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Rebeka Freitas - Atopia: tendência genética para o desenvolvimento de doenças alérgicas; é um contexto, e não uma queixa. - Hipersensibilidade do tipo I (IgE) e IV (celular): resposta imune a alérgenos comuns, como alérgenos respiratórios e alimentares. - Dermatite atópica, alergia alimentar, asma e rinite alérgica ⇾ principais alergias, que compartilham de uma base genética similar. - Genética + fatores ambientais ⇾ doenças alérgicas. - Epigenética: expressão de alguns genes e de outros não; mudanças no funcionamento de um gene que não são causadas por alterações na sequência de DNA e que se perpetuam nas divisões celulares; alterações moleculares no DNA em si ou nas proteínas às quais o DNA está estreitamente ligado, que podem ser induzidas por eventos ambientais. -A prevalência das alergias varia com a idade: - Existe, muitas vezes, uma coexistência de diferentes patológicas alérgicas ⇾ metade dos pacientes tem mais de uma alergia. - As doenças atópicas precisam em geral de várias mutações que confluam entre si heranças ⇾ poligênicas. - A mulher gestante é imunossupressa, pois ela precisa não reagir contra o feto ⇾ supressão do Th1 e um pouco de aumento de Th2. - Quando o bebê nasce, apresenta um perfil Th2 inicial; ele deveria também induzir resposta Th1 (pela presença de bactérias benignas). - Em indivíduos não atópicos, as infecções induzem respostas Th1; em indivíduos atópicos, há variações funcionais em receptores TLR, que se tornam incapazes de responder às endotoxinas. - A dieta materna deve ser sem restrição (ao contrário do que se imaginava) e o mais variada possível. - Parto, amamentação ⇾ não há algo concreto que afirme que, por exemplo, o parto normal vai trazer mais proteção contra alergias, assim como a amamentação exclusiva. -A partir da introdução alimentar aos 6 meses, deve ser oferecida a maior quantidade e variedade possível de alimento ao bebê ⇾ parece que até os 9 meses o bebê tem uma janela imunológica para tolerância (fator de proteção: evidência científica). Atopia Rebeka Freitas - A vida urbana carrega com si um fator pró-alergia. - Obesidade é um fator que influencia na atopia porque um indivíduo obeso é por si só inflamado. - Dieta moderna, rica em ultraprocessados, também são associados a piora da atopia. - Principais críticas acerca da teoria da higiene: - Cerca da metade das pessoas alérgicas tem outra alergia associada; a maioria deles segue um caminho de marcha atópica. - 10 a 50% dos indivíduos predispostos tem as doenças alérgicas acontecendo de maneira sequencial; alguns sintomas tornam-se mais proeminentes enquanto outros diminuem. - A primeira doença que costuma aparecer é a dermatite atópica: pico de início e diagnóstico por volta dos 6 meses, até os 2 anos de vida (depois a incidência diminui). - Em seguida, tem-se a alergia alimentar: pico de diagnóstico entre 6 meses e 1 ano; a partir dos 2 anos, a incidência é menor, mas existe. - Já as alergias respiratórias são mais tardias; não é feito diagnóstico de asma em um bebê entre 6 meses e 2 anos; à rigor, apenas se chama de asma a partir de 5 anos. - Asma e rinite: começam depois dos 2 anos, principalmente depois de 4 anos. - Dermatite atópica: mutação no gene da seramida ⇾ a camada externa à epiderme, composta de lipídeos, não é produzida; mutação da filagrina ⇾ o epitélio é aberto e favorece a entrada de antígenos (perda de barreira) ⇾ muitas CD para apresentar os antígenos às células Th2 ⇾ ativação do perfil Th2 ⇾ inflamação da pele; uma população de células ativam o linfócito B a produzir IgE; inflamação mista (hipersensibilidade do tipo I e IV). - Após sensibilizados, os linfócitos Th2 e IgEs podem migrar para diferentes tecidos. - Cada alérgeno, além de induzir sensibilização, serve como adjunto para sensibilizar outros alérgenos. - Rinite alérgica: ácaro entra no epitélio de mucosa nasal e sensibiliza o mastócito, que fica preparado para uma próxima exposição. - Asma: o antígeno entra no epitélio e ativa a liberação de histamina por um mastócito que já estava sensibilizado; há em seguida produção de leucotrienos (forte mediador de broncoespasmo); produção interleucinas (exemplo: IL13 ⇾ produção de muco), que chamam os eosinófilos Rebeka Freitas - Histamina, leucotrienos⇾ fase imediata; eosinófilos ⇾ resposta tardia. - Sensibilização para alérgenos alimentares é mais precoce e aumenta o risco para alergias respiratórias posteriores. - Coexistência de diferentes patologias atópicas: DIAGNÓSTICO DAS ATOPIAS - É importante saber a história da doença, a história pessoal, a história familiar; o exame físico é também uma peça muito importante, assim como os exames complementares. - A rinite, asma, dermatite atópica, costumam ser mreações mistas (hipersensibilidade tio I e tipo IV) - Diagnóstico para alergias: hemograma, IgE total, IgE específica, Prick test, intradérmico, Patch tesst, exames radiológicos, exames citopatológicos, endoscópico, porva de função pulmonar e teste de provocação. - Hemograma ⇾ leucograma. - IgE: método sanduíche apóes lavagem, aferir quantidade de IgE fixada: radioatividade, fotometria, fluorometria (FEIA), quimioluminescência (DELFIA), reação por enzimas (EAST). - Os dois “pães” são artifícios do método sanduíche. - A grande maioria da população alérgica tem um IgE maior que 100; porém, o IgE é um marcador inespecífico. - IgE específica: escolhe-se uma IgE específica, por exemplo, a relacionada à alergia do leite. - IgE específica ⇾ avaliação in vitro específica para: alérgenos respiratórios, alérgenos alimentares, veneno de insetos, medicamentos. - RAST e IMMUNOCAP ⇾ técnicas de IgE específica. - Prick test: teste de puntura ⇾ avalia apenas reação tipo I; é uma avaliação IgE específica in vivo para alérgenos respiratórios, alimentares e insetos. - Leitura imediata: avaliação após 15min; resultado positivo ⇾ maior ou igual a 3 mm. - O Prick teste avalia a sensibilidade do paciente à determinado alérgeno; para o paciente ser considerado alérgico, além da Rebeka Freitas informação de sensibilização pelo teste, é necessária a presença de sintomas. - Intradérmico: injeção intradérmica; avalia medicamentos, imunidade; leitura imediata e leitura tardia. - Teste de provocação: padrão ouro para se ter certeza; feito quando há dúvida do diagnóstico; avlia-se a tolerância; Ige mediada e IgE não mediada; utilizada para alimentos e medicamentos. - Teste de contato (Patch test): indicado para avaliar alérgenos de contato cutâneo suespeitos de quadro de hipersensibilidade do tipo IV; leitura tardia. - No teste de contato, faz-se uma primeira avaliação após 24h, e uma segunda avaliação após 72h. - Recomendações para leitura dos patch testes: - Exames radiológicos: importantes para descartar diagnósticos diferenciais da asma. - Endoscópiico: nasofibroscopia; broncoscopia; EDA/colonoscopia. - Exames cito patológicos: biópisia, citologia nasal, lavado broncoalveolar.
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