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APOSTILA Lic Ambiental

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MBA EM GESTÃO AMBIENTAL 
 
DISCIPLINA: LICENCIAMENTO AMBIENTAL EIA/RIMA 
 
PROFESSOR: EDUARDO F. GOBBI 
 
Sumário 
 
Capítulo 1 - Conceitos e Definições ................................................................................. 1 
1.1 Licenciamento Ambiental ............................................................................................... 1 
1.2 Licença Ambiental.......................................................................................................... 1 
1.3 Avaliação de Impactos Ambientais ................................................................................ 1 
1.4 Impacto Ambiental ......................................................................................................... 2 
Capítulo 2 - Aspectos Legais e Institucionais ................................................................. 3 
2.1 Legislações Essenciais .................................................................................................. 4 
2.2 O Sistema Nacional do Meio Ambiente ......................................................................... 6 
2.3 Evolução da Questão Ambiental .................................................................................... 7 
2.4 A Perspectiva da Nações Unidas ................................................................................ 11 
Capítulo 3 - Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente ............................. 15 
3.1 Padrões de qualidade ambiental ................................................................................. 15 
3.2 Zoneamento ambiental ............................................................................................... 16 
3.3 Avaliação de Impactos Ambientais e Licenciamento Ambiental .................................. 17 
Capítulo 4 - Comunicação dos Resultados e sua Importância .................................... 20 
4.1 Comunicação dos Estudos .......................................................................................... 20 
4.2 Comunicação no Processo de Licenciamento ............................................................. 21 
Capítulo 5 - A Participação Pública ................................................................................ 22 
Capítulo 6 - O Processo de Avaliação de Impacto Ambiental, seus objetivos e 
características .................................................................................................................. 23 
6.1 Atores envolvidos no processo de Avaliação de Impactos Ambientais........................ 24 
Capítulo 7 - Tipos de Estudos Ambientais e seus escopos ......................................... 24 
Capítulo 8 – Licenças Ambientais .................................................................................. 25 
8.1 DLAE – Dispensa de licenciamento ambiental estadual .............................................. 25 
8.2 AA – Autorização Ambiental ........................................................................................ 27 
8.3 LAS – Licença Ambiental Simplificada......................................................................... 29 
8.4 LP – Licença Prévia ..................................................................................................... 33 
8.5 LI – Licença de Instalação ........................................................................................... 35 
8.6 LO – Licença de Operação .......................................................................................... 38 
8.7 LASR – Licença Ambiental Simplificada de Regularização ......................................... 45 
8.8 LOR – Licença de Operação de Regularização ........................................................... 47 
8.9 Conceito de Autorização Florestal ............................................................................... 52 
Capítulo 9 - O Estudo de Impacto Ambiental e seu RIMA ............................................ 63 
9.1 Identificação, Previsão e Avaliação dos Impactos Ambientais ................................... 71 
9.2 Métodos de Avaliação de Impactos ............................................................................. 72 
9.3 Critérios de Qualificação dos Impactos ........................................................................ 81 
9.4 Medidas Mitigadoras, Compensatória, Planos e Programas ....................................... 83 
 
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Capítulo 1 - Conceitos e Definições 
 
1.1 Licenciamento Ambiental 
 
Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a 
localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades 
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou 
daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando 
as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. 
Com este instrumento busca-se garantir que as medidas preventivas e de controle 
adotadas nos empreendimentos sejam compatíveis com o desenvolvimento sustentável. 
Enquanto instrumento de caráter preventivo, o Licenciamento é essencial para 
garantir a preservação da qualidade ambiental. Conceito amplo que abrange aspectos 
que vão desde questões de saúde pública até, por exemplo, a preservação da 
biodiversidade, com o desenvolvimento econômico. 
 
1.2 Licença Ambiental 
 
Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as 
condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo 
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar 
empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva 
ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar 
degradação ambiental. 
 
1.3 Avaliação de Impactos Ambientais 
 
Instrumento da Política Ambiental, formado por um conjunto de procedimentos 
capaz de assegurar, desde o início do processo que se faça um exame sistemático dos 
impactos ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de 
suas alternativas, e que os resultados sejam apresentados de forma adequada ao público 
 
2 
 
e aos responsáveis pela tomada de decisão, e por eles considerados. Além disso, os 
procedimentos devem garantir adoção das medidas de proteção do meio ambiente 
determinadas, no caso de decisão sobre a implantação do projeto. 
 
1.4 Impacto Ambiental 
 
- Qualquer alteração no meio ambiente em um ou mais de seus componentes provocado 
por uma ação humana; 
 
- O efeito sobre o ecossistema de uma ação induzida pelo homem; 
 
- Segundo a Resolução Conama 01/86, considera-se impacto ambiental qualquer 
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por 
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou 
indiretamente, afetam: 
 
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
II - as atividades sociais e econômicas; 
III - a biota; 
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 
a qualidade dos recursos ambientais. 
 
- A diferença entre a situação do meio ambiente (natural e social) futuro modificado pela 
realização do projeto e a situação do meio ambiente futuro tal como teria evoluído sem o 
projeto; 
 
- A mudança em um parâmetro ambiental, num determinado período e numa determinada 
área, que resulta de uma dada atividade, comparada com a situação que ocorreria se 
essa atividade não tivesse sido iniciada; 
 
De acordo com alguns autores, se um empreendimento vier a derrubar a vegetação 
atual, seu impacto deveria ser avaliado não comparando a possível situação futura (área 
sem vegetação) com a atual, mas comparando duas situações futuras hipotéticas: aquela 
 
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sem a presença do empreendimento proposto com a situação decorrente de sua 
implantação. 
Na prática da avaliação de impacto ambiental, nem sempre é possívelempregar 
esse conceito, devido à dificuldade de se prever a evolução da qualidade ambiental em 
uma dada área. Nesses casos, que são muito frequentes, o conceito operacional de 
impacto ambiental acaba sendo a diferença entre a provável situação futura de um 
indicador ambiental (com o projeto proposto) e sua situação presente. 
Todas as definições, que quase sempre estão calcadas numa lógica do tipo ação-
reação, adquirem um caráter reducionista, já que é impossível numa definição espelhar a 
complexidade da dinâmica ambiental. 
 
Pode-se distinguir, neste tipo de conceituação duas dificuldades básicas: 
 
- Identificação das fronteiras do impacto já que o mesmo se propaga espacialmente e 
temporalmente através de uma complexa rede de inter-relações; 
 
- Deficiências instrumentais e metodológicas para predizer as respostas dos ecossistemas 
às ações humanas. 
 
Capítulo 2 - Aspectos Legais e Institucionais 
 
A origem da Avaliação de Impactos Ambientais, como atividade regular a ser 
realizada antes da tomada de certas decisões que possam acarretar consequências 
ambientais negativas, ocorreu nos Estados Unidos em decorrência da lei da política 
nacional do meio ambiente daquele país (National Environmental Policy Act). Essa lei foi 
aprovada em dezembro de 1969 e entrou em vigor em 1 de janeiro de 1970. 
A década de 70 no Brasil experimentou grande crescimento econômico. Projetos 
de ocupação da região amazônica (com destaque para a transamazônica), da construção 
de grandes hidroelétricas (como Itaipu e Tucurui, dentre outras) e de crescente 
industrialização (Cubatão como principal referência), levou a uma crescente pressão tanto 
internacional como interna, no sentido de se estabelecer uma Política Nacional de Meio 
Ambiente. 
 
4 
 
Assim, em 31 de agosto de 1981 foi aprovada a Lei 6938 da Política Nacional do 
Meio Ambiente, e que inclui a avaliação de impacto ambiental como um dos instrumentos 
desta política para atingir os seus objetivos. 
Mas foi com a regulamentação da Política Nacional do Meio Ambiente que a AIA 
passou a ser de fato aplicada, com a Resolução CONAMA 1/86 (Conselho Nacional do 
Meio Ambiente). 
 
2.1 Legislações Essenciais 
 
i) Constituição Federal de 1988: 
 
Artigo 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
 
§ I°. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora 
de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que 
se dará publicidade; 
 
ii) Resolução CONAMA 237/97 
 
Dispõe sobre licenciamento ambiental; listagem de atividades; Estudos Ambientais; 
 
iii) Lei Complementar 140 de 2011 
 
Esta Lei Complementar fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e 
do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do 
exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à 
proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à 
preservação das florestas, da fauna e da flora. 
 
 
 
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Competência do Licenciamento Ambiental 
 
- Licenciamento ambiental da União 
 
A União deve promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: 
 
a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; 
b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona 
econômica exclusiva; 
c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; 
d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, 
exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; 
f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do 
Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme 
disposto na Lei Complementar 97, de 9 de junho de 1999; 
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor 
material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de 
suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear 
(Cnen); ou 
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição 
da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critérios de porte, potencial 
poluidor e natureza da atividade ou empreendimento; 
 
- Licenciamento ambiental dos Estados: 
 
Os Estados devem promover o licenciamento ambiental de atividades ou 
empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente 
poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado 
o disposto nos arts. 7o e 9o da Lei Complementar 140. Os Estados devem também 
promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou 
desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de 
Proteção Ambiental (APAs); 
 
 
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- Licenciamento ambiental dos Municípios: 
 
Observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas na Lei Complementar 
140, e descritos anteriormente, os municípios devem promover o licenciamento ambiental 
das atividades ou empreendimentos: 
 
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia 
definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os 
critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou 
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas 
de Proteção Ambiental (APAs); 
 
2.2 O Sistema Nacional do Meio Ambiente 
 
A Lei 6938 da Política Nacional do Meio Ambiente define o Sistema Nacional do 
Meio Ambiente. Fazem parte deste Sistema Nacional do Meio Ambiente, os órgãos e 
entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos Municípios, 
bem como as Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e 
melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - 
SISNAMA, assim estruturado: 
 
I - Órgão Superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da 
República, na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o 
meio ambiente e os recursos ambientais; 
 
II - Órgão Consultivo e Deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, 
com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de 
políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no 
âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente 
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; 
 
III - Órgão Central: o Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia 
Legal, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão 
federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; 
 
7 
 
 
IV - Órgão Executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis, com a finalidade de executar e fazer executar, como órgão federal, a política 
e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; 
 
V - Órgãos Setoriais: os órgãos ou entidades integrantes da Administração Pública 
Federal Direta ou Indireta, bem como as Fundações instituídas pelo Poder Público, cujas 
atividades estejam associadas às de proteção da qualidadeambiental ou àquelas de 
disciplinamento do uso de recursos ambientais. 
 
VI - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de 
programas, projetos e pelo controle e fiscalização das atividades capazes de provocar 
degradação ambiental; 
 
VII - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e 
fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições. 
§ 1° - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, 
elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio 
ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA. 
§ 2° - Os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também 
poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior. 
§ 3° - Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo deverão 
fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados 
por pessoa legitimamente interessada. 
§ 4° - De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar uma 
Fundação de apoio técnico e científico às atividades do Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA 
 
2.3 Evolução da Questão Ambiental 
 
Para uma adequada compreensão dos aspectos legais e institucionais referentes 
ao licenciamento ambiental e avaliação de impactos ambientais, é importante uma 
perspectiva histórica dos fatos. A seguir apresenta-se uma síntese sobre a evolução das 
questões ambientais e uma breve análise da atuação das Nações Unidas. 
 
8 
 
 
- Há cerca de 3700 anos as cidades sumérias foram abandonadas quando as terras 
irrigadas que haviam produzidos os primeiros excedentes agrícolas do mundo começaram 
a tornar-se cada vez mais salinizadas e alagadiças; 
 
- Há 2400 anos Platão deplorava o desmatamento e a erosão do solo provocada nas 
colinas da Ática, pelo excesso de pastagem e corte de árvores; 
 
- Na Roma do século I, Columela e Plínio advertiram que o gerenciamento medíocre dos 
recursos ameaçava produzir quebra de safras e erosão do solo; 
 
- Por volta do século VII o complexo sistema de irrigação da Mesopotâmia, construído 400 
anos antes, começava a sucumbir sob o peso da má administração; 
 
- A construção de embarcações para a frota do Império Bizantino, Veneza, Genova e 
outros estados marítimos italianos reduziu as florestas costeiras do Mediterrâneo. 
 
- A poluição do ar pela queima de carvão afligia tanto a Inglaterra medieval que em 1661 
o naturalista John Evelyn deplorava a “nuvem lúgrube e infernal” que fez a cidade de 
Londres parecer-se com a “corte de vulcano ....ou os subúrbios do inferno, ao invés de 
uma assembleia de criaturas racionais”; 
 
ESTES CASOS MAIS ANTIGOS: advertências prévias; 
 
SENTIMENTOS DE ALARME OU INTERESSE OCORRERAM SOMENTE BEM DEPOIS 
DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
 
- Raízes de um movimento mais amplo: segunda metade do século XIX; 
 
- Primeiros grupos protecionistas foram criados na Grã-Bretanha na década de 1860; 
 
- Em 1863 a Grã-Bretanha aprovou a primeira lei de amplo espectro contra a poluição do 
ar no mundo e criou o primeiro órgão de controle da poluição; 
 
 
9 
 
- O primeiro acordo internacional sobre meio ambiente foi assinado em 1886, hoje são 
centenas, a grande maioria após 1960; 
 
- As primeiras preocupações ambientais estavam mais voltadas para os aspectos de 
desmatamento e caça: 
 
➢ Grã-Bretanha: história natural, cientificismo; 
➢ Índia/Alemanha: manejo sustentado; 
➢ Austrália/África: exploração; 
➢ EUA: história natural e exploração 
 
- Os EUA criaram o primeiro parque nacional do mundo (Yellowstone – 1872); 
 
- Frase de Thoreau sobre as consequências da derrubada das florestas e da plantação de 
centeio com fins de lucro imediato: “uma ganância que põe a perder seus próprios 
objetivos”; 
 
- EUA: na virada do século XIX para XX ambientalistas se dividiam entre: 
Preservacionistas (protecionismo britânico): preservar áreas virgens de qualquer uso que 
não fosse recreativo ou educacional. 
Conservacionista (ciência florestal racional alemã): explorar de modo racional e 
sustentável os recursos naturais; 
 
- EUA (início do século XX): preocupação com a gestão do uso da água; 
 
- 1907: Roosevelt criou a Comissão das Vias Navegáveis Interiores: Plano abrangente 
para o desenvolvimento e controle dos sistemas fluviais americanos; 
 
- Roosevelt: insistia que qualquer Plano para utilização das vias navegáveis do interior 
deveria considerar a questão do controle de cheias, a prevenção da erosão e 
assoreamento, e a construção de represas; 
 
- Ideias de Roosevelt X Poderoso Corpo de Engenheiros do Exército (visão estreita da 
utilização e desenvolvimento dos recursos hídricos); 
 
10 
 
 
- Ideias de Roosevelt X Congresso (contra um super órgão de planejamento); 
 
- Roosevelt convocou uma reunião nacional (com governadores, entidades, etc) para uma 
conferência sobre o assunto e o tornou público; 
 
-Em meados dos anos 30 ocorreu um dos maiores desastres ambientais produzidos pela 
mão do homem na história: mais de duzentas tempestades de poeiras regionais atingiram 
as grandes planícies. Por volta de 1938 cerca de 1,29 milhão de km2 foi erodido (16 
estados). Causa: mais de meio século de agricultura irrefletida – arar a terra com sulcos 
largos e retos, deixar os campos sem cobertura da vegetação, opção por monocultura e 
destruição do relevo nativo que era uma proteção natural vital contra o vento e a seca; 
 
- A sensibilidade do público era pequena no início, mas com a evolução da ciência e 
ganho de mobilidade das pessoas (passavam a olhar para além de sua vizinhança 
imediata), o movimento cresceu e se disseminou; 
 
- Contudo, a verdadeira revolução ambiental aconteceu depois de 1945, com o período de 
maiores mudanças se verificando a partir de 1962; 
 
- Em 1972 as Nações Unidas criaram um novo programa ambiental – PNUMA. Já em 
1980 quase todas as organizações internacionais mais importantes (Bird, CE, OECD, etc.) 
haviam tomado posições relativas às políticas do meio ambiente; 
 
O ambientalismo: 
 
- ganhou dezenas de milhões de adeptos; 
- criou novos órgãos de controle e legislação; 
- motivou a criação de novos partidos políticos; 
- encorajou uma reavaliação das prioridades econômicas; 
- tornou-se tema de políticas internas e internacionais; 
- mudou nossa percepção do mundo no qual vivemos (a natureza é finita, o uso 
equivocado pode ameaçar a raça humana) 
 
 
11 
 
BRASIL 
 
1958: criação da FBCN (Fundação Brasileira para Conservação da Natureza) com 
objetivo de trabalhar para a preservação da Fauna e Flora (década de 60 – atuação 
limitada); 
 
Em junho de 1971 funda-se em Porto Alegre a AGARAM (Associação Gaúcha de 
Proteção ao Ambiente Natural); 
 
A ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) começa a atuar em 
meados de 1970; 
 
 Em fins de 1970 aparece mais fortemente o movimento ecológico, considerados 
por uns como exóticos, e por outros como visionários: ciclovias, táxi e ônibus movidos a 
gás natural, reciclagem de materiais, contra os riscos nucleares, em agricultura orgânica, 
em manejo ecológico das florestas. Para os setores conservadores os ambientalistas são: 
inimigos do progresso, exibicionistas, anticientíficos; 
 
Na primeira metade dos anos oitenta, há uma proliferação de grupos ambientalistas. 
Primeiras vitórias: 
 
 - conseguiram aliados como seringueiros, pescadores, Gascoop; 
 - conseguiram na justiça vitórias contra grandes poluidores; 
 - fechou-se a usina nuclear por 85 dias; 
 - foi proibido a entrada de metanol no Rio; 
 - houve a devolução para a Bélgica de um navio com lixo químico; 
 
2.4 A Perspectiva das Nações Unidas 
 
Em dois momentos as Nações Unidas reuniram-se para debater questões globais 
com vistasà busca de soluções para os problemas de ordem ambiental que afligem o 
Planeta: a primeira vez em Estocolmo, em 1972, e a segunda, no Rio de Janeiro, em 
1992. As principais características e resultados dessas duas Conferências estão descritos 
a seguir. 
 
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a) Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano e Documentos 
Resultantes - Estocolmo 1972 
 
Os sérios problemas ambientais que afetavam o mundo foram a causa da 
convocação pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1968, 
da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que veio a se 
realizar em junho de 1972 em Estocolmo. Essa Conferência chamou a atenção das 
nações para o fato de que a ação humana estava causando séria degradação da 
natureza e criando severos riscos para o bem estar e para a própria sobrevivência da 
humanidade. Foi marcada por uma visão antropocêntrica de mundo, em que o homem era 
tido como o centro de toda a atividade realizada no planeta, desconsiderando o fato de a 
espécie humana ser parte da grande cadeia ecológica que rege a vida na Terra. 
A Conferência foi marcada pelo confronto entre as perspectivas dos países 
desenvolvidos e dos países em desenvolvimento. Os países desenvolvidos estavam 
preocupados com os efeitos da devastação ambiental sobre a Terra, propondo um 
programa internacional voltado para a Conservação dos recursos naturais e genéticos do 
planeta, pregando que medidas preventivas teriam que ser encontradas imediatamente, 
para que se evitasse um grande desastre. Por outro lado, os países em desenvolvimento 
argumentavam que se encontravam assolados pela miséria, com graves problemas de 
moradia, saneamento básico, atacados por doenças infecciosas e que necessitavam 
desenvolver-se economicamente, e rapidamente. Questionavam a legitimidade das 
recomendações dos países ricos que já haviam atingido o poderio industrial com o uso 
predatório de recursos naturais e que queriam impor a eles complexas exigências de 
controle ambiental, que poderiam encarecer e retardar a industrialização dos países em 
desenvolvimento. 
A Conferência contou com representantes de 113 países, 250 organizações-não-
governamentais e dos organismos da ONU. A Conferência produziu a Declaração sobre o 
Meio Ambiente Humano, uma declaração de princípios de comportamento e 
responsabilidade que deveriam governar as decisões concernentes a questões 
ambientais. Outro resultado formal foi um Plano de Ação que convocava todos os países, 
os organismos das Nações Unidas, bem como todas as organizações internacionais a 
cooperarem na busca de soluções para uma série de problemas ambientais. 
 
 
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b) Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento e 
Documentos Resultantes - Rio de Janeiro (1992) 
 
Em 1988 a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma Resolução 
determinando à realização, até 1992, de uma Conferência sobre o meio ambiente e 
desenvolvimento que pudesse avaliar como os países haviam promovido a Proteção 
ambiental desde a Conferência de Estocolmo de 1972. Na sessão que aprovou essa 
resolução o Brasil ofereceu-se para sediar o encontro em 1992. 
Em 1989 a Assembleia Geral da ONU convocou a Conferência das Nações Unidas 
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), que ficou conhecida como 
"Cúpula da Terra", e marcou sua realização para o mês de junho de 1992, de maneira a 
coincidir com o Dia do Meio Ambiente. 
 
Dentre os objetivos principais dessa conferência, destacaram-se os seguintes: 
 
• examinar a situação ambiental mundial desde 1972 e suas relações com o estilo de 
desenvolvimento vigente; 
• estabelecer mecanismos de transferência de tecnologias não-poluentes aos países 
subdesenvolvidos; 
• examinar estratégias nacionais e internacionais para incorporação de critérios 
ambientais ao processo de desenvolvimento; 
• estabelecer um sistema de cooperação internacional para prever ameaças 
ambientais e prestar socorro em casos emergenciais; 
• reavaliar o sistema de organismos da ONU, eventualmente criando novas 
instituições para implementar as decisões da conferência. 
 
Essa Conferência foi organizada pelo Comitê Preparatório da Conferência 
(PREPCOM), que foi formado em 1990 e tornou-se responsável pela preparação dos 
aspectos técnicos do encontro. Durante as quatro reuniões do PREPCOM antecedentes à 
Conferência, foram preparados e discutidos os termos dos documentos que foram 
assinados em junho de 1992 no Rio de Janeiro. 
O PREPCOM foi também importante na medida em que inovou os procedimentos 
preparatórios de Conferências internacionais, permitindo um amplo debate político e 
intercâmbio de ideias entre as delegações oficiais e os representantes dos v rios setores 
da sociedade civil, por meio de entidades e cientistas. A participação ativa de atores não-
 
14 
 
governamentais nesse processo é um indício do papel cada vez mais importante desses 
atores em negociações internacionais. Em geral, pode-se dizer que representantes de 
ONGs e do setor privado têm tido um papel significativo nos anos recentes na elaboração 
de importantes acordos internacionais, assistindo delegações oficiais, ou até sendo 
incluídos como parte das mesmas. 
A Conferência da ONU propiciou um debate e mobilização da comunidade 
internacional em torno da necessidade de uma urgente mudança de comportamento 
visando a preservação da vida na Terra. A Conferência ficou conhecida como "Cúpula da 
Terra" (Earth Summit), e realizou-se no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho de 1992, 
contando com a presença de 172 países (apenas seis membros das Nações Unidas não 
estiveram presentes), representados por aproximadamente 10.000 participantes, incluindo 
116 chefes de Estado. Além disso, receberam credenciais para acompanhar as reuniões 
cerca de 1.400 organizações-não-governamentais e 9.000 jornalistas. 
 
Como produto dessa Conferência foram assinados 05 documentos. São eles : 
 
• Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
• Agenda 21 
• Princípios para a Administração Sustentável das Florestas 
• Convenção da Biodiversidade 
• Convenção sobre Mudança do Clima 
 
Marcos referenciais do Desenvolvimento Sustentável (documentos) 
 
• Primavera Silenciosa – Rachel Carlson (1962); 
• Relatório do Clube de Roma: Limites do Crescimento (1968); 
• Declaração de Estocolmo (1972); 
• Relatório de Bruntland: Nosso Futuro Comum (Noruega, 1986); 
• Declaração do Rio (1992); 
• Agenda 21 (1992). 
 
 
 
 
 
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Capítulo 3 - Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente 
 
Os Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente estão definidos no artigo 9 da lei 
6938 e são: 
 
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; 
II - o zoneamento ambiental; 
III - a avaliação de impactos ambientais; 
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; 
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de 
tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; 
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, 
estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse 
ecológico e reservas; 
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; 
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e instrumentos de defesa ambiental; 
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não-cumprimento das medidas 
necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. 
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente 
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; 
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o 
Poder Público a produzi-las, quando inexistentes; 
XII - o Cadastro TécnicoFederal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras 
dos recursos ambientais; 
 
A seguir apresenta-se uma breve descrição dos instrumentos de maior interesse. 
 
3.1 Padrões de qualidade ambiental 
 
Os padrões são o instrumento do tipo comando e controle de uso mais frequente na 
gestão ambiental em todo o mundo. Os principais tipos de padrões adotados são: 
 
 
16 
 
➢ padrões de qualidade ambiental: limites máximos de concentração de poluentes no 
meio ambiente; 
➢ padrões de emissão: limites máximo para concentrações ou quantidades totais a 
serem despejados no ambiente por uma fonte de poluição; 
➢ padrões tecnológicos: padrões que determinam o uso de tecnologias específicas; 
➢ padrões de desempenho: padrões que especificam, por exemplo, a percentagem 
de remoção ou eficiência de um determinado processo; e 
➢ padrões de produto e processo: estabelecendo limites para a descarga de 
efluentes por unidade de produção ou por processo. 
 
3.2 Zoneamento ambiental 
 
Instrumento do tipo comando e controle, o zoneamento é um conjunto de regras de 
uso da terra empregado principalmente pelos governos locais a fim de indicar aos agentes 
econômicos, a localização mais adequada para certas atividades. Essas regras se 
baseiam na divisão de uma certa região em distritos ou zonas nos quais certos usos do 
solo são ou não permitidos. 
 
Cabe destacar dois tipos de zoneamento: 
 
- Os zoneamentos municipais apresentados nos Planos Diretores Municipais; 
 
- O zoneamento ambiental ou, entendido como seu sinônimo, o zoneamento ecológico-
econômico (ZEE). A regulamentação do ZEE se deu pelo Decreto 4297 de 10 de julho de 
2002 que estabelece os critérios para o zoneamento ecológico-econômico – ZEE do 
Brasil, ou seja, um zoneamento de abrangência nacional. A definição legal do 
zoneamento ambiental encontra-se no art. 2º do referido decreto que o descreve como 
sendo “instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na 
implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas” estabelecendo “medidas e 
padrões de proteção ambiental” com vistas à “assegurar a qualidade ambiental, dos 
recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o 
desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população”. Isso 
implica que o zoneamento ambiental é fruto de um planejamento que deve sempre ser 
pensado a partir de estudo prévio e minucioso, feito por equipe técnica e habilitada, das 
 
17 
 
características ambientais e socioeconômicas da região a ser zoneada. Desta forma, ao 
distribuir espacialmente as atividades econômicas, o zoneamento ambiental levará em 
conta a importância ecológica, as potencialidades, limitações e fragilidades dos 
ecossistemas, estabelecendo vedações, restrições e alternativas de exploração do 
território podendo, até mesmo, determinar, sendo o caso, que atividades incompatíveis 
com suas diretrizes gerais sejam relocalizadas. 
 
3.3 Avaliação de Impactos Ambientais e Licenciamento Ambiental 
 
Instrumentos do tipo comando e controle, já definidos no capítulo 1. 
 
A criação de espaços territoriais especialmente protegidos 
 
De importância fundamental para este instrumento foi a instituição, através da lei 9985 de 
18 de julho de 2000 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza 
(SNUC), que estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das 
unidades de conservação no Brasil. 
 
Os objetivos do SNUC, de acordo com o disposto na Lei, são os seguintes: 
 
➢ contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no 
território nacional e nas águas jurisdicionais; 
 
➢ proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; 
 
➢ contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas 
naturais; 
 
➢ promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; 
 
➢ promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no 
processo de desenvolvimento; 
 
➢ proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; 
 
18 
 
 
➢ proteger as características de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, 
paleontológica e cultural; 
 
➢ proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; 
 
➢ recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; 
 
➢ proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e 
monitoramento ambiental; 
 
➢ valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; 
 
➢ favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação 
em contato com a natureza e o turismo ecológico; 
 
➢ proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações 
tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as 
social e economicamente. 
 
Outros Instrumentos: Instrumentos de mercado 
 
Objetivando superar a falta de flexibilidade e a "cegueira" econômica dos 
instrumentos do tipo comando e controle, os órgãos de controle do meio ambiente estão 
cada vez mais complementando as normas e regras existentes com incentivos 
econômicos, que são a base dos instrumentos de mercado. Os instrumentos de mercado 
se baseiam nas forças do mercado e nas mudanças dos preços relativos para modificar o 
comportamento de poluidores e dos usuários de recursos tanto públicos quanto privados, 
de modo que internalizem em suas decisões a consideração de aspectos ambientais. Os 
instrumentos de mercado, em grande parte, baseiam-se no Princípio do Poluidor Pagador, 
que obriga os poluidores a arcar com os custos necessários para que se atinjam níveis de 
poluição aceitáveis pela autoridade pública. 
 
 
19 
 
Os principais tipos de instrumentos de mercado usados na gestão ambiental são: 
as taxas ambientais, a criação de um mercado, os sistemas de depósito e reembolso, e 
os subsídios. 
 
As taxas ambientais são preços a serem pagos pela poluição. Os tipos principais são: 
 
- taxas por emissão, em que os valores são proporcionais à carga ou ao volume; 
- taxas ao usuário, pagamento direto por serviços de tratamento público ou 
coletivo de efluentes; 
- taxas por produto, acrescentadas ao preço de produtos que causam poluição; 
- taxas administrativas, para cobrir os custos do governo com o licenciamento, o 
controle, o registro e outros serviços; e 
- taxação diferenciada, aplicada a produtos similares com efeitos ambientais 
diversos. 
 
A criação de um mercado é uma tentativa de fazer os poluidores comprarem 
direitos de poluição, ou venderem esses direitos a outros setores. A licença negociável 
começa quando o governo estabelece um nível global de controle, ou uma quantidade 
máxima de emissões. Quotas de emissão são então alocadas ou vendidas aos 
poluidores, que mais adiante podem passar suas quotas adiante num mercado. A ideia é 
ir reduzindo gradualmente o número total de licenças, até que a meta de qualidade 
ambiental seja atingida. Aqueles poluidores cujos custos marginais de controle forem 
menores que o preço de uma quota de poluição devem instalar equipamentos de controle; 
os outros devem comprar licenças; 
Sistemas de depósito e reembolso fazem os consumidores pagar por um depósito 
de certo valor sempre que comprarem produtos potencialmente poluidores, Quando 
devolvem os produtos usados a centros autorizados de reciclagem ou reutilização, 
recebem seu depósito de volta. Sistemas de depósito e reembolso são comumente 
usados para reciclagem de latas de alumínio, baterias, embalagens de pesticidas e 
fertilizantes, vidros, carrocerias de automóveis e outros; 
Subsídios podem ser concessões, incentivos fiscais como a depreciação acelerada 
e créditos fiscais, ou créditos subsidiados, todos destinados a incentivar os poluidores a 
reduzir suas emissões ou a reduzir seus custos de controle. 
 
 
20 
 
Capítulo 4 - Comunicaçãodos Resultados e sua Importância 
 
Neste capítulo apresenta-se de forma sintética uma explicação para a importância 
do processo de comunicação nos processos de licenciamento ambiental e nas avaliações 
de impactos ambientais. O tema será abordado sob duas vertentes, o da comunicação 
dos estudos e relatórios desenvolvidos ao longo do processo de licenciamento; e a 
comunicação no seu sentido mais amplo desenvolvida durante o processo de 
licenciamento. 
É sempre importante enfatizar que nos processos de licenciamento ambiental e de 
avaliação de impactos ambientais as equipes são multidisciplinares e o público 
abrangente. Os interesses são muitas vezes difusos, e com frequência contraditórios. 
A comunicação no século XXI deve ser concebida de forma holística, sendo uma 
ferramenta estratégica de suporte administrativo para quaisquer setores da sociedade. É 
esta comunicação a maior aliada à minimização de erros e conflitos entre os diversos 
atores envolvidos em processos de licenciamento ambiental. A responsabilidade por 
oferecer uma boa informação e instrução de ação deve ser incorporada por todos os 
envolvidos durante os processos de licenciamento. 
 
4.1 Comunicação dos Estudos 
 
Os estudos devem ter o rigor técnico científico adequado, sem perder de vista que 
devem ser também compreendidos por uma gama de envolvidos abrangente, com um 
amplo espectro de formação, desde técnicos da mesma área dos que elaboraram os 
estudos, até o público em geral; 
 
Os estudos devem ser: bem escritos, bem estruturados, bem explicados, bem 
ilustrados com figuras, mapas, gráficos e fotos; 
 
O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada à sua compreensão. 
As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, 
cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual de modo que se 
possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as 
consequências ambientais de sua implementação. 
 
 
21 
 
 
4.2 Comunicação no Processo de Licenciamento 
 
Outros aspectos relevantes no que diz respeito à comunicação estão relacionados 
à adequada informação para a sociedade durante o processo de licenciamento. Muitas 
vezes o processo de licenciamento é lento e cria enormes expectativas na população 
afetada. Assim estratégias de comunicação social são fundamentais: 
 
- Levantamento de questionamentos e expectativas; 
 
- Levantamento das características socioeconômicas, ambientais e organizativas das 
comunidades; 
 
- Estudo dos públicos e a comunicação dirigida: o movimento ambientalista, o órgão 
ambiental, outros envolvidos, e os líderes (comunitários, políticos) locais; 
 
- Cadastramento de ONGs, veículos de comunicação, órgãos municipais e equipamentos 
sociais; 
 
- Levantamento dos principais problemas dos municípios envolvidos; 
 
- Preparação, acompanhamento e avaliação das audiências públicas; 
 
- Alinhamento de discurso da equipe de pesquisa e estudos ambientais; 
 
- Atualização constante de informações sobre as atividades; 
 
Recomendo fortemente a leitura do documento DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO DOS 
MUNICÍPIOS.doc, referente ao EIA Baixo Iguaçu. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
Capítulo 5 - A Participação Pública 
 
Do ponto de vista legal, a participação pública se dá através de Audiências Públicas e de 
acordo com a Resolução 9/87 do CONAMA 
 
Objetivos da Consulta Pública: 
 
- Aprimorar decisões com potencial de causar impactos em comunidades ou no meio 
ambiente; 
 
- Possibilitar aos cidadãos a oportunidade de expressar-se e de serem ouvidos; 
 
- Possibilitar aos cidadãos a oportunidade de influenciar os resultados; 
- Avaliar a aceitação pública de um projeto e acrescentar medidas mitigadoras; 
 
- Desarmar a oposição da comunidade ao projeto; 
 
- Legitimar o processo de decisão; 
 
- Atender requisitos legais de participação pública; 
 
- Desenvolver mecanismos de comunicação em duas vias entre o proponente do projeto e 
os cidadãos; identificar as preocupações e os valores do público; fornecer informações 
sobre o projeto; informar decisões sobre alternativas e impactos do projeto. 
 
Benefícios da Consulta Pública: 
 
- A redução do número de conflitos e dos prazos de aprovação; 
 
- Os governos melhoram os processos decisórios e demonstram maior transparência e 
responsabilidade; 
 
- Órgão públicos e ONGs ganham credibilidade e melhor compreensão de sua missão; 
 
23 
 
 
 - O público afetado pode influenciar o projeto e reduzir impactos adversos, maximizar 
benefícios e assegurar que receba compensação apropriada. 
 
- Há maiores probabilidades de que grupos vulneráveis recebam atenção especial, que 
questões de equidade sejam levadas em conta e que as necessidades dos mais 
necessitados tenham prioridades; 
 
- Os planos de gestão ambiental são mais efetivos; 
 
Recomendo fortemente a leitura da Resolução 9/87 no Conama. 
 
Capítulo 6 - O Processo de Avaliação de Impacto Ambiental, seus objetivos e 
características 
 
Objetivo Central da AIA: É simplesmente evitar que um projeto (obra ou atividade), 
justificável sob o prisma econômico ou em relação aos interesses imediatos de seu 
proponente, se revele posteriormente nefasto ou catastrófico para o meio ambiente 
(precaução). 
 
Características da AIA: 
- O caráter e o enfoque da AIA, não é eminentemente técnico-científico, há o caráter ou a 
vertente política. 
 
- Os Estudos Ambientais - EA, tem caráter prévio, deve ser anterior à autorização da 
atividade, logo não pode ser concomitante ou posterior. Porém a cada novo pedido de 
licenciamento poderá ser exigido EA. A norma constitucional diferencia instalação e 
funcionamento, e para ambos poderá ser exigido EA. 
 
- Os Estudos Ambientais somente poderão ser exigidos pelo poder público; 
 
- A AIA tem como característica a publicidade e a participação popular; 
 
 
24 
 
6.1 Atores envolvidos no processo de Avaliação de Impactos Ambientais 
 
- Órgão ambiental licenciador: federal, estadual ou municipal; 
- Ministério público: promotoria e procuradoria pública; 
- Empreendedor: é o interessado do poder público ou privado; 
- Equipe interdisciplinar: são os consultores, representados por uma empresa ou 
independentes; 
- ONGs: grupos sociais organizados, com a finalidade de proteger ecossistemas, espécies 
da flora ou fauna, sítios ou outros grupos de riqueza cultural (ou outros interesses); 
- População afetada: diretamente ou indiretamente; 
- Instituições governamentais: outros órgãos de governo que devem ser ouvidos; 
- Consultores autônomos: especialistas que podem ser contratados para auxiliarem na 
análise do EIA e do RIMA. 
 
Capítulo 7 - Tipos de Estudos Ambientais e seus escopos 
 
Estudos Ambientais (Resolução 237/97): são todos e quaisquer estudos relativos aos 
aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de 
uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença 
requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório 
ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de 
área degradada e análise preliminar de risco. 
 
Estudos Ambientais (res-cema70/2009): todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos 
ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de um 
empreendimento, atividade ou obra, apresentado como subsídio para a análise da licença 
ou autorização requerida, tais como: EIA/RIMA, relatório ambiental preliminar- RAP, 
projeto básico ambiental- PBA, plano de controle ambiental - PCA, plano de recuperação 
de área degradada - PRAD, plano de gerenciamento de resíduos sólidos - PGRS, análise 
de risco -AR, projeto de controle de poluição ambiental - PCPA, avaliação ambiental 
integrada ou estratégica – AAI ou AAE e outros. 
Outros: Relatório AmbientalSimplificado - RAS 
Relatório de Impacto de Vizinhança – EIV é um dos instrumentos da Política 
Urbana, previsto no Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001). 
 
25 
 
 
Capítulo 8 – Licenças Ambientais 
 
Neste capítulo estudam-se os diferentes tipos de licenças ambientais e as 
diferentes fases de um processo de licenciamento ambiental. Será dada ênfase no 
modelo do Estado do Paraná, em função do objetivo didático deste material. Existem 
especificidades em cada Estado de prazos, documentos, modalidades, etc., entretanto 
sem fugir muito do que aqui será apresentado. Quando usar as diferentes modalidades de 
Licenças/autorização 
a) Quando o licenciamento ambiental não compete ao órgão ambiental estadual: 
 
DLAE – Dispensa de licenciamento ambiental estadual 
 
8.1 DLAE – Dispensa de licenciamento ambiental estadual 
 
Finalidade 
Concedida para os empreendimentos cujo licenciamento ambiental não compete 
ao órgão ambiental estadual, conforme os critérios estabelecidos em resoluções 
específicas; 
 
Observações importantes: 
 
- Ninguém está obrigado a requerer a DLAE - Declaração de Dispensa de 
Licenciamento Ambiental Estadual. 
- A DLAE poderá ser requerida, nos casos em que seja necessária a comprovação 
de dispensa de licenciamento ambiental estadual, via on-line no site do Instituto 
Ambiental do Paraná, mediante a prestação das informações necessárias. 
- A Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual poderá ser 
renovada, desde que mantidas as características da DLAE já emitida, via on-line, 
mediante a prestação das informações necessárias. 
 
26 
 
- Qualquer alteração em um dos critérios estabelecidos que acarretem no aumento 
do potencial poluidor ou degradador do empreendimento, o Usuário Ambiental 
deverá solicitar a Licença Ambiental específica. 
- A dispensa do licenciamento ambiental não exime o dispensado das exigências 
legais ambientais, com a correta destinação de efluentes e resíduos. 
Quando usar a DLAE 
 
Fundamento legal: Resolução SEMA 51/2009 
 
Validade 
 
O prazo de validade da Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual (DLAE) 
será de 06 (seis) anos – e pode ser renovada. 
 
Relação de documentos 
- Cadastro de Usuário Ambiental – caso o requerente ainda não seja cadastrado no 
IAP apresentar fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa 
Física (CPF), se pessoa física; ou Contrato Social ou Ato Constitutivo, se pessoa 
jurídica e demais documentos exigidos para o cadastro; 
- Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA; 
- Preenchimento do Cadastro do Empreendimento de acordo com as 
características da atividade ou, no caso do empreendimento com norma específica 
já aprovada, utilizar o formulário de cadastro definido para a atividade objeto do 
requerimento, veja a lista; 
- Comprovante de recolhimento de taxa ambiental no valor de 0,2 UPF/PR; 
- No caso de empreendimento em zona rural, apresentar matrícula atualizada do 
registro de imóveis (90 dias) ou documento de propriedade de justa posse rural, 
conforme Art. 57 da Resolução CEMA 65/08. 
 
 
27 
 
b) Quando o licenciamento é por curto espaço de tempo, de caráter temporário e 
não caracterizar instalação permanente: 
 
 AA – Autorização Ambiental 
 
8.2 AA – Autorização Ambiental 
 
Finalidade 
 
Aprova a localização e autoriza a instalação, operação e/ou implementação de 
atividade que possa acarretar alterações ao meio ambiente, por curto e certo 
espaço de tempo, de caráter temporário ou a execução de obras que não 
caracterizem instalações permanentes, de acordo com as especificações 
constantes dos requerimentos, cadastros, planos, programas e/ou projetos 
aprovados, incluindo as medidas de controle ambientais e demais condicionantes 
determinadas pelo IAP. 
 
Quando usar a AA 
- TERRAPLANAGEM Obs: AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL PARA 
TERRAPLANAGEM E ATERRO ACIMA DE 100,00 m³. 
- TRANSPORTE E DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS 
(IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO) 
- TESTES DE QUEIMA 
- TESTES DE CO-PROCESSAMENTO 
- TUDO O QUE FOR TESTE DE UNIDADE PILOTO 
- MODIFICAÇÃO DE SISTEMA DE TRATAMENTO (SEM AMPLIAÇÃO DO 
PROCESSO PRODUTIVO); 
- PICADOR MOVEL conforme RESOLUÇÃO CONJUNTA IBAMA / SEMA / IAP Nº 
46/2007 
Validade 
 
A validade da Autorização Ambiental é de 1 (um) ano. Não é renovável. 
 
 
28 
 
Obs: Quando a Autorização Ambiental vencer o requerente deverá entrar com nova 
documentação e reiniciar o processo, quando for o caso, por exemplo, para 
terminar uma atividade, pois lembre-se que a Autorização Ambiental não deve ser 
utilizado para empreendimentos em caráter definitivo. 
 
Relação de documentos 
- Cadastro de Usuário Ambiental – caso o requerente ainda não seja cadastrado no 
IAP apresentar fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa 
Física (CPF), se pessoa física; ou Contrato Social ou Ato Constitutivo, se pessoa 
jurídica e demais documentos exigidos para o cadastro; 
 
- Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA; 
 
- Cadastro de Obras Diversas - COD; 
 
- Certidão do município quanto ao uso e ocupação do solo (Anexo 8 da Resolução 
CEMA 70/2009), declarando expressamente que o local e o tipo de 
empreendimento ou atividades está em conformidade com a legislação municipal 
aplicável ao uso e ocupação do solo; 
 
- Transcrição ou matrícula do cartório de registro de imóveis atualizada, no máximo 
90 dias; ou prova de justa posse, com anuência dos confrontantes, no caso do 
requerente não possuir documentação legal do imóvel; 
 
- No caso de imóvel rural. Mapa de uso atual do solo georeferenciado, assinalando 
os remanescentes florestais, áreas de preservação permanente, reserva legal, 
reflorestamentos, hidrografia, estradas, e o local objeto da solicitação (também 
georeferenciado) devidamente identificado no mapa para a composição do 
SISLEG. Pequeno Produtor Rural apresentar o croqui; 
 
- Anotação de Responsabilidade Técnica – ART de profissional habilitado, pela 
elaboração do mapa de uso atual do solo georeferenciado, quando for o caso e/ou 
da elaboração e execução do projeto técnico; 
http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/formularios/RLA.rtf
http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/formularios/COD_CADASTRO_SIMPLIFICADO_PARA_OBRAS_DIVERSAS.rtf
http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/formularios/ANEXO_8_RES_70.rtf
 
29 
 
 
- Comprovante de pagamento da taxa ambiental, de acordo com as tabelas e 
normas estabelecidas; 
 
- Poderá o órgão ambiental competente solicitar complementação de documentos, 
após análise do conjunto do processo apresentado, conforme estabelecido em 
normativas específicas. 
c) Quando a atividade ou obra for de pequeno porte e/ou que possua baixo 
potencial poluidor/degradador: 
 
 LAS – Licença Ambiental Simplificada 
 
8.3 LAS – Licença Ambiental Simplificada 
 
Finalidade 
 
Aprova a localização e a concepção do empreendimento, atividade ou obra de 
pequeno porte e/ou que possua baixo potencial poluidor/degradador, atestando a 
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a 
serem atendidos bem como autoriza sua instalação e operação de acordo com as 
especificações constantes dos requerimentos, planos, programas e/ou projetos 
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes 
determinadas pelo IAP. 
 
Quando usar a LAS 
 
1. ABATEDOURO DE AVES – até 3.000 aves/mês 
2. ABATEDOURO DE BOVINOS – até 30 cabeças/mês 
3. ABATEDOURO DE OVINOS – até 60 cabeças/mês 
4. ABATEDOURO DE SUÍNOS – até 60 cabeças/mês 
5. AÇÚCAR MASCAVO E RAPADURA – até 3.000 Kg de cana moída/dia 
6. AVICULTURA – Área de confinamento de frangos entre 1.501 a 2.500 m²; 
7. CEMITÉRIO - em município com população inferior a 30.000 (trinta mil) 
 
30 
 
habitantes, não integrantes das regiões metropolitanas e com capacidade limitada 
a 1.500 jazigos. 
8. DESTILARIA DE ÁLCOOL ECACHAÇA – 1.000 Kg de cana moída/dia 
9. ERVATEIRA - 10 funcionários 
10. FABRICA DE EMBUTIDOS E DEFUMADOS – 1.000 Kg de carne 
processada/dia 
11. FABRICA DE CONSERVAS SALGADAS - 250 Kg de matéria prima/dia 
12. FABRICA DE GELÉIAS CONSERVAS DOCES - 250 Kg de matéria prima/dia 
13. INDÚSTRIA DE DOCES, CHOCOLATES, BALAS - 200 Kg de produto/dia 
14. INDÚSTRIA DE PROCESSAMENTO DE FRUTAS - 500 l de suco/dia 
15. INDÚSTRIA DE BISCOITOS E BOLACHAS - 300 Kg de produto/dia 
16. INDÚSTRIA DE BENEFICIAMENTO DE MADEIRA - 10 funcionários 
17. INDÚSTRIA DE FARINHA DE MANDIOCA - 500 Kg de mandioca/dia 
18. INDÚSTRIA CERÂMICA - 10 funcionários 
19. INDÚSTRIA DE FARINHA DE MILHO - 100 Kg de milho/dia 
20. LATICÍNIOS (RESFRIAMENTO E ENVASE) - 1250 l de leite/dia 
21. LATICÍNIOS (QUEIJO E MANTEIGA) - 800 l de leite/dia 
22. LATICÍNIOS (DOCE DE LEITE) - 800 l de leite/dia 
23. PISCICULTURA - até 5 (cinco) ha de lâmina d’água por propriedade, e 
produtividade inferior a 10.000 (dez mil) kg/ha.ano; 
24. PRODUÇÃO DE VINHO – 200 0 Kg de uva processada/dia 
25. PRODUÇÃO DE VINAGRE - 300 l/dia 
26. PRODUÇÃO DE SUCOS - 600 l/dia 
27. SANEAMENTO 
 a. Estação de tratamento de água – ETA - com vazão superior a 30 l/s e 
inferior a 500 l/s; 
 b. Interceptores, elevatórias e emissários de pequeno e médio porte; 
 c. Unidade Tratamento de Esgoto - para atendimento até 30.000 habitantes; 
 d. Unidade de Gerenciamento de Lodo – UGL - para uso agrícola que 
recebem lodo de uma ou mais ETEs cujo soma de suas capacidades seja de até 
30.000 habitantes 
28. SUINOCULTURA 
 a. Produção no Sistema 1 – até 50 matrizes 
 b. Produção no Sistema 2 – até 20 matrizes 
 c. Produção no Sistema 3 – até 200 animais 
 
31 
 
29. TORREFAÇÃO E EMPACOTAMENTO DE CHÁ - 50 Kg de chá/dia 
30. TORREFAÇÃO E EMPACOTAMENTO DE CAFÉ - 120 Kg de matéria/dia 
31. TRANSBORDO E ARMAZENAMENTO DE CEREAIS EM ÁREAS RURAIS - 
500 t (capacidade de estocagem) 
32. TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE - Até 10 m³/dia de vazão de efluente liquido 
gerado no processo 
33. UNIDADE DE CLASSIFICAÇÃO DE OVOS – 300 dúzias/dia 
34. UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE MEL - 12.000 Kg de mel/ano 
35. UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE PEIXES, MOLUSCOS, ANFÍBIOS E 
CRUSTÁCEOS - 200 Kg de carne processada/dia 
36. FORNOS PARA PRODUÇÃO DE CARVÃO - Empreendimentos até 5 (cinco) 
fornos de carvão, com capacidade máxima de processamento de 20 m³/mês de 
lenha/forno. 
 
Validade 
 
O prazo de validade da Licença Ambiental Simplificada (LAS) será de 06 (seis) 
anos. A Licença Ambiental Simplificada - LAS poderá ser renovada. 
 
Relação de documentos 
- Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; 
- Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui 
de localização do empreendimento, contendo nascentes e/ou corpos hídricos em 
um raio de 100 m, vias de acesso principais e pontos de referências para chegar ao 
local; 
- Cadastro de Usuário Ambiental – caso o requerente ainda não seja cadastrado no 
IAP apresentar fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa 
Física (CPF), se pessoa física; ou Contrato Social ou Ato Constitutivo, se pessoa 
jurídica e demais documentos exigidos para o cadastro; 
- Certidão do Município, quanto ao uso e ocupação do solo, conforme modelo 
apresentado no ANEXO 8; 
http://www.iap.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=457
 
32 
 
- Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do 
requerente, e em caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato 
de locação, no máximo de 90 (noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a 
averbação da Reserva Legal junto à matrícula do imóvel, ou Documento de 
propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constantes da Seção VI, 
art.46 a 57 da Resolução CEMA 065 de 01 de julho de 2008; (alterado pela 
Resolução CEMA nº 72/2009); 
- Nos casos devidamente justificados em que não seja possível a apresentação dos 
documentos especificados no item d, os mesmos deverão ser apresentados antes 
do inicio da operação da atividade ou empreendimento sob pena de cancelamento 
da licença Ambiental; (alterado pela Resolução CEMA nº 72/2009); 
- Dispensa de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos para utilização de 
recursos hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos 
hídricos, se for o caso. 
- Cópia do Ato Constitutivo ou do Contrato Social (com última alteração); 
- Projeto Simplificado do Sistema de Controle de Poluição Ambiental, conforme 
diretrizes apresentadas no ANEXO 2 e ANEXO 4 (no caso de poluição sonora); 
 
- No caso de fornos de carvão, o croqui de localização dos fornos, com indicação 
da situação do terreno em relação ao corpo hídrico superficial, existência de 
cobertura florestal, ocupações do entorno com distâncias aproximadas de 
residências, indústrias, escolas, outras atividades e sistema viário (estradas e 
rodovias). Não serão permitidas instalações de fornos para produção de carvão em 
área urbana; 
- Publicação de súmula do pedido de Licença Ambiental Simplificada em jornal de 
circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela 
Resolução CONAMA N.o 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através 
da apresentação dos respectivos jornais – originais); 
- Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação 
Bancária) no valor de 2 UPF/PR. 
 
33 
 
Renovação da Licença Ambiental Simplificada – LAS 
 
Relação de documentos 
- Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; 
- Cadastro de Obras Diversas - COD atualizado, detalhando ou anexando, croqui 
de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acesso 
principais e pontos de referências para chegar ao local; 
- Relatório de automonitoramento de emissões atmosféricas, se for o caso, de 
acordo com o exigido pela Resolução SEMA 054/06 e diretrizes apresentadas no 
ANEXO 9, sendo que nos casos de relatório(s) periódico(s) já apresentado(s) 
deverá ser informado o(s) número(s) do(s) protocolo(s) junto ao IAP; 
- Publicação de súmula de concessão de Licença Ambiental Simplificada em jornal 
de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado 
pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas 
através da apresentação dos jornais respectivos – originais); 
- Súmula do pedido de Renovação de Licença Ambiental Simplificada, publicada 
por ocasião da sua expedição conforme Resolução CONAMA no 006/86; 
- Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação 
Bancária) no valor de 2 UPF/PR. 
 
d) Quando a atividade ou obra não se enquadrar em nenhum dos itens anteriores 
deverá ser licenciado pelas três etapas – LP, LI e LO: 
 
8.4 LP – Licença Prévia 
 
Finalidade 
Concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade 
aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e 
estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas 
próximas fases de sua implementação. 
 
34 
 
Validade 
O prazo de validade da Licença Prévia (LP) será de 2 (dois) anos. A Licença 
Prévia - LP não é passível de renovação. 
 
Obs: Quando a LP vencer o requerente deverá entrar com nova documentação e 
reiniciar o processo. 
Relação de Documentos 
- Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; 
- Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui 
de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos 
principais e pontos de referências para chegar ao local; 
- Cadastro de Usuário Ambiental – caso o requerente ainda não seja cadastrado no 
IAP apresentar fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa 
Física (CPF), se pessoafísica; ou Contrato Social ou Ato Constitutivo, se pessoa 
jurídica e demais documentos exigidos para o cadastro; 
 
- Certidão do Município, quanto ao uso e ocupação do solo, conforme modelo 
apresentado no ANEXO 8; 
- Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do 
requerente, e em caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato 
de locação, no máximo de 90 (noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a 
averbação da Reserva Legal junto à matrícula do imóvel, ou Documento de 
propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constantes da Seção VI, 
art.46 a 57 da Resolução CEMA 065 de 01de julho de 2008; (alterado pela 
Resolução CEMA nº 72/2009); 
 - Nos casos devidamente justificados em que não seja possível a apresentação 
dos documentos especificados no item d, os mesmos deverão ser apresentados 
antes do inicio da operação da atividade ou empreendimento sob pena de 
cancelamento do Licenciamento ambiental já realizado. (alterado pela Resolução 
CEMA nº 72/2009); 
 
35 
 
- Cópia da Outorga Prévia para utilização de recursos hídricos, inclusive para o 
lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, se for o caso; 
 
- Em caso de lançamento de efluentes industriais na rede pública coletora de 
esgotos sanitários, apresentar carta de viabilidade da concessionária dos serviços 
de água e esgotos, informando a respectiva ETE; 
- Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental 
(EPIA/RIMA), no caso de empreendimentos, obras e atividades consideradas 
efetivas ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio 
ambiente. 
 
- Publicação de súmula do pedido de Licença Prévia em jornal de circulação 
regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução 
CONAMA N.o 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da 
apresentação dos respectivos jornais – originais); 
- Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação 
Bancária) de acordo com Lei Estadual n. 10.233/92. 
 
8.5 LI – Licença de Instalação 
 
Finalidade 
 
Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as 
especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo 
as medidas de controle ambientais e demais condicionantes, da qual constituem 
motivos determinantes. 
 
Validade 
O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) será de 2 (dois) anos. A Licença 
de Instalação - LI poderá ser renovada, a critério do IAP. 
 
36 
 
Relação de documentos 
- Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; 
- Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui 
de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos 
principais e pontos de referências para chegar ao local; 
 
- Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do 
requerente, e em caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato 
de locação, no máximo de 90 (noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a 
averbação da Reserva Legal junto à matrícula do imóvel, ou Documento de 
propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constantes da Seção VI, 
art.46 a 57 da Resolução CEMA 065 de 01de julho de 2008; (alterado pela 
Resolução CEMA nº 72/2009); 
 
- Estudo ambiental exigido na concessão da Licença Prévia, em 2 vias e datado, 
sendo que uma delas, após análise e aprovação, deverá ser carimbada pelo 
técnico analista e devolvida ao interessado. O Estudo Ambiental para atividades 
industriais deverá contemplar no mínimo: 
- Diagnóstico e medidas mitigadoras dos impactos ambientais decorrentes da 
implantação do empreendimento, como por exemplo: obras de terraplenagem, 
corte de vegetação, proteção de nascentes obras de drenagem, entre outros, 
elaborado por profissionais habilitados e cadastrados no IAP, acompanhado de 
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica ou documento similar do respectivo 
Conselho de classe; 
- Projeto de Controle de Poluição Ambiental, elaborado por profissionais habilitados 
e cadastrados no IAP habilitado e apresentado de acordo com as diretrizes 
específicas deste IAP apresentadas no ANEXO 3 e ANEXO 4 (no caso de poluição 
sonora); 
- Em caso de lançamento de efluentes industriais na rede coletora de esgotos 
sanitários, apresentar Autorização da concessionária dos serviços de água e 
esgotos, informando a respectiva ETE; 
 
37 
 
- Publicação de súmula da concessão de Licença Prévia em jornal de circulação 
regional e no Diário Oficial do Estado, conforme especificado no corpo da mesma e 
modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser 
comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais); 
- Publicação de súmula do pedido de Licença de Instalação em jornal de circulação 
regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução 
CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da 
apresentação dos respectivos jornais – originais); 
- Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação 
Bancária) de acordo com Lei Estadual n. 10.233/92. 
Renovação da Licença de Instalação 
 
Relação de documentos 
- Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; 
- Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui 
de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos 
principais e pontos de referências para chegar ao local; 
 
- Publicação de súmula de concessão da Licença de Instalação em jornal de 
circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela 
Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através 
da apresentação dos respectivos jornais– originais); 
 
- Publicação de súmula do pedido de Renovação de Licença de Instalação em 
jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo 
aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser 
comprovadas através da apresentação dos jornais respectivos – originais); 
 
- Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação 
Bancária) de acordo com Lei Estadual N. 10.233/92. 
 
38 
 
 
8.6 LO – Licença de Operação 
 
Finalidade 
Autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo 
cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle 
ambientais e condicionantes determinados para a operação; 
O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá seguir os seguintes 
critérios: 
ATIVIDADE 
INDUSTRIAL 
PRAZO DE VALIDADE DA LICENÇA DE OPERAÇÃO 
2 (dois) anos 4 (quatro) anos 6 (anos) 
INDÚSTRIA 
METALÚRGI
-CA 
 Fabricação de aço 
e de produtos 
siderúrgicos; 
 Produção de 
fundidos de ferro e 
aço / forjados / 
arames / 
relaminados com 
ou sem tratamento 
de superfície, 
inclusive 
galvanoplastia; 
 Metalurgia dos 
metais não-
ferrosos, em 
formas primárias e 
secundárias, 
inclusive ouro; 
 Produção de 
laminados / ligas / 
artefatos de metais 
- - 
 
39 
 
não-ferrosos com 
ou sem tratamento 
de superfície, 
inclusive 
galvanoplastia; 
 Relaminação de 
metais não-
ferrosos, inclusive 
ligas; 
 Produção de 
soldas e anodos; 
 Metalurgia de 
metais preciosos; 
 Metalurgia do pó, 
inclusive peças 
moldadas; 
 Fabricação de 
estruturas 
metálicas com ou 
sem tratamento de 
superfície, 
inclusive 
galvanoplastia; 
 Fabricação de 
artefatos de ferro / 
aço e de metais 
não-ferrosos com 
ou sem tratamento 
de superfície, 
inclusive 
galvanoplastia; 
 Têmpera e 
cimentação de 
aço, recozimento 
 
40 
 
de arames, 
tratamento de 
superfície. 
INDÚSTRIA 
DE 
PRODUTOS 
MINERAIS 
NÃO 
METÁLICOS 
 Fabricação e 
elaboração de 
produtos minerais 
não metálicos tais 
como: cimento, 
gesso, amianto e 
vidro 
Beneficiament
o de mineraisnão metálicos, 
não 
associados à 
extração 
 
 Produção de 
material 
cerâmico 
- 
INDÚSTRIA 
MECÂNICA 
 Fabricação de 
máquinas, 
aparelhos, peças, 
utensílios e 
acessórios com e 
sem tratamento 
térmico e/ou de 
superfície 
- - 
INDÚSTRIA 
DE 
MATERIAL 
ELÉTRICO, 
ELETRÔN. E 
COMUNIC. 
 Fabricação de 
pilhas, baterias e 
outros 
acumuladores; 
 Fabricação de 
material elétrico, 
eletrônico e 
equipamentos 
- - 
 
41 
 
para 
telecomunicação e 
informática; 
 Fabricação de 
aparelhos 
elétricos e 
eletrodomésticos 
INDÚSTRIA 
DE 
MATERIAL 
DE 
TRANSP. 
 Fabricação e 
montagem de 
veículos 
rodoviários e 
ferroviários, peças 
e acessórios; 
 Fabricação e 
montagem de 
aeronaves 
 Fabricação e 
reparo de 
embarcações e 
estruturas 
flutuantes 
- - 
INDÚSTRIA 
DE 
MADEIRA 
- 
 Serraria e 
desdobrament
o de madeira 
 Preservação 
de madeira 
Fabricação de 
estruturas de 
madeira e de 
móveis 
Fabricação de 
chapas, placas de 
madeira 
aglomerada,prensa
da e compensada 
INDÚSTRIA 
DE PAPEL 
E 
 Fabricação de 
pasta química 
(celulose), pasta 
semiquímica, 
 Pasta 
mecânica 
 Fabricação de 
 
 
42 
 
CELULOSE pasta 
mecanoquímica, 
pasta 
quimimecânica 
(CMP), pasta 
termomecânica 
(TMP), pasta 
quimitermomecâni
ca (CTMP), 
branqueamento, 
celulose para 
dissolução 
papel e 
papelão 
 Fabricação de 
artefatos de 
papel, papelão, 
cartolina, 
cartão e fibra 
prensada 
INDÚSTRIA 
DE 
BORRACHA 
 Fabricação de 
laminados e fios 
de borracha 
 
 Fabricação de 
espuma de 
borracha e de 
artefatos de 
espuma de 
borracha, inclusive 
látex 
 Fabricação de 
câmara de ar e 
fabricação e 
recondicionam
. de 
pneumáticos 
 
INDÚSTRIA 
DE 
COUROS E 
PELES 
 Secagem e salga 
de couros e peles 
 Curtimento e 
outras 
preparações de 
couros e peles 
 Fabricação de 
cola animal 
 Fabricação de 
artefatos 
diversos de 
couros e peles 
 
 
43 
 
Relação de Documentos 
- Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; 
- Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI atualizado, detalhando ou 
anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias 
de acesso principais e pontos de referências para chegar ao local; 
 
- Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos para utilização de recursos 
hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, ou 
Dispensa de Outorga, se for o caso; 
- Publicação de súmula de concessão de Licença de Instalação em jornal de 
circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela 
Resolução CONAMA nº 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através 
da apresentação dos respectivos jornais – originais); 
- Publicação de súmula do pedido de Licença de Operação em jornal de circulação 
regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução 
CONAMA nº 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da 
apresentação dos respectivos jornais – originais); 
- Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação 
Bancária) de acordo com Lei Estadual nº 10.233/92. 
Renovação da Licença de Operação 
 
Relação de Documentos 
 
- Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; 
 
- Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI atualizado, detalhando ou 
anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias 
de acesso principais e pontos de referências para chegar ao local; 
 
- De acordo com as características do empreendimento e com as legislações 
 
44 
 
específicas, se necessário, apresentar os documentos abaixo,anexados ao mesmo 
processo ou via on-line: 
 
- Relatório do automonitoramento de emissões atmosféricas, se necessário, de 
acordo de acordo com as diretrizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO 
9, conforme estabelecido na Resolução SEMA 054/06. Nos casos em que o 
referido Relatório já tenha sido apresentado, informar o respectivo número do(s) 
protocolo(s) IAP; 
 
- Declaração de Carga Poluidora para os efluentes líquidos, de acordo de acordo 
com as diretrizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO 11. Nos casos 
em que a referida Declaração já tenha sido apresentada, informar o número do(s) 
protocolo(s) IAP; 
 
- Relatório de Auditoria Ambiental Compulsória, de acordo com o estabelecido no 
artigo 4º da Lei Estadual nº 13.448/02 e no Decreto Estadual nº 2076/03; Nos 
casos em que o referido Relatório já tenha sido apresentado, informar o respectivo 
número do(s) protocolo(s) IAP); 
 
- Plano de gerenciamento de resíduos sólidos, de acordo com o estabelecido na 
Lei Estadual nº 12.493/99 e no Decreto Estadual nº 6674/02, elaborado por técnico 
habilitado e apresentado de acordo com as diretrizes específicas deste IAP 
apresentadas no ANEXO 5; 
 
- Formulário do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos (ANEXO 6), de acordo 
com a Resolução CONAMA 313/02; 
 
- Cópia da Licença de Operação; 
 
- Súmula de concessão de Licença de Operação, publicada por ocasião da sua 
expedição em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme 
modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser 
comprovadas através da apresentação dos jornais respectivos – originais); 
 
- Publicação de súmula do pedido de Renovação de Licença de Operação em 
 
45 
 
jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo 
aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser 
comprovadas através da apresentação dos jornais respectivos – originais); 
 
- Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação 
Bancária) de acordo com Lei Estadual n. 10.233/92. 
 
e) Quando a atividade ou obra já estiver em funcionamento comprovadamente 
antes de 1998 deverão requerer diretamente, conforme porte do empreendimento: 
 
LASR – Licença Ambiental Simplificada de Regularização 
 
8.7 LASR – Licença Ambiental Simplificada de Regularização 
 
Finalidade 
 
Aprova a localização e a concepção do empreendimento, atividade ou obra de 
pequeno porte e/ou que possua baixo potencial poluidor/degradador, atestando a 
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a 
serem atendidos bem como autoriza sua instalação e operação de acordo com as 
especificações constantes dos requerimentos, planos, programas e/ou projetos 
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes 
determinadas pelo IAP. 
 
Obs: Esta modalidade DE REGULARIZAÇÃO serve para empresas com as 
características acima e que tenham sido instaladas COMPROVADAMENTE 
ANTES DO ANO DE 1998. 
 
Validade 
O prazo de validade da Licença Ambiental Simplificada (LAS) será de 06 (seis) 
anos. A Licença Ambiental Simplificada - LAS poderá ser renovada. 
 
46 
 
Relação de Documentos 
- Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; 
- Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui 
de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acesso 
principais e pontos de referências para chegar ao local; 
- Alvará de Funcionamento; 
- Dispensa de Outorga de Uso de Recursos Hídricos para utilização de recursos 
hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, se 
for o caso; 
- Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do 
requerente, e em caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato 
de locação, no máximo de 90 (noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a 
averbação da Reserva Legal junto à matrícula do imóvel, ou Documento de 
propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constantes da Seção VI, 
art.46 a 57 da Resolução CEMA 065 de 01 de julho de 2008; (alterado pela 
Resolução CEMA 72/2009); 
- Projeto Simplificado do Sistema de Controle de Poluição

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