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resumo do professor aula_11

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DIREITO CIVIL I
SEMANA 6 AULA 11– OS BENS
Profa. Dra. EDNA RAQUEL HOGEMANN
OS BENS 
CONTEÚDO PROGRAMATICO
1 – OS BENS - ELEMENTOS EXTERNOS DA RELAÇÃO JURÍDICA
1.1 Os Bens Jurídicos.
 1.2 Conceito e Espécies.
 1.3 Noção de patrimônio.
 1.4 Distinção entre bens e coisas.
NOSSOS OBJETIVOS
Identificar o objetos das relações jurídicas apresentadas.
Compreender a noção jurídica de patrimônio
Perceber a distinção entre bens e coisas.
OS BENS
As pessoas procuram nos bens, materiais ou imateriais, a satisfação de seus desejos e a realização de suas necessidades, em torno dos quais gravitam os interesses e os conflitos. 
Para um melhor esclarecimento acerca da classificação adotada no Código Civil brasileiro, é importante diferenciar "coisa" e "bem". 
Para trabalhar estas noções vamos começar apresentando nossos casos concretos desta 6ª. semana: 
CASO CONCRETO 1
Jairo Silva Santos, jovem tímido de 19 anos é convidado pelos colegas de escola para participar de um luau na praia do Peró, em Cabo Frio/RJ. A noite estava estrelada, a música envolvente e aquela gente toda dançando freneticamente deixavam o jovem ainda mais deslocado. Até que conhece Maria Priscila, que o leva para o outro lado da praia e com quem acaba tendo sua primeira noite de amor. No calor do momento, Jairo enterra uma das mãos no chão e segura um punhado de grãos de areia que resolve guardar como recordação daquele momento especial. 
Ao voltar para a festa, Jairo tropeça num objeto semi-enterrado na areia, descobrindo que se trata de uma carteira de couro da grife Giorgio Armani contendo R$200,00.
Diante do caso acima relatado, responda:
a) Em razão do grande valor sentimental que aquele punhado de areia possui para Jairo, pertence ele a seu patrimônio? Por quê?
b) Como Jairo não conseguiu identificar o dono da carteira ela passa a fazer parte de seu patrimônio? Por quê?
c) É possível, de acordo com o Direito Civil brasileiro, uma pessoa ser destituída de todo e qualquer patrimônio? 
Noção de patrimônio. Distinção entre bens e coisas. 
Segundo Teixeira de Freitas , coisa tem por definição tudo aquilo que possui existência material, seja suscetível de valoração ou não e, conseqüentemente, possa ser objeto de apropriação. 
Conclui-se que a noção de coisa conecta-se, a priori, à de substancia. 
Existem coisas que não são apropriáveis embora sejam úteis, sendo, portanto, denominadas res communes, dentre as quais podemos destacar o ar, a luz, as estrelas, o mar. Assim, as coisas comuns são de todo mundo ao mesmo tempo em que não são de ninguém. Há também as coisas que podem ser apropriadas, porém não pertencem a ninguém, como é o caso dos animais de caça, dos peixes e das coisas abandonadas (res derelictae). 
VOCÊ SABIA?
O nosso sistema jurídico admite, como uma das formas de aquisição originária do domínio, a ocupação de coisa abandonada pelo dono (res derelicta), desde que se demonstre a intenção deste de abandonar o bem. 
Portanto, não é bem abandonado aquele deixado em um local para um fim específico ou porque o dono ainda não tenha dado utilidade para o fim a que se destina. 
ATENÇÃO!!!
Não confundir com a coisa perdida (res amissa), pois as coisas perdidas não podem ser apropriadas pela ocupação, mas sim devem ser devolvidas ao dono. 
A perda da coisa não implica perda da propriedade. O ditado popular "achado não é roubado" é falso, e a coisa perdida não pode ser ocupada pelo descobridor sob pena de crime (art. 169, pú, II do CP). 
ANOTE AÍ!!!
O descobridor deve agir conforme art. 1233 do CC, mas tem direito a uma recompensa do 1234 (achádego é o nome dessa recompensa), salvo se o dono da coisa preferir abandoná-la, hipótese em que o descobridor pode ocupar a coisa por se tratar, agora, de res derelictae. 
Este art. 1234 consagra uma obrigação facultativa do dono da coisa/devedor da recompensa. Agora é evidente que se o descobridor passar a usar a coisa terminará adquirindo-a pela usucapião e o passar do tempo irá também beneficiá-lo com a prescrição do aludido crime do Código Penal. 
CONCEITO DE BEM
Tudo o que tem valor e, por esse motivo, adentra no universo jurídico como objeto de direito, é um bem. Evidencia-se, portanto que a utilidade e a possibilidade de apropriação são o que dão valor às coisas, transformando-as em bens. 
 Bem no sentido de valor, utilidade ou interesse de natureza material, econômico ou moral, ou, em outras palavras, é tudo aquilo que é protegido pelo Direito, tendo ou não conteúdo ou valoração econômica. 
Na terminologia jurídica, bens corresponde à res dos romanos, porém, nem sempre bens e coisa podem ser tidos em sentido equivalente, porquanto há bens que não se entendem como coisas, e há coisas que não se entendem como bens.
Na compreensão jurídica, somente como bens podem ser compreendidas as coisas que tenham dono, isto é, as coisas apropriadas. Escapam, pois, ao sentido de bens, as coisas se dono (res nulius). 
PATRIMÔNIO
É o conjunto de bens de que alguém é titular, abrangendo todas as relações jurídicas passíveis de avaliação pecuniária e imputável a mesma pessoa. Fazem parte do patrimônio tanto os direitos como os deveres, tanto ativo, como o passivo. 
Excluem-se: os direitos da personalidade, direito a saúde, a liberdade, ao nome e os direitos de família puros, sem apreciação patrimonial (pátrio poder), incluindo-se os que tenham expressão pecuniária, como o direito aos alimentos. 
CASO CONCRETO 2
Noção de patrimônio. 
Paula resolve entrar para uma comunidade religiosa em que os bens materiais individuais são considerados impuros. Somente pouquíssimos bens, essenciais, para a sobrevivência do grupo, são passíveis de serem aceitos e passam a pertencer à comunidade. Sua mãe, viúva, a adverte de que não poderá se desfazer de todos os seus bens por causa da teoria do estatuto jurídico do patrimônio mínimo. 
Paula poderá se desfazer do patrimônio que possui, herança de seu pai?
2) A advertência da mãe de Paula está correta? 
O PATRIMÔNIO é composto de elementos positivos e negativos. Os bens e direitos representam o aspecto positivo patrimonial. As obrigações, o aspecto negativo. Ainda que as dívidas superem os bens e direitos, o patrimônio existe. 
Ativo = Bens + Direitos
Passivo = Dívidas 
PATRIMÔNIO MÍNIMO
A teoria do patrimônio mínimo se baseia na regra da proibição da doação universal pela qual é nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador.
 Muito embora esta regra humanitária seja antiga, com origens romanas, estando no CC de 1916, art. 1.175, só ganhou destaque com a CF de 1988, que consagrou o fenômeno da repersonalização do Direito Civil. Antes disso, no Código de 1916, muito patrimonialista, a regra estava praticamente ignorada. Hoje, no art. 548 do CC, passa a ter a atenção que sempre mereceu. 
(FACHIN, Luiz Édson. Estatuto Jurídico do Patrimônio Mínimo. 2ª ed. atual. Rio de Janeiro: Renovar, 2006): 
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O CONTEÚDO RELATIVO À SEMANA 6
 PARA A PRÓXIMA AULA
 E FAÇA OS EXERCÍCIOS NA WEBAULA!
Até lá!!!!

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