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Dípteras de interesse veterinário

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A ordem Diptera constitui uma das maiores ordens de insetos e seus 
representantes são abundantes e possui distribuição cosmopolita. 
 
→ Merecem atenção especial no manejo sanitário, uma vez que 
atuam como vetor mecânico e biológico de diversos 
patógenos, além dos próprios danos causados por eles. 
 
Os dípteros simbovinos são aqueles ligados ao homem através dos 
excretas de animais domésticos, principalmente herbívoros. 
- Representantes: Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo) e 
Haematobia irritans (mosca do chifre). 
Dípteros produtores de miíases causam lesões, mutilações ou até a 
morte do hospedeiro. 
- Representantes: Dermatobia hominis (mosca berneira) e Cochliomyia 
hominivorax (mosca da bicheira). 
Díptera hematófago cosmopolita. 
Tem como hospedeiro preferencial equídeos, embora outros mamíferos 
também possam ser atacados, inclusive o homem, este acidentalmente. 
Abundante no verão e pode ser frequentemente encontrada pousada 
em moirões de cerca, muros e paredes que não estejam distantes dos 
animais que lhes fornecem alimento. 
É um dos dípteros mais importantes para a pecuária nacional, pelos 
prejuízos econômicos que determina e por seu papel como transmissor 
e potencial vetor de doenças. 
Em condições naturais transmite: 
→ Rickettsia Anaplasma marginale para os bovinos 
→ Vírus da anemia infecciosa (AIE) para os equinos 
→ Habronema, verme responsável pela habronemose em 
equídeos 
→ Dermatobia hominis, por ser um dos melhores vetores para 
os ovos do berne 
→ Trypanosoma equinum, agente etiológico do mal das cadeiras 
em equinos 
→ Clostridium spp., agente etiológico da peste da manqueira 
para bovinos 
→ Staphylococcus spp. coagulase (+), Bacillus spp., S. 
saprophyticcus e Shigella spp. agentes causais de mastite. 
Díptera hematófago. 
Alta incidência no Brasil. 
Afeta principalmente a bovinocultura 
 
 
Classificação do ponto de vista clínico as miíases 
→ de acordo com sua localização anatômica: 
- CUTÂNEA: furunculosas, rasteiras, ulcerosa ou traumáticas. 
- CAVITÁRIA: são as que se localizam no trato digestivo ou no 
aparelho urogenital, mas também na região nasofaríngea, 
seios frontais, olhos ou ouvidos. 
 
→ Classificação do ponto de vista etiológico 
- OBRIGATÓRIAS: as larvas se desenvolvem exclusivamente 
em tecidos vivos. 
- FACULTATIVAS: as larvas de vida livre que geralmente 
crescem na matéria orgânica em decomposição, podem se 
desenvolver ocasionalmente em tecidos necrosados de 
animais vivos. 
- PSEUDOMIÍASES: são miíases acidentais que ocorrem pela 
ingestão de larvas de moscas e que são deglutidas 
juntamente com alimentos ou bebidas. 
É uma das principais parasitoses nos sistemas de produção pecuário. 
A espécie é endêmica da região neotropical (temperaturas 
moderadamente altas, precipitação de média a alta, vegetação densa). 
Uso de insetos vetores no seu ciclo (mosca do chifre, mosca do 
estábulos e até mesmo mosquitos). 
Adultos: moscas robustas, com cerca de 15 mm de comprimento, 
cabeça amarelada com a parte anterior escura, tórax e abdome de 
coloração azulada/acastanhado metálico. 
 
As larvas provocam miíases obrigatórias (larvas biontófagas que se 
desenvolvem exclusivamente em tecidos vivos) e as práticas de rotina 
no manejo dos bovinos nas fazendas, como castração e descorna, 
predispõem os animais ao parasitismo. 
A lesão causa grande morbidade e mortalidade, sobretudo em animais 
domésticos. 
Adultos medem de 8 a 10 mm de comprimento, coloração verde ou azul 
metálica, 3 listras negras longitudinais no tórax. 
A cabeça é de um amarelo brilhante com os olhos amarelo-
avermelhados. 
Habilidade de proliferar tanto no meio urbano quanto no meio rural 
Atua como vetor biológico e mecânico de uma série de agentes 
patogênicos (para o homem, animais domésticos e silvestres) 
Lambe, defeca (contaminação de alimentos) e carreia microrganismos 
nas cerdas corporais (vetor da Habronemose) 
Capacidade de se desenvolver em quase todos os tipos de matéria 
orgânica em fermentação: 
→ Zonas rurais: fezes de equinos, bovinos e suínos; produtos 
das granjas de aves poedeiras; restos de ração animal. 
→ Zonas urbanas: fezes humanas; fossas abertas; aterros 
sanitários. 
 
 
 
 
 
Filo Arthropoda 
Classe Insecta 
Ordem Diptera 
 A ordem díptera contém todas as moscas de importância veterinária, as que são hematófagas e as causadoras de miíases. 
 
→ O3 pares de pernas. 
→ 01 par de asas membranosas. 
→ 01 par de halteres (2º par de asas atrofiado). 
→ 01 par de antenas. 
→ Olhos grandes. 
 
 
 
Alguns são ectoparasitos hematófagos. 
Alguns vetoram microrganismos patogênicos. 
Algumas larvas parasitam tecidos vivos de seus hospedeiros = Miíases
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentam metamorfose completa, com fases de: ovo, larva, pupa e adulto. 
 
 
LARVAS BIONTÓFAGAS: nutrem de tecido vivo. 
LARVAS NECROBIONTÓFAGAS: nutrem de tecido morto (carne pútrida ou tecidos orgânicos fermentáveis). 
→ OBS: As miíases por larvas de moscas necrobiontófagas tornam-se pseudoparasitos de lesões ou tecidos doentes. 
 
Infestações causadas por larvas de moscas, que se alimentam de tecidos e líquidos corporais de seus hospedeiros. 
Causam patologias cutâneas e/ou em mucosas. 
 
MIÍASES CUTÂNEAS 
→ Berne 
→ Bicheira 
MIÍASE CAVITÁRIA 
→ Gasterofilose 
 
É quando as fêmeas de moscas depositam ovos em feridas (ex. bicheira) ou em tecido epidérmico não lesionado (ex. berne), onde ocorre a eclosão das 
larvas, que se alimentam de tecido vivo. 
Causada por muitas larvas da mosca Cochliomyia hominivorax. 
 
Muitas larvas na mesma lesão. Nutrem exclusivamente de tecido vivo. Caminham pelas regiões circunvizinhas. As lesões aumentam de tamanho, 
consideravelmente. 
Estágios de desenvolvimento 
 
 
Causada pela larva da mosca berneira - Dermatobia hominis;
 
 
Presença de apenas uma larva por lesão, ou seja a larva permanece no local de penetração. Não 
ocorre o aumento da lesão. 
O tamanho larval é muito variável, pois depende da sua fase de desenvolvimento. 
 
 
Em 1 semana, a larva aumenta 8X de tamanho, e fica 40 dias ou + no hospedeiro. 
 
Lesão avermelhada e nodular, com orifício central, por onde é eliminada secreção aquosa (exsudato) amarelada ou sanguinolenta. 
Lesão dolorosa, em fisgada e pruriginosa. 
Pode ocorrer infecção secundária bacteriana, aumentando a inflamação. 
Perdas econômicas: em rebanhos leiteiros ou de corte, e também dos subprodutos como o couro (depreciado pela lesão). 
 
 
As larvas penetram por cavidades naturais (ingeridos, por exemplo) do corpo do hospedeiro ou cavam galerias sob a pele, causando lesões profundas que 
atravessam a musculatura do animal, atingindo órgãos vizinhos. 
 
É uma miíase cavitária, mais especificamente intestinal, causada por larvas da mosca Gasterophilus intestinalis. Afeta órgãos do aparelho digestivo de 
equinos e de bovinos 
 
 
A mosca faz a oviposição nos pelos do equino, as larvas eclodem e migram até a boca e formam cavidades no tecido sub-epitelial da mucosa bucal e da 
língua; depois são ingeridas, chegam no estômago e se instalam na mucosa estomacal e intestinal onde completam seu desenvolvimento; dali são eliminados 
nas fezes, na forma de pupa e no ambiente, estas pupas se desenvolvem em moscas adultas. E recomeça o ciclo. 
Perda de peso progressivo e fraqueza. 
Fortes cólicas e anemia. 
Em casos mais graves: hemorragia, perfurações da mucosa pelas larvas infecção bacteriana 
 
 
 
 
De tempos em tempos a larva sobe ao orifício para respirar = 
movimentação perceptível. 
1 única larva na lesão 
A larva tende a deixar o orifício entre 30 a 70 dias. 
 
Várias larvas em uma única lesão. 
A abertura da lesão é uma cavidade aberta 
 
 
 
–
Morte da Larva e extração 
Macerados de alfavaca (Ocymun basilicum): liberam timol (agente tóxico 
para as larvas que provoca repelência). Maceradosde tabaco. 
Retirada por esparadrapo. 
Tamponamento dos orifícios com vaselina 
Extração da Larva da Berne 
Retirar a larva após estar morta, utilizando uma a pinça, e fazendo 
movimentos circulares para desprender os espinhos. 
 
–
Retirada das larvas – pelo menos as visíveis 
1ª Limpeza da ferida – frequentemente 
Uso de larvicida/matabicheira em spray (ação preventiva e curativa). 
Produtos repelentes devem ser aplicados em todos os ferimentos 
abertos, em regiões de ocorrência de moscas. 
Antibióticos para evitar infecções secundárias 
 
–
Por muito tempo foi usado bissulfeto de carbono, via oral em cápsulas 
de gelatina = muito tóxico (morte do hospedeiro em alguns casos). 
 
 
 
 
 
 
 
Mosca de tamanho pequeno (de 3 a 5 mm). 
São hematófagas e picam seus hospedeiros. 
As picadas são constantes (dia e noite) e dolorosas (= 
desconforto). 
“Abandonam” o hospedeiro momentaneamente, para fazer a 
oviposição. 
Ocorre espoliação de sangue ou veiculam agentes infecciosos. 
Permanecem nas partes do animal que ficam fora do alcance do 
movimento da cabeça e cauda (cupim, dorso, pescoço, virilha e 
ventre). 
 
 
 
→ Quando o bovino defeca, as fêmeas depositam de 10 a 
20 ovos, embaixo da borda da massa fecal. 
→ A oviposição ocorre até 15 minutos após o bovino ter 
defecado, passado este período as fezes perdem 
atratividade. 
PREFERÊNCIA para bovinos de raças europeias e/ou mestiços; 
animais de pelagem escura ou com manchas escuras; e para 
machos (↑ atividade das glândulas sebáceas e ↑ testosterona). 
Pode infestar também bubalinos, equídeos e animais silvestres 
como o cervo, raramente ataca cães, ovinos e humanos. 
 
→ irritação e dor intensa aos animais 
→ estresse e perda do apetite 
→ redução do ganho de peso 
→ queda da produção de carne e leite 
→ transmissão de doenças 
→ predisposição a bicheiras 
→ danos ao couro. 
 
→ 1 boi com 500 mosca em 1 ano 
→ perda de apetite; dormem mal (desconforto) 
→ perda de 2,5 litros de sangue 
→ perda de 40kg de carne ou 10% do peso 
→ de 5% a 15% na produção de leite 
→ de 15% na taxa de prenhez. 
 
No Brasil, causam prejuízos estimados em US$ 150 milhões 
anuais. 
Taxa normal de infestação de 500 a 1500 moscas/animal 
IMPORTANTE: Controle integrado entre o uso de inseticidas e o 
biológico 
 
→ Inseticidas sintéticos (uso racional) 
→ Devem ser utilizados com cautela. 
→ Deixam resíduos na carne e no leite. 
→ Danos ao ambiente. 
→ Deve ser usado na estação chuvosa, quando o nº de 
moscas/animais for acima de 200. 
 
: seleção de 
populações de moscas resistentes aos inseticidas, com redução 
da eficácia dos produtos e aumento dos custos de controle. 
 
Uso do besouro Onthophagus gazella ou rola bosta 
Ninho do besouro rola bosta 
 
→ Enterram as fezes em 48h, impedindo que as larvas da 
mosca do chifre se desenvolvam em adultos. 
→ Vantagem no uso do besouro rola bosta 
→ Diminui o número de tratamentos com inseticidas no 
rebanho. 
→ Incorpora as fezes, melhorando a fertilidade do solo e a 
qualidade do capim (forrageira). 
→ Aumenta o número de minhocas (húmus) no solo. 
→ Evita áreas de rejeição ao pastejo, aumentando a 
capacidade de suporte das pastagens. 
→ Melhora a aeração do solo e a infiltração de água, 
descompactando o solo degradado. 
→ Evita o desenvolvimento de resistência. 
 
Parecida com a mosca doméstica, mas o aparelho bucal é 
adaptado para picar e sugar o sangue do hospedeiro 
Picadas dolorosas 
 
 
→ esterqueiras, estábulos e currais com acúmulo de 
esterco e restos de alimento (bagaço da cana de 
açúcar, cascas de arroz e de café, palhas, silagem, 
feno,...) 
→ cochos com restos alimentares (frutas em 
decomposição) em áreas de confinamento 
→ materiais orgânicos (compostagem) tal como a vinhaça 
quando gerenciada de maneira inadequada 
(empoçamentos) 
 
 
→ equinos e bovinos, mas em superpopulações podem 
infestar cães, porcos e humanos. 
Causam grandes problemas nas criações, como feridas nas 
orelhas. 
Infestações graves, com mais de 50 moscas/animal, podem 
reduzir o ganho de peso em 25% e a produção de leite em 40 a 
60%. 
 
→ picam principalmente os membros torácicos e regiões 
abaixo dos joelhos (concentrado na canela) 
→ dificuldade em mover os membros torácicos e também 
ao fato de que o reflexo caudal, não atinge de modo 
eficaz áreas abaixo dos joelhos. 
 
 Podem vetorar doenças como anemia infecciosa equina 
(virose) e habronemose cutânea ou ferida de verão (verminose). 
HABRONEMOSE CUTÂNEA OU FERIDA DE VERÃO: Quando a 
mosca portadora do verme pousa perto da boca do equino, este, 
ao se lamber, ingere a larva, e o verme se desenvolve no seu 
intestino. 
Caso a mosca pouse em uma ferida, a larva do verme penetra 
na pele, impedindo a cicatrização. Daí, forma se uma tumoração, 
que aumenta o processo inflamatório. 
 
→ Moscas dípteros da família Tabanidae 
→ “Mutuca", "butuca" e "motuca" 
→ Moscas dípteros da família Tabanidae Do tupi: mu'tuka = 
"picar, furar, pungir" 
→ Mutucas ou tabanídeos. 
→ Há diversos gêneros (Tabanus e muitos outros) 
→ Mosca de tamanho pequeno. 
→ As larvas são carnívoras (de invertebrados de água 
doce). 
→ As fêmeas são hematófagas e os machos se 
alimentam de pólen e néctar. 
→ Hospedeiros: mamíferos em geral (+ comum: equinos e 
bovinos). 
→ A picada é muito dolorosa e pode provocar inflamação 
local. 
→ anca, dorso, pescoço e pernas (locais onde o animal 
dificilmente consegue "espantá-las“). 
Pode haver reações alérgicas graves. 
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