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MBA EM GESTÃO AMBIENTAL DISCIPLINA: LICENCIAMENTO AMBIENTAL EIA/RIMA PROFESSOR: EDUARDO F. GOBBI Sumário Capítulo 1 - Conceitos e Definições ................................................................................. 1 1.1 Licenciamento Ambiental ............................................................................................... 1 1.2 Licença Ambiental.......................................................................................................... 1 1.3 Avaliação de Impactos Ambientais ................................................................................ 1 1.4 Impacto Ambiental ......................................................................................................... 2 Capítulo 2 - Aspectos Legais e Institucionais ................................................................. 3 2.1 Legislações Essenciais .................................................................................................. 4 2.2 O Sistema Nacional do Meio Ambiente ......................................................................... 6 2.3 Evolução da Questão Ambiental .................................................................................... 7 2.4 A Perspectiva da Nações Unidas ................................................................................ 11 Capítulo 3 - Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente ............................. 15 3.1 Padrões de qualidade ambiental ................................................................................. 15 3.2 Zoneamento ambiental ............................................................................................... 16 3.3 Avaliação de Impactos Ambientais e Licenciamento Ambiental .................................. 17 Capítulo 4 - Comunicação dos Resultados e sua Importância .................................... 20 4.1 Comunicação dos Estudos .......................................................................................... 20 4.2 Comunicação no Processo de Licenciamento ............................................................. 21 Capítulo 5 - A Participação Pública ................................................................................ 22 Capítulo 6 - O Processo de Avaliação de Impacto Ambiental, seus objetivos e características .................................................................................................................. 23 6.1 Atores envolvidos no processo de Avaliação de Impactos Ambientais........................ 24 Capítulo 7 - Tipos de Estudos Ambientais e seus escopos ......................................... 24 Capítulo 8 – Licenças Ambientais .................................................................................. 25 8.1 DLAE – Dispensa de licenciamento ambiental estadual .............................................. 25 8.2 AA – Autorização Ambiental ........................................................................................ 27 8.3 LAS – Licença Ambiental Simplificada......................................................................... 29 8.4 LP – Licença Prévia ..................................................................................................... 33 8.5 LI – Licença de Instalação ........................................................................................... 35 8.6 LO – Licença de Operação .......................................................................................... 38 8.7 LASR – Licença Ambiental Simplificada de Regularização ......................................... 45 8.8 LOR – Licença de Operação de Regularização ........................................................... 47 8.9 Conceito de Autorização Florestal ............................................................................... 52 Capítulo 9 - O Estudo de Impacto Ambiental e seu RIMA ............................................ 63 9.1 Identificação, Previsão e Avaliação dos Impactos Ambientais ................................... 71 9.2 Métodos de Avaliação de Impactos ............................................................................. 72 9.3 Critérios de Qualificação dos Impactos ........................................................................ 81 9.4 Medidas Mitigadoras, Compensatória, Planos e Programas ....................................... 83 1 Capítulo 1 - Conceitos e Definições 1.1 Licenciamento Ambiental Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. Com este instrumento busca-se garantir que as medidas preventivas e de controle adotadas nos empreendimentos sejam compatíveis com o desenvolvimento sustentável. Enquanto instrumento de caráter preventivo, o Licenciamento é essencial para garantir a preservação da qualidade ambiental. Conceito amplo que abrange aspectos que vão desde questões de saúde pública até, por exemplo, a preservação da biodiversidade, com o desenvolvimento econômico. 1.2 Licença Ambiental Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. 1.3 Avaliação de Impactos Ambientais Instrumento da Política Ambiental, formado por um conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desde o início do processo que se faça um exame sistemático dos impactos ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas, e que os resultados sejam apresentados de forma adequada ao público 2 e aos responsáveis pela tomada de decisão, e por eles considerados. Além disso, os procedimentos devem garantir adoção das medidas de proteção do meio ambiente determinadas, no caso de decisão sobre a implantação do projeto. 1.4 Impacto Ambiental - Qualquer alteração no meio ambiente em um ou mais de seus componentes provocado por uma ação humana; - O efeito sobre o ecossistema de uma ação induzida pelo homem; - Segundo a Resolução Conama 01/86, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais. - A diferença entre a situação do meio ambiente (natural e social) futuro modificado pela realização do projeto e a situação do meio ambiente futuro tal como teria evoluído sem o projeto; - A mudança em um parâmetro ambiental, num determinado período e numa determinada área, que resulta de uma dada atividade, comparada com a situação que ocorreria se essa atividade não tivesse sido iniciada; De acordo com alguns autores, se um empreendimento vier a derrubar a vegetação atual, seu impacto deveria ser avaliado não comparando a possível situação futura (área sem vegetação) com a atual, mas comparando duas situações futuras hipotéticas: aquela 3 sem a presença do empreendimento proposto com a situação decorrente de sua implantação. Na prática da avaliação de impacto ambiental, nem sempre é possívelempregar esse conceito, devido à dificuldade de se prever a evolução da qualidade ambiental em uma dada área. Nesses casos, que são muito frequentes, o conceito operacional de impacto ambiental acaba sendo a diferença entre a provável situação futura de um indicador ambiental (com o projeto proposto) e sua situação presente. Todas as definições, que quase sempre estão calcadas numa lógica do tipo ação- reação, adquirem um caráter reducionista, já que é impossível numa definição espelhar a complexidade da dinâmica ambiental. Pode-se distinguir, neste tipo de conceituação duas dificuldades básicas: - Identificação das fronteiras do impacto já que o mesmo se propaga espacialmente e temporalmente através de uma complexa rede de inter-relações; - Deficiências instrumentais e metodológicas para predizer as respostas dos ecossistemas às ações humanas. Capítulo 2 - Aspectos Legais e Institucionais A origem da Avaliação de Impactos Ambientais, como atividade regular a ser realizada antes da tomada de certas decisões que possam acarretar consequências ambientais negativas, ocorreu nos Estados Unidos em decorrência da lei da política nacional do meio ambiente daquele país (National Environmental Policy Act). Essa lei foi aprovada em dezembro de 1969 e entrou em vigor em 1 de janeiro de 1970. A década de 70 no Brasil experimentou grande crescimento econômico. Projetos de ocupação da região amazônica (com destaque para a transamazônica), da construção de grandes hidroelétricas (como Itaipu e Tucurui, dentre outras) e de crescente industrialização (Cubatão como principal referência), levou a uma crescente pressão tanto internacional como interna, no sentido de se estabelecer uma Política Nacional de Meio Ambiente. 4 Assim, em 31 de agosto de 1981 foi aprovada a Lei 6938 da Política Nacional do Meio Ambiente, e que inclui a avaliação de impacto ambiental como um dos instrumentos desta política para atingir os seus objetivos. Mas foi com a regulamentação da Política Nacional do Meio Ambiente que a AIA passou a ser de fato aplicada, com a Resolução CONAMA 1/86 (Conselho Nacional do Meio Ambiente). 2.1 Legislações Essenciais i) Constituição Federal de 1988: Artigo 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § I°. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; ii) Resolução CONAMA 237/97 Dispõe sobre licenciamento ambiental; listagem de atividades; Estudos Ambientais; iii) Lei Complementar 140 de 2011 Esta Lei Complementar fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora. 5 Competência do Licenciamento Ambiental - Licenciamento ambiental da União A União deve promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar 97, de 9 de junho de 1999; g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento; - Licenciamento ambiental dos Estados: Os Estados devem promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7o e 9o da Lei Complementar 140. Os Estados devem também promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 6 - Licenciamento ambiental dos Municípios: Observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas na Lei Complementar 140, e descritos anteriormente, os municípios devem promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 2.2 O Sistema Nacional do Meio Ambiente A Lei 6938 da Política Nacional do Meio Ambiente define o Sistema Nacional do Meio Ambiente. Fazem parte deste Sistema Nacional do Meio Ambiente, os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos Municípios, bem como as Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: I - Órgão Superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República, na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; II - Órgão Consultivo e Deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; III - Órgão Central: o Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; 7 IV - Órgão Executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, com a finalidade de executar e fazer executar, como órgão federal, a política e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; V - Órgãos Setoriais: os órgãos ou entidades integrantes da Administração Pública Federal Direta ou Indireta, bem como as Fundações instituídas pelo Poder Público, cujas atividades estejam associadas às de proteção da qualidadeambiental ou àquelas de disciplinamento do uso de recursos ambientais. VI - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização das atividades capazes de provocar degradação ambiental; VII - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições. § 1° - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA. § 2° - Os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior. § 3° - Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados por pessoa legitimamente interessada. § 4° - De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar uma Fundação de apoio técnico e científico às atividades do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA 2.3 Evolução da Questão Ambiental Para uma adequada compreensão dos aspectos legais e institucionais referentes ao licenciamento ambiental e avaliação de impactos ambientais, é importante uma perspectiva histórica dos fatos. A seguir apresenta-se uma síntese sobre a evolução das questões ambientais e uma breve análise da atuação das Nações Unidas. 8 - Há cerca de 3700 anos as cidades sumérias foram abandonadas quando as terras irrigadas que haviam produzidos os primeiros excedentes agrícolas do mundo começaram a tornar-se cada vez mais salinizadas e alagadiças; - Há 2400 anos Platão deplorava o desmatamento e a erosão do solo provocada nas colinas da Ática, pelo excesso de pastagem e corte de árvores; - Na Roma do século I, Columela e Plínio advertiram que o gerenciamento medíocre dos recursos ameaçava produzir quebra de safras e erosão do solo; - Por volta do século VII o complexo sistema de irrigação da Mesopotâmia, construído 400 anos antes, começava a sucumbir sob o peso da má administração; - A construção de embarcações para a frota do Império Bizantino, Veneza, Genova e outros estados marítimos italianos reduziu as florestas costeiras do Mediterrâneo. - A poluição do ar pela queima de carvão afligia tanto a Inglaterra medieval que em 1661 o naturalista John Evelyn deplorava a “nuvem lúgrube e infernal” que fez a cidade de Londres parecer-se com a “corte de vulcano ....ou os subúrbios do inferno, ao invés de uma assembleia de criaturas racionais”; ESTES CASOS MAIS ANTIGOS: advertências prévias; SENTIMENTOS DE ALARME OU INTERESSE OCORRERAM SOMENTE BEM DEPOIS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - Raízes de um movimento mais amplo: segunda metade do século XIX; - Primeiros grupos protecionistas foram criados na Grã-Bretanha na década de 1860; - Em 1863 a Grã-Bretanha aprovou a primeira lei de amplo espectro contra a poluição do ar no mundo e criou o primeiro órgão de controle da poluição; 9 - O primeiro acordo internacional sobre meio ambiente foi assinado em 1886, hoje são centenas, a grande maioria após 1960; - As primeiras preocupações ambientais estavam mais voltadas para os aspectos de desmatamento e caça: ➢ Grã-Bretanha: história natural, cientificismo; ➢ Índia/Alemanha: manejo sustentado; ➢ Austrália/África: exploração; ➢ EUA: história natural e exploração - Os EUA criaram o primeiro parque nacional do mundo (Yellowstone – 1872); - Frase de Thoreau sobre as consequências da derrubada das florestas e da plantação de centeio com fins de lucro imediato: “uma ganância que põe a perder seus próprios objetivos”; - EUA: na virada do século XIX para XX ambientalistas se dividiam entre: Preservacionistas (protecionismo britânico): preservar áreas virgens de qualquer uso que não fosse recreativo ou educacional. Conservacionista (ciência florestal racional alemã): explorar de modo racional e sustentável os recursos naturais; - EUA (início do século XX): preocupação com a gestão do uso da água; - 1907: Roosevelt criou a Comissão das Vias Navegáveis Interiores: Plano abrangente para o desenvolvimento e controle dos sistemas fluviais americanos; - Roosevelt: insistia que qualquer Plano para utilização das vias navegáveis do interior deveria considerar a questão do controle de cheias, a prevenção da erosão e assoreamento, e a construção de represas; - Ideias de Roosevelt X Poderoso Corpo de Engenheiros do Exército (visão estreita da utilização e desenvolvimento dos recursos hídricos); 10 - Ideias de Roosevelt X Congresso (contra um super órgão de planejamento); - Roosevelt convocou uma reunião nacional (com governadores, entidades, etc) para uma conferência sobre o assunto e o tornou público; -Em meados dos anos 30 ocorreu um dos maiores desastres ambientais produzidos pela mão do homem na história: mais de duzentas tempestades de poeiras regionais atingiram as grandes planícies. Por volta de 1938 cerca de 1,29 milhão de km2 foi erodido (16 estados). Causa: mais de meio século de agricultura irrefletida – arar a terra com sulcos largos e retos, deixar os campos sem cobertura da vegetação, opção por monocultura e destruição do relevo nativo que era uma proteção natural vital contra o vento e a seca; - A sensibilidade do público era pequena no início, mas com a evolução da ciência e ganho de mobilidade das pessoas (passavam a olhar para além de sua vizinhança imediata), o movimento cresceu e se disseminou; - Contudo, a verdadeira revolução ambiental aconteceu depois de 1945, com o período de maiores mudanças se verificando a partir de 1962; - Em 1972 as Nações Unidas criaram um novo programa ambiental – PNUMA. Já em 1980 quase todas as organizações internacionais mais importantes (Bird, CE, OECD, etc.) haviam tomado posições relativas às políticas do meio ambiente; O ambientalismo: - ganhou dezenas de milhões de adeptos; - criou novos órgãos de controle e legislação; - motivou a criação de novos partidos políticos; - encorajou uma reavaliação das prioridades econômicas; - tornou-se tema de políticas internas e internacionais; - mudou nossa percepção do mundo no qual vivemos (a natureza é finita, o uso equivocado pode ameaçar a raça humana) 11 BRASIL 1958: criação da FBCN (Fundação Brasileira para Conservação da Natureza) com objetivo de trabalhar para a preservação da Fauna e Flora (década de 60 – atuação limitada); Em junho de 1971 funda-se em Porto Alegre a AGARAM (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural); A ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) começa a atuar em meados de 1970; Em fins de 1970 aparece mais fortemente o movimento ecológico, considerados por uns como exóticos, e por outros como visionários: ciclovias, táxi e ônibus movidos a gás natural, reciclagem de materiais, contra os riscos nucleares, em agricultura orgânica, em manejo ecológico das florestas. Para os setores conservadores os ambientalistas são: inimigos do progresso, exibicionistas, anticientíficos; Na primeira metade dos anos oitenta, há uma proliferação de grupos ambientalistas. Primeiras vitórias: - conseguiram aliados como seringueiros, pescadores, Gascoop; - conseguiram na justiça vitórias contra grandes poluidores; - fechou-se a usina nuclear por 85 dias; - foi proibido a entrada de metanol no Rio; - houve a devolução para a Bélgica de um navio com lixo químico; 2.4 A Perspectiva das Nações Unidas Em dois momentos as Nações Unidas reuniram-se para debater questões globais com vistasà busca de soluções para os problemas de ordem ambiental que afligem o Planeta: a primeira vez em Estocolmo, em 1972, e a segunda, no Rio de Janeiro, em 1992. As principais características e resultados dessas duas Conferências estão descritos a seguir. 12 a) Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano e Documentos Resultantes - Estocolmo 1972 Os sérios problemas ambientais que afetavam o mundo foram a causa da convocação pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1968, da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que veio a se realizar em junho de 1972 em Estocolmo. Essa Conferência chamou a atenção das nações para o fato de que a ação humana estava causando séria degradação da natureza e criando severos riscos para o bem estar e para a própria sobrevivência da humanidade. Foi marcada por uma visão antropocêntrica de mundo, em que o homem era tido como o centro de toda a atividade realizada no planeta, desconsiderando o fato de a espécie humana ser parte da grande cadeia ecológica que rege a vida na Terra. A Conferência foi marcada pelo confronto entre as perspectivas dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento. Os países desenvolvidos estavam preocupados com os efeitos da devastação ambiental sobre a Terra, propondo um programa internacional voltado para a Conservação dos recursos naturais e genéticos do planeta, pregando que medidas preventivas teriam que ser encontradas imediatamente, para que se evitasse um grande desastre. Por outro lado, os países em desenvolvimento argumentavam que se encontravam assolados pela miséria, com graves problemas de moradia, saneamento básico, atacados por doenças infecciosas e que necessitavam desenvolver-se economicamente, e rapidamente. Questionavam a legitimidade das recomendações dos países ricos que já haviam atingido o poderio industrial com o uso predatório de recursos naturais e que queriam impor a eles complexas exigências de controle ambiental, que poderiam encarecer e retardar a industrialização dos países em desenvolvimento. A Conferência contou com representantes de 113 países, 250 organizações-não- governamentais e dos organismos da ONU. A Conferência produziu a Declaração sobre o Meio Ambiente Humano, uma declaração de princípios de comportamento e responsabilidade que deveriam governar as decisões concernentes a questões ambientais. Outro resultado formal foi um Plano de Ação que convocava todos os países, os organismos das Nações Unidas, bem como todas as organizações internacionais a cooperarem na busca de soluções para uma série de problemas ambientais. 13 b) Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento e Documentos Resultantes - Rio de Janeiro (1992) Em 1988 a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma Resolução determinando à realização, até 1992, de uma Conferência sobre o meio ambiente e desenvolvimento que pudesse avaliar como os países haviam promovido a Proteção ambiental desde a Conferência de Estocolmo de 1972. Na sessão que aprovou essa resolução o Brasil ofereceu-se para sediar o encontro em 1992. Em 1989 a Assembleia Geral da ONU convocou a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), que ficou conhecida como "Cúpula da Terra", e marcou sua realização para o mês de junho de 1992, de maneira a coincidir com o Dia do Meio Ambiente. Dentre os objetivos principais dessa conferência, destacaram-se os seguintes: • examinar a situação ambiental mundial desde 1972 e suas relações com o estilo de desenvolvimento vigente; • estabelecer mecanismos de transferência de tecnologias não-poluentes aos países subdesenvolvidos; • examinar estratégias nacionais e internacionais para incorporação de critérios ambientais ao processo de desenvolvimento; • estabelecer um sistema de cooperação internacional para prever ameaças ambientais e prestar socorro em casos emergenciais; • reavaliar o sistema de organismos da ONU, eventualmente criando novas instituições para implementar as decisões da conferência. Essa Conferência foi organizada pelo Comitê Preparatório da Conferência (PREPCOM), que foi formado em 1990 e tornou-se responsável pela preparação dos aspectos técnicos do encontro. Durante as quatro reuniões do PREPCOM antecedentes à Conferência, foram preparados e discutidos os termos dos documentos que foram assinados em junho de 1992 no Rio de Janeiro. O PREPCOM foi também importante na medida em que inovou os procedimentos preparatórios de Conferências internacionais, permitindo um amplo debate político e intercâmbio de ideias entre as delegações oficiais e os representantes dos v rios setores da sociedade civil, por meio de entidades e cientistas. A participação ativa de atores não- 14 governamentais nesse processo é um indício do papel cada vez mais importante desses atores em negociações internacionais. Em geral, pode-se dizer que representantes de ONGs e do setor privado têm tido um papel significativo nos anos recentes na elaboração de importantes acordos internacionais, assistindo delegações oficiais, ou até sendo incluídos como parte das mesmas. A Conferência da ONU propiciou um debate e mobilização da comunidade internacional em torno da necessidade de uma urgente mudança de comportamento visando a preservação da vida na Terra. A Conferência ficou conhecida como "Cúpula da Terra" (Earth Summit), e realizou-se no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho de 1992, contando com a presença de 172 países (apenas seis membros das Nações Unidas não estiveram presentes), representados por aproximadamente 10.000 participantes, incluindo 116 chefes de Estado. Além disso, receberam credenciais para acompanhar as reuniões cerca de 1.400 organizações-não-governamentais e 9.000 jornalistas. Como produto dessa Conferência foram assinados 05 documentos. São eles : • Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento • Agenda 21 • Princípios para a Administração Sustentável das Florestas • Convenção da Biodiversidade • Convenção sobre Mudança do Clima Marcos referenciais do Desenvolvimento Sustentável (documentos) • Primavera Silenciosa – Rachel Carlson (1962); • Relatório do Clube de Roma: Limites do Crescimento (1968); • Declaração de Estocolmo (1972); • Relatório de Bruntland: Nosso Futuro Comum (Noruega, 1986); • Declaração do Rio (1992); • Agenda 21 (1992). 15 Capítulo 3 - Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente Os Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente estão definidos no artigo 9 da lei 6938 e são: I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental; III - a avaliação de impactos ambientais; IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas; VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e instrumentos de defesa ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não-cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes; XII - o Cadastro TécnicoFederal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais; A seguir apresenta-se uma breve descrição dos instrumentos de maior interesse. 3.1 Padrões de qualidade ambiental Os padrões são o instrumento do tipo comando e controle de uso mais frequente na gestão ambiental em todo o mundo. Os principais tipos de padrões adotados são: 16 ➢ padrões de qualidade ambiental: limites máximos de concentração de poluentes no meio ambiente; ➢ padrões de emissão: limites máximo para concentrações ou quantidades totais a serem despejados no ambiente por uma fonte de poluição; ➢ padrões tecnológicos: padrões que determinam o uso de tecnologias específicas; ➢ padrões de desempenho: padrões que especificam, por exemplo, a percentagem de remoção ou eficiência de um determinado processo; e ➢ padrões de produto e processo: estabelecendo limites para a descarga de efluentes por unidade de produção ou por processo. 3.2 Zoneamento ambiental Instrumento do tipo comando e controle, o zoneamento é um conjunto de regras de uso da terra empregado principalmente pelos governos locais a fim de indicar aos agentes econômicos, a localização mais adequada para certas atividades. Essas regras se baseiam na divisão de uma certa região em distritos ou zonas nos quais certos usos do solo são ou não permitidos. Cabe destacar dois tipos de zoneamento: - Os zoneamentos municipais apresentados nos Planos Diretores Municipais; - O zoneamento ambiental ou, entendido como seu sinônimo, o zoneamento ecológico- econômico (ZEE). A regulamentação do ZEE se deu pelo Decreto 4297 de 10 de julho de 2002 que estabelece os critérios para o zoneamento ecológico-econômico – ZEE do Brasil, ou seja, um zoneamento de abrangência nacional. A definição legal do zoneamento ambiental encontra-se no art. 2º do referido decreto que o descreve como sendo “instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas” estabelecendo “medidas e padrões de proteção ambiental” com vistas à “assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população”. Isso implica que o zoneamento ambiental é fruto de um planejamento que deve sempre ser pensado a partir de estudo prévio e minucioso, feito por equipe técnica e habilitada, das 17 características ambientais e socioeconômicas da região a ser zoneada. Desta forma, ao distribuir espacialmente as atividades econômicas, o zoneamento ambiental levará em conta a importância ecológica, as potencialidades, limitações e fragilidades dos ecossistemas, estabelecendo vedações, restrições e alternativas de exploração do território podendo, até mesmo, determinar, sendo o caso, que atividades incompatíveis com suas diretrizes gerais sejam relocalizadas. 3.3 Avaliação de Impactos Ambientais e Licenciamento Ambiental Instrumentos do tipo comando e controle, já definidos no capítulo 1. A criação de espaços territoriais especialmente protegidos De importância fundamental para este instrumento foi a instituição, através da lei 9985 de 18 de julho de 2000 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), que estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação no Brasil. Os objetivos do SNUC, de acordo com o disposto na Lei, são os seguintes: ➢ contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; ➢ proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; ➢ contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; ➢ promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; ➢ promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; ➢ proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; 18 ➢ proteger as características de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, paleontológica e cultural; ➢ proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; ➢ recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; ➢ proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; ➢ valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; ➢ favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico; ➢ proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. Outros Instrumentos: Instrumentos de mercado Objetivando superar a falta de flexibilidade e a "cegueira" econômica dos instrumentos do tipo comando e controle, os órgãos de controle do meio ambiente estão cada vez mais complementando as normas e regras existentes com incentivos econômicos, que são a base dos instrumentos de mercado. Os instrumentos de mercado se baseiam nas forças do mercado e nas mudanças dos preços relativos para modificar o comportamento de poluidores e dos usuários de recursos tanto públicos quanto privados, de modo que internalizem em suas decisões a consideração de aspectos ambientais. Os instrumentos de mercado, em grande parte, baseiam-se no Princípio do Poluidor Pagador, que obriga os poluidores a arcar com os custos necessários para que se atinjam níveis de poluição aceitáveis pela autoridade pública. 19 Os principais tipos de instrumentos de mercado usados na gestão ambiental são: as taxas ambientais, a criação de um mercado, os sistemas de depósito e reembolso, e os subsídios. As taxas ambientais são preços a serem pagos pela poluição. Os tipos principais são: - taxas por emissão, em que os valores são proporcionais à carga ou ao volume; - taxas ao usuário, pagamento direto por serviços de tratamento público ou coletivo de efluentes; - taxas por produto, acrescentadas ao preço de produtos que causam poluição; - taxas administrativas, para cobrir os custos do governo com o licenciamento, o controle, o registro e outros serviços; e - taxação diferenciada, aplicada a produtos similares com efeitos ambientais diversos. A criação de um mercado é uma tentativa de fazer os poluidores comprarem direitos de poluição, ou venderem esses direitos a outros setores. A licença negociável começa quando o governo estabelece um nível global de controle, ou uma quantidade máxima de emissões. Quotas de emissão são então alocadas ou vendidas aos poluidores, que mais adiante podem passar suas quotas adiante num mercado. A ideia é ir reduzindo gradualmente o número total de licenças, até que a meta de qualidade ambiental seja atingida. Aqueles poluidores cujos custos marginais de controle forem menores que o preço de uma quota de poluição devem instalar equipamentos de controle; os outros devem comprar licenças; Sistemas de depósito e reembolso fazem os consumidores pagar por um depósito de certo valor sempre que comprarem produtos potencialmente poluidores, Quando devolvem os produtos usados a centros autorizados de reciclagem ou reutilização, recebem seu depósito de volta. Sistemas de depósito e reembolso são comumente usados para reciclagem de latas de alumínio, baterias, embalagens de pesticidas e fertilizantes, vidros, carrocerias de automóveis e outros; Subsídios podem ser concessões, incentivos fiscais como a depreciação acelerada e créditos fiscais, ou créditos subsidiados, todos destinados a incentivar os poluidores a reduzir suas emissões ou a reduzir seus custos de controle. 20 Capítulo 4 - Comunicaçãodos Resultados e sua Importância Neste capítulo apresenta-se de forma sintética uma explicação para a importância do processo de comunicação nos processos de licenciamento ambiental e nas avaliações de impactos ambientais. O tema será abordado sob duas vertentes, o da comunicação dos estudos e relatórios desenvolvidos ao longo do processo de licenciamento; e a comunicação no seu sentido mais amplo desenvolvida durante o processo de licenciamento. É sempre importante enfatizar que nos processos de licenciamento ambiental e de avaliação de impactos ambientais as equipes são multidisciplinares e o público abrangente. Os interesses são muitas vezes difusos, e com frequência contraditórios. A comunicação no século XXI deve ser concebida de forma holística, sendo uma ferramenta estratégica de suporte administrativo para quaisquer setores da sociedade. É esta comunicação a maior aliada à minimização de erros e conflitos entre os diversos atores envolvidos em processos de licenciamento ambiental. A responsabilidade por oferecer uma boa informação e instrução de ação deve ser incorporada por todos os envolvidos durante os processos de licenciamento. 4.1 Comunicação dos Estudos Os estudos devem ter o rigor técnico científico adequado, sem perder de vista que devem ser também compreendidos por uma gama de envolvidos abrangente, com um amplo espectro de formação, desde técnicos da mesma área dos que elaboraram os estudos, até o público em geral; Os estudos devem ser: bem escritos, bem estruturados, bem explicados, bem ilustrados com figuras, mapas, gráficos e fotos; O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada à sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação. 21 4.2 Comunicação no Processo de Licenciamento Outros aspectos relevantes no que diz respeito à comunicação estão relacionados à adequada informação para a sociedade durante o processo de licenciamento. Muitas vezes o processo de licenciamento é lento e cria enormes expectativas na população afetada. Assim estratégias de comunicação social são fundamentais: - Levantamento de questionamentos e expectativas; - Levantamento das características socioeconômicas, ambientais e organizativas das comunidades; - Estudo dos públicos e a comunicação dirigida: o movimento ambientalista, o órgão ambiental, outros envolvidos, e os líderes (comunitários, políticos) locais; - Cadastramento de ONGs, veículos de comunicação, órgãos municipais e equipamentos sociais; - Levantamento dos principais problemas dos municípios envolvidos; - Preparação, acompanhamento e avaliação das audiências públicas; - Alinhamento de discurso da equipe de pesquisa e estudos ambientais; - Atualização constante de informações sobre as atividades; Recomendo fortemente a leitura do documento DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO DOS MUNICÍPIOS.doc, referente ao EIA Baixo Iguaçu. 22 Capítulo 5 - A Participação Pública Do ponto de vista legal, a participação pública se dá através de Audiências Públicas e de acordo com a Resolução 9/87 do CONAMA Objetivos da Consulta Pública: - Aprimorar decisões com potencial de causar impactos em comunidades ou no meio ambiente; - Possibilitar aos cidadãos a oportunidade de expressar-se e de serem ouvidos; - Possibilitar aos cidadãos a oportunidade de influenciar os resultados; - Avaliar a aceitação pública de um projeto e acrescentar medidas mitigadoras; - Desarmar a oposição da comunidade ao projeto; - Legitimar o processo de decisão; - Atender requisitos legais de participação pública; - Desenvolver mecanismos de comunicação em duas vias entre o proponente do projeto e os cidadãos; identificar as preocupações e os valores do público; fornecer informações sobre o projeto; informar decisões sobre alternativas e impactos do projeto. Benefícios da Consulta Pública: - A redução do número de conflitos e dos prazos de aprovação; - Os governos melhoram os processos decisórios e demonstram maior transparência e responsabilidade; - Órgão públicos e ONGs ganham credibilidade e melhor compreensão de sua missão; 23 - O público afetado pode influenciar o projeto e reduzir impactos adversos, maximizar benefícios e assegurar que receba compensação apropriada. - Há maiores probabilidades de que grupos vulneráveis recebam atenção especial, que questões de equidade sejam levadas em conta e que as necessidades dos mais necessitados tenham prioridades; - Os planos de gestão ambiental são mais efetivos; Recomendo fortemente a leitura da Resolução 9/87 no Conama. Capítulo 6 - O Processo de Avaliação de Impacto Ambiental, seus objetivos e características Objetivo Central da AIA: É simplesmente evitar que um projeto (obra ou atividade), justificável sob o prisma econômico ou em relação aos interesses imediatos de seu proponente, se revele posteriormente nefasto ou catastrófico para o meio ambiente (precaução). Características da AIA: - O caráter e o enfoque da AIA, não é eminentemente técnico-científico, há o caráter ou a vertente política. - Os Estudos Ambientais - EA, tem caráter prévio, deve ser anterior à autorização da atividade, logo não pode ser concomitante ou posterior. Porém a cada novo pedido de licenciamento poderá ser exigido EA. A norma constitucional diferencia instalação e funcionamento, e para ambos poderá ser exigido EA. - Os Estudos Ambientais somente poderão ser exigidos pelo poder público; - A AIA tem como característica a publicidade e a participação popular; 24 6.1 Atores envolvidos no processo de Avaliação de Impactos Ambientais - Órgão ambiental licenciador: federal, estadual ou municipal; - Ministério público: promotoria e procuradoria pública; - Empreendedor: é o interessado do poder público ou privado; - Equipe interdisciplinar: são os consultores, representados por uma empresa ou independentes; - ONGs: grupos sociais organizados, com a finalidade de proteger ecossistemas, espécies da flora ou fauna, sítios ou outros grupos de riqueza cultural (ou outros interesses); - População afetada: diretamente ou indiretamente; - Instituições governamentais: outros órgãos de governo que devem ser ouvidos; - Consultores autônomos: especialistas que podem ser contratados para auxiliarem na análise do EIA e do RIMA. Capítulo 7 - Tipos de Estudos Ambientais e seus escopos Estudos Ambientais (Resolução 237/97): são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco. Estudos Ambientais (res-cema70/2009): todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de um empreendimento, atividade ou obra, apresentado como subsídio para a análise da licença ou autorização requerida, tais como: EIA/RIMA, relatório ambiental preliminar- RAP, projeto básico ambiental- PBA, plano de controle ambiental - PCA, plano de recuperação de área degradada - PRAD, plano de gerenciamento de resíduos sólidos - PGRS, análise de risco -AR, projeto de controle de poluição ambiental - PCPA, avaliação ambiental integrada ou estratégica – AAI ou AAE e outros. Outros: Relatório AmbientalSimplificado - RAS Relatório de Impacto de Vizinhança – EIV é um dos instrumentos da Política Urbana, previsto no Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001). 25 Capítulo 8 – Licenças Ambientais Neste capítulo estudam-se os diferentes tipos de licenças ambientais e as diferentes fases de um processo de licenciamento ambiental. Será dada ênfase no modelo do Estado do Paraná, em função do objetivo didático deste material. Existem especificidades em cada Estado de prazos, documentos, modalidades, etc., entretanto sem fugir muito do que aqui será apresentado. Quando usar as diferentes modalidades de Licenças/autorização a) Quando o licenciamento ambiental não compete ao órgão ambiental estadual: DLAE – Dispensa de licenciamento ambiental estadual 8.1 DLAE – Dispensa de licenciamento ambiental estadual Finalidade Concedida para os empreendimentos cujo licenciamento ambiental não compete ao órgão ambiental estadual, conforme os critérios estabelecidos em resoluções específicas; Observações importantes: - Ninguém está obrigado a requerer a DLAE - Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual. - A DLAE poderá ser requerida, nos casos em que seja necessária a comprovação de dispensa de licenciamento ambiental estadual, via on-line no site do Instituto Ambiental do Paraná, mediante a prestação das informações necessárias. - A Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual poderá ser renovada, desde que mantidas as características da DLAE já emitida, via on-line, mediante a prestação das informações necessárias. 26 - Qualquer alteração em um dos critérios estabelecidos que acarretem no aumento do potencial poluidor ou degradador do empreendimento, o Usuário Ambiental deverá solicitar a Licença Ambiental específica. - A dispensa do licenciamento ambiental não exime o dispensado das exigências legais ambientais, com a correta destinação de efluentes e resíduos. Quando usar a DLAE Fundamento legal: Resolução SEMA 51/2009 Validade O prazo de validade da Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual (DLAE) será de 06 (seis) anos – e pode ser renovada. Relação de documentos - Cadastro de Usuário Ambiental – caso o requerente ainda não seja cadastrado no IAP apresentar fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), se pessoa física; ou Contrato Social ou Ato Constitutivo, se pessoa jurídica e demais documentos exigidos para o cadastro; - Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA; - Preenchimento do Cadastro do Empreendimento de acordo com as características da atividade ou, no caso do empreendimento com norma específica já aprovada, utilizar o formulário de cadastro definido para a atividade objeto do requerimento, veja a lista; - Comprovante de recolhimento de taxa ambiental no valor de 0,2 UPF/PR; - No caso de empreendimento em zona rural, apresentar matrícula atualizada do registro de imóveis (90 dias) ou documento de propriedade de justa posse rural, conforme Art. 57 da Resolução CEMA 65/08. 27 b) Quando o licenciamento é por curto espaço de tempo, de caráter temporário e não caracterizar instalação permanente: AA – Autorização Ambiental 8.2 AA – Autorização Ambiental Finalidade Aprova a localização e autoriza a instalação, operação e/ou implementação de atividade que possa acarretar alterações ao meio ambiente, por curto e certo espaço de tempo, de caráter temporário ou a execução de obras que não caracterizem instalações permanentes, de acordo com as especificações constantes dos requerimentos, cadastros, planos, programas e/ou projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambientais e demais condicionantes determinadas pelo IAP. Quando usar a AA - TERRAPLANAGEM Obs: AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL PARA TERRAPLANAGEM E ATERRO ACIMA DE 100,00 m³. - TRANSPORTE E DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS (IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO) - TESTES DE QUEIMA - TESTES DE CO-PROCESSAMENTO - TUDO O QUE FOR TESTE DE UNIDADE PILOTO - MODIFICAÇÃO DE SISTEMA DE TRATAMENTO (SEM AMPLIAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO); - PICADOR MOVEL conforme RESOLUÇÃO CONJUNTA IBAMA / SEMA / IAP Nº 46/2007 Validade A validade da Autorização Ambiental é de 1 (um) ano. Não é renovável. 28 Obs: Quando a Autorização Ambiental vencer o requerente deverá entrar com nova documentação e reiniciar o processo, quando for o caso, por exemplo, para terminar uma atividade, pois lembre-se que a Autorização Ambiental não deve ser utilizado para empreendimentos em caráter definitivo. Relação de documentos - Cadastro de Usuário Ambiental – caso o requerente ainda não seja cadastrado no IAP apresentar fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), se pessoa física; ou Contrato Social ou Ato Constitutivo, se pessoa jurídica e demais documentos exigidos para o cadastro; - Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA; - Cadastro de Obras Diversas - COD; - Certidão do município quanto ao uso e ocupação do solo (Anexo 8 da Resolução CEMA 70/2009), declarando expressamente que o local e o tipo de empreendimento ou atividades está em conformidade com a legislação municipal aplicável ao uso e ocupação do solo; - Transcrição ou matrícula do cartório de registro de imóveis atualizada, no máximo 90 dias; ou prova de justa posse, com anuência dos confrontantes, no caso do requerente não possuir documentação legal do imóvel; - No caso de imóvel rural. Mapa de uso atual do solo georeferenciado, assinalando os remanescentes florestais, áreas de preservação permanente, reserva legal, reflorestamentos, hidrografia, estradas, e o local objeto da solicitação (também georeferenciado) devidamente identificado no mapa para a composição do SISLEG. Pequeno Produtor Rural apresentar o croqui; - Anotação de Responsabilidade Técnica – ART de profissional habilitado, pela elaboração do mapa de uso atual do solo georeferenciado, quando for o caso e/ou da elaboração e execução do projeto técnico; http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/formularios/RLA.rtf http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/formularios/COD_CADASTRO_SIMPLIFICADO_PARA_OBRAS_DIVERSAS.rtf http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/formularios/ANEXO_8_RES_70.rtf 29 - Comprovante de pagamento da taxa ambiental, de acordo com as tabelas e normas estabelecidas; - Poderá o órgão ambiental competente solicitar complementação de documentos, após análise do conjunto do processo apresentado, conforme estabelecido em normativas específicas. c) Quando a atividade ou obra for de pequeno porte e/ou que possua baixo potencial poluidor/degradador: LAS – Licença Ambiental Simplificada 8.3 LAS – Licença Ambiental Simplificada Finalidade Aprova a localização e a concepção do empreendimento, atividade ou obra de pequeno porte e/ou que possua baixo potencial poluidor/degradador, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos bem como autoriza sua instalação e operação de acordo com as especificações constantes dos requerimentos, planos, programas e/ou projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes determinadas pelo IAP. Quando usar a LAS 1. ABATEDOURO DE AVES – até 3.000 aves/mês 2. ABATEDOURO DE BOVINOS – até 30 cabeças/mês 3. ABATEDOURO DE OVINOS – até 60 cabeças/mês 4. ABATEDOURO DE SUÍNOS – até 60 cabeças/mês 5. AÇÚCAR MASCAVO E RAPADURA – até 3.000 Kg de cana moída/dia 6. AVICULTURA – Área de confinamento de frangos entre 1.501 a 2.500 m²; 7. CEMITÉRIO - em município com população inferior a 30.000 (trinta mil) 30 habitantes, não integrantes das regiões metropolitanas e com capacidade limitada a 1.500 jazigos. 8. DESTILARIA DE ÁLCOOL ECACHAÇA – 1.000 Kg de cana moída/dia 9. ERVATEIRA - 10 funcionários 10. FABRICA DE EMBUTIDOS E DEFUMADOS – 1.000 Kg de carne processada/dia 11. FABRICA DE CONSERVAS SALGADAS - 250 Kg de matéria prima/dia 12. FABRICA DE GELÉIAS CONSERVAS DOCES - 250 Kg de matéria prima/dia 13. INDÚSTRIA DE DOCES, CHOCOLATES, BALAS - 200 Kg de produto/dia 14. INDÚSTRIA DE PROCESSAMENTO DE FRUTAS - 500 l de suco/dia 15. INDÚSTRIA DE BISCOITOS E BOLACHAS - 300 Kg de produto/dia 16. INDÚSTRIA DE BENEFICIAMENTO DE MADEIRA - 10 funcionários 17. INDÚSTRIA DE FARINHA DE MANDIOCA - 500 Kg de mandioca/dia 18. INDÚSTRIA CERÂMICA - 10 funcionários 19. INDÚSTRIA DE FARINHA DE MILHO - 100 Kg de milho/dia 20. LATICÍNIOS (RESFRIAMENTO E ENVASE) - 1250 l de leite/dia 21. LATICÍNIOS (QUEIJO E MANTEIGA) - 800 l de leite/dia 22. LATICÍNIOS (DOCE DE LEITE) - 800 l de leite/dia 23. PISCICULTURA - até 5 (cinco) ha de lâmina d’água por propriedade, e produtividade inferior a 10.000 (dez mil) kg/ha.ano; 24. PRODUÇÃO DE VINHO – 200 0 Kg de uva processada/dia 25. PRODUÇÃO DE VINAGRE - 300 l/dia 26. PRODUÇÃO DE SUCOS - 600 l/dia 27. SANEAMENTO a. Estação de tratamento de água – ETA - com vazão superior a 30 l/s e inferior a 500 l/s; b. Interceptores, elevatórias e emissários de pequeno e médio porte; c. Unidade Tratamento de Esgoto - para atendimento até 30.000 habitantes; d. Unidade de Gerenciamento de Lodo – UGL - para uso agrícola que recebem lodo de uma ou mais ETEs cujo soma de suas capacidades seja de até 30.000 habitantes 28. SUINOCULTURA a. Produção no Sistema 1 – até 50 matrizes b. Produção no Sistema 2 – até 20 matrizes c. Produção no Sistema 3 – até 200 animais 31 29. TORREFAÇÃO E EMPACOTAMENTO DE CHÁ - 50 Kg de chá/dia 30. TORREFAÇÃO E EMPACOTAMENTO DE CAFÉ - 120 Kg de matéria/dia 31. TRANSBORDO E ARMAZENAMENTO DE CEREAIS EM ÁREAS RURAIS - 500 t (capacidade de estocagem) 32. TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE - Até 10 m³/dia de vazão de efluente liquido gerado no processo 33. UNIDADE DE CLASSIFICAÇÃO DE OVOS – 300 dúzias/dia 34. UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE MEL - 12.000 Kg de mel/ano 35. UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE PEIXES, MOLUSCOS, ANFÍBIOS E CRUSTÁCEOS - 200 Kg de carne processada/dia 36. FORNOS PARA PRODUÇÃO DE CARVÃO - Empreendimentos até 5 (cinco) fornos de carvão, com capacidade máxima de processamento de 20 m³/mês de lenha/forno. Validade O prazo de validade da Licença Ambiental Simplificada (LAS) será de 06 (seis) anos. A Licença Ambiental Simplificada - LAS poderá ser renovada. Relação de documentos - Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; - Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo nascentes e/ou corpos hídricos em um raio de 100 m, vias de acesso principais e pontos de referências para chegar ao local; - Cadastro de Usuário Ambiental – caso o requerente ainda não seja cadastrado no IAP apresentar fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), se pessoa física; ou Contrato Social ou Ato Constitutivo, se pessoa jurídica e demais documentos exigidos para o cadastro; - Certidão do Município, quanto ao uso e ocupação do solo, conforme modelo apresentado no ANEXO 8; http://www.iap.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=457 32 - Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do requerente, e em caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato de locação, no máximo de 90 (noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a averbação da Reserva Legal junto à matrícula do imóvel, ou Documento de propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constantes da Seção VI, art.46 a 57 da Resolução CEMA 065 de 01 de julho de 2008; (alterado pela Resolução CEMA nº 72/2009); - Nos casos devidamente justificados em que não seja possível a apresentação dos documentos especificados no item d, os mesmos deverão ser apresentados antes do inicio da operação da atividade ou empreendimento sob pena de cancelamento da licença Ambiental; (alterado pela Resolução CEMA nº 72/2009); - Dispensa de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos para utilização de recursos hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, se for o caso. - Cópia do Ato Constitutivo ou do Contrato Social (com última alteração); - Projeto Simplificado do Sistema de Controle de Poluição Ambiental, conforme diretrizes apresentadas no ANEXO 2 e ANEXO 4 (no caso de poluição sonora); - No caso de fornos de carvão, o croqui de localização dos fornos, com indicação da situação do terreno em relação ao corpo hídrico superficial, existência de cobertura florestal, ocupações do entorno com distâncias aproximadas de residências, indústrias, escolas, outras atividades e sistema viário (estradas e rodovias). Não serão permitidas instalações de fornos para produção de carvão em área urbana; - Publicação de súmula do pedido de Licença Ambiental Simplificada em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA N.o 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais); - Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) no valor de 2 UPF/PR. 33 Renovação da Licença Ambiental Simplificada – LAS Relação de documentos - Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; - Cadastro de Obras Diversas - COD atualizado, detalhando ou anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acesso principais e pontos de referências para chegar ao local; - Relatório de automonitoramento de emissões atmosféricas, se for o caso, de acordo com o exigido pela Resolução SEMA 054/06 e diretrizes apresentadas no ANEXO 9, sendo que nos casos de relatório(s) periódico(s) já apresentado(s) deverá ser informado o(s) número(s) do(s) protocolo(s) junto ao IAP; - Publicação de súmula de concessão de Licença Ambiental Simplificada em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos jornais respectivos – originais); - Súmula do pedido de Renovação de Licença Ambiental Simplificada, publicada por ocasião da sua expedição conforme Resolução CONAMA no 006/86; - Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) no valor de 2 UPF/PR. d) Quando a atividade ou obra não se enquadrar em nenhum dos itens anteriores deverá ser licenciado pelas três etapas – LP, LI e LO: 8.4 LP – Licença Prévia Finalidade Concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação. 34 Validade O prazo de validade da Licença Prévia (LP) será de 2 (dois) anos. A Licença Prévia - LP não é passível de renovação. Obs: Quando a LP vencer o requerente deverá entrar com nova documentação e reiniciar o processo. Relação de Documentos - Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; - Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos principais e pontos de referências para chegar ao local; - Cadastro de Usuário Ambiental – caso o requerente ainda não seja cadastrado no IAP apresentar fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), se pessoafísica; ou Contrato Social ou Ato Constitutivo, se pessoa jurídica e demais documentos exigidos para o cadastro; - Certidão do Município, quanto ao uso e ocupação do solo, conforme modelo apresentado no ANEXO 8; - Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do requerente, e em caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato de locação, no máximo de 90 (noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a averbação da Reserva Legal junto à matrícula do imóvel, ou Documento de propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constantes da Seção VI, art.46 a 57 da Resolução CEMA 065 de 01de julho de 2008; (alterado pela Resolução CEMA nº 72/2009); - Nos casos devidamente justificados em que não seja possível a apresentação dos documentos especificados no item d, os mesmos deverão ser apresentados antes do inicio da operação da atividade ou empreendimento sob pena de cancelamento do Licenciamento ambiental já realizado. (alterado pela Resolução CEMA nº 72/2009); 35 - Cópia da Outorga Prévia para utilização de recursos hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, se for o caso; - Em caso de lançamento de efluentes industriais na rede pública coletora de esgotos sanitários, apresentar carta de viabilidade da concessionária dos serviços de água e esgotos, informando a respectiva ETE; - Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EPIA/RIMA), no caso de empreendimentos, obras e atividades consideradas efetivas ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente. - Publicação de súmula do pedido de Licença Prévia em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA N.o 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais); - Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acordo com Lei Estadual n. 10.233/92. 8.5 LI – Licença de Instalação Finalidade Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambientais e demais condicionantes, da qual constituem motivos determinantes. Validade O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) será de 2 (dois) anos. A Licença de Instalação - LI poderá ser renovada, a critério do IAP. 36 Relação de documentos - Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; - Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos principais e pontos de referências para chegar ao local; - Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do requerente, e em caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato de locação, no máximo de 90 (noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a averbação da Reserva Legal junto à matrícula do imóvel, ou Documento de propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constantes da Seção VI, art.46 a 57 da Resolução CEMA 065 de 01de julho de 2008; (alterado pela Resolução CEMA nº 72/2009); - Estudo ambiental exigido na concessão da Licença Prévia, em 2 vias e datado, sendo que uma delas, após análise e aprovação, deverá ser carimbada pelo técnico analista e devolvida ao interessado. O Estudo Ambiental para atividades industriais deverá contemplar no mínimo: - Diagnóstico e medidas mitigadoras dos impactos ambientais decorrentes da implantação do empreendimento, como por exemplo: obras de terraplenagem, corte de vegetação, proteção de nascentes obras de drenagem, entre outros, elaborado por profissionais habilitados e cadastrados no IAP, acompanhado de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica ou documento similar do respectivo Conselho de classe; - Projeto de Controle de Poluição Ambiental, elaborado por profissionais habilitados e cadastrados no IAP habilitado e apresentado de acordo com as diretrizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO 3 e ANEXO 4 (no caso de poluição sonora); - Em caso de lançamento de efluentes industriais na rede coletora de esgotos sanitários, apresentar Autorização da concessionária dos serviços de água e esgotos, informando a respectiva ETE; 37 - Publicação de súmula da concessão de Licença Prévia em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme especificado no corpo da mesma e modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais); - Publicação de súmula do pedido de Licença de Instalação em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais); - Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acordo com Lei Estadual n. 10.233/92. Renovação da Licença de Instalação Relação de documentos - Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; - Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos principais e pontos de referências para chegar ao local; - Publicação de súmula de concessão da Licença de Instalação em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais– originais); - Publicação de súmula do pedido de Renovação de Licença de Instalação em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos jornais respectivos – originais); - Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acordo com Lei Estadual N. 10.233/92. 38 8.6 LO – Licença de Operação Finalidade Autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambientais e condicionantes determinados para a operação; O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá seguir os seguintes critérios: ATIVIDADE INDUSTRIAL PRAZO DE VALIDADE DA LICENÇA DE OPERAÇÃO 2 (dois) anos 4 (quatro) anos 6 (anos) INDÚSTRIA METALÚRGI -CA Fabricação de aço e de produtos siderúrgicos; Produção de fundidos de ferro e aço / forjados / arames / relaminados com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; Metalurgia dos metais não- ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro; Produção de laminados / ligas / artefatos de metais - - 39 não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; Relaminação de metais não- ferrosos, inclusive ligas; Produção de soldas e anodos; Metalurgia de metais preciosos; Metalurgia do pó, inclusive peças moldadas; Fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; Fabricação de artefatos de ferro / aço e de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; Têmpera e cimentação de aço, recozimento 40 de arames, tratamento de superfície. INDÚSTRIA DE PRODUTOS MINERAIS NÃO METÁLICOS Fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como: cimento, gesso, amianto e vidro Beneficiament o de mineraisnão metálicos, não associados à extração Produção de material cerâmico - INDÚSTRIA MECÂNICA Fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem tratamento térmico e/ou de superfície - - INDÚSTRIA DE MATERIAL ELÉTRICO, ELETRÔN. E COMUNIC. Fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores; Fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos - - 41 para telecomunicação e informática; Fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos INDÚSTRIA DE MATERIAL DE TRANSP. Fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e acessórios; Fabricação e montagem de aeronaves Fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutuantes - - INDÚSTRIA DE MADEIRA - Serraria e desdobrament o de madeira Preservação de madeira Fabricação de estruturas de madeira e de móveis Fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada,prensa da e compensada INDÚSTRIA DE PAPEL E Fabricação de pasta química (celulose), pasta semiquímica, Pasta mecânica Fabricação de 42 CELULOSE pasta mecanoquímica, pasta quimimecânica (CMP), pasta termomecânica (TMP), pasta quimitermomecâni ca (CTMP), branqueamento, celulose para dissolução papel e papelão Fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensada INDÚSTRIA DE BORRACHA Fabricação de laminados e fios de borracha Fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha, inclusive látex Fabricação de câmara de ar e fabricação e recondicionam . de pneumáticos INDÚSTRIA DE COUROS E PELES Secagem e salga de couros e peles Curtimento e outras preparações de couros e peles Fabricação de cola animal Fabricação de artefatos diversos de couros e peles 43 Relação de Documentos - Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; - Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI atualizado, detalhando ou anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acesso principais e pontos de referências para chegar ao local; - Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos para utilização de recursos hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, ou Dispensa de Outorga, se for o caso; - Publicação de súmula de concessão de Licença de Instalação em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA nº 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais); - Publicação de súmula do pedido de Licença de Operação em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA nº 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais); - Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acordo com Lei Estadual nº 10.233/92. Renovação da Licença de Operação Relação de Documentos - Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; - Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI atualizado, detalhando ou anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acesso principais e pontos de referências para chegar ao local; - De acordo com as características do empreendimento e com as legislações 44 específicas, se necessário, apresentar os documentos abaixo,anexados ao mesmo processo ou via on-line: - Relatório do automonitoramento de emissões atmosféricas, se necessário, de acordo de acordo com as diretrizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO 9, conforme estabelecido na Resolução SEMA 054/06. Nos casos em que o referido Relatório já tenha sido apresentado, informar o respectivo número do(s) protocolo(s) IAP; - Declaração de Carga Poluidora para os efluentes líquidos, de acordo de acordo com as diretrizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO 11. Nos casos em que a referida Declaração já tenha sido apresentada, informar o número do(s) protocolo(s) IAP; - Relatório de Auditoria Ambiental Compulsória, de acordo com o estabelecido no artigo 4º da Lei Estadual nº 13.448/02 e no Decreto Estadual nº 2076/03; Nos casos em que o referido Relatório já tenha sido apresentado, informar o respectivo número do(s) protocolo(s) IAP); - Plano de gerenciamento de resíduos sólidos, de acordo com o estabelecido na Lei Estadual nº 12.493/99 e no Decreto Estadual nº 6674/02, elaborado por técnico habilitado e apresentado de acordo com as diretrizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO 5; - Formulário do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos (ANEXO 6), de acordo com a Resolução CONAMA 313/02; - Cópia da Licença de Operação; - Súmula de concessão de Licença de Operação, publicada por ocasião da sua expedição em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos jornais respectivos – originais); - Publicação de súmula do pedido de Renovação de Licença de Operação em 45 jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos jornais respectivos – originais); - Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acordo com Lei Estadual n. 10.233/92. e) Quando a atividade ou obra já estiver em funcionamento comprovadamente antes de 1998 deverão requerer diretamente, conforme porte do empreendimento: LASR – Licença Ambiental Simplificada de Regularização 8.7 LASR – Licença Ambiental Simplificada de Regularização Finalidade Aprova a localização e a concepção do empreendimento, atividade ou obra de pequeno porte e/ou que possua baixo potencial poluidor/degradador, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos bem como autoriza sua instalação e operação de acordo com as especificações constantes dos requerimentos, planos, programas e/ou projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes determinadas pelo IAP. Obs: Esta modalidade DE REGULARIZAÇÃO serve para empresas com as características acima e que tenham sido instaladas COMPROVADAMENTE ANTES DO ANO DE 1998. Validade O prazo de validade da Licença Ambiental Simplificada (LAS) será de 06 (seis) anos. A Licença Ambiental Simplificada - LAS poderá ser renovada. 46 Relação de Documentos - Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA; - Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acesso principais e pontos de referências para chegar ao local; - Alvará de Funcionamento; - Dispensa de Outorga de Uso de Recursos Hídricos para utilização de recursos hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, se for o caso; - Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do requerente, e em caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato de locação, no máximo de 90 (noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a averbação da Reserva Legal junto à matrícula do imóvel, ou Documento de propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constantes da Seção VI, art.46 a 57 da Resolução CEMA 065 de 01 de julho de 2008; (alterado pela Resolução CEMA 72/2009); - Projeto Simplificado do Sistema de Controle de Poluição
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