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2012.05.25 - A Economia Política da Política Comercial

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A Economia Política da Política 
Comercial 
Introdução 
O livre comércio maximiza o bem-estar 
nacional, mas está associado a efeitos 
distributivos. 
• A grande maioria dos países mantém 
políticas comerciais restritivas. 
• Discute-se algumas das razões pelas quais 
os governos não baseiam sua política 
comercial nos cálculos de custos e 
benefícios desenvolvidos pela análise 
econômica. 
2/76 
Motivos que levam os governos a não 
interferir no comércio: 
• Existem quatro argumentos pró livre 
comércio: 
–A eficiência do livre comércio 
–Economias de escala na produção 
–Aumento da concorrência e ambiente 
mais favorável a difusão tecnológica 
–Argumento político 
Introdução 
3/76 
1. Livre Comércio e Eficiência 
• O argumento da eficiência é baseado no caso do 
país pequeno; livre comércio é a política ótima. 
–Uma tarifa leva a uma perda líquida para a 
economia. 
–A mudança de uma posição de equilíbrio com 
tarifas para o livre comércio elimina a perda de 
eficiência e aumenta o bem-estar nacional. 
–Como as tarifas já são muito pequenas na maioria 
dos países, os benefícios adicionais de livre 
comércio são pequenos. 
O Argumento do Livre Comércio 
4/76 
Preço Mundial 
(+) tarifa 
Preço Mundial 
Preço, P 
Quantidade, Q 
S 
D 
Distorção no 
consumo 
Distorção na 
Produção 
O Argumento da Eficiência para o Livre Comércio 
O Argumento do Livre Comércio 
5/74 
Benefícios do Livre Comércio no Mundo 
(% do PIB)
Fonte
:
Estados Unidos
União Européia
Japão
Países em Desenvolvimento
Mundo
6/76 
Custo Estimado da Proteção, como % da Renda Nacional 
O Argumento do Livre Comércio 
 
Brasil (1966) 9,5
Turquia (1978) 5,4
Filipinas (1978) 5,2
Estados Unidos (1983) 0,26
Fontes: Brasil: Bela Balassa, The Structure of Protection in Developing Countries (Baltimore
The Johns Hopkins Press, 1971); Turquia e Filipinas, World Bank, The World Development
Report 1987 (Washington: World Bank, 1987); Estados Unidos: David G. Tarr e Morris E. Morkre, 
Aggregate Costs in the United States Tariffs and Quotas on Imports (Washington D. C.: Federal Trade Commission, 1984)
7/76 
Outros Ganhos do Livre Comércio 
• 2. Países pequenos que protegem o mercado doméstico 
não permitem que as firmas explorem as economias de 
escala. 
– Exemplo: Na indústria automobilística, uma escala eficiente de 
produção deve produzir entre 80.000 a 200.000 carros por ano. 
– Na Argentina, 13 firmas produziam 166.000 carros, em 1964. 
• A presença de economias de escala permite maior 
variedade de produtos e preço mais baixo com livre 
comércio. 
• 3. Livre comércio, ao contrário ao comércio “administrado” 
dá maiores oportunidades de negócio e um ambiente mais 
favorável às inovações e aumento da concorrência. 
O Argumento do Livre Comércio 
8/76 
4. Argumento Político para o Livre Comércio 
 
 Um compromisso político com o livre comércio pode 
ser uma política adequada na prática, ao evitar que 
grupos de interesse dominem a política comercial. 
Exemplo do Chile: tarifa uniforme de 6% sobre todas 
as importações. Evita a atividade de “Rent Seeking” 
de controles administrativos (exemplo de quotas de 
importação). 
• As políticas comerciais no mundo real são dominadas 
por políticas de interesses localizados e não por 
considerações sobre os custos e benefícios para o país 
como um todo. 
O Argumento do Livre Comércio 
9/76 
Os Ganhos da UE com o Mercado Único 
Objetivo do Projeto “1992” era o de reduzir as 
barreiras ao comércio internacional: harmonizar a 
regulamentação em centenas de áreas: sanitárias, 
circulação de pessoas, padrões dos bens, etc. 
Objetivo: aumentar os ganhos da especialização intra-
Europa: aumento da concorrência e ganhos de escala. 
Analogia com os EUA: economia com tamanho 
semelhante e sem restrições ao comercio interno. Os 
ganhos de produtividade associados à integração 
foram estimados em 7% do PIB europeu. Revisão 
posterior indicou um crescimento de 1,8% do PIB. 
Diminuiu a segmentação de mercado, mas a Europa 
ainda não é um mercado unificado. 10/76 
Políticas comerciais ativas podem, sobre 
certas condições, aumentar o bem-estar 
do país como um todo. 
Existem dois argumentos teóricos contra 
a política de livre comércio: 
•O argumento das relações de troca para 
uma tarifa 
•A falha do mercado doméstico 
Argumentos do Bem-estar Nacional contra 
o Livre Comércio 
11/76 
1. O Argumento das Relações de Troca para uma 
Tarifa 
• Para um país grande (afeta o preço mundial, via 
comércio), a tarifa diminui o preço das importações 
e gera um efeito favorável nas relações de troca. 
– Este benefício deve ser comparado com o custo da 
tarifa (em termos de distorções no consumo e 
produção). 
• É possível que os ganhos da tarifa sejam maiores 
que seu custo. 
– Portanto, livre comércio pode não ser uma política 
ótima para um país grande. 
Argumentos do Bem-estar Nacional contra 
o Livre Comércio 
12/76 
1 
Bem-estar nacional 
 
Tarifa (%) Tarifa 
ótima, to 
Tarifa 
proibitiva, tp 
A Tarifa Ótima 
Argumentos do Bem-estar Nacional contra 
o Livre Comércio 
13/76 
•A tarifa ótima 
–Maximiza o bem-estar nacional. 
–É sempre positiva, porem menor que a 
tarifa proibitiva, que elimina totalmente as 
importações (é relativamente pequena). 
–É igual a zero em um país pequeno, porque 
ele não consegue alterar as relações de 
troca. 
–O argumento da tarifa ótima ignora que os 
outros países podem retaliar. 
Argumentos do Bem-estar Nacional contra 
o Livre Comércio 
14/76 
PL 
PW 
Preço, P 
Quantidade, Q 
S 
D 
P i 
Ganho 
Perda 
Q 1 D 1 Q 2 D 2 
Efeitos de uma Tarifa sobre o Bem-estar 
Uma Tarifa Ótima é Positiva, mas não Proibitiva 
15/76 
• Política recomendada com base no 
argumento das relações de troca para os 
setores exportadores de países com poder 
de mercado (país grande): 
–Um subsídio à exportação piora as relações 
de troca, reduzindo o bem-estar nacional. 
– Portanto, a política ótima para setores 
exportadores deve ser um subsídio negativo, 
isto é, um imposto sobre a exportação. 
– Idêntico a tarifa ótima, o imposto de 
exportação ótimo é sempre positivo, porem 
menor que o imposto proibitivo que 
eliminaria as exportações. 
Argumentos do Bem-estar Nacional contra 
o Livre Comércio 
16/76 
2. O Argumento da Falha de Mercado contra o Livre 
Comércio 
• O excedente do produtor e do consumidor não medem 
adequadamente os benefícios e custos sociais. 
– O excedente do consumidor e do produtor ignoram a 
falhas de mercado tais como: 
– Desemprego ou subemprego da mão-de-obra. 
– Mercado de capitais imperfeitos. 
– Difusão tecnológica por novas industrias ou empresas 
inovadoras. 
– Externalidades ambientais. 
• Uma tarifa pode aumentar o bem-estar se existir um 
benefício marginal social na produção de um bem que 
não seja capturado pelas medidas de excedente do 
produtor. 
Argumentos do Bem-estar Nacional contra 
o Livre Comércio 
17/76 
c 
a b 
O 1 
O 1 
O 2 
O 2 
D 2 D 1 
PI + t 
PI 
Preço, P 
Quantidade, Q 
Valor ($) 
Quantidade, Q 
O 
D 
(a) 
(b) 
O Argumento da Falha no Mercado Interno para uma Tarifa 
Benefício 
Marginal 
social 
Argumentos do Bem-estar Nacional contra 
o Livre Comércio 
18/76 
• O argumento da falha de mercado contra o 
livre comércio é um caso particular de uma 
teoria mais geral conhecido como “second 
best” (segunda melhor alocação de recursos). 
–A teoria do “second best” postula que uma 
política de não intervenção é desejável em um 
determinado mercado somente se todos os 
outros mercados estiverem funcionando 
adequadamente. 
– Caso eles não estejam, uma intervenção 
governamental pode aumentar o bem-estar 
nacional. 
Argumentos do Bem-estar Nacional contra 
o Livre Comércio 
19/76 
O Argumento da Falha de Mercado não é Convincente: 
 
• Existem dois argumentos a favor do livre comércio na 
presença de distorções domésticas: 
– Distorções domésticas devem ser corrigidascom políticas 
domésticas de “first best” e não por políticas de 
comércio internacional. 
– Exemplo: Um subsídio a produção doméstica é melhor que uma 
tarifa se o problema for uma falha de mercado relacionada a 
produção. 
– Falhas de Mercado são difíceis de identificar e mensurar. 
– Exemplo: Uma tarifa para proteger o setor industrial gera 
benefícios sociais, mas incentivará a migração para as cidades e 
aumentará o desemprego. 
– Podem ser manipuladas politicamente no interesse de algum 
grupo. 
Argumentos do Bem-estar Nacional contra 
o Livre Comércio 
20/76 
A Economia Política da Política Comercial 
 
 Modelos para explicar a definição da política 
comercial: 
 
• Eleitor mediano 
• Ação coletiva 
• Modelo combinado de ação coletiva e eleitor 
mediano 
21/76 
Na prática, a política comercial é dominada pelos 
interesses de distribuição de renda. 
• Existem desejos de grupos, que se tornam mais 
ou menos refletidos imperfeitamente nos objetivos 
do governo. 
– Existem modelos onde o governo tenta maximizar 
seu sucesso político. 
Concorrência Eleitoral (Anthony Downs) 
• Os cientistas políticos usam um modelo simples de 
concorrência entre partidos políticos para atrair o 
máximo de eleitores. 
Distribuição de Renda e Política Comercial 
22/76 
• Hipóteses do modelo do eleitor mediano: 
– Existem dois partidos políticos. 
– O objetivo de cada partido é ganhar a eleição. 
– O país tem que decidir sobre o nível de tarifa a ser 
imposta (é a única política disponível). 
– Os eleitores tem preferências diferentes com relação à 
tarifa [Teorema de Stolper-Samuelson: os fatores 
abundantes (capital e mão de obra qualificada) ganham 
com o comércio]. 
• Que políticas cada partido prometerá seguir? 
– Os dois partidos vão oferecer a mesma política, isto é, a 
tarifa que o eleitor mediano (o eleitor que divide a 
distribuição de eleitores ao meio) preferir. No gráfico, a 
seguir, a tarifa será tM . 
Distribuição de Renda e Política Comercial 
23/76 
Eleitores 
Tarifa preferida 
Eleitor 
Mediano 
tM 
tB 
tA 
Apoio político 
Concorrência Política 
Distribuição de Renda e Política Comercial 
24/76 
No gráfico, na abscissa colocam-se os eleitores 
em uma fila com base na tarifa que eles 
preferem. 
Se um partido oferecer a proteção tA, que está 
acima da preferência do eleitor mediano tM, o 
outro partido pode propor uma alíquota mais 
baixa, tB, que o seu programa atrairá quase 
todos os eleitores, isto é, a maioria. 
Os dois partidos acabarão oferecendo uma tarifa 
próxima a preferida pela eleitor mediano. 
Distribuição de Renda e Política Comercial 
25/76 
O modelo da concorrência política não se aplica de 
forma adequada à política comercial. 
A previsão do modelo é totalmente errada: a política 
comercial não é implementada em termos do número 
de eleitores que ela agrada. Se isto fosse verdade a 
política comercial vencedora seria aquela que 
beneficiasse o maior número de eleitores, e a 
perdedora seria a que favorecesse um pequeno grupo. 
A política comercial faz exatamente o contrário: 
prejudica uma maioria difusa e favorece uma minoria 
atuante. Ela não é feita para a maioria. 
Distribuição de Renda e Política Comercial 
26/76 
Ação Coletiva (Mancur Olson) 
• Este enfoque trata a atividade política como um 
bem público. 
– Exemplo: a imposição de uma tarifa protege todas as 
firmas, mas os custos do “lobby” são cobertos por 
algumas empresas. 
• Políticas comerciais que geram grandes perdas 
dissipadas em um grande número de firmas ou 
consumidores podem não ter uma forte oposição. 
– Industrias ou sindicatos que são organizados (ou tem 
um pequeno número de participantes) conseguem 
obter proteção. 
Distribuição de Renda e Política Comercial 
27/76 
Modelando o Processo Político 
• Grupos de interesse “compram” políticas 
oferecendo contribuições condicionadas a políticas a 
serem seguidas pelo governo. 
• Os partidos políticos levam em consideração as 
contribuição dos grupos de interesse (precisam de 
recursos para as campanhas) e a redução do bem 
estar do eleitor mediano que irá votar. 
• Estudos empíricos dão suporte a esta visão: no 
caso da aprovação do NAFTA e de um acordo no 
GATT, as contribuições dos empresários e dos 
sindicatos influenciaram os votos dos congressistas 
dos USA. 
Distribuição de Renda e Política Comercial 
28/76 
Quem é protegido? 
• Dois setores conseguiram uma grande proteção nos 
países desenvolvidos: 
– Agricultura 
– Os agricultores são bem organizados e politicamente eficientes e 
a estrutura do governo dos USA, UE e Japão realça este poder 
político (PAC na UE, quota de açúcar USA e tarifa na importação 
de 1000% para importação de arroz no Japão). 
– Têxtil e Vestuário 
– Os setores têxtil e de vestuário tem a maior proteção nos USA e 
nos países desenvolvidos através de quotas. É um setor que 
emprega pouca mão-de-obra especializada e é um setor 
sindicalizado. 
• A proteção nestes dois setores deve diminuir no futuro 
(devido à negociações internacionais e o término das 
quotas do Acordo Multi-Fibras em 2011). 
Distribuição de Renda e Política Comercial 
29/76 
Efeitos da Proteção nos USA (US$ bilhões) 
Efeito Vestuário Tecidos Todos as
Indústrias
Custo para o consumidor 21,16 3,27 32,32
Ganho do produtor 9,90 1,75 15,78
Receita do governo 3,55 0,63 5,86
alocação de quotas 5,41 0,71 7,12
Distorções do produtor e do consumidor 2,30 0,18 3,55
Perda de bem-estar como um todo 7,71 0,89 10,42
Fonte: Gary Hufbauer e Kimberlly Elliott, Measuring the Costs of Protection in the
United States . Washington: Institute of International Economics, 1994, pp 8-9
Distribuição de Renda e Política Comercial 
30/76 
Política Comercial e Grupos de Interesse 
Nos EUA, duas votações importantes, mudando a 
política comercial, ocorreram em 1993 (NAFTA) e 
1994 (aprovação da Rodada do Uruguai). 
Os empresários eram a favor da aprovação e os 
trabalhadores contra a aprovação dos acordos. 
Nos EUA, as leis de financiamento de campanha 
política exigem que os políticos revelem quem e 
quanto contribuiu para a campanha. 
Baldwin e Magee (1998) fizeram um estudo para 
estimar como as contribuições afetaram os votos no 
Congresso. 
31/76 
Resultados do Estudo de Baldwin e Magee
Voto a favor do NAFTA Voto a favor do GATT
Efetivo 229 283
Previsto pelo modelo 229 290
Sem contrubuições dos trabalhadores 291 346
Sem contribuições dos empresários 195 257
Sem nenhuma contribuição 256 323
Política Comercial e Grupos de Interesse 
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Negociações Internacionais e Política Comercial 
A integração internacional aumentou 
desde a segunda metade dos 1930s até 
os dias de hoje. Os países reduziram 
gradualmente tarifas e restrições não 
tarifárias ao comércio internacional. 
Em junho de 1930 é aprovada a 
Smoot-Hawley Tariff Act aumentando 
impostos de importação em 20 mil 
itens. Tarifa média sobe de 35% para 
59%. 
33/76 
34/76 
35/76 
Tarifa Média nos USA (%) 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
36/76 
 Como foi possível politicamente remover as tarifas? 
• A liberalização comercial do pós-guerra foi obtida 
através de negociações internacionais. 
– Os governos concordaram em reduções mutuas de 
tarifas. 
 As Vantagens das Negociações 
• É mais fácil reduzir tarifas como parte de um acordo 
multilateral do que uma política unilateral porque: 
– Ajuda a mobilizar os exportadores no apoio ao livre 
comércio. 
– Pode ajudar os países a evitar guerras comerciais 
destrutivas. 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
37/76 
 Japão 
U.S.A. 
10 
10 
-5 
-5 
20 
-10 
20 
-10 
Livre Comércio 
Livre Comércio 
Proteção 
Proteção 
O Problema da Guerra Comercial 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
38/76 
Na tabela anterior, cada país tem uma 
estratégia dominante: a proteção. 
Embora cada país individualmente esteja melhor 
com proteção, os dois estarão melhor se ambosescolherem o livre comércio. 
• Em termos de teoria dos jogos, esta situação é 
conhecida como o dilema do prisioneiro. 
• Japão e U.S.A podem estabelecer um acordo para 
manter o livre comércio. 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
39/76 
Acordos Comerciais Internacionais: Uma Breve História 
• A redução de tarifas coordenada internacionalmente como 
política comercial já ocorria nos anos 30, através de 
negociações bilaterais (reversão do protecionismo do Smoot-
Hawley Act de 1930). 
• A redução multilateral de tarifas depois da II Guerra foi feita 
com base no General Agreement on Tariffs and Trade 
(GATT), estabelecido em 1947, com sede em Genebra. 
– Seu nome atual é World Trade Organization (WTO), ou 
Organização Mundial do Comércio (OMC). 
– O sistema GATT-WTO comporta um conjunto de regras e 
leis para a condução da política de comércio 
internacional. 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
40/76 
Órgãos Multilaterais: criação do GATT (1947 – começou 
com 23 países), sucedido pela OMC (1995, atualmente 
com 153 membros), ambos baseados; 
• No princípio da não discriminação (cláusula da nação 
mais favorecida); 
• Rodadas Multilaterais de negociação para abertura de 
mercado: oito já terminadas e em andamento a Rodada 
Doha; Princípios das decisões: 
–Unanimidade; 
–Definitivas. 
Principal resultado: redução das tarifas de importação de 
35% para 4%. 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
41/76 
• O sistema GATT-OMC proíbe: 
– Subsídios às Exportações (exceto para produtos agrícolas 
até dezembro de 2004 – acabou a Clausula da Paz) 
– Quotas de Importação (exceto no caso em que há um 
rápido aumento das importações, levando à 
“desorganização do mercado”) 
– Novas Tarifas (uma nova tarifa, ou aumento de tarifa 
precisa ser compensado por reduções em outras tarifas 
para neutralizar os efeitos sobre os países exportadores) 
• Rodadas de Negociação 
– Os membros da OMC se reúnem para negociar redução 
de tarifas e outras medidas de liberalização comercial. 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
42/76 
• Oito rodadas ocorreram desde 1947: 
–As cinco primeiras tiveram o formato de 
negociações bilaterais “paralelas” (exemplo, a 
Alemanha negocia com a França e Itália). 
–A sexta rodada de negociação multilateral, 
conhecida como Rodada Kennedy , foi 
completada em 1967: 
– Este acordo envolveu uma redução generalizada 
de tarifas de 50% nos países industrializados 
(com poucas exceções setoriais). 
– A Rodada Kennedy reduziu a tarifa média em 
35%. 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
43/76 
– A Rodada Tóquio, completada em 1979, resultou em: 
– Redução de tarifas 
– Novas regras para controlar a proliferação de restrições não 
tarifárias, tais como RVEs. 
– A oitava rodada de negociações, chamada de Rodada do 
Uruguai, foi encerrada em 1994. 
– Está em andamento a nona rodada de negociações, 
chamada de Rodada Doha, iniciada em 2001 e a data 
prevista de término era dezembro de 2008. 
– O principal compromisso nas negociações é o da 
consolidação. O país que concordou com a redução de 
uma tarifa não pode mais elevá-la no futuro (100% nos 
países desenvolvidos e 75% nos países em 
desenvolvimento). 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
44/76 
A Rodada do Uruguai 
• Principais resultados: 
– Liberalização comercial 
– Reformas administrativas 
Liberalização Comercial 
• A tarifa média nos países desenvolvidos caiu em 40% (de 6,3% 
para 3,9%). 
– Mais importante foi a liberalização comercial em dois setores: 
agricultura e têxtil. O subsídio agrícola foi reduzido em 36% e o 
volume de exportação subsidiado não pode ultrapassar 21%. 
Do GATT à OMC 
• Uma das coisas mais destacadas da Rodada Uruguai é a criação 
da OMC. 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
45/76 
• Diferenças entre a OMC e o GATT 
–O GATT era um acordo provisório, enquanto que a 
OMC é uma organização internacional. 
–O GATT abrangia somente comercio em bens, 
enquanto que a OMC inclui regras para serviços [o 
General Agreement on Trade in Services (GATS)] e o 
de regras para direitos de propriedade intelectual – 
[Trade-Related Aspects of Intellectual Property 
Rights] (TRIPS). 
–A OMC tem um “sistema de soluções de 
controvérsias” onde as decisões são tomadas em um 
menor prazo de tempo. 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
46/76 
 Organização Mundial do Comércio 
 As negociações na OMC procuram reduzir as 
restrições comerciais pelo menos de três 
maneiras: 
 Redução de alíquotas (%) das tarifas através 
de negociações multilaterais. 
 Limite superior consolidado para as tarifas: a 
tarifa tem um “limite” superior que o país 
importador concorda em não aumentar no 
futuro. 
47/76 
 Proibição de novas barreiras não tarifárias: 
quotas devem ser mudados para tarifas, 
porque o custo da proteção tarifária é mais 
transparente. 
• Subsídios para a agricultura são uma exceção a 
regra. 
• Existe também exceção para “salvaguarda” da 
indústria nacional, no caso de um aumento 
rápido das importações que coloque em risco a 
sobrevivência do setor. 
 Organização Mundial do Comércio 
48/76 
A Organização Mundial do Comércio foi criada em 
1995, envolvendo vários acordos: 
• GATT (General Agreement on Tariffs and Trade): 
cobre o comércio de bens. 
• GATS (General Agreement on Trade in Services): 
cobre o comércio em serviços (exemplo: seguros, 
serviços bancários, consultoria, serviços jurídicos). 
• TRIPS (Trade-Related Aspects of Intellectual 
Property Rights): cobre direitos de propriedade 
intelectual (exemplo: patentes e direitos autorais). 
 Organização Mundial do Comércio 
49/76 
• O mecanismo de “Soluções de Controvérsias”: um tribunal 
onde países podem levar suas disputas comerciais para a 
avaliação de um “painel” de especialistas decidirem sobre 
violações de regras multilaterais de comércio. 
• As resoluções são rápidas: mesmo com a possibilidade de 
recorrer à instância superior (Tribunal de Apelações), as 
decisões não podem se estender por mais de 15 meses. 
• O painel usa os acordos já assinados pelos peticionários 
para decidir que país está violando seus compromissos. 
• O país que não cumpre as decisões do painel está sujeito 
à retaliações por parte do país que venceu a disputa 
comercial. 
 Organização Mundial do Comércio 
50/76 
A última negociação multilateral do GATT/WTO 
foi ratificada em 1994 (Rodada do Uruguai): 
• Decidiu que todas as restrições quantitativas 
(exemplo quotas) no comércio de produtos têxteis 
e vestuário que existiam pelo Acordo Multifibras 
deveriam ser eliminados a partir de 2005. 
As pressões políticas decorrentes da rápida 
expansão das exportações chinesas levaram a 
manutenção parcial das quotas e total abolição 
somente em 2011. 
 Organização Mundial do Comércio 
51/76 
Benefícios e Custos 
• É difícil estimar o impacto econômico da Rodada 
Uruguai. 
– Existem estimativas feitas pelo GATT e pela OECD 
sugerindo que a economia mundial terá um ganho de 
US$ 200 bilhões anuais com a implementação total do 
acordo. 
– A maioria dos economistas acreditam que esta estimativa é 
conservadora. 
– Os custos da Rodada Uruguai recairão sobre grupos 
organizados, enquanto que os benefícios serão 
estendidos à populações difusas 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
52/76 
Em 2001, começou uma nova rodada de negociação em 
Doha, Qatar, mas até hoje não há um acordo. 
• A maioria do protecionismo remanescente está concentrado 
nos setores: agrícola, tecido e vestuário – setores 
politicamente muito ativos. 
• Há atualmente um impasse na Rodada Doha: os USA só 
aceitam negociar abertura do mercado agrícola, se os países 
em desenvolvimento (particularmente os BRICS) fizerem 
ofertas de abertura para produtos industriais e serviços em 
seus mercados. 
• Os países passaram a concentrar a liberalização comercial em 
acordos bilaterais e regionais.• Atualmente não existem iniciativas para concluir as 
negociações, embora os resultados possam ser expressivos. 
 Organização Mundial do Comércio 
53/76 
Distribuição dos Ganhos Potenciais do Livre Comércio (%) 
Países 
Desenvolvidos 
 
Em Desenvolvimento 
 
Total 
Fonte: 
Agricultura Têxtil Outros Total dos 
 e Vestuário bens bens 
Liberalização Total: 
 
54/76 
O subsídio à Agricultura nos Países Ricos e os 
Efeitos nos Países em Desenvolvimento 
Os subsídios diminuem os preços mundiais, por 
induzir os produtores dos países ricos a produzir mais. 
• Porque os países em desenvolvimento pressionam os 
países ricos para remover os subsídios à agricultura? 
• A resposta é que os produtores nos países em 
desenvolvimento não conseguem concorrer no mercado 
internacional, devido aos subsídios. 
• Porem, a população urbana e aqueles que não 
concorrem com a agricultura dos países ricos, 
beneficiam-se dos subsídios dos países ricos. 
– Exemplo: a China é uma grande importadora de 
alimentos e será prejudicada pela remoção dos 
subsídios dos países ricos (USA e Europa) caso sejam 
bem sucedidas as negociações da Rodada Doha. 
55/76 
Ganhos de Renda Mundial em Dois Cenários (%) 
Fonte: Kym & Martin (2005) 
 
Renda Alta 
 
Renda Média 
 
 China 
 
Renda Baixa 
 
Mundo 
 
Total Parcial 
 
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Acordos Comerciais Preferenciais 
• Países podem estabelecer acordos comerciais 
preferenciais com alguns parceiros que não são 
estendidos para o RDM. 
• O sistema GATT-OMC, pelo principio da não 
discriminação, chamado de “nação mais 
favorecida” proíbe estes acordos. 
–A formação de acordos preferenciais é permitido 
se eles levarem ao livre comércio entre os países 
envolvidos (artigo XXIV do GATT). 
–Segundo a OMC existem hoje 297 acordos 
preferenciais no mundo. 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
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• O livre comércio pode ser estabelecido entre membros da 
OMC em diversos níveis: 
– Uma área de livre comércio permite livre comércio entre os 
membros, mas cada país tem a sua própria política comercial para os 
não membros. 
– Exemplo: O North American Free Trade Agreement (NAFTA). 
– Uma união alfandegária permite livre comércio entre os membros 
mas impõe uma política comercial externa comum para os não 
membros. 
– Exemplo: A União Europeia (UE) e Mercosul. 
– Um mercado comum é uma união alfandegária com livre 
movimentação de fatores entre os países membros (principalmente 
mão-de-obra). 
– Exemplo: A União Europeia 
– Uma união econômica é um mercado comum com instituições 
supranacionais: ex. moeda única. 
– Exemplo: União Europeia. 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
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–Um acordo de livro comércio é de aprovação 
politicamente mais simples, mas é um pesadelo 
administrativo. São necessárias regras de origem 
para os produtos cruzarem fronteiras (controle 
aduaneiro). 
 
–Uma união aduaneira é politicamente complicado 
de ser aprovado, mas de fácil operacionalização, 
pois os bens circulam livremente dentro da área 
do acordo. 
 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
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Os efeitos de acordos preferenciais: 
• Depende de dois efeitos: 
– Criação de Comércio (benefício) 
– Ocorre quando a formação do bloco leva a substituição de 
uma produção doméstica com custos elevados por 
importação de menor custo de outros membros do acordo. 
– Desvio de Comércio (custo) 
– Ocorre quando a formação do bloco leva a substituição de 
importações de baixo custo de países externos ao acordo 
por importações de custo elevado de países membros. 
Negociações Internacionais e Política Comercial 
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 COMÉRCIO INTRA UNIÃO EUROPÉIA 
% DAS EXPORTAÇÕES TOTAIS Fonte: EUROSTAT 
1999 2005 2009 2010 1999 2005 2009 2010
ALEMANHA 65,5 64,6 62,4 60,1 REINO UNIDO 60,8 57,4 55,1 54,7
ÁUSTRIA 73,6 71,8 71,7 71,3 SUÉCIA 62,6 59,0 58,5 57,3
BÉLGICA 78,7 76,7 75,9 73,0 CHIPRE 58,4 73,2 66,9 66,2
DINAMARCA 70,9 70,7 67,5 65,9 ESLOVÊNIA 73,7 68,2 69,3 71,1
ESPANHA 73,6 72,4 68,8 67,8 MALTA 49,1 52,1 42,4 41,8
FINLÂNDIA 65,4 56,8 55,6 54,7 HUNGRIA 84,5 80,9 78,9 77,2
FRANÇA 65,3 63,5 62,1 60,9 REP.CHECA 87,5 85,5 84,7 84,0
GRÉCIA 66,5 61,8 62,7 62,5 ESLOVÁQUIA 87,4 87,2 85,9 84,3
HOLANDA 82,0 79,8 77,4 77,2 ESTÔNIA 85,7 78,1 69,5 68,6
IRLANDA 67,3 64,7 61,4 58,1 POLÔNIA 81,6 78,6 79,3 77,8
ITÁLIA 64,0 61,2 57,6 57,3 LITUÂNIA 73,8 65,7 64,3 61,0
LUXEMBURGO 87,7 89,8 87,3 84,0 LETÔNIA 77,7 76,5 67,6 67,2
PORTUGAL 84,2 80,0 75,4 75,0 ROMÊNIA 72,9 70,1 74,3 72,2
BULGÁRIA 57,2 60,0 64,4 60,9 
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 EXPORTAÇÕES INTRA NAFTA
US $ BILHÕES
USA CANADÁ MÉXICO
MÉXICO CANADÁ TOTAL MÉXICO USA TOTAL USA CANADÁ TOTAL
1991 33,3 85,2 421,7 0,3 95,6 127,2 33,9 1,1 42,7
1994 50,8 114,3 512,4 0,7 133,1 165,3 51,9 1,5 60,9
1998 79,1 154,2 682,5 0,9 182,8 214,4 103,3 1,5 117,5
2000 108,8 174,6 781,1 1,4 240,6 276,6 147,7 3,4 166,5
2009 128,9 205,4 1.056,0 4,2 228,3 316,7 178,8 17,3 229,7
2010 163,4 248,4 1.278,3 4,9 288,8 388,0 232,3 22,1 298,3
Fonte: OMC
62/76 
63/76 
64/76 
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Exportações Brasileiras para o 
Mercosul - % do total
65/76 
Básicos 
6,4%
Industrializados
93,6%
Composição da Exportação Brasileira para o MERCOSUL
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Exportação Intra e Inter-Regional em 2010 (% do total)
Fonte: OMC
Destino
Orígem América do América do Oriente
do Norte Sul e Central Europa CEI África Médio Ásia
América do Norte 48,7 8,4 16,8 0,6 1,7 2,7 21,0
América do Sul e Central 23,9 25,6 18,7 1,3 2,6 2,6 23,2
Europa 7,4 1,7 71,0 3,2 3,1 3,0 9,3
Com. Est. Indep. (CEI) 5,6 1,1 52,4 18,6 1,5 3,3 14,9
África 16,8 2,7 36,2 4,0 12,3 3,7 24,1
Oriente Médio 8,8 0,8 12,1 0,5 3,2 10,0 52,6
Ásia 17,1 3,2 17,2 1,8 2,7 4,2 52,6
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Resumo 
Existem quatro argumentos a favor do livre 
comércio: 
• Os ganhos de eficiência 
• Os ganhos de economias de escala 
• Aumento da concorrência e difusão tecnológica 
• O argumento político 
Existem dois argumento para se desviar do livre 
comércio: 
• O efeito das relações de troca de uma tarifa 
• Falhas de mercado 
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Na prática, a política comercial é dominada por 
considerações de distribuição de renda. 
• Partidos políticos não adotam políticas que 
satisfazem os interesses do eleitor mediano. 
• Grupos bem organizados (ou pequenos grupos) 
podem conseguir políticas que servem a seus 
interesses particulares em detrimento da maioria. 
Resumo 
69/76 
Negociações internacionais possibilitam a redução de 
tarifas nos países desenvolvidos e evitam guerras 
comerciais. 
O GATT é a instituição central do sistema comercial 
internacional. 
• NA última rodada de negociação do GATT criou-se uma 
nova organização: a OMC. 
Três tipos de acordos preferenciais são permitidos na 
OMC: áreas de livre comércio, união aduaneiras e 
mercado comum. 
Acordos preferenciais podem ser bons ou ruins 
dependendo da criação e desvio de comércio. 
Resumo 
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Demanda e Oferta 
Uma tarifa sempre melhora os preços relativos de um país grande. Uma 
tarifa suficientemente pequena, os ganhos nas relações de troca são 
maiores que a perda pela distorção. 
 Suponha que o país local (importador) tenha curvas de demanda e oferta 
dadas por: 
 D = a – b Pi; (Pi é o preço interno) 
 Q = e + f Pi 
 A demanda por importações (diferença entre a demanda e oferta doméstica) 
é dada por: 
 D – Q = (a – e) – (b + f) Pi 
 A oferta de exportações do RDM também é uma reta: 
 (Q* - D*) = g + h PW; 
 o preço local excede o mundial pelo montante da tarifa 
 Pi = t PW 
Prova de que a Tarifa Ótima é Positiva 
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A Tarifa e os Preços 
A tarifa coloca uma cunha entre Pi e PW;no equilíbrio mundial, 
a demanda por importações local é igual a oferta de 
exportações do RDM: 
 (a – c) – (b + f) (PW + t) = g + h PW 
Seja PL o preço mundial na ausência de tarifas. A tarifa eleva o 
preço interno para: 
 Pi = PL + th/(b + f+ h) e baixará o preço externo para: 
 PW = PL – t(b + f)/(b + f + h) 
No caso do país pequeno, a oferta estrangeira é infinitamente 
elástica, h tende a ∞. A tarifa não tem efeito sobre o preço 
mundial e aumenta o preço interno na proporção de um para 
um. 
Prova de que a Tarifa Ótima é Positiva 
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As Tarifas e o Bem-estar Nacional 
Na última figura, Q1 e D1 representam o consumo e produção 
com livre comércio. Com a tarifa, o preço interno aumenta e Q 
aumenta para Q2 e D cai para D2, onde : 
 Q2 = Q1 + tfj/(b + f + h) 
 D2 = D1 + tbh/(b + f + h) 
O ganho devido a queda do preço mundial é dado pela área do 
retângulo (queda do preço mundial x nível de importação 
depois da tarifa). 
 Ganho = (D2 - Q2)xt(b +f)/(b + f + h) 
 = tx(D1 - Q1)x(b + f)(b + f + h) – (t)2xh(b + f)2/(b + f + h)2 
 
Prova de que a Tarifa Ótima é Positiva 
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As Tarifas e o Bem-estar Nacional 
A perda provocada pela distorção do consumo é a soma das 
áreas dos dois triângulos da figura a seguir 
Perda = (1/2)x(Q2 – Q1)x(Pi – PL) + (1/2)x(D1 – D2)x(Pi – PL) 
 = (t)2x(b +f)x(h)2/2(b + f + h)2 
O efeito líquido sobre o bem-estar é: 
 Ganho – Perda = txU – (t)2xV 
U e V são expressões positivas, ou seja, o efeito líquido é a 
soma de um número positivo x t e um termo negativo x (t)2 
Se a tarifa for suficientemente pequena, o efeito líquido será 
positivo. 
Prova de que a Tarifa Ótima é Positiva 
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Demanda de Importações 
País Local 
Oferta de Exportações do RDM 
PL 
Preço, P 
Quantidade, Q 
P 
 i 
PW 
t 
Prova de que a Tarifa Ótima é Positiva 
Efeitos de uma Tarifa sobre os Preços 
75/74 
PL 
PW 
Preço, P 
Quantidade, Q 
S 
D 
P 
 i 
Ganho 
Perda 
Q 1 D 1 Q 2 D 2 
Efeitos de uma Tarifa sobre o Bem-estar 
Prova de que a Tarifa Ótima é Positiva 
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