Buscar

PAPER 2019_ EFEITOS DA GESTÃO TRIBUTÁRIA E DE CUSTOS NA CONTINUIDADE DAS EMPRESAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Nome dos acadêmicos; 
2 Nome do Professor Tutor Externo; 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Contabilidade – Turma: 
CTB0593 – Paper – Seminário Interdisciplinar V – 26/06/2019 
EFEITOS DA GESTÃO TRIBUTÁRIA E DE CUSTOS 
NA CONTINUIDADE DAS EMPRESAS 
 
Célio Custódio¹ 
Gedson Menezes¹ 
Giovane Dias¹ 
Pedro Samuel¹ 
João Alexandre Filho² 
 
 
RESUMO 
 
Esse trabalho busca analisar os aspectos da carga tributária em vigência no Brasil, apresentando e 
esclarecendo seus tributos. Através de pesquisas exploratórias com intuito de buscar elementos e 
estilos doutrinários, por meio de exemplos práticos de formas de tributação para evidenciar que é 
plausível minimizar gastos com tributos, ponderando e optando adequadamente a tributação a se 
pagar. Há séculos já existia a preocupação com a carga tributária e esta, ainda persiste até hoje, 
de tal modo, a voracidade dos administradores por contrabalançarem o déficit público tem cada 
vez mais proporcionado o acréscimo de tributos. Frente a esta crescente questão tributária que 
rodeia a realidade atual das empresas, torna-se cada vez mais enorme a necessidade de se 
concretizar a gestão do custo tributário que dirija a instituição a nutrir o máximo possível de 
volume dos recursos. 
 
 
Palavras-chave: Carga Tributária, Economia, Planejamento. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A carga tributária no Brasil atualmente tem se apontada muito elevada. Tal fator faz com 
que as empresas apresentem um alto custo com o pagamento de tributos estabelecidos por lei nos 
três campos de governo: Federal, Estadual e Municipal. Hoje em dia, em média, 34% do 
faturamento das empresas é destinado a pagamentos de tributos e alto custo contribui para o 
aumento do preço de seus produtos e serviços, assim diminuindo a competitividade e a 
lucratividade das empresas. O levantamento foi feito pela Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de países com economias mais desenvolvidas do 
mundo e que tem as alíquotas mais elevadas globalmente. O Brasil não faz parte da organização, 
mas pleiteia uma vaga. Hoje, são 86 tributos diferentes divididos entre taxas, impostos e 
contribuições. O planejamento tributário é um instrumento legal muito usado com o intuito de obter 
a economia fiscal. O tributo se dá a partir de um fato gerador, sendo assim, através do planejamento 
tributário é consentido conceber esse fato gerador antes que ele advenha e assim preferir por ações 
menos custosas. 
2 
 
2. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
 
O planejamento tributário é um instrumento imprescindível para dar apoio às empresas, 
oferecendo condições seguras para uma melhor organização e direção dos seus princípios 
financeiros. Para que o planejamento seja efetuado de forma legal e eficiente é definitivamente 
indispensável saber quais os impostos, as taxas e as contribuições que têm a obrigatoriedade de 
serem recolhidas, e ter o conhecimento necessário das maneiras de tributação, como também do 
faturamento da empresa. 
Segundo Borges (2000, p.55): 
A natureza ou essência do Planejamento Fiscal ou Tributário, consiste em 
organizar os empreendimentos econômicos-mercantis da empresa, mediante o 
emprego de estruturas e formas jurídicas capazes de bloquear a concretização da 
hipótese de incidência tributária ou, então, de fazer com que sua materialidade 
ocorra na medida ou no tempo que lhe sejam mais propícios. Trata-se, assim, de 
um comportamento técnico-funcional, adotada no universo dos negócios, que visa 
excluir, reduzir ou adiar os respectivos encargos tributários. 
A concorrência no mercado globalizado aumenta cada vez mais; os proprietários de 
empresas precisam permanecer cautelosos para os elevados custos tributários do país. Evitando 
assim o colapso empresarial. Logo, planejamento tributário é avaliado como a melhor opção para 
ter um equilíbrio financeiro, possibilitando a geração de novos investimentos por meio de recursos 
economizados. 
Como já citado anteriormente, o Brasil é um dos países com maior carga tributária do 
mundo. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), em média, 34% do 
faturamento das empresas é dirigido ao pagamento de tributos. Planejando da forma correta a 
empresa obterá êxito no cumprimento de deveres e vantagens, evitando o pagamento desnecessário 
de tributos, diminuindo o risco de incidências nos tributos, acelerando processos administrativos e 
operacionais, permitindo maior controle do fluxo de caixa, reduz custos, influenciando no preço 
final do produto ou serviço, tornando a empresa de certa forma bem mais competitiva. 
Por isso, as empresas não devem adotar práticas de saída fiscal, que prejudiquem a 
concepção de planejamento tributário. 
2.1. O PAPEL DO ADMINISTRADOR NA EMPRESA EM RELAÇÃO AO PLANEJAMENTO 
TRIBUTÁRIO 
 
Um bom administrador deve estar atento ao planejamento tributário de uma empresa. 
Conforme a Lei 6.404/76 - Lei das Sociedades Anônimas (S/A) – em seu artigo 153, é 
3 
 
imprescindível o planejamento tributário por parte dos administradores de qualquer companhia, 
devendo ser aplicados os procedimentos a seguir: 
1. Realizar levantamento da situação das transações efetuadas pela empresa e identificarfatos geradores de tributos e optar por ações, na empresa, menos onerosas para período (ano) futuro; 
2. Averiguar se existe ação de fatos geradores dos tributos pagos e analisar se houve um 
recolhimento maior e indevida cobrança; 
3. Conferir se teve ação fiscal sobre fatos geradores decaídos, pois os créditos constituídos 
após cinco anos são indevidos; 
4. Avaliar, anualmente, qual a melhor forma de tributação do Imposto, calculando em qual 
enquadramento a empresa pagará menos tributo; 
5. Puxar o histórico do montante dos tributos pagos nos últimos anos, para identificar se 
existem créditos fiscais não aproveitados pela empresa; 
6. Examinar qual a melhor forma dos créditos serem aproveitados. 
 
2.2 REGIME TRIBUTÁRIO 
 
Tributo, do termo latino tributu, no campo das relações entre estado e cidadão, é toda 
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada. 
Segundo Richard Musgrave (1976), entende-se por Sistema Tributário como sendo o 
complexo orgânico formado pelos tributos instituídos em um pais ou região autônoma e os 
princípios e normas que os regem. Por consequência, podemos dizer que o Sistema Tributário 
Brasileiro é formado dos tributos instituídos no Brasil, dos princípios e das normas que regulam tais 
tributos. 
Tributo é gênero, do qual são espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria, 
empréstimos compulsórios. 
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de 
qualquer atividade específica, relativa a contribuinte”. 
Taxa é prestação pecuniária, que, não sendo dever fundamental nem mesmo se vinculando 
às liberdades fundamentais, é exigida sob a diretiva do princípio constitucional do benefício, como 
remuneração de serviços públicos essenciais. 
4 
 
Contribuições de melhoria serão instituídas para fazer face ao custo de obras públicas de que 
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite 
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
Empréstimos compulsórios podem ser instituídos através dessas circunstâncias: 1) 
Atendimento a despesa extraordinária decorrente de calamidade pública, guerra externa ou sua 
iminência; 2) Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observada, 
na sua instituição, o princípio da anterioridade anual. 
 
2.3. CARGA TRIBUTÁRIA 
 
Atualmente o Sistema Tributário Brasileiro é regido pela Emenda Constitucional de nº 18, 
de 1º de dezembro de 1965, sendo regulamentado pela Lei nº 5.172, de outubro de 1966 que 
recebeu a denominação de Código Tributário Nacional (CTN) pelo art. 7º do ato complementar nº 
36, de 13 de março de 1967. 
A distribuição das competências tributarias estão pautadas entre as três esferas do governo, 
analisando essa carga tributária, podemos ver que estão divididas da seguinte maneira: 
UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS 
 Renda (IR)  Imposto sobre 
Transmissão Causa Mortis 
e Doações de Qualquer 
Natureza (ITCMD) 
 Imposto sobre Propriedade 
Predial e Territorial 
Urbano (IPTU) 
 Contribuição 
Previdenciária 
 Imposto sobre Propriedade 
Veículos Automotores 
(IPVA) 
 Imposto sobre 
Transmissão de Bens 
Imóveis (ITBI) 
 Contribuição ao Seguro de 
Acidente do Trabalho 
 Contribuição de Melhoria  Contribuição de Melhoria 
 Contribuição ao Salário 
Educação 
 Imposto sobre Circulação 
Mercadorias e Serviços 
(ICMS) 
 Imposto sobre Serviços de 
Quaisquer Natureza (ISS) 
 Contribuição ao Sistema 
“S” 
 
 Impostos sobre 
Propriedade Territorial 
Rural (ITR) 
 
5 
 
 Impostos sobre Grandes 
Fortunas 
 
 Contribuição de Melhorias 
 Impostos Sobre Produtos 
Industrializados (IPI) 
 
 Impostos Sobre Operações 
Financeiras (IOF) 
 
 Imposto de Importação (II) 
 Imposto de Exportação 
(IE) 
 
 Contribuição Social da 
Seguridade Social 
(COFINS) 
 
 Programa de Integração 
Social (PIS) 
 
 Contribuição Social sobre 
o Lucro Liquido (CSLL) 
 
 Contribuição de 
Intervenção do Domínio 
Econômico (CIDE) 
 
 A demonstração destes dados torna possível assimilar, com maior nitidez, que a maioria da 
arrecadação tributária está concentrada sob a competência da União. Isso pode apontar o motivo de 
alguns pontos de dedução do sistema tributário, como um todo. 
O estudo do Ministério da Fazenda (28/03/2019) sobre a carga tributária no Brasil mostra a 
evolução da carga tributária, onde o peso dos impostos subiu para 33,58% do PIB (Produto Interno 
Bruto), e é considerado o maior desde 2010. A divisão do bolo tributário subiu nos três níveis: 
enquanto a União passou de 22,13% para 22,66%; os Estados subiram de 8,42% para 8,65%; nos 
Municípios por fim, aumentou de 2,06% para 2,27%. 
 Na esfera federal, os principais tributos que impulsionaram esse salto foram o Programa de 
Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), 
com acréscimo de 0,23 pontos percentuais. O Imposto de Renda Retido na Fonte com impacto de 
0,136 pontos percentuais, e o Imposto sobre Importação com efeito de 0,1 pontos percentuais. 
6 
 
 Nos estados a carga tributária foi influenciada pelo aumento das receitas do Imposto sobre a 
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com 0,24 pontos percentuais. Nos municípios, os 
principais responsáveis foram o Imposto Sobre Serviços (ISS) com 0,11 pontos e o Imposto Predial 
e Territorial Urbano (IPTU), com 0,08 pontos. 
 
2.4. SUJEITO E CONTRIBUINTE 
 
 O contribuinte é o sujeito passivo direto da obrigação tributária. Ele tem o 
comprometimento direto por pagar o tributo. Sua competência tributária é absolutamente objetiva, 
já que a mesma decorre da lei e não de sua vontade. 
Os artigos 121 ao 123 do CTN definem o sujeito passivo da seguinte forma: 
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo 
ou penalidade pecuniária. 
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o 
respectivo fato gerador; 
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de 
disposição expressa de lei. 
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que 
constituam o seu objeto. 
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à 
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para 
modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
De acordo com o trabalho realizado, pôde-se concluir que o planejamento é um instrumento 
extraordinário e que fornece resultados positivos, se aplicado com responsabilidade. As empresas 
que não se atentarem para a implantação correta do planejamento tributário, correm o risco de 
perder o controle de seus custos ficando impossibilitadas de cumprir a lei e obrigações para com a 
sociedade. 
Muitas vezes, por não possuírem o devido controle, os executivos, para a sobrevivência da 
empresa, acabam escolhendo pela evasão fiscal, que é a forma ilegal de amenizar suas cargas 
tributárias. 
7 
 
Suportar a carga tributária brasileira e concernentes atividades que por ela são exigidas, não 
é tão fácil e pratico. Não basta apenas executar liquidações de tributos, deve-se ter conhecimento, 
disciplina, experiência. Estes pagamentos feitos de forma desordenados, de modo desnecessário, 
acarretarão cada vez mais à falência em curto tempo. 
Sendo assim, a contenção dos tributos e as reduções de riscos fiscais são os benefícios a 
serem conseguidos pelas firmas que tomam o planejamento tributário como umaferramenta 
indispensável na assistência à prestação de contas e requisições da carga tributária nacional que, 
audaciosamente, tem se desandado cada vez mais complicada. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: artigo em publicação 
periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 
 
 
______. NBR 6024: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003. 
 
 
BORGES, Humberto Bonavides. Gerência de Impostos: IPI, ICMS E ISS. 3 ed. São Paulo, 2000. 
 
 
BORGES, Humberto Bonavides. Gerência de Impostos: IPI, ICMS e ISS. 4 ed. São Paulo: Atlas, 
2002. 
 
 
OLIVEIRA, Gustavo Pedro. Contabilidade Tributária. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
 
 
RECEITA FEDERAL. Carga Tributária Bruta no Brasil. Disponível em 
http://receita.fazenda.gov.br. Acesso em 20 de junho de 2019. 
 
 
RECEITA FEDERAL. CODIGO TRIBUTARIO NACIONAL. Disponível em http://receita. 
economia.gov.br. Acesso em 20 de junho de 2019. 
 
 
RECEITA FEDERAL. LEI DAS SOCIEDADES ANONIMAS - S/A. Disponível em 
http://receita.economia.gov.br. Acesso em 20 de junho de 2019. 
 
 
RECEITA FEDERAL. PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO). Disponível em 
http://receita.economia.gov.br. Acesso em 20 de junho de 2019. 
 
 
RECEITA FEDERAL. ECONOMIA BRASILEIRA 2018/2019. Disponível em 
http://receita.economia.gov.br. Acesso em 20 de junho de 2019. 
http://receita.fazenda.gov.br/
http://receita.fazenda.gov.br/
http://receita.fazenda.gov.br/
http://receita.economia.gov.br/
http://receita.economia.gov.br/
http://receita.economia.gov.br/

Continue navegando