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AD1 Contabilidade Pública

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AD1
a) Legislação pertinente ao Orçamento Público e suas alterações, apontando os avanços no
planejamento após a CF/88.
De acordo com Meireles (1984, p.326), orçamento é conceituado como “um pro
grama de obras, serviços e encargos públicos, expresso em termos de dinheiro, com previsão da
receita e fixação da despesa, a ser executado dentro de um ano financeiro”. O primeiro dispositivo
de planejamento de longo prazo foi instituído na Lei 4.320, de 17 de março de 1964, onde no artigo
23 continha programas e metas de realizações de obras e prestação de serviços, ou seja, na sua
essência tratava-se apenas da discriminação e classificação da categoria das receitas e despesas
contabilizadas e da organização do orçamento.
Desta maneira era descrito que a receita e a despesas de capital seriam aprovadas por
decreto do Poder Executivo, com um período mínimo de 3 anos e ajustado anualmente, sendo
assim, era necessária uma lei que fomentasse os gestores a uma ação planejada para gerir os
recursos disponibilizados pela sociedade. Anos depois com a constituição de 67 sendo promulgada,
criou-se a figura do Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), que continha duas novidades em
relação ao disposto na Lei 4.320/64 que era a aprovação por lei e não seria um instrumento lega l do
planejamento a longo prazo. Além da centralização do planejamento o que antes da CF não ocorria
nos Estados e Municípios.
Já na constituição de 88 temos avanços significativos nas finanças públicas através
do artigo 165 que prevê a existência do plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento
anual, que são os instrumentos de planejamento e no art. 163 que prevê a edição de Lei
Complementar para fixar os princípios das finanças públicas. Com o passar do tempo e aumento dos
estudos das atividades de administração e finanças públicas, já no ano 2000 foi sancionada a Lei
Complementar nº. 101/2000 que entre seus objetivos têm como função legal o equilíbrio das contas
públicas, como também serve para fixar a ação dos governantes para evitar os erros de gerência
orçamentária e financeira cometidos no passado, onde havia uma total falta de controle das finanças
públicas, os governantes gastavam mais do que arrecadavam gerando assim, vários efeitos
insatisfatórios para com a economia nacional, como também para toda coletividade. Essa lei e
conhecida como Lei da Responsabilidade Fiscal. A lei de responsabilidade fiscal introduziu
mudanças profundas no quadro de finanças públicas uma vez que a mesma tem como funções
precípuas: 
– Ação planejada e transparente de forma a prevenir riscos e corrigir desvios capazes
de afetar o equilíbrio das contas públicas; cumprimento de metas de resultados entre receita e
despesas.
– Obediência a limites e condições nos casos de renúncia de receita, geração de
despesas com pessoal, da seguridade social e outras dívidas consolidadas e mobiliária, operação de
crédito, inclusive por antecipação da receita, concessão de garantias e inscrição de restos a pagar.
– Determina a integração entre os instrumentos de planejamento: Plano Plurianual
(PPA), Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA).
A constituição de 88 no artigo 165 estabelece também a hierarquia dos instrumentos
de planejamento orçamentário integrado dizendo que: 
“Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as
diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais”
Sendo estes documentos inovadores em relação aos processos orçamentários
anteriores.
Tal processo agora fica todo sob a égide da lei, nada podendo ser feito sem previa
autorização legislativa, levantando assim não pratica o princípio de universalização orçamentaria a
ordem constitucional. 
Um outro avanço que veio com a constituição de 88 e a Lei de Responsabilidade
Fiscal, e o estímulo ao orçamento participativo, quando encoraja a participação popular na
elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentária e da Lei Orçamentária Anual. Quando empregado, o
orçamento participativo reduz o clientelismo, cria um vínculo participativo e colaborativo entre
governo e comunidade. 
b) Os fatos geradores para o reconhecimento das Receitas e Despesas Orçamentárias e os
fatos geradores para as Variações Patrimoniais Aumentativas e Diminutivas
Podemos dizer que o regime orçamentário reconhece a despesa no exercício
financeiro da emissão do empenho (surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo; quando
deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiros; e
diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo.) e a receita pela arrecadação (transações
com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo,
quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, quer pela
fruição de serviços por esta prestados; geração natural de novos ativos independentemente da
intervenção de terceiros; extinção, parcial ou total de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem
o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; no recebimento efetivo de
doações e subvenções.)
A respeito dos fatos geradores para as Variações Patrimoniais Aumentativas e
Diminutivas, temos no artigo 100 da Lei n° 4.320/64:
“As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução
orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e
insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.” (Brasil, Lei
nº 4.320, de 17 de março de 1964. Art. 100)
Tendo em vista as características e particularidades de cada ente governamental, em
nível geral, as variações patrimoniais aumentativas podem ser classificadas em Grupos a saber:
Tributárias e Contribuições (Compreendem os tributos e as contribuições);
Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços (Contempla a venda de bens e serviços); 
Financeiras (e o somatório das variações patrimoniais aumentativas com operações
financeiras, incluindo as receitas de juros, dividendos, descontos obtidos, e outros)
Transferências (Incluem doações, subvenções, subsídios, transferências
intergovernamentais e intragovernamentais recebidas, entre outras) 
Outras Variações Aumentativas (Outras variações patrimoniais aumentativas não
classificadas nos grupos anteriores. 
Já o grupo de variações patrimoniais diminutivas se dividem em 9 partes uma vez
que dentro das funções típicas de governo, setor público, executa ações que se tornam concretas a
partir da contraprestação de bens e serviços à população além das ações de distribuição de renda e
riqueza por meio de transferências e concessão de benefícios sociais (como Bolsa Família)
Pessoal e Encargos (Trata da remuneração e encargos de pessoal do governo;
Benefícios Previdenciários (São os benefícios previdenciários de caráter contributivo do Regime
Próprio da Previdência Social - RPPS e do Regime Geral da Previdência Social – RGPS)
Benefícios Assistenciais (Compreendem as ações de Assistência Social, que são
Políticas de Seguridade Social não contributiva, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia
dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à
universalização dos direitos sociais)
Financeiras (Compreendem as variações patrimoniais diminutivas com operações
financeiras, tais como: juros incorridos, descontos concedidos, comissões, despesas bancárias e
correções monetárias; 
Transferências (E o somatório das variações patrimoniais diminutivas com
transferências intergovernamentais, transferências intragovernamentais, transferências a instituições
multigovernamentais, transferências a instituições privadas com ou semfins lucrativos,
transferências a convênios e transferências ao exterior)
Tributárias e Contributivas (Abrange as variações patrimoniais diminutivas relativas
aos impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições sociais, contribuições econômicas e
contribuições especiais)
Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo (Representa o somatório das
variações patrimoniais diminutivas com manutenção e operação da máquina pública, exceto
despesas com pessoal e encargos que serão registradas em grupo específico [Despesas de Pessoal e
Encargos]. Compreende: diárias, material de consumo, material de distribuição gratuita, passagens
e despesas com locomoção, serviços de terceiros, arrendamento mercantil operacional, aluguel,
depreciação, amortização, exaustão, entre outras.) 
Desvalorização e Perda de Ativos (Englobam a variação patrimonial diminutiva com
desvalorização e perdas de ativos, com redução a valor recuperável, perdas com alienação e perdas
involuntárias.) 
Outras Variações Patrimoniais Diminutivas Anteriores (São as outras variações
patrimoniais diminutivas não classificadas nos grupos)
Referências Bibliográficas: CONTI, José Maurício. Orçamentos públicos: a Lei
4.320/1964 comentada /organizador José Mauricio Conti. - 2. Ed. - São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2010. 
BRASIL, Lei 4.320/1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e
do Distrito Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm

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