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1. Microbiota e Fertilidade: Aula 03: Microbioma na saúde da mulher - No intestino existem trilhões de bactérias que podem ser classificadas em: - comensais; não fazem mal - patogênicas (que causam inflamação e nos fazem mal); - simbiontes (que ajudam na regulação, são favoráveis e nos defendem, produzem ácidos graxos de cadeia curta, ácido fólico, vitamina K e reforçam a nossa barreira intestinal); Há equilíbrio quando esses 3 tipos de bactéria estão convivendo em harmonia, chamado de simbiose (associado à saúde). Quando há um desequilíbrio com predomínio das bactérias patogênicas é o que chamamos de disbiose (associado à doenças e inflamação) Através do método de cultura só se consegue identificar 10% das bactérias cultiváveis do microbioma, então para identificar demais bactérias que não são cultivadas em cultura, usa-se a biologia molecular, uma delas com sequenciamento específico de um gene chamado 16S rRNA que permite a taxonomia das bactérias tal qual se são benéficas/comensais e patogênicas. 1. QUAIS OS MÉTODOS MAIS EFICAZES PARA MEDIR A MICROBIOTA INTESTINAL? São os 3 métodos mais comumente utilizados: - Cultura seletiva; - Sequenciamento exclusivo do gene 16S rRNA; - Método shotgun - que faz o sequenciamento do genoma completo; 2. DECIFRANDO A MICROBIOTA: DISTRIBUIÇÃO POR FILOS → INDIVÍDUO SAUDÁVEL - firmicutes - maior nível - bacteroidetes - médio - verrucomicrobia - razoável conhecer a estrutura taxonômica do microbioma, possibilidade identificar a origem da disbiose (que apresenta os níveis de proteobactérias elevado e dos bacteroidetes, enquanto os firmicutes estão reduzidos) 3. EFEITOS DAS PROTEOBACTÉRIAS NA MICROBIOTA HUMANA NA SAÚDE E NA DOENÇA: - Pessoas com distúrbios metabólicos como obesidade e diabetes têm uma elevada concentração das proteobactérias em relação a uma pessoa sadia e o mesmo acontece em situações de câncer e inflamação. 4. EFEITOS INFLAMATÓRIOS DAS PROTEOBACTÉRIAS: - A presença de proteobactérias em alta no intestino está associada a uma menor produção de muco, aumento da permeabilidade da barreira intestinal, menos IgA e maior translocação de microrganismos e moléculas, estimulação do sistema linfóide gastrointestinal com geração de resposta pró-inflamatória; 5. DECIFRANDO A MICROBIOTA: DISTRIBUIÇÃO POR DIVERSIDADE - quanto mais diversa for, mais sadia - o índice de simpson indica o repertório microbiano que temos, quanto < 6 é considerado repertório baixo e > 7 rica - quanto maior o IS maior a diversidade da microbiota - microbiotas com IS baixo tendem a ser mais suscetíveis a infecções intestinais e a doenças relacionadas à baixa imunidade 6. SEQUENCIAMENTO GENÉTICO DO MICROBIOMA Identifica a abundância das principais espécies benéficas à nossa saúde, incluindo: - Akkermansia muciniphila; - Coprococcus; - Faecalibacterium prausnitzii; - Blautia; - Roseburia faecis; - Dorea formicigenerans; Identifica dezenas de espécies patogênicas, incluindo: - Chlamydia pneumoniae; - Escherichia coli; - Helicobacter pylori; - Klebsiella pneumoniae; - Salmonella typhi; - Staphylococcus aureus; 7. DISBIOSE - quando temos menor diversidade e estabilidade de microrganismos; - menor quantidade de bactérias comensais e simbiontes; - e maior quantidade de patógenos oportunistas; Isso tudo vem sendo associado a doenças locais e a distância como do sistema nervoso; Existe uma associação entre disbiose, microbiota intestinal e doenças do TGI. No câncer colorretaL DII, enterocolite necrosante, colite ulcerativa, todas tem a presença da disbiose intestinal e também no SII, doença comum de ser apresentada por mulheres 8. OBESIDADE X MICROBIOTA - obesidade apresenta um perfil bacteriano apresentado (aumento dos firmicutes e diminuição dos bacteroidetes) 9. MICROBIOTA NA MULHER - diferenças da microbiota nas fases pré-puberdade → epitélio mais fino, menos estrógeno, menos muco, diversidade bacteriana alta - pré-menopausal → maior produção de muco, perda da diversidade com a presença fundamentalmente de lactobacillus, espessamento do epitélio vaginal e no ambiente hormonal mais alto de estrogênio e glicogênio - pós-menopausal → diversidade é maior assemelhando-se a fase da pré-puberdade, diminuição do epitélio e do muco e do glicogênio com pH alcalino (porém em casos de terapia de recuperação hormonal existe uma recuperação em parte do muco, da espessura do epitélio e presença de lactobacillus com o pH ácido); - etnia também está associada a diferentes características do microbioma vaginal Uma maior diversidade microbiana (bacteriana) - consequentemente menor ↓ quantidade de lactobacillus - está associado a uma ↑ maior propensão de vaginoses bacterianas → diferente do que acontece no intestino, que quanto maior a diversidade, maior os benefícios e saúde (desde que sejam bactérias boas) - Isso acontece em parte devido à mudança do pH, propiciando o aparecimento de germes oportunistas e patogênicos, ruptura da barreira epitelial e com isso uma situação pró inflamatória. - ativação das respostas imunológicas através da interleucina IL-33 - resposta inflamatória que intensifica as inflamações; 10.MICROBIOTA UTERINA NA LINHA DO TEMPO - antigamente achava-se que o útero era estéril; mas os métodos mais modernos mostraram que o útero já é colonizado e não é completamente estéril; - existem rotas de transmissão bacteriana entre o microbioma uterino e locais distais e podem vir de duas vias: ascensão da vagina ou disseminação hematogênica vindas do microbioma intestinal, oral e sangue; - Essa microbiota uterina causa grande no epitélio do endométrio, que vem sendo estudada por pesquisadores; - A microbiota da placenta é similar a microbiota oral; - durante a gestação, a microbiota sofre alterações - durante o primeiro trimestre não se altera, mas a medida que o corpo se altera principalmente no terceiro trimestre (onde ocorre a resistência insulina às vezes - alteração da microbiota. Alguns autores começam a se preocupar com a influência da microbiota na origem da diabetes gestacional e seria o uso dos probióticos na gestação para o um potencial tratamento da DM gestacional? 11. PROBIÓTICOS - São microrganismos vivos que quando adm em quantidades adequadas conferem benefícios à saúde do hospedeiro. - para serem utilizados precisam responder a alguns critérios: - Qual interesse do uso de probióticos na ginecologia? → probióticos consumidos por via oral podem ascender ao trato vaginal e depois serem excretados pelo reto → o uso diário de probióticos pode prevenir ou tratar vaginose bacteriana e possuem ausência de efeitos adversos relatados. 12.ALIMENTOS PROBIÓTICOS E VAGINOSE BACTERIANA 13. POR QUE E QUANDO AVALIAR A MICROBIOTA? - Quando é desejável realizar prevenções; - Acompanhamento quando a disbiose já é presente; - Tratamento da disbiose; - Melhora da qualidade de vida; - Em casos de prevenção de tratamento é necessário a mudança: dietética, estilo de vida → sedentarismo leva a disbiose, fazer exercício! Evitar alcool e não fumar, uso de alimentos funcionais, uso de pre, pro e simbióticos
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