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Embriogênese, Reconhecimento Materno e Placentação Biotecnologias e Obstetrícia Embriogênese, Reconhecimento Materno e Placentação. 5 Embriogênese · Fertilização Clivagem (11-20 h em mamíferos). · Clivagem: Processo mitótico de divisão do zigoto em vários blastômeros. · 1° Clivagem: Separa o zigoto em 2 blastômeros iguais. · Estágio de 8 células: Arranjo frouxo dos blastômeros com espaço entre eles. · Compactação: Mudança na arquitetura dos blastômeros durante a divisão mitótica, formando a mórula. Ocorre somente em mamíferos. · Mórula: Pequeno grupo de células (32-60 células) internas rodeadas por um maior número de células externas (sem cavidade). · Células Externas: Não produzem estruturas embrionárias, transformam-se em trofoblastos, originando o cório ou porção embrionária da placenta. Os trofoblastos são células especializadas, achatadas e com microvilosidades, formando a parede do blastocisto (Blástula) em contato com a zona pelúcida. · Células internas: Produzem o embrião durante o estagio de 32 células, suplementadas por uma célula ocasional originada do trofoblásto durante a transição para estádio de 64 células Originarão a Massa Celular Interna (MCI) (células esféricas, pequenas, dividem-se rapidamente e pouco especializadas que sintetizam diferentes proteínas neste estagio de desenvolvimento) Botão embrionário. · Cavitação: Células do trofoblásto secretam fluido para dentro da mórula, formando a blastocele (Cavidade). · A MCI posiciona-se de um lado do anel de células do trofoblastos e formam o Blastocisto. · Blastocisto: Fase em que ocorre a diferenciação do trofoblásto e do botão embrionário. · Tubas uterinas: Embrião se move em seu interior, formando a blastocele que se expande após a entrada do blastocisto no útero. · Trofoblásto: As membranas celulares possuem bombas de sódio que faze íons de sódio entrarem para a blastocele e, por osmose, a agua. · Zona Pelúcida: Deve evitar a adesão no oviducto. Se houver aderência haverá gestação ectópca (Fora do útero). · Útero: Blastocisto deve eclodir (sair da zona pelúcida – estripsina, proteases semelhante a tripsina presente na membrana dos trofoblastos, realizam a lise da matriz fibrilar da zona pelúcida, na qual o blastocisto se comprime e a abandona) para aderir ao útero. · Trofoblásto: Células secretam colagenase, estromalisina e um ativador de plasminogênio que hidrolisam as proteínas da matriz extracelular do tecido uterino, fixando o blastocisto a parede (Implantação). Curiosidades sobre Embriões da Espécie Equina · Fecundação ocorre na ampola do oviducto. · 1° Clivagem ocorre horas após a fecundação e a compactação ocorre no estagio de 8-16 células. · Retenção de óvulos: Ocorre em éguas, em que o ovulo pode ficar retido no oviducto por + de 7 meses e acabar se degenerando. Curiosidades sobre Embriões da Espécie Canina · Cadela: Na ovulação, o oócito é imaturo (ovócito primário), sendo maturado durante o percurso no oviducto (2-5 dias). · Fertilização: 4-5 dias após a onda de LH. · Entrada do blastocisto no útero: 10° dia da ovulação (junção útero-tubárica). · Migração embrionária: Após a entrada no útero, o embrião migra no corno ipsilateral à ovulação durante 3 dias e durante + 3 dias migra para o outro corno. · Implantação: Aproximadamente no 18° dia. Reconhecimento Materno-Fetal · Progesterona: Manutenção da gestação. · Corpo lúteo Gravídico: Corpo lúteo que se forma após a ovulação. · Fatores para que haja reconhecimento materno-fetal: Mucosa endometrial (manutenção do Corpo lúteo) e o embrião (sucesso na TE). · Período pré-implantação (Interações): Embrião no inicio de desenvolvimento sintetiza grande quantidade de substâncias. · Citocinas (interferon, interleucinas, fatores estimulantes de macrófagos, fator de necrose tumoral), enzimas (proteases), prostaglandinas e hormônios (Hormônio liberador de corticotrofinas, estrógeno). · Variações quanto às espécies: · Éguas: Reconhecimento precoce, na qual somente óvulos fertilizados e viáveis migram para o útero. Os embriões secretam PGE2, provocando o relaxamento da musculatura na junção ampola-istmo, os não viáveis são retidos na ampola do oviducto. · Ovelhas: 12-13° dia. · Vacas: 14-16° dia. · Porcas e Éguas: Produção de estrógenos que inibe a formação da PGF2α e sua direção de liberação. Imagem: Mecanismo de reconhecimento materno da gestação em suínos. Na porca, o fator produzido pelo concepto, que leva ao reconhecimento materno da gestação, parece ser o estrógeno. A presença de altas concentrações de estrógeno no lúmen uterino altera a maneira como as células endometriais secretam a PGF2a . Em animais não prenhes, a PGF2a é secretada pela superfície celular voltada para o miométrio, atingindo a circulação local e o corpo lúteo. Quando os conceptos estão presentes no útero, o estrógeno faz com que a PGF2a seja secretada na superfície celular voltada para o lúmen uterino, onde é sequestrada e destruída. · Porcas: Necessita de no mínimo 4 embriões produzindo estrógeno para que ocorra reconhecimento materno-fetal. · Éguas: Ocorre movimentação do embrião entre 13-16 dias. Luteotropinas produzidas por células trofoblásticas fetais induz os cálices endometriais a produzir ecG (35-150 dias) com função de FSH e LH para a formação de corpo lúteos acessórios, aumentando a produção de progesterona. Imagem: Migração do embrião equino no útero. A partir do momento em que atinge o útero até o 17 o dia de gestação, quando o concepto se fixa, o embrião equino se movimenta de um corno para o outro. Imagem: Envoltórios fetais no Equino Manutenção do Corpo Lúteo · Condições que podem resultar em: · Prevenção da produção de PGF2α. · Concepto altera a distribuição do PGF2α, de forma que não altere o corpo lúteo, mantendo-o. · Concepto secreta substancias que competem com os efeitos de PGF2α no corpo lúteo, tem efeito antiluteolítico. · Lise do corpo lúteo (Não muito elucidada). Imagem: Cadeia de reações que levam a formação da PGF2α no útero. Na ausência de gestação, o estrógeno liberado pelos folículos em crescimento estimula a síntese de receptores para ocitocina nas células do endométrio. A ocitocina liberada pela neuro-hipófise liga-se a estes receptores, ativando a fosfolipase C, que leva a um ↑ do Ca2+ intracelular, ativando a fosfolipase A, quebrando os Fosfolipídios de membrana e liberando ácido araquidônico, o qual sofre ação da enzima prostaglandina-endoperoxidase sintase 2, sendo convertido em PGF2α. IFN-ϯ em Ruminantes · Substância + envolvida na sinalização da gestação. · Proteína secretada pelo trofoblásto. · Identificada como tipo pouco usual de citocina. · Hormônio parácrino (transmissão de célula à célula). · Atua no endométrio. · Influencia na síntese de proteínas. · Inibe a produção de PGF2α. · Liberada em grandes quantidades pela célula do trofoectoderma. · No alongamento do blastocisto (12-13° dia na ovelha, 14-15° dia na vaca). · Pouco elucidado. · Acredita-se que o IFN-ϯ atue como antiluteolítico através da: · Estabilização ou regulação positiva dos receptores para progesterona no endométrio. · Inibição direta dos receptores endometriais de estrógeno e para ocitocina. · Iniciando mecanismos pós-receptor que previnem a liberação de prostaglandinas · Induzindo no endométrio , a síntese de um inibidor de enzimas necessárias para a síntese de PGF2α. Imagem: Mecanismo de reconhecimento materno da gestação em ruminantes. O trofoblasto em alongamento libera grandes quantidades de IFNτ. Aparentemente a presença de IFNτ atenua a produção de PGF2a por meio da regulação ou estabilização dos receptores para progesterona (RP) no endométrio e da inibição direta dos receptores para estrógeno (RE) e ocitocina (ROc). Dessa maneira, ocorre a inibição dos mecanismos pós-receptores que culminariam com a produção de PGF2a . Duração da Gestação · Intervalo do acasalamento fértil até o dia do parto. Animais Média (dias) Bovinos 278 Bubalinos 310 Ovinos 148 Caprinos 150 Suínos 114 Equinos 335 Implantação, Nidação ou Justaposição · Nidação ou/e Implantação: Ocorreem humanos, roedores e primatas, com maior envolvimento tecidual do útero. · Justaposição: Ocorre nos animais domésticos. De forma lenta e gradual, iniciando a placentação com pouco envolvimento tecidual do endométrio. Animais Média (dias) Bovinos 30-35 Ovinos e Caprinos 16-22 Cães 16-18 Gatos 14 Suínos 13-18 Equinos 37-60 Placentação · É a justaposição ou fusão de membranas Fetais com o endométrio que permite trocas fisiológicas entre a mãe e o feto · Funções: · Fixação do feto ao útero · Transporte de nutrientes · Proteção: substâncias tóxicas e microrganismos. · Respiração · Imunomodulação · Produção Hormonal · Curiosidades: A função hormonal da placenta é principalmente a produção de progesterona para manter a gestação. Em algumas espécies como a égua, por exemplo, a placenta substitui completamente o corpo lúteo no último terço da gestação, mas em outras espécies, tais como vacas, porca, cabra, cadelas e gatas, ainda que haja a produção de progesterona pela placenta, elas são dependentes de um corpo lúteo funcional até o final da gestação. Saco Vitelínico · Bolsa constituída de vitelo (nutriente). Ligada ao intestino embrionário e ao embrião por meio de ductos, este auxilia nos processos relativos à alimentação do indivíduo em formação. Constituintes da Placenta Membrana Amniótica · + interna, revestindo o feto e parte do cordão umbilical. · Apresenta-se como folheto duplo e forma uma bolsa repleta de líquido amniótico (viscoso e claro, proveniente da transudação da superfície cutânea do feto e do cordão umbilical, da secreção do folheto interno da membrana e das cavidades nasais e orais dos fetos, além da urina fetal por via vaginal e prepucial de acordo com o sexo do feto). · Funções: Hidratar o feto, protegê-lo dos choques mecânicos, nutrição e lubrificação do canal do parto. Membrana Alantóide · Membrana intermediária entre córion e o âmnion, de coloração amarela e com um volume variável: · Vaca: 4-12 Litros. · Égua: 7-15 litros. · Apresenta membrana dupla: alantocórion (aderida ao córion) e alantoâmnion (aderida ao âmnion). · Funções: Proteção mecânica contra traumas, ação bactericida, aumenta a lubrificação. Membrana Coriônica · Membrana + externa, formando um saco completamente fechado e sem líquido. · Constituído por 2 folhetos: · Externo: sofre modificações e dá origem a placenta fetal. · Interno: Intimamente relacionado a alantoide (alantocórion). Neste ponto existem numerosos pequenos vasos sanguíneos que garantem a nutrição fetal. Tipos de Placenta · Classificadas em 3 formas: 1° Quanto a perda de tecido no parto: · Decídua ou placentas Verdadeiras: União materno-fetal é intima com o endométrio, na ocasião do parto ocorre perda de tecidos uterinos/endometriais. Ocorre nos carnívoros, primatas, roedores e no homem. · Adecídua ou Semiplacenta: União entre a mãe e o feto é frouxa e ampla, não havendo o desprendimento de tecidos endometriais na ocasião do parto. Ocorre em suínos, equinos, bovinos e pq. Ruminantes. 2° Distribuição de vilosidades coriônicas: · Placenta difusa completa: Verificada no equino, todo córion é provido de vilosidades; · Placenta difusa incompleta: Verificada em suínos quase todo córion é provido de vilosidades. · Placenta cotiledonária: encontrada nos ruminantes, as vilosidades se agrupam em pequenas regiões do córion (cotilédones) · Placenta zonária: Encontrada nos carnívoros, as vilosidades coriônicas se distribuem na forma de um cinturão. · Placenta discoidal: Encontrada nos primatas, homens e roedores, as vilosidades coriônicas se reúnem em uma área circular ou ovalada. 3° Estrutura Histológica: Epitéliocorial, sindesmocorial, endotéliocorial e hemocorial. Imagem: Número de camadas que separa o sangue materno do fetal. Seis camadas celulares funcionam como barreiras potenciais para o transporte de nutrientes e gases entre a mãe e o feto. 1. Epiteliocorial (6 camadas, ocorrendo em equinos, suínos e ruminantes). 2. Endoteliocorial (4 camadas, ocorrendo em carnívoros). 3. Hemocorial (3 camadas, ocorrendo em primatas e roedores). Placenta Epiteliocorial · Varias camadas separam a circulação fetal da materna. · Impermeável à passagem de anticorpos. · Espécies: Jumenta, égua e Porca. Placenta Sinepiteliocorial / Sindesmocorial · Após a ligação do embrião ao tecido uterino, desenvolve-se um sincício formado no lado materno do placentoma pela fusão de células binucleadas derivadas da trofoectoderme e do endométrio. Na vaca, diferente do que acontece na ovelha e na cabra, o sincício é somente temporário e as placas de sincício são rapidamente substituídas pelo epitélio materno circundante. · Espécie: Ruminantes. Placenta Endoteliocorial · O epitélio uterino e o tecido conjuntivo estão ausentes e apenas o endotélio separa o sangue materno do tecido fetal · Espécies: Gata e Cadela. Placenta Hemocorial · Todas as três camadas estão ausentes, deixando o trofoblasto livremente exposto ao sangue materno. · Espécies: Primatas, homem e roedores. Espécie Blastocisto (dias) Entrada no útero (dias) Implantação (dias) Tipo de Placenta (anatômico) Tipo de Placenta (histológico) Perda de Tecido no parto Bovina 8 a 9 3-4 17-20 Cotiledonária Sindesmocorial Adecídua Ovina 6 a 7 2-4 15-16 Cotiledonária Sindesmocorial Adecídua Caprina 6 a7 2-4 15-16 Cotiledonária Sindesmocorial Adecídua Equina 8 a 9 4-10 28-40 Difusa Epiteliocorial Adecídua Suína 5 a 6 2-2,5 11-14 Difusa Epiteliocorial Adecídua Canina 5 a 6 8-15 17/18-21 Zonária Endoteliocorial Decídua Felina 5 a 6 4-8 13-14 Zonária Endoteliocorial Decídua Humana 4 a 5 4-5 6,5-20/26 Discoidal Hemocorial Decídua Os tipos de placenta estão classificados para cada espécie, de acordo com a distribuição das vilosidades coriônicas e número de camadas materno fetais. Padrão de desenvolvimento das membranas fetais nos mamíferos A. A ectoderme, originária do trofoblasto, se funde com a mesoderme para formar o cório. A cavidade blastocélica, agora envolta pela endoderme origina o saco vitelínico, que regride gradativamente. O âmnio se desenvolve a partir do celoma extraembrionário e envolve o embrião em crescimento. B. O alantoide se desenvolve a partir do intestino primitivo e em continuidade com a bexiga urinária. Conforme a gestação avança, o saco vitelínico se torna vestigial e o alantoide ocupa a maior parte da cavidade uterina, fazendo contato com o cório (alantocório) e com o âmnio (alantoâmnio). Imagem: Circulação Fetal Anotações Aula 1 · Grande Porte: Produção Aptidão da fêmea de ciclar e habilidade materna. · Mamíferos oligolécitos: Mãe nutre a cria com a placenta · Gestação dos animais Domésticos: 1 dia a menos faz diferença. · Cadela: 62 dias. · Bovinos: 9 meses. · Cordeiros: 5 meses (7 dias de antecipação aumenta a % da mortalidade, quando não há suporte). · Cesárias em animais. Muito Cuidado! · Distorcia: Parto dificultoso. · Gestação Ectópica: Ocorre principalmente em pequenos animais. Desenvolvimento do embrião fora do útero. Geralmente ocorre por atropelamento. · Quiescência: Estática no oviducto. Reconhecimento das fases do Parto Eutócico · Eutócico: Parto normal. · Perinatologia: Estudo que engloba o período gestacional até as 24 horas pós parto. · 90% nascem de apresentação anterior (membros anteriores e cabeça, principalmente em grandes animais). · 40% em pequenos animais nascem de apresentação posterior. · Conclusão de todas as fases do parto: · (1ª Fase) Prodrômica ou de Preparação: Fêmeas se preparam para o parto. Abertura de pelve. Vulva avermelhada. · (2ª Fase) Dilatação da via Fetal: Dilatação via fetal mole (Vagina, cervix) e óssea (sínfise púbica se relaxa e dilata). · (3ª Fase) Expulsão fetal: Contrações uterinas e abdominais. Quando o feto esta no canal de parto estimula a ocitocina (contração). · (4ª Fase) Expulsão placentária: Momento certo (cada espécie). Conhecer e Diagnosticar Parto Patológico ou Distócico · Distorcia Fetal: Posição anormal, Estática Fetal. · Origem Materna: Atonia uterina, cansaço.· Ocitocina: Contrações uterinas intensas. Em casos de estática fetal pode romper o útero. Conhecimento em diagnosticar patologias puerperais. Técnicas de intervenção no parto distócico. · Fetotomo · Fetotomia: Afirmação que o feto esta morto. · Cesáriana: Custo alto. · Embrioblasto: celulas pluripotentes (tronco) · Trofoblasto é dividido em: · Sinciciotrofoblasto: Hidrolisa a parede uterina, criando pequenas hemorragias. Perde as divisórias de membranas entre células vizinhas, formando uma única massa plurinuclear. Formarão a placenta fetal e produzirá os hormônios (gonadotrofinas coriônicas). · Citotrofoblasto. · Disco Bilaminar: Formando epiblasto e hipoblasto. · Cria-se a cavidade amniótica com amnio. · Células infiltrativas Linha primitiva e nó primitivo (gastrulação) Formando o disco trilaminar (Ectoderme, Mesoderme e Endoderme).
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