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UCT Morfofuncional Macro O corpo contém dois tipos de glândulas: as glândulas exócrinas e as glândulas endócrinas As glândulas exócrinas secretam seus produtos (suor, óleo, muco e sucos digestivos) em ductos que transportam as secreções para dentro das cavidades do corpo, no lúmen de um órgão ou na superfície externa do corpo. Em contrapartida, as glândulas endócrinas secretam seus produtos (hormônios) no líquido intersticial que circunda as células secretoras, e não em ductos. Os hormônios são moléculas que alteram a atividade fisiológica de outras células no corpo. A partir do líquido intersticial, os hormônios circulam nos capilares sanguíneos e são levados pelo sangue para todo corpo. Em virtude da dependência do sistema circulatório para distribuir seus produtos, as glândulas endócrinas constituem alguns dos tecidos mais vascularizados do corpo. Na maioria dos casos, são necessárias quantidades muito pequenas da maioria dos hormônios para produzir uma resposta, de modo que circulantes são normalmente baixos. As glândulas endócrinas são a hipófise, a tireóide, as paratireóides, as suprarrenais e a pineal. Além disso, existem vários outros órgãos e tecidos que não atuam exclusivamente como glândulas endócrinas, mas que contêm células que secretam hormônios. UCT 1V – Funções Biológicas: SP5 – Sistema Neuroendócrino: Morfofuncional Macro O corpo contém dois tipos de glândulas: as glândulas exócrinas e as glândulas endócrinas. As glândulas exócrinas secretam seus produtos (suor, óleo, muco e sucos digestivos) em ductos que as secreções para dentro das cavidades do corpo, no lúmen de um órgão ou na superfície externa Em contrapartida, as glândulas endócrinas secretam seus produtos (hormônios) no líquido intersticial que circunda as células secretoras, e não em Os hormônios são moléculas que alteram a atividade fisiológica de outras células no corpo. A partir do líquido intersticial, os hormônios circulam nos capilares sanguíneos e são levados pelo sangue para Em virtude da dependência do sistema irculatório para distribuir seus produtos, as glândulas endócrinas constituem alguns dos tecidos mais Na maioria dos casos, são necessárias quantidades muito pequenas da maioria dos hormônios para produzir uma resposta, de modo que os níveis As glândulas endócrinas são a hipófise, a , as suprarrenais e a pineal. Além disso, existem vários outros órgãos e tecidos que não atuam exclusivamente como glândulas que contêm células que secretam Esses órgãos e tecidos incluem o hipotálamo, o timo, o pâncreas, os ovários, os testículos, os rins, o estômago, o fígado, o intestino delgado, a pele, o coração, o tecido adiposo e a placenta. Em seu conjunto, to e as células secretoras de hormônios constituem o sistema endócrino. Morfofuncional Macro Esses órgãos e tecidos incluem o hipotálamo, o timo, o pâncreas, os ovários, os testículos, os rins, o estômago, o fígado, o intestino delgado, a pele, o coração, o tecido adiposo e a placenta. Em seu conjunto, todas as glândulas endócrinas e as células secretoras de hormônios constituem o Júlia Andrade 17/03/2021 Durante muitos anos, a hipófise foi denominada glândula endócrina “mestra”, uma vez que ela secreta diversos hormônios que controlam outras glândulas endócrinas. Atualmente, sabemos que a própria hipófise possui um mestre – o hipotálamo. Essa pequena região do encéfalo, inferior ao tálamo, constitui o principal elo de integração entre os sistemas nervosos e endócrinos. O hipotálamo recebe impulsos de várias outras regiões do encéfalo, incluindo o sistema límbico, o córtex cerebral, o tálamo e o sistema reticular ativador. Além disso, recebe sinais sensitivos dos órgãos internos e da retina. O hipotálamo não é apenas um importante centro regulador no sistema nervoso, mas também uma glândula endócrina de importância crucial. Os hormônios secretados pelo hipotálamo e pela hipófise desempenham funções importantes na regulação de praticamente todos os aspectos do crescimento, desenvolvimento, metabolismo e homeostasia. A hipófise é uma estrutura pisiforme, com diâmetro de cerca de 1 a 1,5 cm, localizada na fossa hipofisial do osso esfenoide e unida ao hipotálamo por meio de um pedículo, o infundíbulo. A hipófise apresenta duas partes anatômica e funcionalmente separadas: a adeno-hipófise (lobo anterior) e a neuro-hipófise (lobo posterior). A adenohipófise responde por cerca de 75% do peso total da glândula e é composta de tecido epitelial. Desenvolve-se a partir de uma evaginação do ectoderma, denominada bolsa hipofisária, situada no teto da cavidade oral. A adeno-hipófise consiste em duas partes no adulto: a parte distal é a parte bulbar maior, e a parte tuberal, que forma uma bainha em torno do infundíbulo. A neuro-hipófise desenvolve-se a partir de uma evaginação ectodérmica; essa evaginação, denominada botão neuro-hipofisário, provém do tubo neural. A neuro-hipófise é composta de tecido neural e também consiste em duas partes: a parte nervosa, a parte bulbar maior, e o infundíbulo. A neuro-hipófise contém axônios e terminações axônicas de mais de 10.000 células neurossecretoras, cujos corpos celulares estão localizados nos núcleos supraópticos e paraventriculares do hipotálamo. Uma terceira região, denominada parte intermédia, sofre atrofia durante o desenvolvimento fetal e deixa de existir como lobo separado no adulto. A glândula pineal é uma pequena glândula endócrina fixada ao teto do terceiro ventrículo do encéfalo, na linha mediana e constitui parte do epitálamo. Embora muitas características anatômicas da glândula pineal sejam conhecidas há anos, sua função fisiológica ainda não está bem elucidada. A glândula pineal secreta um hormônio denominado melatonina. Esse hormônio contribui para o ajuste do relógio biológico do corpo, que é controlado pelo núcleo supraquiasmático do hipotálamo. Durante o sono, os níveis de melatonina na corrente sanguínea aumentam até dez vezes e, em seguida, declinam até alcançar um nível baixo novamente antes do despertar. A glândula tireóide, que tem o formato de uma borboleta, encontra-se localizada imediatamente inferior à laringe; os lobos direito e esquerdo situam-se em ambos os lados da traqueia. Os lobos são unidos por massa de tecido, denominada istmo, que se localiza anteriormente à traqueia. Cerca de 50% das glândulas tireóides possuem um terceiro lobo pequeno, denominado lobo piramidal. Esse lobo se estende superiormente ao istmo. As células foliculares produzem dois hormônios: a tiroxina, que também é denominada tetraiodotironina (T4), visto que contém quatro átomos de iodo, e a triiodotironina (T3), que contém três átomos de iodo. A T3 e a T4 são coletivamente designadas como hormônios tireoidianos. Os hormônios tireoidianos regulam (1) a utilização de oxigênio e a taxa metabólica basal, (2) o metabolismo celular e (3) o crescimento e o desenvolvimento. Algumas células, denominadas células parafoliculares ou células C, podem estar mergulhadas no folículo ou localizadas entre os folículos. Essas células produzem o hormônio calcitonina, que ajuda a regular a homeostasia do cálcio. Parcialmente inseridas na face posterior dos lobos laterais da glândula tireóide, existem várias massas arredondadas e pequenas de tecido, denominadas glândulas paratireóides. O hormônio da paratireóide ou paratormônio (PTH) se liga a receptores em osteoblastos. Essa ligação é um sinal para essas célulasproduzirem um fator estimulante de osteoclastos que aumenta o número e a atividade dessas células, promovendo assim a reabsorção de matriz óssea calcificada e a liberação de Ca2+ no sangue. Além de aumentar a concentração de Ca2+ plasmático, o hormônio da paratireóide reduz a concentração de fosfato no sangue. Esse efeito resulta da atividade do paratormônio em células dos túbulos renais, diminuindo a reabsorção de fosfato e aumentando sua excreção na urina. O paratormônio aumenta indiretamente a absorção de Ca2+ no sistema digestório, estimulando a síntese de vitamina D, que é necessária para essa absorção As glândulas suprarrenais pares, cada uma localizada superiormente a cada rim no espaço retroperitoneal, apresentam uma forma piramidal achatada. Durante o desenvolvimento embrionário, as glândulas suprarrenais diferenciam-se em duas regiões com estrutura e função distintas: um grande córtex da glândula suprarrenal, de localização periférica, representando 80 a 90% do peso da glândula, que se desenvolve a partir do mesoderma, e uma pequena medula da glândula suprarrenal, de localização central, que se desenvolve a partir do ectoderma. O córtex da glândula suprarrenal produz hormônios que são essenciais à vida. A perda completa dos hormônios adrenocorticais leva à morte em alguns dias a uma semana, em consequência de desidratação e desequilíbrio eletrolítico, a não ser que a terapia de reposição hormonal seja iniciada imediatamente. A medula da glândula suprarrenal produz dois hormônios: a norepinefrina e a epinefrina. A glândula é recoberta por uma cápsula de tecido conjuntivo. O pâncreas é uma glândula tanto endócrina quanto exócrina. É um órgão achatado e está localizado posterior e ligeiramente inferior ao estômago e consistem em cabeça, colo, corpo e cauda. Aproximadamente 99% das células exócrinas do pâncreas estão dispostas em aglomerados, denominados ácinos; essas células produzem enzimas digestivas, que fluem para o tubo gastrintestinal por meio de uma rede de ductos. Espalhados entre os ácinos exócrinos existem minúsculos aglomerados de células endócrinas, denominados ilhotas pancreáticas ou ilhotas de Langerhans. Tanto a parte exócrina quanto a parte endócrina do pâncreas são supridas por capilares abundantes. Cada ilhota pancreática contém quatro tipos de células secretoras de hormônios: 1. As células alfa constituem cerca de 15% das células das ilhotas pancreáticas e secretam glucagon. 2. As células beta constituem cerca de 80% das células das ilhotas pancreáticas e secretam insulina. 3. As células delta constituem cerca de 5% das células das ilhotas pancreáticas e secretam a somatostatina, que é idêntica ao hormônio de inibição do hormônio do crescimento secretado pelo hipotálamo. 4. As células F constituem o restante das células das ilhotas pancreáticas e secretam o polipeptídio pancreático. Ovários As gônadas femininas, denominadas ovários, são corpos ovais pares localizados na cavidade da pelve. Os ovários produzem hormônios sexuais femininos, denominados estrogênios e progesterona. Juntamente com os hormônios gonadotrópicos da hipófise, os hormônios sexuais regulam o ciclo reprodutivo feminino, mantêm a gravidez e preparam as glândulas mamárias para a lactação. Esses hormônios também são responsáveis pelo desenvolvimento e pela manutenção das características sexuais secundárias femininas. Além disso, os ovários produzem inibina, um hormônio que inibe a secreção do hormônio foliculoestimulante (FSH) pela adeno-hipófise. Durante a gravidez, os ovários e a placenta produzem um hormônio, denominado relaxina (RLX), que aumenta a flexibilidade da sínfise púbica durante a gravidez e que ajuda na dilatação do colo do útero durante o trabalho de parto e o parto. Essas ações facilitam a passagem do recém nascido, aumentando o canal do parto. Testículos O homem possui duas gônadas ovais, denominadas testículos, que produzem testosterona, o principal androgênio. A testosterona estimula a descida dos testículos antes do nascimento, regula a produção de espermatozóides e estimula o desenvolvimento e a manutenção das características sexuais secundárias masculinas, como o crescimento da barba. Os testículos também produzem inibina, que inibe a secreção de FSH.
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