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AD1 Parte A Economia Brasileira

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Universidade Federal Fluminense
Aluna: Matrícula: 
		Polo: Paracambi
Disciplina: Economia Brasileira
AD2 Parte A
1.
Os primeiros relatos de produção industrial no Brasil podem ser datados no prematuro período de transição do século XVIII para o século XIX. 
Em suma, o processo de industrialização stricto senso ocorreria no Brasil somente depois de 1930, quando uma política deliberada do governo Vargas e condições favoráveis da economia internacional, permitiriam a reprodução da indústria tornar-se autônoma, e o setor de bens de produção fosse aos poucos incorporado à economia nacional. 
Considerando que o avanço industrial era resultado da crise mundial e da nova política econômica de cunho heterodoxo implantada por Getúlio Vargas, Peláez amparava sua tese na ideia de que a expansão das exportações que havia propiciado o transbordamento de capital para a formação do setor industrial. 
Ademais, a expansão do crédito realizada pelo presidente Vargas, por meio da compra do excesso de café, possibilitou a manutenção do nível da demanda agregada que, somados à desvalorização da moeda e a redução das importações, proporcionou condições ideais para a recuperação da produção da indústria nacional já em 1933. 
Diagnóstico negado por Peláez: na verdade a recuperação econômica dos anos 1930 havia sido financiada externamente, por meio dos recursos dos impostos do café e, desta maneira, eram os resultados da balança de pagamentos e a queda das importações que tornavam o orçamento do país equilibrado. 
Fishlow, ao conjugar as duas teorias, ponderou que no período antes da Primeira Guerra Mundial (1905-1913) a expansão das exportações teve papel decisivo na criação de capital, enquanto durante o conflito mundial, a desvalorização do câmbio e a inflação foram elementos que possibilitaram a substituição de importações auferindo lucros elevados para os empresários industriais. 
Oscilação cambial é característica da Primeira República: nos períodos de desvalorização da moeda nacional criavam-se condições para ampliação da produção, diferentemente dos momentos de valorização, que proporcionava a intensificação dos investimentos nas plantas industriais pelo barateamento das importações.
2.
Os fatos históricos aqui referidos, em síntese, são os seguintes: A	Revolução	de 1930 abriu espaços políticos para dar maior evidência às reivindicações de segmentos de classes burguesas e médias em ascensões - originários da nova etapa de incremento das atividades urbano-industriais e ao funcionalismo público graduado, civil e militar. 
 Nessas condições, foi de crucial importância a expansão de segmentos de classes proletárias e médias, conformando um processo de urbanização diferenciado do ocorrido até fins dos anos 20, o qual estava fundamentalmente condicionado pelas atividades terciárias, ligadas ao setor agroexportador e, apenas embrionariamente, ao setor industrial. A nova configuração histórica e económica promove, na sua dinâmica, mudanças qualitativas e quantitativas na sociedade civil, particularmente, no que se refere às aspirações políticas, melhor desenhadas em interesses de classes, mesmo que com predominância corporativa, e ainda em formação. O cerceamento dessa nova esfera pública, em gestação, ocorreu precisamente com a instalação da ditadura do Estado Novo, em 1937. Período de interinidade pode ser considerado medíocre, do ponto de vista da economia, visto que a maior parte dos esforços praticados se dirigiu para a aplicação de um conjunto de medidas restritivas de corte monetário (ortodoxo), visando à estabilização econômica, mesmo que a aplicação das políticas tenha sofrido alguns reveses devido à própria fraqueza do Governo Provisório. Um fato, sem dúvida importante, nesse último período, foi a decretação da Instrução 113 da SUMOC, que beneficiava o capital estrangeiro pela permissão dada ao mesmo para importar máquinas e equipamentos industriais, segundo prioridades estabelecidas pelo governo.
3.
O estudo mostra que o Brasil conseguiu promover seu catching up (1955-1980) a partir de uma estratégia de crescimento alicerçada no aporte de recursos externos. Baseado no modelo histórico-analítico de Perez (2004), sobre ondas longas de desenvolvimento, nossa pesquisa indica que os últimos 50 anos de desempenho industrial brasileiro foram extremamente influenciados pelas dinâmicas particulares das duas últimas revoluções tecnológicas e pelo padrão típico dos fluxos internacionais de capitais dessas duas revoluções. Na quarta seção enfatiza-se que o caminho escolhido durante o período 1955-1980 acabou gerando uma dinâmica de baixo dinamismo de longo prazo, e que o país parece ter ficado aprisionado a uma estratégia de crescimento com poupança externa no longo prazo. Entretanto, a partir da década de 1980 a irrupção da quinta revolução tecnológica expôs a vulnerabilidade desta estratégia, a qual delegava ao capital estrangeiro os setores mais dinâmicos do processo de industrialização em marcha, responsabilizando-o crescentemente pelo financiamento do crescimento nacional. Também, indica-se que nos últimos 25 anos (1980-2005) a economia brasileira ingressou em um processo de falling behind , o qual foi fortemente influenciado pela dinâmica tecnológica e financeira da fase inicial do quinto paradigma tecno-econômico. Na terceira seção, o intuito é mostrar que a economia brasileira durante o período 1955-1980 realizou atraso tecnológico, vulnerabilidade externa, desindustrialização precoce e especialização produtiva são evidências que permitem afirmar que o Brasil, desde 1980, vem ficando para trás na trajetória de desenvolvimento capitalista. resumidamente o modelo histórico-analítico de Perez (2004). 
4.
O período 1956-61 foi assinalado pela intenção, da Comissão Mista Brasil e EUA tradução de um processo de planejamento e no Plano Salte. Porém, efetivo das políticas econômicas governamentais não consistiram em práticas efetivas de serem empreendidas, traduzidas a coordenação global, restringindo-se no Plano de Metas.
Banco Nacional de Desenvolvimento desgaste e forte recessão econômica nos
Carteira de Comércio Exterior do Banco produtores de bens de capital e demais do Brasil, a SUMOC – Superintendência produtos industrializados. Essa situação da Moeda e do Crédito , obrigou o Brasil- cujo processo de industrialização bem como a criação de novas instituições até então se desenrolava lentamente, como, por exemplo, os Grupos Executivos, configurando uma forte dependência de importações de bens de capital, responsáveis pela concessão de incentivos ao setor privado e estabelecimento de matérias-primas a voltar com metas industriais, e o Conselho maior intensidade para a produção na articulação entre o capital privado e o nacional à demanda interna de bens e entre o capital estrangeiro e consumo, até então suprida pela impor-Cornell Universily, 1970. Até o ano de 1961,o processo de substituição com que cresceu a demanda agregada de importações no país propiciou em virtude do aumento da renda real e taxas médias de crescimento anual do excesso de demanda refletido na infla-produto em torno de 6,8%.
Em 1963,foi publicado o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo, abrangendo objetivos para o período 1963-65, visando a recuperar o ritmo de crescimento econômico observado no período anterior. Entre estes objetivos salientavam-se a consecução de uma taxa anual de crescimento da renda nacional de 7%ao ano, a redução progressiva da inflação, a distribuição da renda, a intensificação da ação governamental nos campos educacional, de pesquisa científica, tecnológica e de saúde pública, o levantamento dos recursos naturais, o refinanciamento da dívida externa e a unidade de comando do governo dentro de sua esfera de ação.
O padrão de desenvolvimento econômico não se fizeram sentir de imediato, escolhido foi coerente com a visão pois os objetivos e metas propostos pelo de integração nacional, definida no Pré-planos não foram alcançados.
Como condições para a consecução desdeisenções ou reduções da tarifa aduaneira objetivos estavam a manutenção do e dos impostos IPI - Imposto sobre controle do balanço de pagamentos. 
5.
O fato de que o segundo colocado na pesquisa foi Juscelino Kubitschek, o presidente a quem coube completar a tarefa iniciada por Vargas. Ao escolherem os dois grandes presidentes, os pesquisados estavam também reconhecendo que o grande momento da história brasileira foi de 1930 a 1960. A figura e a contribuição de Vargas já foram analisadas com competência por historiadores e biógrafos, de forma que não cabe fazer uma outra analise histórica de seu governo com fatos e citações. Não me parece rele vante discutir a política econômica do ex-presidente, porque esta também já foi amplamente tratada por outros autores.
Sob essas três perspectivas, concluo que Vargas foi o grande estadista que o Brasil teve no século XX.
Vargas tem muitos adversários: desde os remanescentes da oligarquia exportadora paulista e dos intelectuais de esquerda da Escola de Sociologia da Universidade São Paulo ate os neoliberais de hoje cuja hegemonia desde
1991 levou o Brasil novamente a condição de quase colônia. Na verdade, coma demonstra Fonseca, não houve traição, porque a Aliança Liberal defendia a diversificação da economia, e apoiou, coma também Vargas o faria nos primeiros anos de seu governo, as industrias naturais que utilizassem matérias-primas e produtos agrícolas e pecuários nacionais.
Um estadista e sempre um político com qualidades extraordinárias de inteligência e capacidade de liderança, mas nem todos os lideres políticos com essas qualidades se transformam em estadistas. Nesses momentos, abre-se a oportunidade para o surgimento de um dirigente político capaz de se antecipar ao movimento da sociedade.
Vargas foi um estadista, porque teve a visão da oportunidade que a Grande Depressão dos anos 1930 abria para o Brasil iniciar sua industrialização.
Vargas compreendeu, já no seu primeiro governo, que o Brasil estava ficando secularmente para trás no processo de desenvolvimento econômico, e que a única forma de recuperar o atraso era a industrialização. No início de seu segundo governo, em 1951, os Estados Unidos não aviam ainda definido uma política imperial.
6.
O surgimento e a consolida ao do pensamento econômico no Brasil está indissoluvelmente ligado a Celso Furtado. A obra do grande pensador paraibano, em particular a Forma Econômica do Brasil e Desenvolvimento e Subdesenvolvimento, demarca a passagem do pensamento econômico brasileiro da pre-história para a história.
Central de seu país em 1935, a testa do qual permanecera até 1943, quando brigara com Peron. Ao abandonar o Governo, Prebisch torna-se consultor de alguns governos latino-americanos e assumira uma cátedra na Escola de Economia de Buenos Aires, onde lecionava a Teoria Geral de Keynes. Logo que entrou na CEPAL em 1949, Prebisch elaborou um trabalho que assinalaria um ponto de inflexão na trajetória teórica latino-americana.
A década de 50 foi um dos momentos mais férteis da história brasileira, apenas em termos das transformações socioeconômicas e dos movimentos sociais e políticos aí verificados, como também em grande discussão teórico-ideológica que acompanhava ou mesmo orientava essa grade movimenta1. As ideias econômicas dessa época foram fortemente marcadas pela discussão que se travava entre os partidários dos velhos interesses agroexportadores, em franca decadência, e os novos interesses vinculados ao urbano industrial. A controvérsia sobre o desenvolvimento econômico contrapunha, de um lado, uma corrente que defendia o liberalismo econômico, preocupada em garantir a vocação agraria do Brasil, e, de outro, uma corrente intervencionista, que pregava a industrializa deliberada do país. Foi nesse contexto que as teses da CEPAL vieram dar substancia e respaldar a corrente intervencionista.
Na verdade, a polemica entre o intervencionismo desenvolvimentista e o liberalismo econômico já se manifestara na década anterior, quando o líder empresarial Roberto Simonsen teria armas com o professor Eugenio Gudin, principal porta-voz do monetarismo neoclássico no Brasil.

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