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A adolescência é um período muito especial no desenvolvimento humano, considerada a transição entre a infância e a idade adulta, caracterizada por intenso crescimento e desenvolvimento que se manifesta por marcantes transformações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais. Em um contexto mais psicológico, é a etapa na qual o indivíduo busca a identidade adulta, apoiando-se nas primeiras relações afetivas, já interiorizadas, que teve com seus familiares e verificando a realidade que a sua sociedade lhe oferece. Ao longo do ciclo da vida, do ponto de vista biofisiológico existem 3 períodos importantes: o período pré-natal, a puberdade e o climatério. Do ponto de vista psicossocial distinguem-se claramente: o período pré- pubertário, a adolescência, a vida adulta e a velhice. É difícil definir a sexualidade de uma forma sintética, pois cada período tem as suas especificidades. Apesar disso, as maiores diferenças no desenvolvimento verificam- se entre a fase da pré-puberdade e a fase da pós-puberdade. Vamos as principais características que definem cada período da nossa evolução. A sexualidade pré-pubertária - Entre os 0 e os 10-12 anos Na infância, a sexualidade é encarada como uma descoberta, nomeadamente do próprio corpo, considerando-se como o primeiro ato sexual da criança mamar no peito da mãe. Nesta fase, a sexualidade é vivida e desenvolve-se nas relações com as sensações corporais e em interação com as figuras de apego. De acordo com Freud (Sigmund Freud, Desenvolvimento Humano), 5ª fase Genital+ a partir dos 11/12 anos, até que o adolescente atinja a vida adulta. É a fase que se dá a reativação de impulsos sexuais.A adolescência é um período de mudanças na qual o jovem tem que aceitar a perda da identidade infantil e dos pais, da infância, para que, pouco a pouco, possa assumir a sua identidade, agora adulta. As principais características da sexualidade nas crianças são: * Os órgãos genitais estão pouco desenvolvidos. * Os caracteres sexuais apenas iniciam o seu desenvolvimento. * A quantidade de hormonas sexuais na circulação sanguínea é também muito pequena. * As sensações de prazer não adquiriram ainda um significado específico, devido a fatores hormonais e sociais. * Os estímulos táteis sobre o próprio corpo são os que têm maior poder propiciador de respostas fisiológicas sexuais. * A sexualidade está mediatizada pelos afetos. * Interiorização da moral sexual. Até aos dois/três anos, as crianças adquirem consciência da sua identidade sexual, ou seja, reconhecem-se e identificam-se como rapaz ou rapariga. Simultaneamente, iniciam um processo de aprendizagem e interiorização das funções que a sociedade considera próprias do rapaz ou da rapariga, e que estão associadas ao papel de gênero. Também se verifica o controlo dos esfíncteres e a criança começa a questionar-se sobre a origem dos bebés. Os modelos de identificação ou imitação também surgem nesta fase, assim como os problemas relativos ao ciúme (em que a criança não compreende nem aceita uma possível partilha das figuras de apego – a aparecimento do Complexo de Caim e Complexo de Édipo). A sexualidade na adolescência A puberdade é uma época de transição entre a infância e a idade adulta, um período marcado por profundas alterações biológicas, fisiológicas e psicológicas, durante o qual o corpo adquire os caracteres sexuais (masculinos e femininos) associados ao sexo biológico, dando-se igualmente a maturação do aparelho reprodutor e a aquisição da capacidade reprodutiva. A descoberta da sexualidade atinge o seu auge. O desejo sexual torna-se algo mais específico e vários estímulos adquirem valor sexual. Com uma maior atividade hormonal, os jovens passam por várias alterações ao nível do corpo, designadamente aumento dos órgãos sexuais, ejaculação noturna no caso dos rapazes e a primeira menstruação no caso das raparigas. Habitualmente é neste período que ocorrem os primeiros contatos sexuais e as primeiras experiências. Vejamos de forma breve quais as mudanças que se produzem e que definem a adolescência (López e Fuertes, 1999): Mudanças biofisiológicas Com a chegada da puberdade, produz-se um conjunto de mudanças fisiológicas (ex: estatura, peso) e também uma sequência de mudanças especificamente sexuais que culminarão na maturação dos órgãos sexuais, assim como na capacidade de resposta à estimulação sexual. Mudanças psicológicas O adolescente adquire uma nova forma de pensamento que lhe permite formular hipóteses, raciocinar sobre elas e extrair as suas próprias conclusões. Estas novas possibilidades intelectuais também lhe permitem refletir sobre os seus próprios pensamentos, bem como orientar o seu afeto para determinadas ideias e valores. O processo de formação da identidade pessoal e sexual é a tarefa mais importante do adolescente no que se refere à sua personalidade. Mudanças na capacidade de integração social Nesta fase, os jovens desenvolvem a capacidade de integração com o grupo de iguais e a capacidade de integração no mundo dos adultos. Surgem também novas necessidades afetivas e sexuais que podem conduzir à dissolução do grupo, em favor da formação de casais. Nesta fase, vai também surgir outra alteração importante: a especificação da orientação sexual. Manifestações anatômicas e fisiológicas Nos rapazes Fonte: Harris, Robie H. (1997). Vamos falar de Sexo - Crescimento, Corpos em Mudança, Sexo e Saúde Mental. Terramar, Lisboa. Nos rapazes, as transformações começam por volta dos 9 aos 14 anos e são muito mais demoradas do que nas raparigas. As principais características das mudanças são: * Surgimento de pêlos nos púbis, nas axilas e no peito; * Aumento dos testículos e do pénis; * Crescimento da barba; * Voz grossa; * Ombros mais largos; * Aumento da massa muscular; * Início da produção de espermatozoides; * Aumento do peso e da estatura Nesta fase os rapazes têm as primeiras ejaculações, que geralmente ocorrem durante o sono (os chamados “sonhos molhados”). Nas raparigas Fonte: Harris, Robie H. (1997). Vamos falar de Sexo - Crescimento, Corpos em Mudança, Sexo e Saúde Mental. Terramar, Lisboa. Nas raparigas inicia-se, em geral, entre os 8 e os 13 anos, variando este período de pessoa para pessoa. Em geral, a puberdade tem início com a primeira menstruação (menarca), que coincide com o surgimento de uma série de transformações do corpo, que já se vinham manifestando na fase conhecida como pré-puberdade. As principais características são: * Alargamento dos ossos da bacia (ancas); * Início do ciclo menstrual (menarca); * Surgimento de pêlos no púbis e nas axilas; * Depósito de gordura nas nádegas, nos quadris e nas coxas; * Desenvolvimento das mamas. Surge a primeira menstruação (menarca), que pode aparecer inesperadamente ou chegar precedida de vários dias de dores abdominais e de cabeça. https://youtu.be/7wuRYDNiQsE Como é a sexualidade na adolescência? Algumas diferenças que existiam entre meninos e meninas na infância se tornam mais evidentes. Nessa fase ocorre o amadurecimento do corpo físico e sexual que colaboram para a identidade sexual. A identidade de gênero e a orientação sexual tornam-se um pouco mais claras aqui. Outro evento importante é percepção e a definição do espaço que a mulher e o homem ocupam na sociedade. É comum que hajam problemas no relacionamento familiar como uma forma de “autoafirmação” e o engajamento em grupos de identificação. Esses grupos são importantes no desenvolvimento emocional, cognitivo e relacional dos adolescentes, pois dão suporte e amparo. As meninas, que na fase anterior são mais reprimidas, passam a ter mais necessidade de controlar os desejos que tem em detrimento do que a sociedade pensa sobre isso. Tipicamente, isso tem impacto nas identificações das preferências e exposição dedesejos para o outro ao longo de toda vida. Já os meninos podem crescer com a ideia de que precisam ter um desempenho acima da média. Diferente das meninas, eles tem uma valorização do corpo e da ereção, então tendem a ver relação sexual apenas como ejacular . Semana 11 Semana 11 Material de estudo Uma das questões primordiais a ser pensada quando falamos da adolescência é, segundo Aberastury (1981), o desejo e paradoxal temor de se inserir no mundo adulto. Isso implica para o adolescente a perda definitiva da condição de criança, juntamente com a presença de três lutos a serem elaborados lentamente, nesse período: o luto pelo corpo infantil, luto pela identidade/status de criança e perda dos pais da infância. https://www.vittude.com/blog/disfuncao-eretil/ https://www.vittude.com/blog/ejaculacao-precoce/ https://graduacao.cederj.edu.br/ava/course/view.php?id=1568§ion=12 Aberastury (op. cit.) traz em seu livro uma série de características referentes à adolescência, as quais descreve como uma sintomatologia que compõe a Síndrome Normal da Adolescência: formação da identidade; tendência à formação e participação de grupos; intelectualização; crises religiosas; pensamentos com características primárias; desenvolvimento sexual; atitudes sociais; contradições constantes no modo de se comportar; separação progressiva dos pais; alterações de humor e estado de ânimo. Tantas descobertas fazem o adolescente ter de remanejar constantemente as novas relações socioafetivas que incorpora à vida. Ele descobre que lidar com o olhar do outro, com um corpo que não para de se desenvolver e com conflitos sobre sua própria identidade gera angústias que precisam de tempo e espaço para serem elaboradas. Alguns Questionamentos Sócio-culturais: 1) Escolhas Profissionais Os desafios das escolhas profissionais na adolescência são enormes e passam por muitos lugares grandiosos. É cedo, aos 17 ou 18 anos, decidir o que fazer da vida pelos próximos longos anos. ... São as escolhas da vida do personagem e por onde passam, também, as escolhas de vida dos adolescentes e jovens. Os desafios das escolhas profissionais na adolescência Ser ou não ser, eis a questão que tanto aflige adolescentes e jovens quando adentram o Ensino Médio. É preciso fazer escolhas, mas quais? E como? Os desafios das escolhas profissionais são enormes. Pedagogia? Enfermagem? Direito? Biologia? Jornalismo? Medicina? Qual destas profissões é a melhor pra mim? Qual delas dá mais dinheiro? E se eu escolher errado? O peso dessa decisão é cruel. Mas ela existe e o pensar deve estar em volta de como conseguir ajudá-los a encontrar sinais desse caminho. Cada vez mais cedo, os adolescentes deparam-se com a escolha de uma profissão. No entanto, nem sempre estão maduros para tal. A escolha da profissão é uma atitude que demanda maturidade devido ao investimento emocional e financeiro da família e do indivíduo para o seu projeto de vida (Melo-Silva, Oliveira, & Coelho, 2002). O termo maturidade refere-se, na teoria desenvolvimentista desenvolvida por Donald Super (1963), à "prontidão" do indivíduo para tomar decisões de carreira. A partir de uma perspectiva social, a maturidade vocacional pode ser definida como a comparação entre as tarefas evolutivas que o indivíduo se defronta e aquelas esperadas com base na idade cronológica do mesmo. A partir de uma perspectiva psicológica, a maturidade pode ser compreendida pela comparação entre os recursos (cognitivos e afetivos) que o indivíduo dispõe e os recursos que, de fato, são necessários para lidar com uma tarefa. Ao pensar na escolha, e consequentemente no vestibular, a maioria dos jovens demonstra sentimentos que vão desde uma simples preocupação até intensa ansiedade e pavor. Diante da angústia em ter que decidir o que vai ser “para o resto da vida”, alguns adolescentes realizam as escolhas baseadas em estereótipos ou representações distorcidas da profissão. Há aqueles que reagem inversamente, demonstrando bastante tranquilidade, que nada mais é do que uma defesa contra aquilo que lhe causa tanta angústia. Soma-se a isso o relato de alguns que dizem que a família não participa da escolha sob o discurso de “não querer interferir”, denotando a dificuldade dos pais em suportar a ansiedade deste período. As influências da família, da mídia e do sistema de valores social, cultural e econômico se fazem presentes e algumas delas são relevantes na decisão do adolescente. Muitas escolhas, por exemplo, são pautadas apenas pelo retorno financeiro, deixando de lado as gratificações emocionais. Outros, diante de tantas dúvidas, optam por seguir a carreira de um dos pais ou atender as expectativas deles, fruto de sonhos não realizados. O jovem, diante de tantos conflitos, tem medo de errar ou de decepcionar os pais e por isso acaba atendendo as sugestões familiares sem uma avaliação realística da mesma. Por isso, neste processo, é importante o auxílio de pais, educadores e psicólogos para esclarecer dúvidas, organizar informações a respeito do mundo do trabalho e apontar alternativas, levando em conta o momento em que o adolescente se encontra e suas características de personalidade, incluindo habilidades, aptidões e valores. O trabalho é um referencial importante na vida do ser humano e é neste ambiente que derivam as relações afetivas, as descobertas através dos sucessos ou fracassos que levam ao crescimento pessoal do indivíduo. Sendo assim, tão importante quanto o autoconhecimento, é preciso que o adolescente transcenda o significado de trabalho, como um mero cumprimento de tarefas estabelecidas. Do contrário, escolher pra quê? 2) Drogas Álcool e drogas na adolescência A adolescência é um momento especial na vida do indivíduo. Nessa etapa, o jovem não aceita orientações, pois está testando a possibilidade de ser adulto, de ter poder e controle sobre si mesmo. É um momento de diferenciação em que "naturalmente" afasta-se da família e adere ao seu grupo de iguais. Se esse grupo estiver experimentalmente usando drogas, o pressiona a usar também. Ao entrar em contato com drogas nesse período de maior vulnerabilidade, expõe-se também a muitos riscos. O encontro do adolescente com a droga é um fenômeno muito mais frequente do que se pensa e, por sua complexidade, difícil de ser abordado. É o momento em que naturalmente o adolescente se afasta da família e se adere ao grupo de “iguais”. Nessa fase está vulnerável a comportamentos que podem fragilizar sua saúde. Ao entrar em contato com drogas nesse período de maior vulnerabilidade, expõe-se também a muitos riscos. Os prejuízos provocados pelo uso do álcool e de drogas podem ser agudos (intoxicação ou overdose) ou crônicos, produzindo alterações mais duradouras ou até irreversíveis. Todas as substâncias psicoativas usadas de forma abusiva produzem o aumento do risco de acidentes e violência, e adolescentes são mais vulneráveis, por tornar mais frágeis os cuidados de autopreservação, que já são enfraquecidos nesse período da vida. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o álcool é o maior fator de risco de morte entre adolescentes entre 15 e 19 anos, superando o uso de drogas. Cerca de 14 mil mortes de crianças e jovens com idade menor de 19 anos, nas Américas, foram atribuídas ao álcool em 2010. O álcool é a droga mais utilizada nessa faixa etária e pode causar intoxicações agudas graves, convulsões e hepatites. O uso de maconha pode produzir a síndrome amotivacional, caracterizada por passividade, apatia, falta de objetivos, de ambição, de interesses e de comunicação, podendo levar à queda do desempenho escolar, aumentar a ansiedade e, consequentemente, aumentar o seu uso. Durante intoxicações por drogas alucinógenas, quadros delirantes e alucinatórios aumentam o risco de acidentes e podem desencadear quadrospsicóticos. O uso de drogas, tabagismo e o consumo abusivo de bebidas alcoólicas podem desencadear problemas para a fertilidade do adolescente do sexo masculino. O comportamento de risco, com uso de drogas e excesso de álcool, também aumenta o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, que por sua vez podem afetar a qualidade do sêmen. O tabagismo, mesmo passivo, pode alterar o volume do sêmen e prejudicar a sua qualidade. O uso crônico de maconha e drogas alucinógenas também pode alterar a qualidade do sêmen, podendo levar à diminuição da quantidade e da motilidade dos espermatozoides. Semana 12 Semana 12 Adolescência e Cultura - Questionamentos Sócio- culturais: * Gravidez * Suicídio violência A gravidez na adolescência consiste na gravidez de uma adolescente. https://graduacao.cederj.edu.br/ava/course/view.php?id=1568§ion=13 Na adolescência, é comum a pressão para que o adolescente inicie a prática sexual, sendo observado um início cada vez mais precoce das relações sexuais no Brasil. As experimentações típicas dessa fase acabam desencadeando uma maior exposição a comportamentos de risco, o que, muitas vezes, culmina na gravidez na adolescência e no aumento de infecções sexualmente transmissíveis. Muitas vezes, a gravidez ocorre em decorrência da falta de informações de qualidade sobre os métodos contraceptivos ou ainda em decorrência da falta de conhecimento sobre o funcionamento do corpo e sobre como a gravidez acontece. Vale destacar, no entanto, que nem sempre a falta de informação é a responsável pelas gestações indesejadas. Muitas vezes, a ideia de que “isso não vai acontecer comigo” faz com que o adolescente sinta que não precisa prevenir-se. A gravidez na adolescência traz consequências graves para a adolescente grávida, para o pai da criança e para os parentes mais próximos do casal. Entre as consequências sociais e emocionais de uma gravidez na adolescência, estão: abandono escolar, dificuldade para encontrar emprego, preconceito por parte da sociedade e risco de depressão na gestante. Além disso, não podemos esquecer das consequências relacionadas à saúde da mãe e do bebê, como risco de parto prematuro, anemia, complicações no parto e baixo peso do bebê ao nascer. → Métodos contraceptivos Os métodos contraceptivos visam a evitar uma gravidez indesejada. Esses métodos não visam à proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (IST), sendo a camisinha o único método contraceptivo que apresenta também essa importante função. A camisinha garante proteção contra uma gravidez indesejada e contra IST. Os métodos contraceptivos devem ser adotados por um casal em comum acordo após análise dos pós e contras de cada método. Para escolher um método, devem ser analisados eficácia, possíveis efeitos colaterais, facilidade de uso, custo, reversibilidade e se ele protege contra IST. Sendo assim, um método contraceptivo ideal para um casal pode não ser para outro. Como exemplo de métodos contraceptivos, podemos citar: Camisinha feminina e masculina https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gravidez-adolescencia.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gravidez-adolescencia.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/camisinha-feminina.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/camisinha.htm https://brasilescola.uol.com.br/sexualidade Pílulas anticoncepcionais Diafragma Dispositivo intrauterino (DIU) Tabelinha Muco cervical Temperatura basal Vasectomia Laqueadura → Doenças sexualmente transmissíveis - Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são infecções transmitidas, principalmente, por contato sexual desprotegido com pessoa infectada. A terminologia “doenças sexualmente transmissíveis” não é mais utilizada hoje, pois muitas pessoas apresentam infecções que não causam sinais e sintomas visíveis no organismo, portanto, que não podem ser chamadas de doenças. Existe uma grande variedade de IST, por isso, é difícil estabelecer sintomas precisos para identificar o problema. Entretanto, de uma maneira geral, considera-se que as IST apresentam, como principais manifestações clínicas, corrimentos no pênis, vagina ou ânus, feridas e verrugas genitais. Entre as principais IST, podemos citar: gonorreia, sífilis, infecção pelo HIV (a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana), herpes genital, infecção pelo HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) , hepatite B e hepatite C. Essas infecções podem ser prevenidas, principalmente, com o uso de preservativos em todas relações sexuais e com a redução do número de parceiros. Além disso, algumas dessas infecções podem ser prevenidas com vacinas, como é o caso da infecção pelo HPV. Não podemos nos esquecer também da importância do diagnóstico e do tratamento da pessoa com IST. Sem o diagnóstico correto, muitas pessoas acabam contribuindo para a disseminação da doença. Desse modo, ao sentir qualquer sintoma que sugira uma IST, é fundamental procurar o médico e comunicar o parceiro. Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos A maternidade… Qual é a época certa? A maternidade é um dos eventos mais importantes na vida de uma mulher. No entanto, esse processo envolve múltiplos cuidados, responsabilidades e obrigações. Por essa razão, muitas mulheres planejam cuidadosamente a melhor época para a chegada de uma criança em sua vida. O motivo: estar apta a proporcionar o melhor cuidado de que a criança precisa. No entanto, nem sempre é assim que isso acontece. O que é a gravidez precoce? A gravidez precoce ou gravidez na adolescência é aquela que ocorre em meninas com menos de 19 anos. Devido ao aumento crescente dessa condição, a gravidez na adolescência é considerada um problema de saúde pública. Existem inúmeros fatores e causas que favorecem essa condição, como afirma este estudo realizado pelo Complejo Hospitalario de Jaén. https://brasilescola.uol.com.br/biologia/pilula.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/pilula.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/diafragma.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/diafragma.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/diu.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/diu.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tabelinha.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tabelinha.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vasectomia.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vasectomia.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/laqueadura.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/laqueadura.htm https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/doencas-sexualmente-transmissiveis-dsts.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/gonorreia.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/sifilis.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/herpes-genital.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/hepatite-b.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/hepatite-c.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/hepatite-c.htm https://brasilescola.uol.com.br/saude/vacina-contra-hpv.htm https://brasilescola.uol.com.br/saude/vacina-contra-hpv.htm https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0213911112000878 https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0213911112000878 Falta de educação e consciência sexual. Pressão do parceiro ou do grupo social. Álcool e drogas. Casamento infantil. Pobreza. O suicídio na adolescência Muitos adolescentes estão pedindo ajuda! O que estes adolescentes estariam dizendo sobre suas vivências? "Há, nos jovens, uma força pulsional e uma dificuldade de esperar e transformar esta força em pensamento. A impulsividade é normal no adolescente e é um dos motivos para que a maioridade penal seja a partir dos 18 anos. Os adolescentes precisam de adultos próximos, como pais e professores, que os escutem com paciência e acolhimento e os ajudem a pensar", explica ao HuffPost Brasil. Adolescência, um períodode vulnerabilidade Para pensar o suicídio na adolescência, é preciso pensar na vulnerabilidade destas pessoas ainda em formação de identidade e em sua dificuldade de relativizar o que está acontecendo à sua volta. "O jovem se sente perplexo frente aos impulsos internos intensos e à demanda confusa do mundo externo. Fazem parte desta fase as dificuldades em avaliar a realidade e a necessidade impulsiva de resolver situações frustrantes", exemplifica o psicanalista Roosevelt Cassorla, da Unicamp. Diferentemente das "causas aparentes" comumente apontadas no suicídio, como o bullying ou o término de um namoro, o ato suicida é complexo e "depende de fatores internos, como timidez, problemas de autoestima e a dificuldade em lidar com as frustrações, e de fatores externos, como uma sociedade que maltrata e não é acolhedora", identifica Cassorla. O relacionamento com o mundo externo é turbulento para um adolescente com ideação suicida. E essa ideação indica que algo sério está em curso, alertam os psicanalistas Diana Lichtenstein Corso e Mário Corso, autores do livro Adolescência em Cartaz (Artmed, 2018). "Comentar ou comunicar a família, os amigos ou amores desta vontade de desistir é uma forma de anunciar que não se sente em condições de crescer — 'melhor nem tentar, nem começar'. A ideia de desistir provavelmente significa que o jovem é incapaz de lidar com os ideais aos quais sente ter que se adequar." Enquanto mundo interno e externo não se apaziguam dentro de um adolescente em sofrimento, o suicídio de alguém tão jovem provoca assombro e desperta uma espécie de desconforto com o que parece ilógico para a sociedade. O que leva um adolescente, em processo de definição das escolhas de vida, a desistir desta história que ainda está sendo escrita? Diana e Mário lembram que a adolescência, para alguns, é a fase mais difícil da vida por ser a mais desprotegida: "É natural que os índices de desistência da vida venham de quem não criou anticorpos para a dura tarefa de viver em sociedades complexas como a nossa. O desafio da adolescência é viver sem tutela; logo, os jovens enfrentam mares revoltos sem boas bússolas e ao lado de pessoas que tampouco sabem os melhores caminhos." A missão de navegar nestas águas desconhecidas bem poderia ficar mais fácil com um manual de instrução ou a ajuda de alguém experiente. Mas quem já foi adolescente possivelmente vai se lembrar da vontade de tentar resolver os problemas sozinho, já que pedir ajuda aos pais dá uma sensação de regressão à infância. "Afinal, eles já estão crescidos, querem provar aos outros, e a si mesmos, que já dão conta dos seus dramas sem recorrer a ninguém", argumentam Diana e Mário. Em momentos como esse, de não se saber o que fazer, as tentativas de independência do adolescente podem esbarrar no desejo dos pais de que os filhos não cresçam, não deixem o ninho e suas vidas vazias de todo o afeto e razão de viver que os pequenos trazem para as famílias, explicam os psicanalistas. Quando olhamos para uma faixa etária ainda mais jovem - de 15 a 19 anos -, o suicídio aparece como segunda causa de mortes entre as meninas, após as complicações na gravidez, e a terceira entre meninos, depois de acidentes de trânsito e violência. E a cada 40 segundos uma pessoa se suicida, sendo que 79% dos casos se concentram em países de baixa e média renda. Esses e outros dados fazem parte de um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). O que pode levar o adolescente a tentar o Suicídio O suicídio na adolescência é definido como o ato de um jovem, entre os 12 e os 21 anos, tirar a própria vida. Em alguns casos, o suicido pode ser resultado das transformações e de inúmeros conflitos internos que ocorrem na adolescência e, por isso, existe um maior risco de depressão, transtorno bipolar e do jovem ceder a pressões impostas pelos outros ou pela sociedade. O comportamento suicida divide-se em 3 fases: pensar em suicídio, tentativa de suicídio e consumação do suicídio. O jovem que pensa em tirar sua vida, acredita que não existem soluções para os seus problemas e, normalmente, dá sinais de um desequilíbrio emocional, que pode passar despercebido por familiares e amigos, devido às características da adolescência, por exemplo. Veja quais são estes sinais que podem indicar o risco de suicídio. Alguns fatores que favorecem os pensamentos e as tentativas de suicídio durante a adolescência incluem: 1. Depressão https://www.tuasaude.com/como-identificar-um-comportamento-suicida/ https://www.tuasaude.com/como-identificar-um-comportamento-suicida/ A depressão é a principal causa do suicídio na adolescência. O jovem deprimido prefere ficar sozinho do que sair com os amigos e pode ter sentimentos como tristeza e solidão, que favorecem os pensamentos e o planejamento do suicídio. Não ter um bom amigo ou namorado para conversar, que seja capaz de mostrar compreensão e compreender suas dificuldades, fazem com que a vida seja mais pesada e difícil de suportar. O que fazer: Buscar ajuda de um psicólogo, psiquiatra ou mesmo grupos de auto ajuda, é importante para iniciar o tratamento da depressão, já que permite ao adolescente falar sobre seus sentimentos, buscando estratégias para aliviar a dor e sair da depressão. Em alguns casos, o psiquiatra pode também receitar medicamentos. 2. Problemas amorosos ou familiares Problemas familiares como perda dos pais, separação, frequentes brigas e discussões, não ter espaço dentro de casa para expressar suas emoções ou não se sentir amado e compreendido pelo companheiro no relacionamento, são fatores que aumentam a angústia e a dor que o adolescente sente, levando-o a pensar em suicídio. Como resolver: Encontrar tempo para conversar de forma calma e ponderada e proporcionar um ambiente de equilíbrio dentro de casa ou dentro do relacionamento amoroso, podem ajudar o jovem a sentir-se melhor. Mais importante do que apontar os erros do outro, é expressar os sentimentos com calma e sem julgamentos, mostrando a penas que quer ser compreendido. 3. Uso de drogas ou álcool O alcoolismo e o uso de drogas também favorece o suicídio. O uso destas substâncias em excesso, já indica que o jovem não está a conseguir resolver conflitos interiores, e que pode estar a passar por um momento de angústia ou frustração. Além disso, a atuação nestas substâncias no cérebro modifica as funções cerebrais, o estado de consciência e o pensamento, favorecendo as ideias autodestrutivas. Como parar: Em caso de vício o mais indicado é buscar tratamento contra dependência química, mas se o uso destas substâncias é esporádico ou recente, pode ser possível deixar de usar, sem ser necessário internamento. Ocupar o tempo com atividades ao ar livre pode ajudar a distrair a mente, mas o mais importante é ser o jovem a decidir que não deseja mais usar drogas ou consumir bebidas alcoólicas. Além disso, buscar um bom amigo para desabafar quando se sentir triste ou deprimido, também pode ajudar. 4. Bullying https://www.tuasaude.com/tratamento-para-drogados/ https://www.tuasaude.com/tratamento-para-drogados/ O bullying acontece quando outras pessoas denigrem a imagem ou até mesmo agridem fisicamente a vítima que se sente indefesa, sendo esta uma situação comum na infância e na adolescência, embora seja crime. Como solucionar: Informar os responsáveis sobre o bullying e encontrar juntos uma estratégia para que deixe de acontecer. Saiba o que é bullying e suas consequências. 5. Traumas emocionais https://www.tuasaude.com/o-que-e-bullying/ https://www.tuasaude.com/o-que-e-bullying/ Ter sido vítima de um abuso sexual ou maus tratos são fatores que favorecem os pensamentos suicidas, porque a pessoa sente-se encurralada pelos problemas e não consegue lidar com a dor que sente diariamente. Com o passar do tempo, a dor não diminui e a pessoa fica angustiadae deprimida, o que favorece os pensamentos suicidas, porque a pessoa pode sentir que tirar a própria vida, é a melhor solução para resolver o problema. Como lidar com a dor: Os traumas emocionais devem ser tratados com o acompanhamento do médico psiquiatra, com remédios calmantes para dormir melhor. Participar em grupos de apoio de auto ajuda também é uma grande ajuda para que a dor emocional, e até mesmo física, cesse. Ouvir as histórias de outras pessoas que já passaram pela mesma situação e fazer tarefas que são indicadas nestes grupos, também faz parte do tratamento para superar o trauma. Confira as consequências e como lidar com o abuso sexual. Além disso, pessoas que tiveram casos de suicídio na família, que já tentaram tirar sua vida, meninas que engravidaram na adolescência e os jovens com dificuldade escolar também têm maior tendência para pensar em suicídio. Outro fator que não deve ser ignorado é que ouvir falar do assunto na televisão, rádio ou redes sociais também influencia e acaba favorecendo as pessoas susceptíveis ao suicídio, porque elas passam a pensar nisso como uma forma de resolver seus problemas da mesma forma. Como evitar o suicídio https://www.tuasaude.com/remedios-para-ajudar-a-dormir/ https://www.tuasaude.com/consequencias-do-abuso-sexual/ Para evitar os pensamentos e o planejamento do suicídio em jovens, é importante ficar atento aos sinais que podem indicar que a pessoa está pensando em tirar a própria vida. Mudanças repentinas de humor, agressividade, depressão e o uso de frases, como: 'estou pensando em me matar; o mundo seria melhor sem mim, ou tudo se resolveria se eu não estivesse mais aqui' também servem de alerta. Mas somente identificar estes sinais não é suficiente, e por isso, é muito importante buscar ajuda profissional, com um psicólogo ou psiquiatra para definir as estratégias para parar de pensar em tirar a vida. Fortalecer o vínculo afetivo com a família, amigos e com uma comunidade de fé como a igreja, por exemplo, pode ajudar a ter relações interpessoais mais satisfatórias e aumentar a percepção de apoio, melhorando assim o bem-estar e a qualidade de vida do jovem. Semana 13 Semana 13 https://graduacao.cederj.edu.br/ava/course/view.php?id=1568§ion=14 Adolescência: Um vinculo em transformação com perdas e lutos Material de estudo O luto de um adolescente A adolescência nos remete a diversão, revolta e independência, não a perdas. Veja abaixo algumas reflexões e dicas para entender e lidar com o luto de um adolescente. A gente sempre pensa na adolescência como um tempo para diversão, revolta e independência. Não como um tempo de perdas profundas. Mas os adolescentes, assim como adultos, sofrem perdas. Em função do momento desafiador, a experiência com o luto para um adolescente, é única. Não são crianças, nem adultos. Adolescentes em luto precisam de ajuda para o que consideram impossível de se sobreviver. Com exceção da infância nenhum momento da vida é tão cheio de mudanças quanto a adolescência. Uma das primeiras mudanças que devem encarar é a separação de suas famílias. Quando saem da segurança da infância os adolescentes começam a se separar dos seus pais e irmãos para estabelecerem suas próprias identidades. Esse processo é normal e necessário. Apesar dos adolescentes precisarem se separar de suas famílias eles ainda querem se sentir amados e seguros. Essa ambivalência pode complicar muito o processo de luto. Inconscientemente o adolescente pode pensar “se eu ficar de luto significa que preciso de você mas a minha maior necessidade agora é autonomia, então não quero ficar de luto”. Amigos, incluindo namorados e namoradas, podem se tornar a fonte mais importante de afirmação e aceitação. Quando um amigo morre, além da dor particular desse momento, a morte de outro jovem torna o adolescente mais consciente de sua própria morte. Na adolescência as alterações físicas mexem com a autoestima desses jovens. E essas alterações podem sobrecarregá-los ainda mais no processo de luto. Essas mudanças os tornam mais parecidos com homens ou mulheres o que nos faz pensar intuitivamente que são emocionalmente maduros e podem assim lidar com o próprio luto. Ninguém, especialmente um jovem, deve lidar com o próprio luto sozinho. A escola, e ás vezes o trabalho, são ambientes legítimos e necessários no mundo adolescente, esses espaços os ajudam a se encontrarem. A morte de alguém próximo pode colocar a escola ou o trabalho “em suspenso”. Isso é normal. Não se deve esperar que o desenvolvimento escolar continue como se nada tivesse acontecido. Os adultos, pais, professores, devem entender e até encorajar essa troca de prioridades. A morte de uma pessoa próxima é um momento de fracionamento para um adolescente que passa a reconstruir sua vida. Com suporte e compreensão, adolescentes em luto, aprendem cedo que nós humanos não temos controle completo sobre nós mesmos e sobre o nosso mundo. Eles aprendem que o luto é o contraponto natural de ter amado. Eles aprendem que fé e esperança são pontos centrais em achar um sentido para tudo que se faz nessa vida curta. E aprendem o verdadeiro valor para a alegria de viver. Veja abaixo algumas dicas práticas para se lidar com o luto de um adolescente: 1. Converse sobre a morte: em geral, trazer a morte para a conversa ajuda a dissipar medos e caminha a favor da aceitação; 2. Estabeleça um vínculo de confiança e confidencialidade: escute sem julgamento e honre o combinado de confidencialidade, não divida com outras pessoas as confissões ou falas íntimas; 3. Preste atenção à comunicação não verbal: 50% da arte de ouvir e estar presente envolve comunicação não verbal. Olhar nos olhos, inclinar-se em direção à pessoa, manter uma postura aberta (sem braços cruzados); 4. Fale: “sinto muito”, “estou pensando em você”, “eu me importo”, “eu te amo”, “você é muito importante pra mim”, „estou aqui para você”, “quero ajudar”; 5. Use o nome da pessoa falecida: quando estiver conversando com o adolescente mencione a pessoa falecida citando seu nome; 6. Acompanhe e siga acompanhando: logo após a morte a rede de suporte é intensa, parentes e amigos estão por perto. Meses depois essa rede diminui, as pessoas retomam suas atividades. Siga acompanhando e dando suporte, não espere que o adolescente tome a iniciativa. Ligue, envie mensagens, faça visitas ou simplesmente convide para um sorvete.
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