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Estudos Disciplinares XI (ED 11) - Questionário Unidade 1 - UNIP

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UNIP
ESTUDOS DISCIPLINARES Xi
PERGUNTA 1
1. Considere o exposto e responda o que se pede:
“A micro-história, da qual Carlo Ginzburg é um dos principais nomes, ganhou expressão na década de 1980, principalmente na Itália. Ela propõe a análise histórica a partir de observações de situações específicas, com a exploração exaustiva das fontes. Os pesquisadores costumam focar aspectos da vida cotidiana de indivíduos anônimos ou de comunidades, reconstruindo microcontextos. O estudo de casos específicos, por indução, permite a reconstrução e a compreensão de uma sociedade em determinada época. Essa abordagem valoriza a redução na escala de observação do historiador e opõe-se à historiografia do século XIX, como a positivista e a historicista, que visavam à objetividade do relato histórico”.
A ideia de análise histórica que melhor define o trabalho de Ginzburg é:
	
	a.
	A história totalizante científica.
	
	b.
	A meta-história generalizante.
	
	c.
	A micro-história vale-se de um método cirúrgico de análise.
	
	d.
	A macro-história com um método amplo de análise.
	
	e.
	A história positivista cientificista.
0,5 pontos   
PERGUNTA 2
1. A escassez de testemunhos sobre o comportamento e as atitudes das classes subalternas do passado é, com certeza, o primeiro – mas não o único – obstáculo contra o qual as pesquisas históricas do gênero se chocam. Porém, é uma regra que admite exceções. Este livro conta a história de um moleiro friulano, Domenico Scandella, conhecido como Menocchio – queimado por ordem do Santo Ofício, depois de uma vida transcorrida em total anonimato. A documentação dos dois processos abertos contra ele nos dá um quadro de suas ideias e sentimentos, fantasias e aspirações. Outros documentos nos fornecem as indicações sobre as suas atividades econômicas, sobre a vida de seus filhos. Temos também algumas páginas escritas por ele mesmo e uma lista parcial de suas leituras (sabia ler e escrever). Gostaríamos, é claro, de saber muitas outras coisas sobre Menocchio. Mas o que temos em mãos já nos permite reconstruir um fragmento do que se costuma denominar de “cultura das classes subalternas”, ou ainda “cultura popular”.
Fonte: Adaptado de: GINZBURG, C. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 16.
Sobre o exposto, pode-se afirmar que:
	
	a.
	É possível se estudar História por meio de uma multiplicidade de fontes, tradicionais ou não, que dão conta de diversos aspectos da vida em sociedade e que o uso dos documentos depende dos interesses de quem faz os questionamentos e do sentido em que se olha, no caso, os fragmentos ligados às classes populares.
	
	b.
	Para se estudar História é preciso escolher bem as fontes, preferencialmente as clássicas, abordadas em estudos consagrados.
	
	c.
	As fontes de História devem ser trabalhadas segundo os rigorosos critérios analíticos que possibilitem estabelecer padrões e recorrências em alguns setores sociais que serão utilizados como formas de generalização para todos os setores sociais.
	
	d.
	Nem todos os documentos de origem popular são válidos, apenas aqueles que são comprovadamente autênticos e chancelados pelas autoridades.
	
	e.
	Os interesses sobre os documentos não dependem de quem estuda, mas, exclusivamente, dos conteúdos existentes nessas fontes.
0,5 pontos   
PERGUNTA 3
1. Considerando os processos de colonização e de independência no Novo Mundo americano, podemos afirmar, corretamente, que:
	
	a.
	São idênticos, diferenciando-se, depois, no decorrer do século XIX.
	
	b.
	São fundamentalmente distintos e, isso, determinou os caminhos históricos dos países de fala inglesa e dos latinos.
	
	c.
	A colonização de povoamento era melhor que a de exploração, por isso os EUA se desenvolveram e o Brasil, não.
	
	d.
	As colonizações foram distintas, mas as independências foram muito semelhantes e, assim, não podem ser tomadas como explicações válidas.
	
	e.
	Apesar de semelhanças, existem especificidades que não devem ser escondidas sob as palavras de ordem ou aparentes conceitos explicativos e totalizantes, sendo necessário buscar as dinâmicas internas e complexas ao invés de reduções muito simplificadoras.
0,5 pontos   
PERGUNTA 4
1. Leia o texto a seguir e responda o que se pede:
Ao se problematizar a produção do conhecimento histórico, as representações do tempo, do passado e da ciência com que operamos, um novo conceito de temporalidade se tornou possível: não mais de um tempo definido “aprioristicamente”, em que o historiador inscreveria os acontecimentos, como num filme linear, mas o tempo da experiência, do acontecimento em sua singularidade, o que torna possível perceber que há diferença na repetição e que trabalhamos com a multitemporalidade, em vez de restringirmo-nos a uma temporalidade única.
Fonte: Adaptado de: ROSSI, V. L. S; ZAMBONI, E. Quanto tempo o tempo tem?! 2. ed. Campinas: Alínea, 2005. De acordo com o exposto, podemos concluir que:
	
	a.
	O tempo que o historiador deve se referir é o cronológico.
	
	b.
	As explicações lineares são boas por serem familiares do grande público e, assim, dão segurança aos historiadores.
	
	c.
	O tempo é mais complexo do que as explicações lineares, que se apoiam em visões que se pretendem ser objetivas e científicas, mas que desconsideram a necessidade de se permitir ser influenciado por diversas maneiras de explicar as histórias.
	
	d.
	Não deveriam existir várias maneiras de explicar a história, pois isso confunde os estudantes e os professores.
	
	e.
	A visão positivista dá a segurança analítica, pois o aluno consegue situar os eventos em uma única linha, não se perdendo em diferentes referências que questionam os conteúdos já decorados.
0,5 pontos   
PERGUNTA 5
1. “Pronto! A explicação é perfeita! Somos pobres porque fomos fundados pela escória da Europa! Os Estados Unidos são ricos porque tiveram o privilégio da colonização de alto nível da Inglaterra. Adoramos explicações polares: Deus e o diabo, povoamento e exploração, preto e branco. Os livros didáticos consagram isso e o bloco binário povoamento-exploração penetrou como um amplo e lógico conceito em muitos corações. Os EUA foram destinados por Deus ao sucesso e os latinos condenados ao fracasso pelo peso da origem histórica. Ambos deixavam de ser agentes históricos para serem submetidos ao peso insuperável da vontade divina e da carga do passado.”
Fonte: KARNAL, L. et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2010, p. 26.
Leandro Karnal problematiza o modelo de abordagem dicotômica, recorrente nos conteúdos didáticos, envolvendo as colonizações ibérica e inglesa, e os respectivos padrões de exploração e de povoamento implementados pela metrópole no continente. Seguindo a lógica do autor, é possível superar essa dicotomia com:
	
	a.
	Uma abordagem não simplista que deve considerar o papel de agentes históricos em redes complexas de fatores e de acontecimentos.
	
	b.
	Mais estudos psicológicos acerca do caráter brasileiro e do caráter norte-americano.
	
	c.
	Uma abordagem mais moderna e que considera, por exemplo, aspectos ocultos para o grande público e que apenas os intelectuais treinados são capazes de compreender.
	
	d.
	A aceitação da superioridade norte-americana.
	
	e.
	A recusa absoluta de se discutir esses aspectos que são apenas preconceitos sedimentados.
0,5 pontos   
PERGUNTA 6
1. “Na década de 1930, três importantes obras sobre a formação brasileira foram produzidas: Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre, Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda, e A evolução política do Brasil, de Caio Prado Júnior. [...] As três obras mostram visões diferenciadas sobre a formação da sociedade brasileira. O mito da democracia racial aparece na obra de Freyre, autor que tratou de quebrar a ideia, corrente na época, de que a superioridade racial de brancos era inquestionável. Autores como Oliveira Viana e Nina Rodrigues, com forte influência do biologismo, defendiam o branqueamento da população. A visão de Freyre propôs harmonizar contráriosétnicos e culturais. Na abertura de Casa-grande e senzala, um poema do próprio autor mostra a visão que norteia a sua análise: ‘Eu ouço as vozes/ eu vejo as cores/ eu sinto os passos/ de outro Brasil que vem aí/ mais tropical/ mais fraternal/ mais brasileiro’. Ao mostrar a miscigenação, o autor assume uma visão de certa forma idealizada, sem destacar os aspectos da dominação embutida no processo. De acordo com o sociólogo, fatores como as relações estreitas entre senhores e escravos impediram o surgimento de categorias raciais rígidas no Brasil e a miscigenação continuada das três raças (brancos, negros e índios) levaria a uma meta-raça brasileira. Sob essa perspectiva, o racismo no Brasil não teria se desenvolvido da mesma forma que em outros países. Surge, então, a visão estereotipada de que o Brasil é o resultado da miscigenação harmônica entre as diferentes etnias e de que não há preconceito na sociedade brasileira. A ideia de visão estereotipada de História significa:
	
	a.
	A não compreensão de discussões históricas relevantes para a sociedade e o apego às pseudoverdades, que falseiam as possibilidades de compreender as características do outro, posto que ele é visto com o uso de categorias externas a ele.
	
	b.
	Que a não compreensão vem da falta de estudos, uma vez que, ao se estudar, sempre os estereótipos são desfeitos e os enganos superados.
	
	c.
	A necessidade de se reafirmarem os valores tradicionalistas, embasados em práticas consagradas e, por isso mesmo, frutos de visões reais da história.
	
	d.
	Que a ideia da existência de preconceitos na sociedade brasileira é fruto de racismos muito pontuais e específicos, e de discursos de ódio pautados por ideias de exploração muitas vezes não comprovadas historicamente.
	
	e.
	A inexistência de confusões de olhares, uma vez que o conhecimento é objetivo e neutro, não cedendo, jamais, a pontos de vista particulares e específicos.
0,5 pontos   
PERGUNTA 7
1. O conhecimento histórico pode ser construído com base em diferentes abordagens e formulações. Assim, as teorias da história estudam as concepções em que se fundamentam as análises do passado. A primeira concepção de história foi inspirada no positivismo, de Auguste Comte, e pregava a construção do passado por meios dos documentos oficiais, com foco nos grandes acontecimentos e figuras. No início do século XX, historiadores como Lucien Febvre e Marc Bloch defenderam uma visão não positivista da história e organizaram uma revista intitulada Annales d’histoire économique et sociale. Os artigos publicados nesse veículo tinham em comum a proposta de uma nova abordagem histórica e geraram um movimento que ficou conhecido como Escola dos Annales. Sobre a Escola dos Annales, de maneira geral, podemos afirmar que:
	
	a.
	Nessa perspectiva, a história procurou se isolar de outras áreas, ignorando as influências externas.
	
	b.
	Nessa perspectiva, a história procurou dialogar com as outras áreas, principalmente com as Ciências Sociais.
	
	c.
	Foi uma retomada do pensamento científico no século XIX, nos mesmos moldes positivistas.
	
	d.
	Foi uma inovação marcada por influências técnicas de áreas de Ciências Exatas, exclusivamente quantitativistas.
	
	e.
	O uso dos documentos oficiais foi a única fonte aceita pelos historiadores dos Annales.
0,5 pontos   
PERGUNTA 8
1. Na segunda metade do século XX, Braudel consolidou a Escola de Annales e tornou-se o principal historiador francês e um dos precursores da teoria dos sistemas-mundo. De acordo com Peter Burke (1997), Braudel realiza um movimento de “combinar um estudo da longa duração com o de uma complexa interação entre o meio, a economia, a sociedade, a política, a cultura e os acontecimentos”. Segundo Braudel, todas as estruturas estão sujeitas a mudanças, mesmo que lentas, e a visão do historiador deve ser ampla. A mudança de interesses dos intelectuais dos Annales, da base econômica para a superestrutura cultural, foi intitulada por Burke como um movimento “do porão ao sótão”. Na terceira geração, outros nomes importantes, como Jacques Le Goff, construíram o que ficou conhecido como “Nova História”. Nessa perspectiva, surge a história das mentalidades. Assinale a alternativa correta:
	
	a.
	A história das mentalidades se define pelo contato com as outras Ciências Exatas e pela separação entre o individual e o coletivo.
	
	b.
	A história das mentalidades não se define somente pelo contato com as outras Ciências Humanas e pela emergência de um domínio repelido pela história tradicional. Situa-se no ponto de junção do individual e do coletivo, do longo tempo e do cotidiano.
	
	c.
	A história das mentalidades não se define somente pelo contato com as outras Ciências Humanas, mas pela aceitação da história tradicional. Situa-se no ponto de divergência do individual e do coletivo.
	
	d.
	Ela desconsidera as temporalidades e as coletividades, trabalhando, especificamente, os indivíduos.
	
	e.
	Ela teve pouca relevância no Brasil, uma vez que a matriz principal de nossa intelectualidade acadêmica é a norte-americana, muito distante desse pensamento das mentalidades.
0,5 pontos   
PERGUNTA 9
1. Sant´Ana (2005) levantou pontos que se evidenciam em livros didáticos:
- Nas ilustrações e nos textos, o negro pouco aparece e, quando aparece, é representado em uma situação inferior à do branco;
- Pouco se ilustra sobre a família negra;
- O discurso predominante é o de que a raça branca é mais bonita e mais inteligente;
- Índios e negros geralmente são citados no passado, como se não existissem;
- Os textos de História e de Estudos Sociais limitam-se a referências sobre as contribuições tradicionais dos povos africanos.
No entanto, na atualidade, existem muitas discussões e, de acordo com Silva (2001), “os currículos, programas, materiais e rituais pedagógicos privilegiam os valores europeus em detrimento dos valores de outros grupos étnico-raciais presentes na sociedade. Os valores desses grupos são, na maioria das vezes, ocultados ou apresentados de uma forma tal que não coloque em conflito os valores dominantes. Em consequência, as populações excluídas podem vir a privilegiar os valores da história e da cultura oficial como os únicos a serem considerados, renegando os seus próprios valores, se o processo pedagógico, o seu cotidiano e a sua cultura não favorecer-lhes as oportunidades de reflexão e reelaboração.” Os PCN têm procurado superar tanto o discurso preconceituoso quanto o da democracia racial e consideram que a educação democrática deve se basear no estudo da diversidade étnica e no respeito às diferenças. Para que haja o respeito, é necessário conhecer as contribuições das diversas culturas. A Lei n. 10.639/2003 procurou valorizar os processos históricos de resistência negra, estabelecendo a obrigatoriedade em todas as redes de ensino, público e particular, o estudo da temática “história e cultura afro-brasileira”. Determinou, ainda, uma revisão dos currículos a fim de adequá-los às novas exigências (BRASIL, 2003). Podemos considerar que a “pluralidade cultural” passou:
	
	a.
	A fazer parte dos modernos materiais, mas não dos discursos dos professores.
	
	b.
	A fazer parte de conteúdos específicos nos currículos de algumas escolas.
	
	c.
	A ser um tema transversal nas escolas.
	
	d.
	A ser um tema opcional nas escolas.
	
	e.
	A ser objeto de preconceito por parte de alguns educadores que se sentem obrigados a aceitar os “nomes da moda”.
0,5 pontos   
PERGUNTA 10
1. Leia o texto e responda o que se pede:
“Podemos considerar que a função didática da relação cinema-história se consubstancia na utilização de um novo método aplicado ao ensino: o uso da linguagem cinematográfica como instrumento auxiliar de formação histórica, com a finalidade de integrar, orientar e estimular a capacidade de análise dos estudantes. Do ponto de vista didático, trata-se de utilizar películas já existentes como fontes para a discussão de temas históricos, de analisar o cinema como o agente da história e como documento e, mais ainda, de preparar os estudantespara a pesquisa.”
Fonte: NÓVOA, J. Apologia da relação cinema-história. Olho da História: Revista de História Contemporânea. UFBA, 1995.
Pode-se considerar que o valor do uso do cinema no ensino de História, de acordo com Nóvoa, está em:
	
	a.
	Ilustrar a cena histórica para o aluno tem mais imaginação.
	
	b.
	Preencher o tempo da aula com um material que realmente desperte a atenção dos alunos.
	
	c.
	Permitir ao professor ensinar como é a produção do cinema na sociedade contemporânea.
	
	d.
	Ensinar aos alunos a construirem hierarquias de fontes, das mais simbólicas e significativas para as menos relevantes.
	
	e .
	Utilizar os filmes para discutir os temas, ensinar os alunos a desenvolver a capacidade analítica e pensar na produção de documentos em diferentes sociedades.

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