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Sistema Fiscal Moçambicano

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Arcenio Artur Munguambe 
 
 
 
 
Curso de Licenciatura em Ensino de Administração Pública 
 
 
 
Modulo: Teoria Organizacional 
2º Ano 
 
Direito Fiscal e Aduaneiro 
Tema: Sistema Fiscal Moçambicano 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xai-Xai, Junho de 2021 
 
Índice 
1. Introdução ............................................................................................................................. 1 
1.1. Objectivos .......................................................................................................................... 1 
1.1.1. Geral: .............................................................................................................................. 1 
1.1.2. Específicos: .................................................................................................................... 1 
2.1. Breve historial do sistema fiscal Moçambicano ................................................................ 2 
2.1.1. Período pré-colonial ....................................................................................................... 2 
2.1.2. Período colonial .............................................................................................................. 3 
2.1.3. Período pós-independência ............................................................................................. 3 
a) Primeira reforma tributária de 1978 ...................................................................................... 4 
c) Terceira reforma de 2002 ..................................................................................................... 6 
d) O sistema tributário de 2002 ................................................................................................ 6 
2.2. Actual Sistema Tributário ................................................................................................. 7 
2.3. Impostos vigentes no Sistema Tributário Moçambicano e suas taxas ............................... 8 
a) Considerações finais ............................................................................................................ 11 
Referencias bibliográficas ....................................................................................................... 12 
 
 
 
1 
 
1. Introdução 
O presente trabalho tem como tema em foco, Sistema Fiscal Moçambicano. 
Sistema fiscal pode ser definido como Conjunto de impostos existentes num dado país ou 
território. 
O trabalho procura de forma minuciosa, fazer um resgate à história do Sistema Fiscal 
moçambicano; trazendo uma mini-reflexão das reformas sofridas pelo mesmo (sistema) ao 
longo da sua evolução face à realidade social que o Moçambique percorreu desde o período 
pré-colonial, independência até aos nossos dias; analisando os principais impostos em vigor, 
descrevendo os princípios gerais que formam o Sistema Fiscal Moçambicano. 
1.1.Objectivos 
1.1.1. Geral: 
 Abordar o Sistema Fiscal Moçambicano, desde período pré-colonial até aos nossos dias. 
1.1.2. Específicos: 
• Definir o sistema fiscal; 
• Enumerar os principais impostos vigentes em cada período; 
• Enumerar as razões que impulsionaram a substituição de um imposto vigente pelo outro; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Revisão da literatura 
2 
 
Definição 
Sistema fiscal 
Sistema 
Do latim systema, um sistema é um conjunto ordenado de elementos que se encontram 
interligados e que interagem entre si. 
Para Jorge (2003), Sistema é um conjunto de elementos interrelacionados que interagem no 
desempenho de uma função. 
Fiscal 
Fiscal, entretanto, diz-se daquilo que pertence ou que é relativo ao fisco. Este termo (fisco) está 
relacionado com o tesouro público ou com os órgãos públicos envolvidos na cobrança de 
impostos e taxas. 
Desse modo o sistema fiscal pode ser definido como Conjunto de impostos existentes num dado 
país ou território. 
Fiscalidade 
2.1.Breve historial do sistema fiscal Moçambicano 
A origem do sistema fiscal moçambicano está intimamente ligado com os grandes períodos 
históricos no país, a saber o período primitivo ou pré-colonial; o período colonial; o período 
pós- independência. 
2.1.1. Período pré-colonial 
Este período iniciou com a chegada dos mercadores árabes e indonésios por volta dos anos 600 
e termina em 1865. 
Com a fixação dos árabes na Ilha de Moçambique entre os anos 1840 e 1486, introduziram a 
islamização e reduziram o domínio do comércio chinês e introduzem a primeira forma de 
tributação no país, designado mutsonko ou mussoco. 
Esta medida fiscal que coexistia com os tributos árabes e os direitos de passagem não tiveram 
grande expressão. Os súbditos também deviam impostos aos chefes tribais, os mambos ou hosi, 
como sinal de vassalagem. As oligarquias cobravam impostos aos povos de territórios que 
ocupavam, utilizando o sistema de organização fiscal encontrado que tinha os régulos no topo 
e que deixaram de ter a titularidade dos tributos 
3 
 
2.1.2. Período colonial 
Este período pode ser analisado em dois sub períodos, nomeadamente: 
_ de 1820 a 1967 e; _ de 1968 a 1975. 
a) Primeira fase: 1820 – 1967 
Este período começa com a implantação do liberalismo em Portugal, inspirado na Revolução 
Francesa, defendo a unicidade do Estado e a soberania do Povo, que contrastava com a 
existência da dupla soberania. Neste contexto, alguns impostos foram substituídos, por 
exemplo, os prédios rústicos passam a pagar dízimos e os urbanos passam a contribuir com uma 
taxa de 10%, substitui-se o Mussoko árabe e prazeiro pelo imposto de palhota, que extingue, 
também os trabalhos forçados. 
b) Segunda fase: 1967 – 1975 
Tem-se como marco desta fase a reforma efectuada em 1967, com os seguintes fundamentos: 
• O crescimento económico, mercê da posição geo-estratégica de Moçambique na região 
austral de África; 
• A manifestação da incapacidade do regime de tributação vigente; 
• Os objectivos políticos de integração económica colonial; 
• A reforma fiscal efectuada em Portugal que culminara em 1966, que congregava os 
impostos num único diploma para evitar repetições e que permitia uma fácil apreensão do 
espírito do sistema. 
Com a reforma efectuada neste período, passaram a vigorar os seguintes impostos: 
• Contribuição industrial (que tributava os lucros das empresas); 
• Imposto Profissional e seu adicional; 
• O Imposto sobre a Aplicação de Capital; 
• O Imposto Complementar; 
• O imposto Geral mínimo; 
• O Imposto de Consumo; Imposto de Selo. 
 
2.1.3. Período pós-independência 
O período pós-independência é caracterizado por varias reformas das quais destacaram-se nos 
anos 1978, 1987 e 2002 antes da criação da Autoridade Tributária de Moçambique. A primeira 
que se verificou em 1978, a segunda em 1987 e a última em 2002 antes da criação da AT. 
4 
 
a) Primeira reforma tributária de 1978 
A necessidade de garantir o funcionamento dos sectores sociais, nomeadamente a saúde e a 
educação trouxe para o Estado moçambicano a problemática dos meios para assegurar a 
realização das receitas para os objectivos de justiça social traçados (os supracitados), cuja 
exequibilidade não passa de simples sonho, mas de concretização. 
Desde logo, o sistema clamava por uma Reforma. Reforma que se concretizou em Fevereiro de 
1978, que se basearia nos princípios de política fiscal definidos na Resolução 5/77 da 
Assembleia Popular (AP) que incluía taxas progressivas e outras medidas que visavam a 
prossecução da justiça social. 
b) Segunda reforma de 1987 
Dada a inadequação da Primeira reforma de 1978 na realidade da época foi lançado a segunda 
reforma de 1987 conhecido por Programa de Reabilitação Económica (PRE) para melhorar o 
estado da economia nacional. 
Este programa consistia numa série de acções nas áreas de formação dos preços, de taxa de 
câmbio,alteração da política e legislação fiscal e outras estruturais e administrativas, visando 
melhorar a eficiência dos agentes económicos, aumentar o abastecimento e a produção e ajudar 
a restabelecer o equilíbrio financeiro. 
Por assim dizer, a Reforma implicava a revogação da Resolução 5/77, cujos princípios já não 
solucionavam os problemas da altura, pela Lei 3/87 que fixava novos princípios em que deveria 
assentar o sistema fiscal de modo a: 
• Aumentar a elasticidade das receitas em relação ao crescimento do PIB; Alargar a base 
tributária. 
Porém, mantiveram-se os seguintes Impostos: sobre o Rendimento de Trabalho, sobre Lucro de 
Empresas, sobre as Transacções e sobre o Consumo e Importação, e alterou-se: 
• A amplitude e a base de incidência dos impostos sobre o consumo e importação, com 
objectivo de captar para o Estado de forma selectiva os proveitos anormais que em 
condições de novos preços e salários se encontravam nas mãos de um número reduzido de 
cidadãos; 
5 
 
• A gravosidade do imposto sobre transacções – imposto de circulação – repercutindo sobre 
o consumidor, obrigou a partilhar com o Estado uma porção maior dos lucros realizados 
pelo sector comercial; 
• A redistribuição da tributação dos rendimentos do trabalho fazendo com que: os 
trabalhadores do estado ficassem isentos, a adaptação das taxas não desvirtuasse o 
significado do aumento salarial; 
• O imposto complementar que passou a incidir sobre os rendimentos de trabalho; 
• A sujeição das empresas estatais ao regime geral dos impostos; 
• O IRN, passando a designar-se Imposto de capitação e;\ 
Criou-se o calendário fiscal que introduziu o sistema de cobranças antecipadas em lugar de 
sistemas de correcção. Em 1988, completou-se a Reforma adoptando-se algumas medidas 
adicionais no domínio aduaneiro. (DC 20/78). 
1. Impostos adoptados pela reforma de 1987 
Com a Reforma de 1987, o sistema fiscal da RPM passou a integrar: Impostos Directos e 
Impostos Indirectos dos quais se destacam: 
 Directos: 
• Contribuição industrial, incidente sobre os lucros da actividade Comercial; 
• Imposto sobre os Rendimentos de Trabalho, Secção A e B; 
Secção A: incidente sobre remunerações; 
Secção B: incidente sobre o valor da produção e dos serviços. 
• Imposto Complementar, incidente sobre o rendimento global de pessoas singulares, 
rendimento de aplicação de capitais (singulares e colectivos) e sobre rendimento de trabalho 
independente. 
 
Indirectos, ou sobre despesas 
• Imposto de Circulação, com incidência sobre todos os bens e serviços; 
• Imposto de Consumo, incidente sobre produtos nacionais e importados; 
• Direitos Aduaneiros; 
• Outros impostos cuja situação concreta o justificasse como a sisa, imposto do selo, o 
imposto sucessório, etc. 
6 
 
 
c) Terceira reforma de 2002 
A terceira Reforma teve como prenúncio a introdução do IVA como substituição do imposto de 
circulação que apesar de ter constituído grande fonte de receita para os cofres do Estado 
fomentava o mercado informal e aumento dos preços dos produtos produzidos internamente; e 
introdução do Imposto de Consumo de Produtos Específicos (ICE) que substituía o Imposto de 
Consumo, que pelas características dava azo ao contrabando e evasão fiscal. 
Estes novos impostos visavam alargar da base tributária, reduzir a carga fiscal no conjunto da 
tributação directa, aumentar o nível das receitas fiscais, modernizar o sistema de impostos e 
racionalizar o sistema de benefícios fiscais. 
Como ficou dito, nem toda a legislação fiscal colonial foi revogada, restando para tal tudo o que 
não fosse contrário à Constituição de 1975. Por assim dizer, assistiu-se a uma reformulação da 
tributação, substituindo também a matéria do Código dos Impostos sobre o Rendimento de 
1987. 
Nesta reforma de 2002, estabeleceram-se as bases para a implementação do novo sistema de 
tributação do rendimento (Imposto sobre Rendimento de Pessoas Singulares - IRPS e Imposto 
sobre Rendimento de Pessoas Colectivas - IRPC) com carácter progressivo. Ainda, foram 
constituídos os princípios de organização tributária no país, as garantias e as obrigações 
tributárias dos contribuintes e da Administração fiscal, os procedimentos básicos de liquidação 
e cobrança de impostos, o regime geral de infracções tributárias, introduz-se a tributação das 
empresas pelo seu rendimento real. 
d) O sistema tributário de 2002 
A última Reforma introduz alterações profundas na estrutura dos impostos e coloca princípios 
que foram deixados à parte pelas duas anteriores Reformas designadamente de 1978 e 1987 de 
forma a alcançar melhor eficiência de execução face à realidade da época quer quanto `a 
capacidade técnica do pessoal administrativo quer dos contribuintes. 
A lei 15/2002 introduz técnicas modernas de tributação e consagra os princípios de 
generalidade, da justiça material, da eficiência e simplicidade do sistema, requisitos necessários 
para um sistema fiscal ideal. Ainda, revoga a Lei 3/87 de 19 de Janeiro e a Lei 8/88 de 21 de 
Dezembro. 
7 
 
Uma outra inovação consistiu na materialização dos princípios e na fixação de regras de 
interpretação e integração de lacunas da mesma, no tratamento dos elementos da relação 
jurídico tributária, conceituação de substituição fiscal e de retenção na fonte, garantias dos 
contribuintes, apresentação das formas de extinção da responsabilidade tributária, das 
modalidades de cobrança dos impostos e do conceito de infracção tributária (arts. 5, 6, 11 e 12, 
17, 32, 37 e 41 todos da LBST). 
Ainda mais, introduz uma alteração na tributação directa, passando do clássico modelo cedular 
para um modelo de tributação de Rendimentos. 
Tipos de Impostos da Última reforma 
O sistema tributário integra impostos nacionais e autárquicos. De todo resulta que os impostos 
do sistema fiscal nacional classificam-se em directos e indirectos e actuam da seguinte maneira: 
1. Tributação Directa (art. 57 LBST) 
Actuam com base em: 
_ IRPS; e _ 
IRPC. 
2. Tributação Indirecta (art. 66 LBST) 
Actuam com base em: 
_ Imposto sobre a despesa; 
_ IVA; 
_ ICE; e 
_ Direitos Aduaneiros 
Contudo, a LBST manteve os seguintes impostos das Reformas anteriores: Imposto do selo, 
sobre sucessões, sisa, especial sobre o jogo, IRN, sobre veículos. 
A terminar, de referir que esta Lei trouxe grandes inovações e modernizou o sistema fiscal 
moçambicano porquanto adopta princípios universais do direito fiscal e está virado para a 
justiça social. 
2.2.Actual Sistema Tributário 
As principais características da legislação fiscal prevalecente em 2009 são essencialmente as 
mesmas que o sistema de base de 2005 apresentado no capítulo anterior. Esta análise apresenta 
mais detalhes e actualiza a informação para 2009. 
8 
 
Particular atenção é dada ao Imposto Simplificado para os Pequenos Contribuintes de 2009 
(ISPC) e ao Código dos Benefícios Fiscais de 2009 (CBF). O capítulo examina igualmente a 
posição do sistema tributário de Moçambique na classificação do relatório Doing Business do 
Banco Mundial. A secção final contém um resumo dos planos da Autoridade Tributária de 
introduzir mais reformas com vista a modernizar a administração tributária. 
a) O sistema tributário em 2009 
O actual sistema tributário em vigor em Moçambique encontra-se, em termos gerais, em 
conformidade com os padrões internacionais de boas práticas nos países em desenvolvimento, 
com as principais fontes de receitas provenientes do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) 
e dos impostos modernos sobre os rendimentos de pessoas colectivas e singulares (IRPC e 
IRPS, respectivamente) e com os impostos sobre o comércio a perderem importância. 
Em 2008, o total da receita atingiu cerca de 16,0 por cento do PIB, com as receitas fiscais em 
13,5 por cento do PIB. Estes dois valores representam um aumento em mais de dois pontos 
percentuaisrelativamente ao PIB entre 2005 e 2008, apesar das reduções registadas na taxa 
máxima dos direitos aduaneiros, da implementação do comércio preferencial da SADC, dos 
limites mais elevados para se entrar na rede fiscal para o IVA e para o imposto sobre os 
rendimentos e o adiamento temporário do imposto sobre o combustível em 2008 com o 
objectivo de amainar os efeitos dos preços mundiais exorbitantes do petróleo. Estes factos 
indicam que os esforços do governo com vista a melhorar a administração tributária e a alargar 
a base tributária têm vindo a produzir frutos. 
2.3.Impostos vigentes no Sistema Tributário Moçambicano e suas taxas 
O sistema tributário Moçambicano integra os impostos nacionais e autárquicos, tratados em 
dispositivos legais diferentes. O imposto nacional actua a dois níveis: 
Os Impostos Directos – são os que recaem directamente sobre o rendimento e integram os 
seguintes impostos: 
• Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares –IRPS; Imposto sobre 
o Rendimento de Pessoas Colectivas – IRPC e Imposto Simplificado para 
Pequenos Contribuintes. 
Os Impostos Indirectos – são os que recaem sobre a despesa e integram os seguintes: 
• Imposto sobre o Valor Acrescentado – IVA; 
9 
 
• Imposto sobre Consumo Específico – ICE; Direitos Aduaneiros. 
Outros Impostos – fazem parte dos outros impostos nomeadamente: 
• O imposto do Selo; 
• A Sisa; 
• Imposto Especial sobre jogos; O imposto de Reconstrução Nacional; O 
Imposto sobre Veículos. 
E outros impostos e taxas específicas estabelecidos em legislação própria. 
Devem requerer o registo nas finanças, tanto pessoas singulares como colectivas, o património 
ou organização de facto ou de direito, vinculados à prestação tributária. 
a) IVA - Imposto Sobre O Valor Acrescentado 
O IVA paga-se durante as transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas no território 
nacional, bem como na importações de bens. 
A taxa aplicável é única, de 17%. 
b) O Imposto Sobre Consumos Específicos 
O Imposto Sobre Consumos Específicos incide sobre determinados bens, produzidos ou 
importados como bebidas alcoólicas, tabaco e veículos automóveis. 
As taxas variam de 20% a 75%. 
c) O Imposto Complementar 
O Imposto Complementar incide sobre as mais-valias ou ganhos obtidos por alienação onerosa 
de partes sociais, incluindo amortização; rendimentos da aplicação de capitais, desde que 
produzidos no país; rendimento global das pessoas singulares, com exclusão dos rendimentos 
abrangidos pelo Imposto Sobre os Rendimentos do Trabalho - Secção A, desde que os seus 
titulares sejam residentes no país. 
As taxas de Imposto Complementar aplicáveis ao rendimento global das pessoas singulares 
variam de 8% a 40% de acordo com o valor do rendimento. 
d) O Imposto Sobre Os Rendimentos Do Trabalho 
O Imposto Sobre Os Rendimentos Do Trabalho incide sobre aqueles que prestem serviços 
profissionais por conta de outrem, os que prestem serviços remunerados a título independente 
ou em regime de avença. As taxas aplicáveis são as seguintes 
10 
 
1. Trabalhadores nacionais e estrangeiros residentes de 10% a 20%; 
2. As remunerações acidentais e de trabalho independente são tributadas em 15% até 9 milhões 
de meticais e 20% sobre o excedente (ex.: trabalho em regime de avença); 
3. Os rendimentos auferidos por trabalhadores não residentes ficam sujeitos à taxa liberatória 
de 20%. 
e) Segurança Social 
São abrangidos pelo Sistema de Segurança Social os trabalhadores assalariados nacionais e 
estrangeiros residentes; Os familiares a cargo dos trabalhadores previstos no ponto anterior; 
Outras categorias de trabalhadores. A inscrição no sistema de segurança social dos 
trabalhadores e respectivas entidades empregadoras é obrigatória. 
As taxas 7%, sendo 4% pagos pela entidade empregadora e 3% pelo trabalhador. 
f) Imposto De Reconstrução Nacional 
Os nacionais e estrangeiros estão sujeitos a este imposto, cujas taxas são fixadas anualmente 
pelo. Ministério do Plano e Finanças. O mesmo é devido a partir do ano seguinte àquele em que 
fixarem residência no território nacional. Este imposto é pago uma só vez através de descontos 
nos salários do mês de Fevereiro de cada ano. Nas zonas onde haja Autarquias Locais, este 
imposto é substituído pelo Imposto Pessoal Autárquico. As taxas fixadas anualmente pelas 
Assembleias Autárquicas. 
g) Imposto De Selo 
O Imposto de Selo recai sobre os documentos, livros, papeis e actos identificados numa tabela 
específica ou em leis especiais. As taxas do Imposto de Selo variam em função dos valores dos 
recibos de quitação ou da natureza do documento que se pretende selar. 
h) Contribuição Predial 
A Contribuição Predial incide sobre as rendas de prédios urbanos. 
A taxa e de 10%. 
i) Imposto Sobre Doações E Sucessões Imposto Sobre Doações E 
Sucessões: 
As taxas variam entre 1% a 30% de acordo com o valor da herança e a relação entre o doador e 
o beneficiário. 
11 
 
j) Impostos Autárquicos 
Impostos Autárquicos: Sobre o valor patrimonial dos prédios urbanos situados nas Autarquias 
Locais incide o Imposto Predial Autárquico cuja. 
As taxas são fixadas pela Assembleia Municipal, variando entre 0,2% e 1% do valor 
patrimonial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Considerações finais 
Em suma, Sistema fiscal pode ser definido como Conjunto de impostos existentes num dado 
país ou território. 
A Constituição da República de Moçambique, estabelece no seu artigo 126 nº 2 que “ o sistema 
fiscal é estruturado com vista a satisfazer as necessidades financeiras do Estado e das demais 
12 
 
entidades públicas, realizar os objectivos da política económica do Estado e garantir uma justa 
repartição dos rendimentos e da riqueza” 
A origem histórica da fiscalidade em Moçambique está intimamente ligado com os grandes 
períodos históricos no país, que são: o período primitivo ou pré-colonial; o período colonial; o 
período pós- independência, onde se destaca as reforma ligada ao programa de Reabilitação 
Económica (de 1987). O estágio actual do sistema fiscal está relacionado com as reformas 
ocorridas em 2002. 
• O Período pré-colonial - começa com a fixação dos árabes na Ilha de Moçambique 
entre os anos 1840 e 1486, introduziram a islamização e reduziram o domínio do 
comércio chinês e introduzem a primeira forma de tributação no país, designado 
mutsonko ou mussoco. No período pré-colonial os impostos pagos ou em espécie, ou 
por escravos, tendo no entanto, mais tarde, passado a serem pagos em dinheiro. 
• Período colonia - Este período pode ser analisado em dois sub períodos, 
nomeadamente, de 1820 a 1967 e 2) de 1968 a 1975. Este período começa com a 
implantação do liberalismo em Portugal, inspirado na Revolução Francesa, defendo a 
unicidade do Estado e a soberania do Povo, que contrastava com a existência da dupla 
soberania. Neste contexto, alguns impostos foram substituídos, por exemplo, os prédios 
rústicos passam a pagar dízimos e os urbanos passam a contribuir com uma taxa de 10%, 
substitui-se o Mussoko árabe e prazeiro pelo imposto de palhota, que extingue, também 
os trabalhos forçados. 
• Período pós-independência – Este período estende-se desde 1975 (1978) até os dias 
actuais, caracterizado por diversas reformas fiscais, que acompanham as mudanças na 
conjuntura sócio-política e económica. Uma grande informação e formação das pessoas 
nesta matéria e estabelecimento de bases para garantias dos contribuintes entre outros. 
Foi, em suma, como prefere Dr. Waty a introdução de um modelo fiscal comum, isto é, 
que obedece a regras universais. 
Referencias bibliográficas 
Manual do ISCED. MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO. 
Meusalario.org/Mocambique. Disponível em << Imposto, Taxa, A Segurança Social, o Regime 
Fiscal e Seus Benefícios em Moçambique - Meusalario.org/Mocambique>>acesso no dia 12 
de Junho de 2021. 
https://meusalario.org/mocambique/salario/Taxa-e-seguranca-social
https://meusalario.org/mocambique/salario/Taxa-e-seguranca-social
https://meusalario.org/mocambique/salario/Taxa-e-seguranca-social
https://meusalario.org/mocambique/salario/Taxa-e-seguranca-social
https://meusalario.org/mocambique/salario/Taxa-e-seguranca-social
https://meusalario.org/mocambique/salario/Taxa-e-seguranca-social
13 
 
Portal do Governo de Mocambique. Disponível em << Descrição Geral / Registos nas Finanças 
/ Registos / Empresas / Início - Portal do Governo de Moçambique>> Acesso em 12 de junho 
de 2021. 
Jorge. H.C.F. 2003. O que é um Sistema?. Disponivel em 
<<https://cic.unb.br/~jhcf/MyBooks/ic/1.Introducao/AspectosTeoricos/oqueehsistema.html> 
acessado em 10 dde Junho de 2021. 
Souza.T. 2021. POR QUE USAR UM SISTEMA FISCAL EM SUA EMPRESA. Disponível 
em <<Por que usar um sistema fiscal em sua empresa? - Soluções fiscais - Dootax>> Acessado 
em 10 de junho de 2021. 
 
 
 
https://www.portaldogoverno.gov.mz/index.php/por/Empresas/Registos/Registos-nas-Financas/Descricao-Geral
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https://dootax.com.br/por-que-usar-um-sistema-fiscal-em-sua-empresa/
https://dootax.com.br/por-que-usar-um-sistema-fiscal-em-sua-empresa/
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https://dootax.com.br/por-que-usar-um-sistema-fiscal-em-sua-empresa/
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