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EXAME FÍSICO DO ABDOME Semiologia do adulto e do idoso – EDUARDO FERREIRA ORDEM PRÁTICA Inspeção Ausculta Percussão Palpação PONTOS DE REFERÊNCIA ANATÔMICOS DO ABDOME Rebordos costais Ângulo de Charpy Cicatriz umbilical As cristas e espinhas ilíacas anteriores Ligamento inguinal Sínfise pubiana Divisão em quatro quadrantes – Imaginar uma linha vertical e outra horizontal que cruza a cicatriz umbilical. Divisão em nove regiões: Traçar uma linha entre os rebordos costais Traçar uma linha entre as espinhas ilíacas antererossuperiores Duas linhas hemiclaviculares oblíquas que ligam o rebordo costal e o tubérculo do púbis. Duas linhas curvas que complementam o rebordo costal a partir da base do apêndice xifóide até as linhas axilares médias. Projeções de órgãos Limite superior do fígado: percutir a linha hemiclavicular de cima para baixo até encontrar o submacicez (5º ou 6º EICD). O limite inferior: determinado pela palpação, em normalidade, não deve ultrapassar 1 cm do rebordo costal, na linha hemiclavicular direita. Em criança o limite inferior pode ter 2 a 3 cm abaixo do rebordo costal. Na região epigástrica, a borda inferior se afasta 3 a 5 cm do vértice de Charpy, alcançando aborda costal esquerda. P á g i n a | 2 INSPEÇÃO FORMA E VOLUME DO ABDOME Abdome atípico ou normal: apresenta simetria. Abdome globoso ou protuberante: globalmente aumentado, mas o diâmetro Anteroposterior é maior que o transversal. Abdome em ventre de batráquio: em decúbito dorsal, o paciente apresenta diâmetro transversal proeminente. Ascite em regressão. Abdome pendular ou ptótico: em decúbito dorsal, o abdome tem uma protrusão na região inferior. Abdome em avental: a barriga pende para coxa e pernas. Comum em obesos. Abdome escavado: (escafóide ou côncavo): parede abdominal retraída. CICATRIZ UMBILICAL Infecção de umbigo: onfalites. Equimose periumbilical resultante de hemoperitônio – sinal de Cullen. Ex.: pancreatite aguda, ruptura de gravidez ectópica. Investigar hérnia ou acúmulo de líquido na região. Sinal de Gray-Turner – equimose dos flancos. Ocorre na pancreatite necro hemorrágica, indica grave comprometimento visceral. ABAULAMENTOS E RETRAÇÕES LOCALIZADAS Perda de simetria do abdome. Causas: Hepato ou esplenomegalia Útero grávido Tumores do ovário e útero Retenção urinária Tumores renais Tumores pancreáticos Linfomas Aneurisma de aorta abdominal Megacólon chagásico (fecaloma volumoso) VEIAS SUPERFICIAIS Quando visíveis indicativo de circulação colateral. Circulação colateral – Trombose da VCI. Aranhas vasculares – cirrose. P á g i n a | 3 CICATRIZES DA PAREDE ABDOMINAL Flanco direito – colecistectomia Flanco esquerdo – colectomia Fossa ilíaca direita – apendicectomia, herniorrafia Fossa ilíaca esquerda: herniorrafia Hipogástrico – histerectomia Linha média – laparotomia Região lombar – nefrectomia Linha vertebral – laminectomia INSPEÇÃO DINÂMICA MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS: Na porção superior do abdômen, principalmente em homens, caracterizando a respiração toracoabdominal. Em infecção do peritônio ou em dores nessa região é possível notar redução da respiração nessa região, tornando mais torácica. PULSAÇÕES Podem ser observadas ou palpadas, quase sempre percebem pulsações da aorta abdominal. Em caso de aneurismo, é possível notar pulsações na área correspondente. Em hipertrofia do ventrículo direito, há pulsação no epigástro. MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS VISÍVEIS Nem sempre indica patologia; relacionar com o quadro clínico, ex.: estenose pilórica e de oclusão intestinal. Indica alguma obstrução Localização e direção do movimento o Obstrução pilórica – de cima para baixo e da esquerda para direita. o Intestino delgado – região umbilical e imediações, direções constantes. o Intestino grosso – são mais observadas no cólon transverso. PALPAÇÃO Paciente em decúbito dorsal, palpação com a mão espalmada. Funções da palpação: Estado da parede abdominal Sensibilidade à dor Consistência visceral Órgãos possíveis de ser reconhecidos na palpação: Ceco, cólon transverso e sigmóide. Aorta abdominal Rins Fígado Alça intestinal em condições especiais – gases A palpação segue a esquematização abaixo: 1. PALPAÇÃO SUPERFICIAL Estudo da parede abdominal e das vísceras que têm relação com a parede. Importante os dados sobre a pele, tecido subcutâneo e panículo adiposo. SENSIBILIDADE: Avaliar com um objeto pontiagudo, a dor pode indicar hiperestesia curtânea. Localização e irradiação da dor PONTOS DOLOROSOS: pontos de dor que indicam comprometimento visceral o Pontos gástricos: dores nesses pontos indicam uma investigação no esôfago, estômago e duodeno. Ponto xifoidiano – cólica biliar e afecções do esôfago, estômago e do duodeno – esofagites, úlceras e neoplasias. Ponto epigástrico – no meio da linha xifoumbilical – gastrite, úlcera e tumores. o Ponto biliar ou cístico: entre o rebordo costal direito e a borda externa do m. reto abdominal. Ao comprimir, paciente inspira profundamente. O diafragma fará o fígado descer. Sinal de Murphy – colecistite aguda - dor inesperada nesse ponto, causando parada abrupta da respiração. o Ponto apendicular: na extremidade dos dois terços da linha que une as espinhas ilíacas anterossuperiores. Ponto de McBurney. Fazer uma pressão progressiva, lenta e contínua, a descompressão é brusca – retorno do peritônio e dor aguda intensa. Quando a dor ocorre na descompressão Sinal de Blumberg. Esse sinal pode ser em qualquer região do abdome e indica peritonite. O sinal de Rovsing é a dor na compressão do ponto apendicular. Teste do Psoas: dor no quadrante inferior direito durante flexão ativa ou hiperextensão passiva do membro inferior direito. Teste do obturador: dor no quadrante inferior direito ao fazer flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve, com rotação interna da coxa. o Ponto esplênico: abaixo do rebordo costal esquerdo no início do seu terço externo. O infarto esplênico provoca dor. o Pontos uretrais: nas bordas laterais dos músculos retos abdominais em duas alturas: intercessão com a linha que passa pelo umbigo e no cruzamento da linha que passa pela espinha ilíaca anterossuperior. Palpar com mãos superpostas. Ocorre muito em pacientes com cólica renal e traduz quase sempre a migração do cálculo. P á g i n a | 4 Pontos de dor referida: RESISTÊNCIA DA PAREDE ABDOMINAL: Se a musculatura está contraída, diferenciar se é contração voluntária ou involuntária. Para ajudar a relaxar: o Desviar a atenção do paciente: conversa o Respiração profunda o Flexão das pernas Reflexo visceromotor: na pleurite há contração abdominal. o Generalizada (abdome em tábua) o Localizada CONTINUIDADE DA PAREDE ABDOMINAL: Diástase: separação dos músculos reto abdominal, acima ou abaixo da cicatriz umbilical. Um ou mais dedos entre eles. Paciente em pé e fazendo esforço, o intestino penetra pela abertura. Diferencia da hérnia por não haver saco herniário nem anel palpável. Manobra de Valsalva Hérnias: incontinuidade na parede abdominal que causa penetração de alguma estrutura intra- abdominal. Tossir pode aumentar a pressão intra- abdominal e evidenciar hérnias. A) Localiza-se acima do ligamento inguinal, no anel externo. B) O saco herniário penetra o canal inguinal interno e sai no externo – pode chegar à bolsa escrotal. PULSAÇÕES: Epigástrica – hipertrofia ventricular direita ou aorta abdominal. Achar tumefações para supor aneurismas. 2. PALPAÇÃO PROFUNDA Investigação dos órgãos e de possíveis massas. Se encontrado algo, ressaltar:C) Tumefação localiza-se abaixo do ligamento inguinal e nunca alcança a bolsa escrotal. Localização: de acordo com as divisões Forma e volume: tamanhos comparativos (azeitona, limão, laranja). Sensibilidade: dor, análise de intensidade e resposta à palpação. Consistência: cística, borrachosa, dura ou pétrea. Mobilidade: se move pelos movimentos respiratório ou só pela palpação. As intraperitoneais do andar superior do abdome possuem mobilidade. Retroperitoneais são fixas. Pulsatilidade: diferenciação de pulsação própria e transmitida. Tumorações superpostas à aorta abdominal tornam-se pulsáveis. Não confundir rim direito palpável com tumoração. P á g i n a | 5 PALPAÇÃO DO FÍGADO Palpar no hipocôndrio direito, flanco direito e região epigástrica. Palpar seguindo os movimentos respiratórios, na inspiração, as mãos do examinador comprime e movimenta para cima em busca da borda hepática, enquanto na expiração, a mão do examinador não faz compressão ou se movimenta. Artifício para aproximar o fígado da parede anterior – mão esquerda ao nível da loja renal direita, forçando-a para cima. Paciente em decúbito semilateral esquerdo – examinador ao seu lado direito voltado para os pés. Mãos no hipocôndrio direito e palpar. Colocar a distância da borda hepática em relação ao rebordo costal na região da linha hemiclavicular direita. Final da inspiração. A borda hepática Espessura: fina ou romba Superfície: lisa ou nodular Consistência: diminuída, normal ou aumentada Sensibilidade: indolor ou dolorosa Superfície do fígado: Lisa ou nodular o Nódulos quanto ao número, consistência – dura ou cística – e a sensibilidade. o Isolado, espaçados ou difusos por toda superfície Cirrose – difusos Metástases – esparsos Câncer primitivo – único o Tamanho dos nódulos: micronódulos (<2cm) ou macronódulos (>2cm) o Os cistos e abscessos são formações nodulares, não endurecidas, que causam a sensação de flutuação à palpação. Sensibilidade: a dor é decorrente do estiramento agudo da cápsula de Glisson: o Fígado na insuficiência cardíaca o Surgimento de metástases que crescem rapidamente Nas hepatomegalias crônicas (cirrose, esquitossomose) a cápsula se adapta não havendo dor, apenas desconforto. HEPATOMEGALIA: Analisar os dados da anamnese, com os dados da inspeção e percussão, circulação colateral, ascite, vesícula biliar palpável, esplenomegalia e massas palpáveis na cavidade abdominal. Principais causas: Insuficiência cardíaca direita – superfície lisa Colestase extra-hepática (benigna ou maligna) Cirrose – superfície irregular Fibrose esquitossomótica Hepatite Esteatose Neoplasias e linfomas PALPAÇÃO DA VESÍCULA BILIAR Só palpável em condições patológicas. Câncer vesicular – dificuldade de escoamento de seu conteúdo (tensão de parede) Obstrução de ducto cístico – cálculo ou inflamação – vesícula hidropática Obstrução do colédoco – calculosa ou tumoral. Mas a obstrução por cálculo raramente causa distensão, principalmente em idosos. Vesícula biliar palpável em paciente ictérico é sugestiva de neoplasia pancreática maligna, na maioria das vezes na cabeça do pâncreas. Regra de Curvoisier. Colelitíase e na colecistite crônica a vesícula não é palpável, mas há dor quando faz compressão sob o rebordo costal direito, durante inspiração profunda – sinal de Murphy. PALPAÇÃO DO BAÇO De acordo com as manobras do fígado (Lemos Torres [bimanual] ou Mathieu [gancho]), mas no quadrante superior esquerdo. A posição de Schuster. Percutir o espaço de Traube. Características semiológicas: Distância entre o rebordo costal e a extremidade inferior do baço, na linha hemiclavicular esquerda. No geral, a palpação indica esplenomegalia (quase o dobro do órgão) Esplenomegalia: torna-se percutível, mas nem sempre palpável. Percutir o espaço de Traube. Causas: Vasculares – hipertensão portal Infecciosa ou parasitária: mononucleose infecciosa, hepatite por vírus, febre tifóide, malária. Hematológica: anemias hemolíticas, policitemia vera. Neoplásica: linfoma de Hodgkin e não Hodgkin. Metabólicas: reticuloendotelioses Colagenoses: artrite reumatóide, lúpus Outras: cistos, amiloidose. Nas grandes esplenomegalias: abaulamento do flanco esquerdo. Diferenciar de Tumores renais Rim policístico Tumor do ângulo esplênico do cólon P á g i n a | 6 Em qualquer etiologia da esplenomegalia, pode levar a alterações no hemograma: Anemia Leucopenia Trombocitopenia Essa ação sobre os componentes do sangue constitui hiperesplenismo. Pode ser apenas dos elementos figurados do sangue ou global, quando existe pancitopenia. Confirmado pelo mielograma evidenciando hiperplasia celular e contagem de reticulócitos. PALPAÇÃO DO CECO Fossa ilíaca direita – numa linha entre cicatriz umbilical e espinha ilíaca anterossuperior. Palpar contínuamente todo o ceco e perceber mobilidade. Fazendo vários movimentos de ida e volta pela linha. Ao deslizar a mão produz ruídos hidroaéreos “borborigmos”. PALPAÇÃO DO CÓLON TRANSVERSO Deslizar a mão de cima para baixo ou de baixo para cima. Geralmente na região mesogástrica. PALPAÇÃO DO SIGMOIDE Quadrante inferior esquerdo, assemelha-se a uma corda de consistência firme e pouco móvel. PALPAÇÃO DOS RINS Polo inferior do rim direito é mais fácil (superfície lisa, consistência firme e seu contorno arrendondado). Palpação bimanual. MANOBRAS ESPECIAIS Palpação bimanual para avaliar defesa localizada da parede abdominal: uma mão longitudinalmente ao sentido craniocaudal e outra mão na região homóloga. Hora uma mão faz palpação, hora a outra. Perceber variações. Manobra do rechaço: com a polpa da mão comprime e com a face ventral dos dedos provoca um impulso rápido na parede, retornando os dedos à posição inicial sem afrouxar a compressão palmar. Há rechaço quando após a impulsão, percebe-se um choque na mão que provocou o impulso. Traduz presença de órgão ou tumor sólido flutuando em meio líquido (comum em abdome globoso). Manobra da descompressão súbita: compressão vagarosa até o limite do paciente. A manobra é positiva quando a dor exacerba na descompressão. Constitui o sinal de peritonite (sinal de Blumberg). Pesquisa de vascolejo: (1) prende-se o estômago, movimenta de um lado para o outro, pesquisa de ruídos hidroaéreos. (2) repousa-se a mão no epigástro, executa movimentos compressivos com as palpas dos dedos sem deslocar a palma da mão. Ruídos líquidos sacolejando diz: vacolejo. Manobra chamada de patinhação. Suspeita de estase líquida em estômago atônico ou quando há estenose pilórica. O sinal de vascolejo desaparece quando o paciente vomita. Sinal de Gersuny: positivo em fecalomas. Palpar o tumor fecal na topografia do sigmóide, quando positivo: crepitação (decorrente do ar interposto entre a parede abdominal e o fecaloma). PERCUSSÃO TIPOS DE SONS Timpanismo: indica presença de ar dentro de víscera oca. Em todo abdome, mais nítido no espaço de Traube (fundo do estômago). Hipertimpanismo: quando há grande aumento da quantidade de ar na gastrectesia, meteorismo, obstrução intestinal, vólvulo, pneumoperitônio. Submaciço: menor quantidade de ar ou superposição de uma víscera masciça sobre uma alça intestinal. Maciço: ausência de ar: fígado, baço e útero gravídico. Ascite, tumores e cistos contendo líquido. A percussão tem como objeto determinação de limite superior do fígado e na área de macicez hepática, pesquisa de ascite e avaliação da sonoridade do abdome. DETERMINAÇÃO DO LIMITE SUPERIOR DO FÍGADO E DA ÁREA DE MACICEZ HEPÁTICA Percutir o hemitórax direito, sobre a linha hemiclavicular direita até o 4º ou 5º espaço intercostal. Em seguida, dirige- se para fora, evitando as costelas). De início, existe um som pulmonar; em seguida, na alturado 5º ou 6º EI, observa som submaciço. É o limite superior do fígado. Limite superior abaixo do 5º ou 6º EI indica ptose hepática ou diminuição de volume. Percutindo para baixo ou para fora, percebe a macicez hepática. Não encontrada a macicez, suspeitar: Atrofia hepática Interposição de alça intestinal entre o fígado e a parede Pneumoperiônio – sinal de Jobert – desaparecimento da macicez hepática dando lugar ao timpanismo. PESQUISA DE ASCITE Ascite de grande volume (>1500 ml): cicatriz umbilical plana e protrusa. Percussão por piparote. Paciente coloca a face medial da mão sobre a linha mediana do abdome (impedir a transmissão pela parede abdominal). Examinador coloca-se do lado direito do paciente e posiciona a mão esquerda no flanco oposto. Golpeia com o indicado a face lateral do hemiabdome direito. Em caso de líquido: a mão esquerda sente os choques das ondas desencadeadas pelo piparote. Ascite de médio volume: Piparote negativo. Utilizar pesquisa de macicez móvel. Decúbito dorsal – percute todo o abdome. Daí, possibilita determinação de macicez nos flancos e P á g i n a | 7 som timpânico na parte média do abdome – indicativo de quantidade de líquido. Decúbito lateral direito e percute todo o abdome. Havendo timpanismo no flanco esquerdo e macicez no flanco direito quando há ascite. Decúbito lateral esquerdo: se tiver ascite, haverá timpanismo no hemiabdome direito e macicez no esquerdo. Na posição ortostática, há sinal de piparote no baixo ventre. Pesquisa dos semicírculos de Skoda: percute o abdome a partir do epigástrio, radialmente em direção aos limites do abdome. Observa transmissão entre o timpanismo e submacicez e, posteriormente, para maciço no sentido craniocaudal. Ascite de pequeno volume (<500ml): fazer técnica de piparote na região de baixo ventre estando o paciente de pé e com bexiga vazia. A ultrassonografia abdominal é o método ideal. Visão da ascite de médio volume: Em A: paciente em decúbito dorsal, o líquido acumula nas regiões laterais, enquanto as alças aproximam-se da parede anterior. Em B e C: paciente adota os decúbitos laterais, a região mais baixa apresenta o acúmulo de líquido e som maciço, enquanto a parte oposta obtém-se som timpânico. Ao mudar de decúbito, os sons se invertem. AVALIAÇÃO DA SONORIDADE DO ABDOME Paciente em decúbito dorsal diferenciando timpanismo de macicez comparando áreas homólogas. Timpanismo: estômago, duodeno, intestino delgado e intestino grosso. Macicez: fígado e baço o Timpanismo no hipocôndrio direito indica pneumoperitônio (sinal de Jobert) ou interposição de uma alça. o Macicez circunscrita – presente em massas inflamatórias e neoplásicas. PERCUSSÃO ESPAÇO DE TRAUBE Na esplenomegalia, o baço desloca o estômago para direita e ocupa o espaço que antes era do fundo. O som passa de timpânico para submaciço. AUSCULTA Movimentação de gases e líquido. A ausculta é antes da percussão e palpação, porque estas podem estimular o peristaltismo. A cada 5-10 s ocorre som agudo de localização variável decorrente do movimento de líquidos e gases. Em caso de diarréia ou oclusão intestinal, os ruídos tornam-se mais hidroaéreos (aumento do peristaltismo – borborigmos). No íleo paralítico ocorre o desaparecimento. Sobro sistólico ou sistodiastólicos indicativos de estreitamento de um vaso (renal ou aorta abdominal) ou fístula arteriovenosa. A partir do 5º mês o coração fetal, às vezes sopro placentário. Examinar os 4 quadrante por no mínimo 1 min o Hipoativos – íleo paralítico o Hiperativas – diarréia o Ruídos “de luta” EXAME DA REGIÃO ANOPERINEAL E TOQUE ANAL Exame proctológico inclui: Inspeção anoperineal Toque retal Retossigmoidoscopia Parasitológico de fezes, pesquisa de sangue oculto nas fezes, enema opaco e a colonoscopia. INSPEÇÃO ANAL Análise cutânea Fazer força para baixo – exteriorizar hemorróidas internas ocultas, pólipos e prolapso de mucosa retal. TOQUE RETAL P á g i n a | 8 Dedo indicador da mão direita. Lubrificar. Introduzir o dedo com leve movimento de rotação. Canal anal: avaliar Tônus do esfíncter anal (normo, hipo ou hipertônico) Sensibilidade Elasticidade Tumorações 1. Toque anorretal doloroso na hipertonia do esfíncter quase sempre indica fissura anal, processos inflamatórios e ou lesões estenosantes do canal anal. 2. Esfíncter hipotônico – pessoas idosas, doença hemorroidária, ressecção do esfíncter. Reto: geralmente vazia, paredes lisas e depressíveis, ligeiramente moles e indolores. Na porção posterior: Homem: próstata, vesículas seminais, fundo de saco retovesical e a válvula de Houston inferior. Mulher: parede retovaginal, colo uterino, corpo do útero, fundo de saco de Douglas e a válvula de Houston inferior (pregas transversais) 1. Abaulamento do fundo de saco de Douglas – ascite. Se doroloroso – abscesso, anexite (anexos do útero) e apendicite. ESCALA DE BIRSTOL SINAIS
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