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Além dos reflexos inatos – aqueles que os seres humanos e não humanos nascem sabendo, por questão de sobrevivência –, outra característica das espécies animais é a capacidade de aprender novos reflexos. Imagine uma determinada situação em que uma espécie de animal não come frutas verdes por conta das toxinas (reflexo inato). Com o passar do tempo, esse alimento pode mudar a sua cor para azul, mas continuar apresentando a toxina. Então, se o animal ingere a fruta com cor nova, ele pode (mesmo assim) apresentar vômitos e náuseas (por conta da toxina, que é o estímulo). Desse modo, ele irá aprender que passará mal se entrar em contato com essa fruta. Essa aprendizagem de novos reflexos é chamada de condicionamento pavloviano. Pavlov, ao estudar os reflexos inatos, percebeu que seus cães de laboratório haviam aprendido novos reflexos; ou seja, estímulos que não eliciavam determinadas respostas passaram a eliciá-las. Por ter sido ele que obteve essa percepção, esse fenômeno denominou-se condicionamento pavloviano (ou condicionamento clássico ou condicionamento respondente). Em seus experimentos com cachorros, ele estudou bastante o reflexo salivar (alimento na boca = salivação), mas ele percebeu que outros estímulos, além da comida, também estavam eliciando a salivação, como a simples visão da comida no recipiente. Assim, ele decidiu realizar um procedimento que ficou conhecido como emparelhamento de estímulos, que funcionou assim: Pavlov já havia percebido que a carne fazia os cães salivarem, então, antes de apresentar a carne, ele usou o som de uma sineta – ao repetir o experimento várias vezes, ele percebeu que os animais prontamente começavam a salivar apenas ao ouvir o som, ou seja, um novo reflexo foi aprendido. Estímulo neutro: (NS) – não elicia uma resposta. Estímulo incondicionado: (US) – independe da aprendizagem, pois é inato. Reflexo incondicionado: reflexo inato que independe da aprendizagem. Estímulo condicionado: (CS) – quando um estímulo neutro elicia uma reposta, chama-se estímulo condicionado. Ocorreu um aprendizado de um novo reflexo chamado de reflexo condicionado. REFERÊNCIA: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2008. (Capítulos 2.) Reflexo condicionado: é uma relação entre um estímulo condicionado e uma resposta condicionada, que foi aprendida. O estímulo incondicionado elicia uma resposta incondicionada, enquanto o estímulo condicionado elicia uma resposta condicionada. No exemplo dos cães, quando falamos sobre comportamentos reflexos (ou comportamentos respondentes), estamos sempre nos remetendo a uma relação entre um estímulo e uma resposta. Portanto, quando dizemos que um determinado estímulo é neutro, estamos dizendo que ele é neutro para a resposta de salivar. Quando dizemos que a carne é um estímulo incondicionado, estamos afirmando que ela é um estímulo incondicionado para a resposta de salivar. Se a resposta fosse, por exemplo, arrepiar, a carne seria um estímulo neutro. O condicionamento pavloviano refere-se ao processo e ao procedimento pelos quais os organismos aprendem novos reflexos. E, as emoções são, em grande parte, relações entre estímulos e respostas, ou seja, são comportamentos respondentes. Se os organismos podem aprender novos reflexos, podem também aprender a emitir respostas emocionais na presença de novos estímulos. Isso foi comprovado por meio do experimento de John Watson com o pequeno Albert, uma criança de 10 meses, a qual foi utilizada num experimento para verificar se, por meio do condicionamento pavloviano, um ser humano poderia aprender a ter medo de algo que antes não temia. O experimento aconteceu da seguinte forma: Watson conferiu que um barulho estridente (estímulo incondicionado) tinha efeito semelhante ao medo sobre o bebê, mas que ele não sentia medo de rato (estímulo neutro). Então, o cientista colocou o rato perto do garoto e depois bateu com um martelo num metal, o que causou o som responsável pelo medo. Assim, com o emparelhamento som-rato, a criança passou a sentir medo do animal (ele aprendeu essa emoção). Hoje é possível compreender alguns aspectos sobre como determinadas pessoas passam a emitir respostas emocionais, como medo (mesmo que muitas vezes seja irracional). Também é possível entender por que algumas emoções são difíceis de controlar, visto que muitas são respostas reflexas. Inclusive, é possível observar que algumas pessoas sentem emoções diferentes mesmo na presença de estímulos iguais – e isso ocorre por conta da história de condicionamento que difere de indivíduo para indivíduo (todos nós passamos por diferentes emparelhamentos de estímulos em nossa vida, os quais contribuem para o nosso jeito característico de nos comportarmos emocionalmente hoje). Como diferentes pessoas têm diferentes histórias de aprendizagem, o analista do comportamento REFERÊNCIA: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2008. (Capítulos 2.) precisa sempre investigar a história de cada indivíduo, baseando a sua intervenção na história de aprendizagem específica do sujeito. Não podemos falar de um estímulo incondicionado ou condicionado sem fazer referência a uma resposta incondicionada ou condicionada específica. Entretanto, isso não significa, que, após o condicionamento de um reflexo, com um estímulo específico, somente esse estímulo específico eliciará aquela resposta. Generalização respondente: após um condicionamento, estímulos que se assemelham fisicamente ao estímulo condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada em questão. Por exemplo: uma pessoa que tenha passado por uma situação aversiva envolvendo uma galinha pode passar a emitir respostas de medo na presença desse espécime. E, muito provavelmente, ela passará também a apresentá-las na presença de outras galinhas da mesma raça e até mesmo de outras aves (inclusive, quanto mais parecida com uma galinha determinada ave for, mais fortes serão as respostas de medo eliciadas por ela). Isso acontece em função das semelhanças físicas (cor, tamanho, textura, forma etc.) dos demais estímulos com o estímulo condicionado presente na situação de aprendizagem. Da mesma forma que os indivíduos têm emoções diferentes em função de suas diferentes histórias de condicionamento, eles compartilham algumas emoções semelhantes a estímulos semelhantes em função de condicionamentos que são comuns em sua vida. Às vezes, conhecemos tantas pessoas que têm, por exemplo, medo de altura que acreditamos tratar-se de uma característica inata do ser humano. No entanto, se olharmos para a história de vida de cada pessoa, será difícil encontrar uma que não tenha caído de algum lugar relativamente alto (mesa, cadeira etc.). Nesse caso, temos um estímulo neutro (perspectiva, visão da altura) que é emparelhado com um estímulo incondicionado (o impacto e a dor da queda). Após o emparelhamento, a simples “visão da altura” pode eliciar a resposta de medo. No experimento de Pavlov, o som da sineta passou a eliciar no cão a resposta da salivação. Entretanto, caso o estímulo condicionado (som) seja repetido várias vezes sem a presença do estímulo incondicionado (carne), a resposta reflexa condicionada (salivar na presença do som) pode deixar de ocorrer. Ou seja: quando um estímulo condicionado é apresentado diversas vezes sem a presença do estímulo incondicionado, seu efeito eliciador se extingue gradualmente. Esse processo é recebe o nome de extinção respondente. REFERÊNCIA: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2008. (Capítulos 2.) Assim como um organismo, em função de um emparelhamento de estímulos, pode aprender a ter, por exemplo, medo de aves, ele também pode aprender a deixar de ter medo. Porém, o processode extinção não costuma ser rápido e fácil. Para que um reflexo condicionado perca sua força, o CS deve ser apresentado sem novos emparelhamentos com o US. Por exemplo, se um indivíduo passou a ter medo de andar de carro após um acidente automobilístico, esse medo só deixará de ocorrer se a pessoa se expuser ao CS (carro) sem a presença dos USs relacionados ao acidente. Assim, se – em um outro exemplo – uma determinada pessoa tem medo de altura, ela precisa entrar em contato com locais altos. Entretanto, geralmente esse sujeito passa a evitar quaisquer lugares altos (e acaba não entrando em contato com o CS), o que o leva a permanecer com esse medo o resto da vida. Uma característica interessante da extinção respondente é que, às vezes, após ela ter ocorrido, ou seja, após determinado CS não mais eliciar determinada resposta condicionada (CR), a força do reflexo (magnitude, duração e latência) pode voltar espontaneamente. Por exemplo, alguém com medo de altura precisa, por algum motivo, ficar à beira de um lugar alto por um longo período. No início, todas as CRs que caracterizam seu medo de altura serão eliciadas pela exposição à altura. Passado algum tempo de exposição sem que nada aconteça, o indivíduo não mais sentirá medo: terá ocorrido a extinção da resposta de medo nessa situação. Contudo, se essa pessoa passar dias sem entrar em contato novamente com locais altos, ela pode voltar a ter medo, um processo chamado de recuperação espontânea, em que o reflexo ganha força outra vez, mesmo que tenha sido extinto. No momento da atuação, muitos psicólogos se deparam com pacientes que têm fobias específicas e/ou ansiedade generalizada. Assim, o tratamento pode ser realizado por meio da extinção respondente. Entretanto, alguns estímulos eliciam respostas emocionais tão fortes que dificultarão a exposição da pessoa diretamente ao CS que a perturba. Desse modo, existem mais duas técnicas super eficazes para produzir a extinção de um reflexo de forma menos aversiva: o contracondicionamento e a dessensibilização sistemática. Contracondicionamento: consiste em condicionar uma resposta contrária àquela produzida pelo CS. Por exemplo, se determinado CS elicia uma resposta de ansiedade, o contracondicionamento consistiria em emparelhar esse CS a outro estímulo que elicie relaxamento (como uma música ou uma massagem). REFERÊNCIA: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2008. (Capítulos 2.) Dessensibilização sistemática: consiste em dividir o procedimento de extinção em pequenos passos. Para a sua utilização, é necessário construir uma escala crescente de estímulos de acordo com as magnitudes que produzem (hierarquia de ansiedade). Se uma pessoa tem fobia de cães por ter sofrido um ataque, por exemplo, pode-se realizar o seguinte processo: 1. Ver foto de cães; 2. Tocar em cães de pelúcia; 3. Observar, de longe, cães bem diferentes daquele que atacou a pessoa; 4. Observar, de perto, cães bem diferentes daquele que atacou o sujeito; 5. Observar de longe cães similares ao animal que atacou o indivíduo; 6. Por fim, interagir com cães similares ao animal que atacou a pessoa. Após a elaboração da hierarquia de ansiedade, o paciente é exposto a esses estímulos sequencialmente de forma repetida. Quando o estímulo inicial não elicia mais respostas de medo, o indivíduo é submetido ao item seguinte. Assim, ele tem contato com todos os estímulos da hierarquia até que o último não elicie mais respostas de medo. Muitos psicólogos costumam combinar o contracondicionamento com a dessensibilização sistemática. Algumas palavras possuem uma forte carga emocional, ou seja, faz com que os indivíduos sintam emoções boas ou ruins. E, parte dessa “carga emocional” das palavras pode estar relacionada ao condicionamento respondente. Tendemos a considerar palavras faladas como algo mais do que realmente são. O emparelhamento de algumas palavras com situações que eliciam sensações agradáveis ou desagradáveis pode fazer seus sons passarem a eliciar respostas semelhantes àquelas eliciadas pelas situações em que elas foram ditas. É comum, por exemplo, que palavras como “feio”, “errado”, “burro” e “estúpido” sejam ouvidas em situações de punição, como uma surra ou reprimenda. Quando apanhamos, sentimos dor, choramos e, muitas vezes, ficamos com medo de nosso agressor. Se a surra ocorre junto com xingamentos (emparelhamento de estímulos), as palavras ditas podem passar a eliciar sensações semelhantes àquela que a agressão física eliciou, e o mesmo pode ocorrer com a audição da voz ou a simples visão do agressor. REFERÊNCIA: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2008. (Capítulos 2.) Os novos reflexos são aprendidos a partir do emparelhamento de estímulos incondicionados a estímulos neutros. Mas o que acontece se emparelharmos estímulos neutros a estímulos condicionados? No experimento realizado por Pavlov, o som de uma sineta (estímulo neutro, NS) foi emparelhado ao alimento (US). Após algumas repetições, o som da sineta passou a eliciar a resposta de salivação. A partir daí, passamos a chamar o som da sineta de estímulo condicionado (CS). Da mesma forma que o som da sineta, antes do condicionamento, não eliciava a resposta de salivação, a visão de, por exemplo, um quadro-negro também não elicia no cão essa resposta, ou seja, o animal não saliva ao ver um quadro-negro. Você já sabe que, se emparelhássemos quadro-negro (NS) ao alimento (US), o quadro provavelmente passaria, após o condicionamento, a ser um CS para a resposta de salivar. Mas o que aconteceria se emparelhássemos o quadro-negro (NS) ao som da sineta (CS)? É possível que observássemos o que denominamos condicionamento de ordem superior. O novo reflexo (quadro negro > salivação) é chamado de estímulo condicionado de segunda ordem. Se outro estímulo neutro fosse emparelhado ao quadro negro e houvesse o condicionamento de um novo reflexo, esse seria chamado de reflexo condicionado de terceira ordem, e assim por diante. É necessário salientar que quanto mais alta é a ordem do reflexo condicionado, menor é a sua força. O condicionamento de ordem superior é um processo em que o estímulo previamente neutro passa a eliciar uma resposta condicionada como resultado de seu emparelhamento a um CS que já elicia a resposta em questão. É essencial destacar que não basta emparelhar estímulos para que haja condicionamento pavloviano. Há alguns fatores que aumentam as chances de o emparelhamento de estímulos estabelecer o condicionamento, bem como definem o quão forte será a resposta condicionada. Frequência de emparelhamentos: geralmente, quanto mais frequentemente o CS é emparelhado com o US, mais forte será a resposta condicionada. No entanto, em alguns casos (ingestão de alimentos tóxicos ou eventos muito traumáticos, por exemplo), pode ser que apenas um emparelhamento seja suficiente para que uma resposta condicionada de alta magnitude surja. Além disso, o aumento na magnitude da resposta condicionada com o aumento no número de emparelhamentos não ocorre de forma ilimitada. Chegará um ponto em que novos emparelhamentos não resultarão em subsequentes aumentos na magnitude da resposta. REFERÊNCIA: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2008. (Capítulos 2.) Tipo de emparelhamento: respostas condicionadas mais fortes surgem quando o NS é apresentado antes do US e permanece durante a sua apresentação. Quando se inverte essa ordem, ou seja, quando o US é apresentado antes do NS, as respostas reflexas condicionadas são mais fracas ou mesmo há uma menor probabilidade de que ocorra o condicionamento. Intensidade do estímulo incondicionado: um US intenso tipicamente leva a um condicionamentomais rápido. Por exemplo, um jato de ar (US) direcionado ao olho elicia a resposta incondicionada de piscar. Emparelhamentos de jato de ar com um som fazem a resposta de piscar ocorrer ao se ouvir o som. Nesse exemplo, um jato de ar mais forte levaria ao condicionamento mais rapidamente do que um jato fraco. Novamente, é importante deixar claro que o aumento na intensidade do US não produz respectivos aumentos indefinidamente na força da resposta condicionada. Grau de predição do estímulo neutro: para que haja condicionamento, não basta que ocorra apenas o emparelhamento NS-US repetidas vezes. O NS deve ser preditivo da ocorrência do US. Caso o NS seja apresentado muitas vezes sem ser seguido pelo US, o condicionamento será menos provável do que se o NS for seguido pelo US sempre que apresentado. Por exemplo, um som que ocorre 100% das vezes antes da apresentação de alimento eliciará com maior probabilidade a resposta de salivação do que um que é seguido do alimento em apenas 50% das vezes. O processo de extinção respondente pode nos ajudar a compreender por que isso ocorre, já que, nas vezes em que o NS é apresentado sem o US, está ocorrendo, por definição, o procedimento de extinção, cujo efeito é um enfraquecimento da resposta condicionada. Essa seria uma interpretação alternativa do mesmo fenômeno sem recorrer à noção de grau de predição do estímulo condicionado. CONCEITO DESCRIÇÃO EXEMPLO: MEDO DE DENTISTA Estímulo neutro (NS) Estímulo que elicia uma determinada resposta. O som do motor da broca do dentista antes do tratamento. Estímulo incondicionado (US) Estímulo que elicia a resposta incondicionada. Sua função é independente de aprendizagem. O atrito doloroso da broca com o dente. Estímulo condicionado (CS) Estímulo que elicia a resposta após uma história de condicionamento respondente. O som do motor da broca após o tratamento doloroso. Resposta incondicionada (UR) Resposta eliciada pelo US. Sua eliciação por esse estímulo não depende de uma história de aprendizagem. Sensação produzida pelo atrito da broca com o dente, assim como as reações fisiológicas decorrentes d esse atrito. REFERÊNCIA: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2008. (Capítulos 2.) Resposta condicionada (CR) Resposta similar à UR, entretanto é eliciada pelo CS. Sensações similares àquelas produzidas pelo atrito da broca com o dente, mas agora eliciadas pelo CS. Emparelhamento de estímulos Apresentação sequencial ou simultânea de dois estímulos. Apresentação do som dos aparelhos (NS) simultânea à estimulação dolorosa durante a obturação (US). Condicionamento pavloviano Forma de aprendizagem na qual um estímulo previamente neutro, após o emparelhamento com um US, passa a eliciar uma CR. Após o emparelhamento do som dos aparelhos utilizados pelo dentista com a dor produzida durante uma obturação, esse ruído pode passar a eliciar respostas de medo. Reflexo incondicionado Relação funcional de eliciação entre o US e a UR. O atrito da broca com o dente elicia as sensações dolorosas e respostas de medo. Reflexo condicionado Relação funcional de eliciação entre o CS e a CR. O ruído do motor da broca elicia respostas de medo. Extinção respondente Diminuição gradual da força de um reflexo (processo) pela apresentação repetida do CS na ausência do US (procedimento). Ouvir o som do motor da broca apenas em limpeza do dente (procedimento não doloroso) várias vezes e deixar de sentir medo na presença desse estímulo. Generalização respondente Fenômeno em que estímulos parecidos com um CS também eliciam a CR. Ter medo ao ouvir barulhos parecidos com o som do motor da broca do dentista, como, por exemplo, o som de uma furadeira doméstica. Contracondicionamento Emparelhamento de estímulos que eliciam respostas contrárias. O emparelhamento do som da broca do dentista com uma massagem. Dessensibilização sistemática Divisão do procedimento de extinção em pequenos passos, isto é, apresentando-se variações do CS organizadas em uma hierarquia ordenada, iniciando-se pelos estímulos que eliciam resposta de menor magnitude e progredindo para Apresentações de variações quanto a tonalidade e volume de sons similares aos produzidos pelo motor da broca do dentista, sem a realização do tratamento doloroso. REFERÊNCIA: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2008. (Capítulos 2.) os que eliciam as de maior magnitude. Condicionamento de ordem superior Condicionamento pelo emparelhamento de NS com um CS. A resposta de medo pode ser eliciada ao ouvir o nome do dentista, caso o nome dele tenha sido emparelhado ao som do motor da broca. Recuperação espontânea Aumento na força de um reflexo após ter havido extinção sem novos emparelhamentos após a passagem de tempo desde que a extinção ocorreu. Após a extinção da resposta de medo, voltar ao dentista meses depois e sentir medo ao ouvir o som do motor da broca. Tabela retirada do livro “Princípios Básicos de Análise do Comportamento”, 2008. (Capítulo 2) REFERÊNCIA: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2008. (Capítulos 2.)
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