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T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 1 processo civil ação conceito o direito de ação, é o próprio direito de pedir a tutela jurisdicional, de solicitar ao Estado-Juiz o exercício do poder jurisdicional. condições da ação 1. legitimidade ad causam ☁ qualidade para estar em juízo ( demandante/demandado) ☁ autor deve ter uma relação com a pretensão proposta em juízo ☁ partes devem ser legítimas → ativa: autor (titular da pretensão) → passiva: réu 2. interesse de agir ☁ efetiva-se quando o provimento jurisdicional do Estado-juiz proporcionar alguma vantagem ao autor a) utilidade: proveito ao demandante b) necessidade: o processo é o meio hábil à obtenção do bem da vida que o autor pede c) adequação: parte escolhe a via processual adequada aos fins que almeja elementos da ação individualização de cada ação partes: necessário pedir a tutela; autor e réu; participantes em uma relação jurídica processual. + 1 parte – litisconsórcio i. ingresso na demanda (autor/réu) ii. citação iii. maneira voluntária iv. sucessão processual causa de pedir: fatos e fundamentos jurídicos I. fatos: são ações que geraram consequências II. fundamentos: indicação do artigo e lei correspondentes – não vinculam o juiz pedido: objeto da ação; pretensão do autor, levada ao Estado-Juiz; pedido imediato: desejo do autor de ter uma tutela jurisdicional, pretensão dirigida para o próprio Estado-Juiz retirando-o da inércia. pedido mediato: objeto da ação propriamente dito. teoria da substanciação causa de pedir remota ou fática será a descrição do fato que deu origem a lide causa de pedir próxima ou jurídica próprio direito: após a descrição fática e feita aplicação do direito a retirada da normal ao abstrato para concreto substanciando o pedido do autor. caso falte alguma condição de ação = carência de ação. ! possibilidade de pedido – deve ser legal. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 2 processo civil pressupostos processuais requisitos que um processo precisa atender para ser considerado válido. pressupostos de existência - SUBJETIVO - OBJETIVO pressupostos de validade - SUBJETIVOS - OBJETIVOS - ANOTAÇÕES CADERNO - capacidade postulatória: aos advogados - capacidade processual: estar em juízo; aptidão para praticar atos processuais independentemente de assistência ou representação - validade intrínsecos: petição inicial; citação valida – relação jurídica existe a partir da propositura da demanda - validade extrínsecos: coisa julgada material; imutável a questão; litispendência, em que não há coisa julgada material, mas há 1 demanda em andamento com as mesmas partes, o mesmo pedido e a mesma causa de pedir. conceitos preclusão: perda da possibilidade da parte realizar determinado ato dentro do processo • preclusão temporal: ocorre quando a parte perde a possibilidade de atuar no processo devido ao não cumprimento do prazo. • preclusão lógica: quando a parte tendo optado por um caminho processual abre mão de outros caminhos. • preclusão consumativa: quando a parte tendo feito determinado ato processual não poderá fazê-lo novamente, ainda que, reste prazo para tanto. subjetivo juiz: investidura parte: capacidade de ser parte autor: inicia a relação réu: possibilidade de part. do processo objetivo: existencia de demanda (ato de pedir) apresentar a demanada subjetivo: juiz: competencia e imparcialidade parte: capacidade postulatoria; processual e legitimidade ad causam objetivos intrinsecos formalismo processual positivos: interesse de agir extrinsecos negativos: existencia de perempção; litispendencia; coisa julgada ou convenção de arbitragem T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 3 processo civil competência conceito atribuição de cada órgão jurisdicional, definindo o âmbito de exercício jurisdicional. competência absoluta aquela que não pode ser modificada, nem mesmo com anuência das partes: 1. competência em razão da matéria ocorre quando a competência é delimitada em razão do objeto da demanda, ou seja, sobre o qual a ação está sendo discutida 2. competência em razão da função determina qual órgão jurisdicional o processo deve ser submetido, observando sempre as competências originárias e recursais 3. competência em razão da pessoa definida pelo art. 109, I, e reiterada pelo art. 45. Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho. § 1º Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação. § 2º Na hipótese do § 1º, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas. § 3º O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo. - é a chamada competência em razão da prerrogativa da função-foro privilegiado; a infração a qualquer competência absoluta pode ser alegada em qualquer momento do processo, pois não fica acobertada pela preclusão. competência relativa aquela que desde que tenha a concordância entre as partes pode ser modificada 1) competência relativa em razão do lugar prevista nos art. 46 e seguintes; pode ser alterado pelas partes sem prejuízo da validade processual. 2) competência relativa em razão do valor é relevante na fixação da competência dos juizados especiais, estaduais e federais, em que fixam valores de ações até o teto máximo, e as partes podem ou não optar por estes juizados. modificação de competência conexão: art. 55 cpc – não se fala em identidade de partes. ocorre quando duas ou + ações puderem ser reunidos por terem em comum causa de pedir ou pedidos. o julgador deve questionar também a suficiência de razões ou motivos para efetivar a reunião. 1) evitar decisões conflitantes 2) favorecer a economia processual continência Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. duas ações iguais entre as partes e causa de pedir, ampliação do pedido ( NÃO FORMA LITISCONSORCIO) - evitar decisões conflitantes – art. 57. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 4 processo civil atos processuais conceito ✓ criar, modificar, desenvolver e/ou extinguir o processo ✓ principio da instrumentalidade das formas – atingir o objetivo do processo ✓ formalismo processual gera estabilidade/segurança ✓ são realizações de procedimento praticados no andamento do processo; existe uma forma para cada procedimento praticado no processo; podem ser praticados pelos diversos sujeitos do processo sempre observando o devido procedimento a ser aplicado para o bom desenvolvimento doas atos, tornando assim a relação processual mais eficaz. atos processuais eletrônicos cadastro no poder judiciário lei 11.419/06 meio eletrônico para protocolos diárioda justiça eletrônico negócio jurídico processual art. 190 e 191 - convenção entre as partes sobre o processo, direitos disponiveis (autocomposição, dto de herança etc); pessoas capazes, juiz controla a validade do acordo; calendário – vincula as partes. sujeitos do processo capacidade de ser parte: todas as pessoas; pessoas naturais e físicas; juridicas de direito público ou privado capacidade processual: dentre pessoas físicas, nem todas terão capacidade processual, a aptidão para estar em juízo pessoalmente. INCAPAZ SERÁ ASSISTIDOS POR SEUS PAIS; TUTOR/CURADOR – REPRESENTADO juiz e partes na relação processual caráter tríplice da relação jurídica processual; não pode existir um processo sem juiz ; sem demandante ou demandado conceito parte e terceiro parte: sujeitos do contraditório instituído perante o juiz; aqueles que, tendo proposto uma demanda em juízo, tendo citados, sucedendo à parte primitiva ou ingressando em auxilio da parte, figuram como titulares das diversas situações jurídicas ativas ou passivas inseridos na dinâmica da relação jurídica processual terceiro: à pessoa não realiza atos no processo e não é titular dos poderes, ônus e faculdades.. REPRESENTANTE NÃO É PARTE: não atua no processo em nome próprio; os resultados dos processos não atingirão o representante, mas somente o representado. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 5 processo civil classificação dos atos processuais atos das partes a) atos de obtenção: visa obter satisfação de um pedido 1. atos postulatórios (pedir): as partes apresentam algum pedido ao juiz, formulando suas teses de ataque ou defesa. ex: petição inicial; contestação; réplica; recurso 2. atos de evento físico: a parte tem que fazer ex: pagamento de custas 3. atos probatórios/instrutórios: instrução do processo. ex: juntada de documentos, depoimento pessoal etc b) atos dispositivos: as partes podem dispor (abrir mão). manifestação da vontade das partes dispondo de um direito que posteriormente passarão por uma homologação judicial. i) negócio jurídico processual: convenção entre as partes com manifestação bilateral ii) atos de desistência: é o ato do autor da ação, de caráter tipicamente processual que não tem mais interesse no prosseguimento da ação – extinção do processo sem resolução de mérito iii) atos de submissão: submissão de uma parte à aquilo que o outro postula. c) atos de cumprimento de dever: litigar de boa fé, cooperação processual – não utilizar provas ilícitas. 4. atos do escrivão ou chefe da secretária a) atos materiais atos de documentação atos de comunicação ( citação/intimação) atos de logística 5. atos ordinatórios: cumprimento de ordem judicial de atos administrativos ou de mero expediente, sem caráter decisório. atos dos juizes o atos decisórios I. decisões interlocutórias: ato que sem dar fim ao processo, decide uma questão incidente – indeferimento de um requerimento. o sentença – decisão ou ato do juiz que encerra a fase cognitiva do processo e que tem por conteúdo resolver ou não o mérito. II. terminativa: não resolve mérito III. definitiva: é analisado e julgado o pedido o atos de movimentação/impulso a) despacho ordinatório ou de mero expediente – andamento normal do processo, ou seja, todos os pronunciamentos que não tenham conteúdo decisório, viabiliza a marcha formal do procedimento – ex: marcação de nova data de audiência a pedido da parte ou de ofício. b) atos instrutórios. determinação de oficio do juiz para a produção de prova T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 6 processo civil comunicação dos atos processuais citação ✓ precisa ser válida – sem ela não se completa a relação processual ✓ ato pelo qual se convoca a juízo o réu, o executado ou o interessado, para integrar a relação processual podem ser: a) reais quando o réu toma, de fato, ciência da ação pelo correio – art. 247, condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso – será válida a entrega da carta-citação a funcionário da portaria responsável pelo recebimento por mandado – art. 249/250 oficial de justiça – entes públicos b) fictas hora certa – duas vezes sem encontrar; intima alguém da família/vizinhança, determina o horário – caso 4x – citação recai sobre qualquer pessoa edital meio eletrônico citação por carta precatória – outra comarca carta rogatória – outro país obs: comparecimento do réu – CAUSA CITAÇÃO VÁLIDA. intimação todos os outros atos de comunicação processual que não constitui a citação inicial por correio via eletrônica hora certa edital pub. diário oficial intimação pessoal prazos legais –estabelecidos por lei determinação judicial – ordem do juiz convencionais – estabelecidos nos negócios jurídicos processuais dilatórios – podem ser estendidos de acordo com as conveniências das partes ou a aceitação do juiz peremptórios – não podem ser alterados por conveniência das partes ou decisão do juiz intimação para dar continuidade no processo ex: prazos em dias úteis LINS – LUGAR INCERTO E NÃO SABIDO T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 7 processo civil sucessão, representação, assistência e substituição conceito – sucessão ocorre quando no curso do processo houver a sucessão do autor/réu A sucessão processual é a substituição da parte, em razão da modificação da titularidade do direito material afirmado em juízo. É a troca da parte. Uma outra pessoa assume o lugar do litigante originário, fazendo-se parte na relação processual. Ex: morte de uma das partes. para ocorrer por escolha das partes somente quando a lei permitir quando ocorrer a alienação da coisa ou direito litigioso permanece as partes originais. HAVER TROCA DA PARTE ALIENANTE – somente com a permissão da parte contrária o adquirente do bem litigioso poderá participar do processo como 3º interveniente a sucessão por morte ocorrerá pelo espólio do “de cujos” – art. 313 §1º e §2º Art. 313. Suspende-se o processo: I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador; capacidade processual – representação 1. representação a) de pessoa física - meio pelo qual se dá a capacidade processual para agir ou estar em juízo de quem não a tem menor impúbere autor de uma ação art. 3 cc integração da capacidade art 71, cpc Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. b) de pessoa jurídica - circunstancia de representação como órgão - sócios, gerentes ou preposto da pessoa jurídica assistência – representação quando há necessidade de complementação da capacidade por estar diante de um relativamente incapaz a) curatela: encargo atribuído por juiz para que uma pessoa zele, cuide e gerencie o patrimônio de outra que tem +18 anos e é judicialmente declarada incapaz ex: deficiente – não interessa se é de nascença ou não b) tutela: encargo atribuído por um juiz para que 1 adulto capaz possa proteger, zelar e administrar o patrimônio de menores de 18 anos. substituição consiste na legitimação de um sujeito para agir em nome próprio, mas no interesse alheio - parte no processo será ele, mas os interesses que defende não são seus, senão do ente público alegadamente prejudicado ex: MP ao defender deficientes físicos T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 8 processo civil litisconsórcio o que é? presença de duasou mais pessoas na posição de demandantes ou demandados Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. classificações a. quanto aos sujeitos autores réus nos dois polos da relação processual b. quanto ao momento formado logo ao inicio do processo, havendo petição inicial, indicado dois ou mais autores ou dois ou mais réus resultante do ingresso de um outro sujeito na relação processual c. quanto a forma quando for indispensável a presença de duas ou mais pessoa no polo ativo ou no passivo da relação processual ✓ imposição legal determinando a formação do litisconsórcio ✓ para que a sentença produza efeitos será necessário que todos os litisconsortes tenham sido devidamente citados Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. sua formação não seja obrigatória e decorrer da opção do autor pela instauração do processo litisconsorcial em vez de propor demandas isoladas d. quanto ao resultado julgamento da causa puder, em tese, ser heterogêneo para os litisconsortes sendo na pratica exequíveis eventuais julgamentos logicamente contraditórios - tratados como partes distintas quando todos os litisconsortes estiverem em defesa de uma só relação jurídica incindível, não sendo praticamente possíveis endereçar a cada um deles um julgamento de mérito diferentes - o processo os litisconsortes unitários são tratados de modo homogêneo Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será: I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo; II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo. Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 9 processo civil intervenção de terceiros: assistência definição todo aquele que não é originalmente parte no processo, porém intervém em processo alheio - ingresso de um sujeito em processo pendente entre outros, como parte - oportunidade legalmente concedida à aqueles que não participam da relação jurídica processual, adentrar ao processo ou ser convocado, na defesa de interesses jurídicos próprios classificações • assistência • denunciação da lide • chamamento ao processo • incidente de desconsideração da personalidade jurídica • amicus curiae 1. modo espontânea: o 3º é que requer seu ingresso no processo, ex: assistência simples ou litisconsorcial provocada: o 3º ingresso no processo por determinação do juiz de ofício ou por pedido de uma das partes 2. posição do 3º interveniente b. parte quando assume o polo ativo/passivo da relação processual c. o 3º não assume posição de parte, tornando-se somente sujeito secundário assistência interesse jurídico 1. entrada de um terceiro que possui interesse jurídico no resultado, demanda com o objetivo de auxiliar a parte assistida 2. momento: pode ocorrer em qualquer tempo e grau de jurisdição 3. procedimento: o 3º assistente pede para entrar no processo. • se o assistido e a outra parte não se manifestarem será aceita à assistência • se alguém impugnar, haverá um “incidente processual”, onde o juiz após o direito do contraditório julgará o pedido assistencial 4. modalidades • simples: não há uma relação jurídica material entre autor e assistente, mas há entre o assistente e o assistido com parte contrária. Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual. Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos. Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu. • litisconsorcial: há uma relação jurídica material entre autor e réu, autor e assistente e às vezes entre réu e assistente Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. a) simples: assistente só poderá discutir a decisão em outro processo nos casos previstos nos incs. I e II art. 123 b) litisconsorcial: uma vez que o assistente é considerado litisconsorte da parte este se´ra sempre sujeito aos efeitos da sentença da coisa julgada. 5. desistência a) simples: o assistente pode auxiliar o assistido mas não pode impedir que o desista do processo ou renuncie seu direito b) litisconsorcial: o assistente também tem um direito frente ao autor, portanto, poderá continuar defendendo seu direito independentemente da renuncia pelo assistido T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 10 processo civil intervenção de terceiros denunciação da lide conceito: ação regressiva proposta nos autos de um processo já existente objetivo: ressarcimento de eventuais prejuízos que o denunciante venha sofrer em razão do processo pendente • partes: denunciante (autor/réu); denunciado (3º interveniente) – réu não tem escolha, deve se defender • modos: provocado e não excludente – o denunciado sempre será litisconsorte do denunciante – não se desvincula procedimento: pode ser feita tanto pelo autor quanto pelo réu; quando feita pelo autor: na petição inicial; quando feita pelo réu na contestação. Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. § 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida. § 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendoser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131. Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu. Art. 128. Feita a denunciação pelo réu: I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado; II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide. Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado. chamamento ao processo conceito: o chamamento ao processo objetiva a inclusão do devedor principal ou dos coobrigados pela dívida para integrarem o polo passivo da relação já existente, a fim de que o juiz declare, na mesma sentença, a responsabilidade de cada um. • possibilita que o fiador ou devedor amplie seu campo de defesa, incluindo no processo o afiançado de mais fiadores ou demais devedores solidários, os quais passam a assumir a posição de litisconsortes O réu deve requerer, no prazo para contestar, a citação do (s) chamado (s), que irão figurar como litisconsortes passivos na demanda. Se o juiz deferir o pedido, a citação deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de se tornar sem efeito o chamamento. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de dois meses (mesma regra aplicável à denunciação da lide). Feita a citação do chamado, este poderá contestar o pedido contido na lide secundária, hipótese em que passará a ocupar o polo passivo da demanda (ampliação subjetiva da lide). Caso o chamado mantenha-se inerte, a demanda prosseguirá entre o autor e réu. Ressalte-se que, assim como nas demais modalidades de intervenção de terceiro, o recurso cabível contra o deferimento ou o indeferimento do pedido de chamamento é o agravo de instrumento. Se a demanda for julgada procedente para o autor (credor), a sentença valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida. A regra é a mesma do art. 80 do CPC/73. Se, no entanto, a demanda for julgada improcedente, o autor ficará responsável pelas verbas de sucumbência em favor do chamante (réu originário), que, por sua vez, arcará com a sucumbência em favor do chamado. Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento. Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses. Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 11 processo civil intervenção de terceiros incidente de desconsideração da personalidade jurídica A pessoa jurídica tem personalidade jurídica distinta da dos seus sócios e administradores. Ela tem direitos, obrigações e patrimônio próprios, inconfundíveis com os dos sócios e administradores. Mas a pessoa jurídica não é um ente concreto, real, como é a pessoa natural. Trata-se de um instrumento criado pelo direito para viabilizar, incentivar, facilitar o desenvolvimento de atividades e a produção de resultados desejados pelo ordenamento jurídico (atividade empresarial, relevantes atividades sem fins lucrativos, representação política ou sindical, administração dos bens públicos etc.). Por um lado, há a desconsideração de personalidade jurídica em sentido estrito, que consiste em tratar-se como sendo da sociedade o patrimônio do sócio, a fim de atingi-lo e fazê-lo responder pelos deveres e obrigações da sociedade. Por outro lado, há a desconsideração (ou penetração) inversa: atinge-se o patrimônio da sociedade, utilizando-o para responder pelas dívidas do sócio. Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. § 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei. § 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica. Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. § 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas. § 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica. § 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o. § 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideração da personalidade jurídica. Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória. Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno. Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente. amicus curiae Amicus curiae é uma pessoa, entidade ou órgão, com profundo interesse em uma questão jurídica, na qual se envolve como um terceiro, que não os litigantes, movido por um interesse maior que o das partes envolvidas no processo. Fica claro que a intenção não é defender interesses subjetivos próprios dos postulantes, mas para fornecer subsídios ao Juízo. Trata-se de uma intervenção altruísta, no próprio exercício da cidadania. Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. § 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposiçãode embargos de declaração e a hipótese do § 3o. § 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae. § 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 12 processo civil formação, suspensão e extinção do processo introdução ✓ acertamento do direito ✓ meta processo – cognitivo; sentença de mérito ✓ o processo é a garantia do cidadão, conforme o principio do acesso à justiça diferença entre processo e procedimento 1. processo: fenômeno complexo que abrange a relação processual e o procedimento; procedimento realizado em contraditório animado pela relação jurídica processual 2. procedimento: aspecto externo: é a sequência dos atos no processo relação jurídica processual; forma material com que o processo se realiza em cada caso concreto. a noção de procedimento é puramente formal, não passando de uma coordenação de atos do juízo sob formas e ritos, para que sejam alcançados os fins compositivos do processo. formação 1. inicio do processo Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. • dispositivo – partes tem liberdade para impulsionar o processo • inquisitivo – juiz manda I. formação gradual da relação processual – propositura Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado. 2. estabilização do processo e alteração do pedido Art. 329. O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir. suspensão I. introdução ✓ paralisação temporária ✓ prazo – fica suspenso/parado Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação. Parágrafo único. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos. ✓ pratica atos em regra não serão praticados atos processuais no momento de suspensão do processo. Excepcionalmente, serão praticados os atos considerados urgentes, necessários para a preservação do direito das partes, visando afastar efeitos irreparáveis. II. hipóteses – 313 cpc extinção processo ✓ encerramento da relação processual ✓ sentença Art. 316. A extinção do processo dar-se-á por sentença. Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. ▪ terminativa: desistência não resolve mérito; ajuíza outra ação Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial; II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; VIII - homologar a desistência da ação; IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e X - nos demais casos prescritos neste Código ▪ definitiva Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 13 processo civil processo; procedimento de cognição e negócio jurídico processual 1. processo estado → tutela jurisdicional a) cognição – amplo contraditório (procedimento conhecimento) b) execução – não discute quem tem razão; 2. procedimento a) é rito do processo configuração previsto em lei – 190 – negocio jurídico processual – partes convencionam o procedimento – autonomia das partes 3. procedimentos no processo de cognição • CPC – procedimento comum + ampla tutela (função complementar disciplina processual) (318; 318, § ú) • procedimentos especiais 539 e SS + leis extravagantes – ex. 9.099/95 (juizado – limitações – varias leis); limitar o objeto de cognição 4. procedimentos especiais – existência da lide, pretensão resistida; conflito qualificado a. jurisdição contenciosa – cognição + execução: a ação executiva (lato sensu); ex: ação de possessória; b. jurisdição voluntária: NÃO TEM LIDE; 719 e SS; ex: alienação judicial; divorcio consensual etc. 5. esquema do processo comum PI citação revelia provid. julg. cf provas sentença preliminares estado proc. 6. fases procedimento comum 1) fase postulatória 2) fase saneadora 3) fase instrutória 4) fase decisória 5) fase recursal 7. adequação do procedimento • procedimento matéria ordem publica • erro de forma: nulidade (283) • nome ação não vincula; mas pedido → rito (compatibilidade) negócio jurídico processual + autonomia das pts, • princ.. do autorregramento da vontade; princ.. cooperação – prestigia arbitragem • estimulo a autocomposição • vontade da parte delimita objeto litigioso e recurso (pts devem promover as convenções – pode ser feito antes) requisitos 1) direitos admitam autocomposição 2) partes capazes 3) convenção controle do juiz ✓ de oficio ou a requerimento; poderes mantidos (139) ✓ homologação (?) → juiz controla; “não haveria necessidade, pois é prestigio das partes” momento: prévio (inicio) ou incidental (durante) limites da negociabilidade não pode dispor sobre situação jurídica do magistrado controle judicial em torno dos limites no neg processual ✓ neg. proc. – típicos (lei); atípicos ✓ limites constitucionais; limites deduzidos dos negócios típicos T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 14 processo civil petição inicial – requisitos conceito – ato de começo do processo ▪ é o instrumento pelo qual se introduz a demanda em juízo, essa demanda pode ser um litígio, cuja solução se pleiteia (jurisdição contenciosa), quanto a necessidade de intervenção judicial em um ato ou negócio jurídico (jurisdição voluntária) ▪ o início do processo depende da manifestação da vontade da parte: uma demanda consubstanciada em um ato processual denominado petição inicial. ▪ pode ser caracterizado como o ato processual pelo qual se exerce o direito de ação, dando início à atividade jurisdicional. instrumento da demanda demanda – pedido provimento (conteúdo subjetivo) procuração (103-105) – clausula adjudicia poderes especiais substabelecimento – com ou sem reservas de poderes clausula “quota litis”causa de pedir – pedido – delimitação requisitos assegura que a peça inicial traga ao conhecimento do juiz todos os dados necessários para a perfeita delimitação do objeto e dos sujeitos relativamente aos quais a jurisdição irá atuar. a PI tem a finalidade de inaugurar o exercício do direito de ação e delimitar o âmbito de atuação jurisdicional Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; a. juízo a que é dirigida identificar a competência para o caso concreto; trata-se do órgão competente que irá analisar determinada matéria b. parte e suas qualificações se refere a uma das condições para o exercício do direito de ação: a legitimidade; imprescindível para a delimitação subjetiva dos efeitos da litispendência e da posterior coisa julgada i. nomes e pronomes do autor e do réu: se houver litisconsórcio, todas as partes devem ser nominadas • se o réu é incapaz incumbe ao autor desde logo identificar – se possível, seu representante ou assistente. • no caso de pessoas jurídicas e outros entre coletivos, cabe ao autor identificar quem o representa em juízo, com a devida documentação • pessoa jurídica que ocupa a posição de ré, não é razoável impor ao autor o ônus de identificar internamente quem exerce sua representação, cabe-lhe apenas identificar com precisão sua sede, onde deverá estar seu representante legal. ii. estado civil e a existência de união estável • esse dado é importante para verificar se a outorga uxória faz-se necessária, a ausência da menção ao estado civil de casado do réu ou da existência da união estável pode ocasionar a falta de citação do cônjuge ou do companheiro, o que, muitas vezes, pode gerar nulidade ou ineficácia da decisão final T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 15 processo civil petição inicial – requisitos iii. profissão para definir alguns aspectos da citação, tem relevância porque há casos em que esse dado traça limitações à atividade probatória, como, por exemplo, a dispensa de depoimento pessoal sobre fatos protegidos por sigilo profissional. iv. domicilio; residência e endereço eletrônico além da citação só se viabilizar com o conhecimento do exato local onde réu é localizável; alguns processuais não são praticados pelos advogados, mas pela própria parte (ex: confissão), é dever da parte comparecer a juízo, sempre que for determinado, bem como submeter-se à inspeção judicial., aquele que está em juízo precisa poder ser localizado, para a necessária intimação desses atos processuais. v. numero das partes cpf; cnpj c. causa de pedir compreende os fatos, os quais o autor atribui efeitos jurídicos – que servem de fundamento ao pedido e fundamentos jurídicos do pedido; dividem-se em: I. remota (fatos) – autor narra os fatos que levaram à demanda II. próxima (fundamentos jurídicos) – autor qualifica juridicamente os fatos, ou seja, especifica quais são os efeitos jurídicos produzidos pela causa de pedir remota. teoria da substanciação: definição da causa de pedir é emergente de fatos, dessa forma, devem constar na PI os fatos relevantes e pertinentes d. pedido é o pedido que demonstra o objeto litigioso, é o elemento central da pi, expressa o provimento jurisdicional que o autor espera obter, o pedido é a solução que o autor pretende que seja dada à situação reclamada. divide-se em • mediato: concerne, propriamente, ao bem de vida almejado (carro, quantia em dinheiro etc) • imediato: cunho processual, refere-se ao provimento jurisdicional pretendido (declaração, condenação, mandamento, execução etc) e. valor da causa consiste no conteúdo econômico; Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. • é importante saber que o valor da causa normalmente será correspondente ao valor da pretensão econômica que o autor terá em juízo. • ainda que a ação não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível, é necessário que seja estipulado um valor. f. manifestação sobre audiência de conciliação ou mediação prevê a necessidade de o autor se manifestar caso não deseje a realização da audiência de conciliação ou mediação. • a audiência não acontecerá desde que ambas as partes (autor e réu) manifestem desinteresse na sua realização • o autor deverá manifestar seu desinteresse na PI e o réu deverá fazê-lo por petição simples, apresentada em ate 10 dias antes da data de audiência. g. encerramento encerrar PI com nome, localidade, data e assinatura do advogado. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 16 processo civil pedido noções gerais pedido → núcleo da PI fatos + fundamentação jurídica 141 e 492 principal delimitador do objeto litigioso é o objeto da ação – expressão da pretensão do autor, pois expressa a aspiração de que lhe seja prestado provimento jurisdicional apto a resolver o conflito levado a juízo; o pedido é a solução que se pretende seja dada pela jurisdição à causa; é aquilo que o autor espera obter da atividade jurisdicional PEDIDO TEM QUE SER CERTO – precisa referir-se a uma situação concreta e objetivamente delineada.; Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional. DETERMINAÇÃO – refere-se aos limites daquilo que o autor pretende, demonstrando sua extensão. dupla finalidade a. obter tutela jurisdicional b. fazer valer o direito subjetivo pedido pedido mediato imediato requisitos pedido certo → exceção implícito Art. 322. O pedido deve ser certo. § 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. § 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. pedido determinado → exceção genérico Art. 324. O pedido deve ser determinado. § 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. § 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção. excecoes I. pedido implícito (oculto) • é aquele que não foi destacado expressamente na PI ou na reconvenção, porém, é possível verificar a sua existência pela análise do pedido principal ex: prestações sucessivas; • prestações são periódicas (aluguéis/alimentos etc), a sentença abrangerá não somente as prestações vencidas ao tempo da propositura da demanda, como também as que se vencerem durante o curso do processo e, mesmo, as vincendas (enquanto durar a obrigação) . • condenação para o futuro; uma ação fundada não em um inadimplemento já ocorrido,mas em sua mera perspectiva, fundada em indicativos sólidos (o fato de o réu já haver descumprido as prestações anteriores, já vencidas) • a finalidade da norma é evitar que sucessivas demandas sejam propostas para a obtenção da mesma coisa Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 17 processo civil pedido II. pedido genérico IMEDIATO ( NÃO PODE) objeto MEDIATO (sim) Art. 324. O pedido deve ser determinado. § 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. § 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção. • indeterminação não pode ser absoluta, apenas sobre qualidade ou importância pleiteada (não pode sobre gênero); ex: perdas e danos – lucros cessantes • OBS; LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA 509 a. pedido imediato determinável: pode ser determinável, se tal fixação for impossível no momento da propositura da demanda – a isso o CPC denomina como pedido genérico a generalidade não significa indeterminação absoluta; se admite que a determinação ocorra em momento posterior, pois a sentença obtida de pedido genérico, ilíquida, será posteriormente liquidada. b. hipóteses em que pode ser formulado o pedido genérico aquelas que versam sobre direitos referentes a universalidades de fato (ex: rebanho, uma biblioteca etc), ou de direito (ex: herança, dote). decorrente de ato ou fato ilícito, quando é impossível desde logo definir todo desdobramento das consequências danosas. p. ex: busca-se a indenização por um atropelamento, mas somente após o término do tratamento médico e fisioterápico, que deve estender-se por mais de dois anos, será possível definir a extensão dos danos físicos e, ate mesmo, se as sequelas provenientes do acidente serão irreversíveis dependendo da conduta do réu, a extensão do pedido pode sofrer variação, como, por exemplo, ocorre na ação de exigir de contas. a verificação do saldo do credor depende das contas a serem apresentadas, e ao autor é impossível precisar, já na petição inicial, o montante desse saldo III. pedido alternativo Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo. Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo. ocorre quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo., nessa espécie, qualquer uma das prestações satisfaz de igual forma a obrigação. IV. pedido subsidiário Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior. Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles. conhecer do posterior, se anterior não é acolhido, pedido mediato e imediato o autor expressa uma sequência de pedidos, em uma verdadeira escala de preferências 1) formulação do pedido principal – ser conhecido em primeiro plano 2) um ou vários pedidos subsidiários – em ordem decrescente de interesse, para a eventualidade de o primeiro não ser acolhido cumpre ao juiz analisar o pedido principal e, somente na hipótese de não ser possível concedê-lo, passar ao julgamentos dos subsidiários pedidos não são somados não aumenta valor da causa T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 18 processo civil cumulação conceito os arts. 326 e 327 permitem que o autor cumule, na mesma ação, mais de um pedido em face do mesmo réu. funda-se no princípio da economia processual requisitos; 1. competência e 2. uniformidade processual espécies de cumulação de pedidos a) cumulação simples 2 pedidos dentro de uma mesma ação ex: dano moral + dano material • o autor faz vários pedidos que independem uns dos outros • o acolhimento ou desacolhimento de cada um deles não interfere sobre o destino dos outros • não é preciso haver conexão entre os pedidos, não precisam estar relacionados entre si nem decorrer dos mesmos fatos, da mesma causa de pedir • precisam ser compatíveis entre si b) cumulação subsidiária/eventual 326 caput ordem de preferência; pedido principal → pedido secundário – NÃO CONCEDE OS DOIS. • o juiz ao analisar o pedido principal e, somente na hipótese de não acolhê-lo, passa a julgar o pedido secundário • funda-se na perspectiva de uma impossibilidade material na obtenção do pedido subordinante, como também na da sua própria rejeição c) cumulação sucessiva o autor formula um pedido subsequente que só deverá ser examinado pelo juiz se acolhido o pedido antecedente. • autor pede A; e pede também que, caso seja acolhido A, o juiz lhe dê também B; e pode ainda pedir que julgado procedente B, o juiz lhe conceda também C – assim por diante • o juiz só examinará o pedido posterior caso acolha o anterior pedido de resolução de um contrato e cumula, em caráter alternativo simples, perdas e danos, caso o juiz acolha o pedido de rescisão, ele examinará se é possível acolher o de perdas e danos.. d) cumulação alternativa não estabelece ordem preferida; • o autor pede ou A ou B ou C, ele visa a obter apenas um deles – sendo-lhe indiferente a obtenção de qualquer dos três e) cumulação superveniente ex: denunciação da lide ampliada requisitos para pedidos cumulados Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão. § 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação que: I - os pedidos sejam compatíveis entre si; II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. § 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum. § 3o O inciso I do § 1o não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326. • não pode cumulação de processos; ex. prestação de contas não permite cumulação pedido cominatório Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente. Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo. • quando o pedido consistir na imposição ao réu do dever de não praticar algum ato ou de tolerar alguma atividade, ou ainda na imposição de um dever de fazer ou de entregar coisa, será lícita a cumulação de um pedido de preceito cominatório. T E RC E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 19 processo civil pedido pedido em ação relacionada com contratos de empréstimo, alienação e financiamento deve apresentar cálculo art. 330 § 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. § 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. pedido prestação indivisível Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito. • quando vários credores são titulares de uma relação jurídica que representa obrigação indivisível, qualquer deles é parte legitima para pedir a prestação por inteiro (260). • não há litisconsortes necessário, pois cada um dos credores tem direito próprio de exigir toda a prestação, cabendo-lhe acertar posteriormente com os demais credores as partes que lhe cabem. interpretação do pedido Art. 322. O pedido deve ser certo. § 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. aditamento e modificação do pedido Art. 329. O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir. enquanto não se realizar a citação, a relação jurídica processual é ainda linear, pois o processo ainda não terá completado sua formação • aditamento ou alteração do pedido ou da causa de pedir, ATÉ A CITAÇÃO, sem que o réu possa se opor; ao ser citado o réu, necessariamente já terá ciência do pedido e (ou) da causa de pedir já alterados • APÓS CITAÇÃO, até o saneamento, também é possível a alteração ou aditamento do pedido ou da causa de pedir, nesse caso, a alteração ou aditamento necessitará da anuência do réu, a quem será concedido o prazo mínimo de 15 dias para manifestação. • pode ser tácita – quem cala consente • negócio jurídico processual – controle judicial – critério de fixação aos honorários de sucumbência; principio congruência ou adstrição princípio da congruência ou adstrição refere-se à necessidade do magistrado decidir a lide dentro dos limites objetivados pelas partes, não podendo proferir sentença de forma extra , ultra ou infra petita . esse princípio está previsto no art. 460 do cpc, nos seguintes termos: • é defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. conforme classificado pela doutrina, decisão extra petita é aquela proferida fora dos pedidos ou autor, ou seja, que concede algo além do rol postulado, enquanto a decisão ultra petita é aquela que aprecia o pedido e lhe atribui uma extensão maior do que a pretendida pela parte. já a decisão infra petita , também conhecida como citra petita , deixa de apreciar pedido formulado pelo autor. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 20 processo civil juízo de admissibilidade 1) despacho da PI distribuição/registro Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz. alternada e alterada – equilíbrio → sorteio de processos para o juízo por dependência anotação em caso de ampliação – ex: chamamento ao processo – volta ao distribuidor pagamento de custas 2) indeferimento da PI – pode haver questão de mérito • consiste na negativa de processamento da demanda, há a extinção da fase cognitiva, logo no seu nascedouro, sem resolução de mérito • só tem lugar quando ela padecer de vício de tal monta que chegue a impossibilitar o exercício do direito de defesa ou mesmo a outorga da tutela jurisdicional falhas processuais Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: I - for inepta; II - a parte for manifestamente ilegítima; III - o autor carecer de interesse processual; IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. § 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. § 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. § 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. hipóteses de cabimento 1) quando inicial for inepta inepta é uma PI incompreensível, inteligível, que não permite ao réu defender-se e (ou) da qual é impossível extraírem-se os limites em que a jurisdição deverá atuar a. lhe faltar pedido ou causa de pedir sem pedido, a peça apresentada nada mais é do que um simulacro, sem que se formule pedido, não há autorização para jurisdição atuar – não há meios do réu se defender, não há como se definir a competência.. quanto a causa de pedir – apresentação dos fatos constitutivos da pretensão formulada b. contiver pedido indeterminado indispensável que se apresentem com clareza a providência processual, o objeto e o alcance pretendidos , haverá inépcia se o pedido for incerto; a indefinição da pretensão apresentada impede a determinação do âmbito em que a jurisdição deveria atuar e dificultar a defesa c. contiver pedidos incompatíveis entre si a compatibilidade entre os pedidos é um requisitos de admissibilidade da cumulação simples de pedidos d. se dos fatos não decorrer logicamente o pedido a contradição entre os fatos narrados e o pedido implica a ausência de causa de pedir 2) se houver ilegitimidade nem sempre é verificável, o indeferimento da inicial por esse fundamento é reservado aos casos em que a ilegitimidade é patente, manifesta. 3) quando faltar interesse processual falta de interesse de agir, só é inepta quando de plano for possível verificar que, independentemente da razão da parte quanto aos fatos que afirma, a tutela jurisdicional por ela pleiteada é inútil ou inadequada em face do contexto processual existente 4) quando não for atendida determinação no prazo concedido T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 21 processo civil juízo de admissibilidade Petição Inicial - Continuação natureza do pronunciamento e recurso cabível o indeferimento da PI tem natureza de sentença: Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. § 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso. § 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334. § 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsitoem julgado da sentença. juízo de retratação na apelação a regra do art. 331 autoriza o juiz a reformar a sentença de indeferimento da inicial (5 dias) seguintes à apelação interposta. a extinção prematura do processo – se justifica pois para preservar a garantia da ampla defesa e por razões de economia processual. se as razões recursais evidenciarem que a PI pode cumprir sua finalidade, o magistrado está autorizado a, reformando sua sentença de indeferimento, determinar o seguimento do processo. indeferimento parcial da inicial pode atingir apenas parte dessa peça – pronunciamento de indeferimento parcial por decisão interlocutória. Improcedência Liminar do Pedido improcedência liminar do pedido Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. § 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. § 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241. § 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. § 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias. nas causas que dispensem a fase probatória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: a. enunciado de súmula do stf ou do stj; b. acórdão proferido pelo stf ou stj em julgamento de recursos repetitivos; c. entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; d. enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. – o juiz também decretará a improcedência se verificar, desde logo, a ocorrência. de decadência ou prescrição. ❖ é a perda de uma pretensão de exigir de alguém um determinado comportamento; é a perda do direito à pretensão em razão do decurso do tempo. ❖ é a perda de um direito que não foi exercido pelo seu titular no prazo previsto em lei; é a perda do direito em si, em razão do decurso do tempo. – apelando o autor, o juiz poderá se retratar em 5 dias. caso o faça, o processo seguirá; do contrário, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões em 15 dias. – não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença. natureza da decisão e recurso cabível pronunciamento de rejeição liminar do pedido é sentença; passível, portanto, de apelação - sentença faz coisa julgada juízo de retratação também comporta juízo de retratação do juiz, em cinco dias 332, § 3º - 5 dias rejeição liminar e parcial do pedido a um ou mais pedidos cumulativamente feitos pelo réu ou de uma parte de um pedido que seja decomponível. quando o pressuposto para improcedência liminar ocorrer apenas em relação a um parte do mérito – art. 335 – caberá agravo de instrumento – art. 336 §5º. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 22 processo civil audiência de conciliação e mediação 1. valorização dos meios de solução consensual de conflitos • mudança de procedimento • estímulo do cpc Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. § 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. • conciliação / mediação – 149 – melhor preparo das pessoas Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. • resolução 125/10 cnj • pec 108/2015 2. tipos de audiência liminarmente ou a qualquer tempo – procedimento comum Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. questões complexas Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo: § 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações. Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar. 3. audiência preliminar de conciliação e mediação • não se realiza se: 1. ambos recusam 2. não admite autocomposição 3. negócio jurídico processual 4. antec. 30 dias; citação com 20 dias 5. ônus não comparecimento – multa caso não compareça de até 2% Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. § 1o A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes. • ato atentatório a dignidade da justiça • acordo/termo 4. prazo para contestação Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. § 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência. § 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência. T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 23 processo civil audiência de conciliação e mediação conceito partes incentivadas por técnicas da conciliação ou mecanismos da mediação, terão a oportunidade de realizar a composição se seus interesses. • por fim ao litigio sem necessidade de uma solução dada pelo judiciário • diálogo entre as partes; apresenta soluções que são capazes de colocar um fimno conflito • promove por meio de variadas técnicas; dialogo entre as partes; mediador é um agente facilitador do diálogo entre as partes requisitos 1. possibilidade de processamento da petição inicial 2. que não se trate de hipótese de improcedência liminar 3. consiste em um conflito objeto do processo comportar autocomposição 4. ambas as partes não tenham expressamente manifestado desinteresse quem deve comparecer a) partes/procuradores parte que sem justo motivo deixar de comparecer à audiência – será sancionado por ato atentatório à dignidade da justiça com multa de 2% da vantagem econômica ou do valor da causa b) advogados c) conciliador/mediador se não houver, o próprio juiz se encarrega dessa função d) MP procedimento ✓ deve ser designada pelo juiz com antecedência mínima de 30 dias ✓ pauta deve ser organizada de modo que haja 20 minutos de intervalo entre as audiências ✓ realiza-se na sede do juízo ✓ autoriza meios eletrônicos utilidade da audiência vantagens ✓ ganho de tempo ✓ redução de custos características ✓ todos os juízos disponham de um quadro de mediadores e ou de conciliadores ✓ mediadores/conciliadores deverão estar preparados para o desempenho da atividade ✓ preciso que se destine à audiência tempo suficiente para o desenvolvimento das técnicas conciliatórias atuação do conciliador e mediador atua em casos em que as partes não têm nenhum vínculo em casos em que há vínculos entre as partes princípios não se admite que o mediador ou conciliador tome partido dos litigantes devem atuar de modo a auxiliar os envolvidos na busca por uma solução equilibrada agir com neutralidade mediador e conciliador: atue sem vínculo da subordinação as partes têm o direito de negociar livremente terceiro deve manter o jurisdicionado plenamente ciente dos seus direitos e ao contexto fático no qual está inserido deve ser mantido em sigilo i. seu conteúdo não pode ser utilizado como prova em qualquer processo ii. mediador e conciliador proibidos de depor sobre os fatos ou elementos oriundos da conciliação/mediação iii. não poderá vir a ser, depois, advogada de alguma das partes T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 24 processo civil resposta do réu defesa do réu contraditório (influenciar o julgador) Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: I - à tutela provisória de urgência; II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; III - à decisão prevista no art. 701. Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. processo é dialético defesa é um ônus – revelia (fatos alegados pela parte autora – presumidos como verdadeiros (344-346) resposta do réu Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. § 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. § 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: § 1o Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput. § 2o Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente. Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. § 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes. Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. § 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência. § 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência. espécies de defesa - matéria de ordem pública é indireta – obsta outorga tutela juris. Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. § 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. § 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. § 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. § 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. § 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo. § 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. podem ser: extinção do processo ex: litispendência; coisa julgada ampliam o procedimento ex: nulidade; citação; conexão direito material; réu ataca: fato; consequência jurídicas pode ser indireta – concorda com o fato réu invoca outro fato – impeditivo; modificativo; extintivo ex: prescrição atitudes do réu T E R C E I R O B I M E S T R E P á g i n a | 25 processo civil contestação conceito: direito de defesa do réu, representa, para o réu, aquilo que a pi representa para o autor conteúdo e forma principio da eventualidade ou da concentração – toda matéria defesa tem caráter relativamente preclusivo; uma vez ofertada a contestação, tem-se por consumado o direito de defesa, não podendo o réu formular novas alegações Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. exceções Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a fato superveniente;
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