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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS - UNEAL CAMPUS III CURSO DE HISTÓRIA ALBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA RESUMO DE O TRABALHO DE UM ANTROPÓLOGO DE ROBERTO CARDOSO PALMEIRA DOS ÍNDIOS 2021 O livro “O trabalho do antropólogo” de Roberto Cardoso trata-se de questionamentos e observações feitas por ele, no qual o próprio acredita serem importantes para que haja uma construção consolidada de conhecimento a cerca da área de antropologia. Ademais o objeto de estudo, “olhar, ouvir, escrever”, são indispensáveis no que se refere ao campo das ciências sociais. Em sua argumentação para a questão do “olhar”, segundo ele o olhar do antropólogo deve ser disciplinado e livre de preconceitos para que o permita-se observar o objeto de estudo pelo seu modo de visualizar a realidade de fato. A exemplo da disciplina de “Os índios na história do nordeste”, quando um antropólogo observa um grupo indígena ele recorre a seu “olhar etnográfico”, pois ele não apenas observa e usa os instrumentos aprendidos em sua disciplina, mas também, interpreta e faz inferências através do olhar dos indígenas. O ato de ouvir e o olhar se complementam, o pesquisador ao entrevistar alguém obtém informações ao observar e ao escutar o entrevistado e através disto busca compreender, por exemplo, o sentido de um ritual indígena. E referente a este capítulo 1 é exatamente isto que evoca no leitor, a compreensão quase em sua totalidade do trabalho de um antropólogo e quando digo “quase” é por conta da limitação linguística que alguns antropólogos enfrentam durante as suas expedições e também na distância entre o mundo do pesquisador e do indivíduo pesquisado, em outro termo, como o próprio autor diz: “idiomas culturais”. Ademais, o “escrever” aufere um lugar diferente do “olhar e do ouvir”, pois é a concretização de tudo que foi observado e percebido pelo pesquisador, ganhando o espaço mais glorioso de uma pesquisa. Há duas formas de monografias ditas por Ricardo Cardoso sobre o “escrever” que diferem umas das outras, seriam: clássicas e modernas. Esta é uma filosofia da antropologia “mais contemporânea”, que questiona a forma tradicional de fazer antropologia, a diferença entre elas está em que o modo clássico priorizaria apenas um tema centrado, através dele seguiria um caminho analisando a cultura ou a sociedade de forma menos íntima na minha concepção. Já as ditas monografias pós-modernas desprezam a forma tão “engessada” e antiga da maneira clássica e valoriza o íntimo entre o indivíduo, cultura e sociedade estudada. Em síntese, o autor elabora uma boa narrativa escrita, tendo em ênfase suas observações organizadas, produzindo um conhecimento objetivo e factual. No caso da antropologia, como destacado durante o texto, o olhar, o ouvir e o escrever se caracterizam por serem um “guia” para a antropologia, mas também um “bosquejo” para o trabalho de um antropólogo.
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