volume, a 
pressão alveolar diminui cerca de 1 mmHg abaixo da pressão atmosférica (�1 mmHg, 
ponto A2), e o ar flui para dentro dos alvéolos (ponto C1 a C2). A mudança do volume 
torácico ocorre mais rapidamente do que a velocidade do ar fluindo para dentro dos 
pulmões, e, assim, a pressão alveolar atinge o seu valor mais baixo no meio do proces- 
so de inspiração (ponto A2). 
- Como o ar continua a fluir para dentro dos alvéolos, a pressão aumenta até a caixa 
torácica parar de expandir-se, imediatamente antes do término da inspiração. O 
movimento do ar continua por mais uma fração de segundo, até que a pressão dentro 
dos pulmões se iguala à pressão atmosférica (ponto A3). Ao término da inspiração, o 
volume pulmonar está no seu valor máximo no ciclo respiratório (ponto C2), e a 
pressão alveolar é igual à pressão atmosférica. 
- Tempo 2 a 4 segundos: expiração: como os volumes pulmonares e torácicos diminuem 
durante a expiração, a pressão de ar nos pulmões aumenta, atingindo cerca de 1 
mmHg acima da pressão atmosférica (ponto A4). A pressão alveolar é agora maior do 
que a pressão atmosférica, de modo que o fluxo de ar se inverte, e o ar move-se para 
fora dos pulmões.
- Tempo 4 segundos: no final da expiração, o movimento de ar cessa quando a pressão 
alveolar novamente se iguala à pressão atmosférica (ponto A5). O volume pulmonar 
atinge o seu valor mínimo dentro do ciclo respiratório (ponto C3). Nesse ponto, o ciclo 
respiratório terminou e está pronto para ser iniciado novamente com a próxima 
respiração.
Complacência pulmonar
- Refere-se à habilidade do pulmão de se estirar (relaciona uma alteração do volume 
a uma alteração da pressão).
- Varia inversamente com o volume pulmonar.
- Na capacidade funcional residual (CFR), os pulmões são normalmente muito 
complacentes.
- Inverso: elastância, que é a capacidade de resistir à deformação mecânica.
Enfisema pulmonar: caracterizado pela perda de elastina, fibra elástica que ajuda os 
alvéolos a retraírem durante a expiração. A elastina é destruída pela elastase, uma 
enzima liberada pelos macrófagos alveolares, que apresenta aumento na sua 
atividade em fumantes, na tentativa de livrar os pulmões dos irritantes presentes no 
cigarro. As pessoas com enfisema possuem mais dificuldade de expirar do que de 
inspirar. Os seus alvéolos apresentam perda de retração elástica, o que faz a 
expiração – normalmente um processo passivo – necessitar de um esforço consciente.
@paulapsantos1
-
Relações regionais de ventilação e perfusão 
A mecânica da respiração varia conforme o posicionamento do 
paciente, de forma que existem posturas mais adequadas.
Motivos pelos quais é mais adequado direcionar a respiração 
para a base pulmonar: 
1- maior capacidade de expansão: a maior pressão do 
parênquima pulmonar na base em relação ao ápice 
comprime os seus alvéolos, de forma que eles tem muito 
mais possibilidade de expansão.
2- maior perfusão sanguínea: pela própria gravidade, 
o fluxo sanguíneo é muito maior na base. Além disso, 
os alvéolos do ápice já estão tão expandidos naturalmente, 
que eles comprimem os vasos sanguíneos ao seu redor, 
diminuindo a perfusão.
Reflexo da tosse
- Análogo ao reflexo do espirro, tem por objetivo limpar 
as vias respiratórias. 
- A tosse desloca uma massa de ar considerável.
- Impulsos neurais aferentes passam das vias respiratórias, principalmente pelo nervo 
vago, até o bulbo, onde uma sequência automática de eventos é desencadeada por 
circuitos neuronais locais.
1- Até 2,5 litros de ar são rapidamente inspirados.
2- A epiglote se fecha e as cordas vocais são fechadas com firmeza para aprisionar o 
ar no interior dos pulmões.
3- Os músculos abdominais se contraem com força, empurrando o diafragma, 
enquanto outros músculos expiratórios, tais como os intercostais internos, também 
se contraem com força. Consequentemente, a pressão nos pulmões aumenta 
rapidamente. 
4- As cordas vocais e a epiglote subitamente se abrem de forma ampla, e o ar sob 
alta pressão nos pulmões explode em direção ao exterior.
- O ar que se move rapidamente, carrega consigo, em geral, qualquer material 
estranho que esteja presente nos brônquios e na traqueia.
- Definição fisiológica: “um ato motor ventilatório trifásico caracterizado por um 
esforço inspiratório inicial (fase inspiratória) seguido de um esforço expiratório, 
inicialmente contra uma glote fechada (fase compressiva) e, então, pela abertura 
da glote e rápido fluxo expiratório (fase expulsiva)”.
@paulapsantos1=
capítulo 18
O oxigênio e o dióxido de carbono se movem entre o espaço aéreo alveolar e as células do corpo. O 
processo pode ser dividido em dois componentes: a troca de gases entre compartimentos, e o 
transporte de gases no sangue.
Difusão e solubilidade dos gases
- Uma vez que o ar atinge os alvéolos, os gases individuais, como 
oxigênio e o CO2, difundem-se do espaço alveolar para a 
corrente sanguínea.
- A difusão é influenciada por 3 fatores:
1. Área de superfície ()
2. Gradiente de concentração ( )
3. Espessura da membrana ( )
- Pressões parciais dos gases:
Ar alveolar: P O2 = 100 mmHg / P CO2 = 40 mmHg
Sangue arterial: P O2 = 100 mmHg / P CO2 = 40 mmHg
Sangue venoso: P O2 = 40 mmHg / P CO2 = 46 mmHg
- Força propulsora = diferença entre as pressões arterial e 
venosa.
a difusão é o movimento de uma molécula de uma região de 
maior concentração para uma de menor concentração 
entre alvéolos e capilares e entre capilares e células
@paulapsantos1
- -
:
tt
tt
- As mudanças patológicas que afetam a troca gasosa incluem (1) redução na área 
de superfície alveolar disponível para a troca gasosa, (2) aumento na espessura da 
membrana alveolar e (3) aumento na distância de difusão entre o espaço aéreo dos 
alvéolos e o sangue.
- Enfisema pulmonar: o efeito irritante de produtos químicos nos alvéolos ativa os 
macrófagos alveolares, os quais liberam elastase e outras enzimas proteolíticas. 
Essas enzimas destroem as fibras elásticas dos pulmões e induzem a apoptose das 
células, degradando as paredes dos alvéolos. O resultado é alta complacência/baixa 
retração elástica pulmonar com alvéolos maiores, menos alvéolos e menos área de 
superfície para as trocas gasosas.
- Fibrose: em doenças pulmonares fibróticas, o tecido cicatricial engrossa a parede 
alveolar.
- Edema pulmonar: o acúmulo de líquido intersticial aumenta a distância de difusão 
e retarda a troca gasosa, pois o excesso de líquido aumenta a distância de difusão 
entre o espaço de ar alveolar e o sangue.
- Asma: condição inflamatória que geralmente está associada à broncoconstrição e 
ao edema das vias aéreas.
Quando a pressão hidrostática capilar aumenta, mais líquido é filtrado para fora do capilar. Se a 
filtração aumenta muito, os vasos linfáticos são incapazes de remover todo o líquido, e o excesso 
acumula-se no espaço intersticial pulmonar, gerando edema pulmonar. 
Insuficiência ventricular esquerda e edema: quando o lado esquerdo do 
coração falha, o sangue começa a se acumular no átrio esquerdo. 
Consequentemente, a pressão do átrio esquerdo aumenta, o que 
prejudica a drenagem do sangue pelas veias pulmonares para essa 
câmara cardíaca (AE). Assim, esse sangue fica retido nos pulmões, 
aumentando a pressão no órgão. O aumento de pressão força o 
extravasamento de líquido intersticial, causando o edema. 
Quando a função ventricular direita permanece normal, essa condição se 
torna ainda mais grave, pois o sangue continua a ser bombeado para o 
pulmão, aumentando ainda mais o acúmulo, já que ele não está sendo 
drenado adequadamente.
@paulapsantos1
Por que a hemoglobina é um eficiente transportador 
de oxigênio? A resposta está na sua estrutura 
molecular. A hemoglobina (Hb) é um tetrâmero de 4 
cadeias proteicas globulares (globinas), cada uma 
centrada em torno de um grupamento heme contendo 
ferro. O átomo de ferro central de cada grupo heme 
pode ligar-se reversivelmente a uma molécula de 
oxigênio. A interação ferro-oxigênio é uma ligação 
fraca que pode ser facilmente rompida sem alterar a 
hemoglobina ou o oxigênio. Com 4 grupamentos heme 
por molécula de hemoglobina, uma molécula de 
hemoglobina tem o potencial de se ligar a 4 moléculas 
de oxigênio. A hemoglobina ligada ao oxigênio é 
conhecida como oxi-hemoglobina (HbO2).
- Mais de 98% do oxigênio no sangue está 
ligado à hemoglobina no eritrócito e menos de 
2% são dissolvidos no plasma.
- A ligação oxigênio-hemoglobina obedece à lei
de ação das massas: à medida que a concentração de O2 livre aumenta, mais 
oxigênio liga-se à hemoglobina, e, assim, a equação desloca-se para a direita, 
produzindo mais HbO2. 
- A hemoglobina age como uma esponja, captando o oxigênio do plasma até que a 
reação Hb + O2 HbO2 atinja o equilíbrio.
Transporte de gases no sangue
- Os gases que entram nos capilares primeiramente se dissolvem no plasma. Todavia, 
os gases dissolvidos representam apenas uma pequena parte do oxigênio que será 
fornecido às células. 
Transporte de O2:
- Os eritrócitos têm um papel fundamental em 
garantir que o transporte de gás entre o 
pulmão e as células seja suficiente para 
atender às necessidades celulares. 
Pressão sanguínea pulmonar
- A pressão arterial pulmonar sistólica é em média de 25 mmHg e a diastólica é de 8 
mmHg. A pressão arterial pulmonar média é de 15 mmHg.
Essa pressão mais baixa é importante para evitar o rompimento alveolar e a ocorrência de 
edemas. As paredes alveolares são relativamente finas, e o epitélio alveolar que recobre as 
superfícies alveolares é tão frágil que elas podem romper-se com facilidade. Além disso, a 
pressão arterial mais baixa nos pulmões evita o extravasamento de líquido intersticial, já que 
cria uma pressão hidrostática não tão forte.
@paulapsantos1
-
-
→
- A maior parte do ferro da dieta vem de carne vermelha, feijões, espinafre.
- A quantidade de oxigênio que se liga à hemoglobina depende de dois fatores: (1) a 
concentração de O2 no plasma que circunda os eritrócitos e (2) o número de locais 
disponíveis para a ligação à Hb.
- A forma da curva de saturação da HbO2 reflete as propriedades da hemoglobina e a 
sua afinidade pelo oxigênio. 
A diminuição do pH, o aumento da 
temperatura e o aumento da diminuem a 
afinidade da hemoglobina pelo oxigênio e 
deslocam a curva de saturação da oxi-
hemoglobina para a direita.
Quando a curva se desloca em qualquer 
direção, a mudança é muito mais brusca na 
parte íngreme da curva. Fisiologicamente, isso 
implica que a ligação de oxigênio nos pulmões 
(entre 90-100 mmHg de PO2) não é afetada de 
forma importante, porém o fornecimento de 
oxigênio aos tecidos (entre 20-40 mmHg de 
PO2) é significativamente alterado.
A concentração aumentada de 2,3-bifosfoglicerato diminui a afinidade da HbO2 e desloca a curva 
de saturação para a direita. Subir a uma grande altitude e anemia são duas situações que 
aumentam a produção de 2,3-BPG.
Transporte de CO2
- O CO2 é transportado de 3 maneiras: no plasma, nos eritrócitos na forma associada 
à hemoglobina e nos eritrócitos na forma do íon bicarbonato.
- O CO2 é mais solúvel nos fluidos corporais do que o oxigênio, porém as células 
produzem muito mais CO2 do que a capacidade de solubilização plasmática desse gás. 
Apenas cerca de 7% do CO2 está dissolvido no plasma do sangue venoso. O restante, 
aproximadamente 93%, difunde-se para os eritrócitos, sendo que 23% desse conteúdo 
se liga à hemoglobina (HbCO) e 70% são convertidos em bicarbonato (HCO3-).
A conversão de CO2 a HCO3- 
�serve a duas finalidades: (1) 
fornecer uma via adicional para o 
transporte de CO2 das células 
para os pulmões e (2) fazer o 
HCO3-� estar disponível para 
atuar como um tampão para os 
ácidos metabólicos, ajudando, a 
estabilizar o pH do corpo. A rápida 
produção de HCO3- depende da 
presença da anidrase carbônica 
(AC), uma enzima muito 
encontrada nos eritrócitos.
@paulapsantos1
↳
-
- 2 mecanismos diferentes atuam para remover o H+ livre e o HCO3- do plasma: uma 
proteína antiporte (mecanismo do desvio de cloreto) e a associação com a 
hemoglobina.
- No mecanismo antiporte ocorre a troca de HCO3-� por Cl-� nos eritrócitos. 
A troca de ânions mantém a neutralidade elétrica da célula. A transferência de 
HCO3-� para o plasma torna este tampão disponível para as reações de manutenção 
do pH, neutralizando os ácidos produzidos pelo metabolismo. O bicarbonato é o 
tampão extracelular mais importante no corpo.
- A associação à hemoglobina remove o hidrogênio do citoplasma dos 
eritrócitos. A hemoglobina dentro do eritrócito atua como um tampão e liga o íon 
hidrogênio conforme a reação: Hb + H+ HbH. Se a PCO2 arterial for elevada muito 
acima da normalidade, a hemoglobina não consegue neutralizar todos os íons H�+ 
produzidos a partir da reação do CO2 com a água. Nesses casos, o excesso de H�+ 
acumula-se no plasma, levando à acidose respiratória.
Regulação da ventilação
- A contração do diafragma e de outros músculos é iniciada por 
uma rede de neurôniosno tronco encefálico, que dispara 
potenciais de ação espontaneamente. Esses neurônios são 
influenciados continuamente por estímulos sensoriais, 
principalmente a partir de quimiorreceptores que 
detectam CO2, O2 e H .
centrais e perféricos
Os neurônios sensoriais na área quimiossensível são 
particularmente estimulados pelos íons hidrogênio. Contudo, 
o H+ não atravessa a barreira hematoencefálica com 
facilidade. Por essa razão, o estímulo acontece principalmente 
pelo CO2, que atravessa a barreira com muita facilidade. Após 
atravessar a barreira, o CO2 reage com a água e libera íons H+. 
Assim, a estimulação acontece pelo H+ de forma indireta. Os impulsos 
gerados pelos quimiorreceptores vão para o centro respiratório.
O centro respiratório é composto por 3 grupos de neurônios principais: 
grupo respiratório dorsal, grupo respiratório ventral e centro 
pneumotáxico.
- O grupo respiratório dorsal tem papel no controle respiratório e no 
controle inspiratório e se localiza no interior do núcleo do trato 
solitário. Esse núcleo se comunica com os nervos vago e 
glossofaríngeo, que transmitem sinais para o centro 
respiratório a partir de quimiorreceptores periféricos, 
barorreceptores e vários tipos de receptores nos pulmões. Além disso, 
enviam sinais para os nervos frênico (controle do diafragma) e 
intercostais (mm. intercostais internos).
@paulapsantos1
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- O GRP (grupo respiratório pontino) está associado ao controle voluntário da respiração. Entretanto, 
não é possível sobrepor o controle voluntário ao controle químico involuntário realizado pelos outros 
núcleos.
- O grupo respiratório ventral (GRV) do bulbo tem múltiplas regiões com diferentes funções. Uma 
área conhecida como complexo pré-Botzinger contém neurônios que disparam espontaneamente e 
que podem atuar como o marca-passo básico do ritmo respiratório. Outras áreas controlam 
músculos usados na expiração ativa ou na inspiração maior do que o normal, como a que ocorre 
durante o exercício vigoroso. Além disso, fibras nervosas originadas no GRV inervam músculos da 
laringe, da faringe e da língua para manter as vias aéreas superiores abertas durante a respiração.
- A respiração está intimamente associada à função cardiovascular. Os centros integradores para 
ambas as funções estão localizados no tronco encefálico, e interneurônios projetam-se entre as duas 
redes, permitindo a sinalização de um lado para o outro.
- O centro pneumotáxico, situado dorsalmente no núcleo parabraquial da parte superior da ponte, 
transmite sinais para a área inspiratória. O efeito primário desse centro é o de controlar o ponto de 
“desligamento” da rampa inspiratória, controlando assim a duração da fase de expansão do ciclo 
pulmonar.
- Existem, nos pulmões, receptores de estiramento, situados nas porções musculares das paredes dos 
brônquios e dos bronquíolos, em todo o parênquima pulmonar, responsáveis pela transmissão de 
sinais pelos nervos vagos para o grupo respiratório dorsal, quando os pulmões são excessivamente 
distendidos. Quando isso acontece, os receptores de estiramento ativam resposta de feedback 
apropriada que “desativa” a rampa inspiratória e, consequentemente, interrompe a inspiração.
Na respiração normal, o sinal nervoso exibe início débil com elevação constante, na 
forma de rampa, por cerca de 2 segundos. Então, o sinal apresenta interrupção 
abrupta durante aproximadamente os próximos 3 segundos. A vantagem da 
rampa está na indução de aumento constante do volume dos pulmões durante a 
inspiração, e não golfadas inspiratórias.
@paulapsantos1
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