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Psicologia Sócio Histórica

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Vigotsky e a Psicologia Sócio Histórica
Profª Me. Rennata Paolla
Origem
Esta vertente teórica que nasceu na ex-União Soviética, embalada pela Revolução de 1917 e pela teoria marxista. 
No Ocidente, a teoria Sócio Histórica ganharia importância nos anos 70, tornando-se referência para a Psicologia do Desenvolvimento, a Psicologia Social e para a Educação.
Tendo como referência esta nova abordagem teórica formulada por Vigotsky, buscava-se construir uma Psicologia que estudasse o homem e seu mundo psíquico como uma construção histórica e social da humanidade.
Princípios da teoria
A compreensão das funções superiores (linguagem, pensamento, raciocínio lógico) do homem não pode ser alcançada pela psicologia animal, pois os animais não têm vida social e cultural.
As funções superiores do homem não podem ser vistas apenas como resultado da maturação de um organismo que já possui, em potencial, tais capacidades.
A linguagem e o pensamento humano têm origem social. A cultura faz parte do desenvolvimento humano e deve ser integrada ao estudo e à explicação das funções superiores.
A consciência e o comportamento são aspectos integrados de uma unidade, não podendo ser isolados pela Psicologia.
Vigotsky desenvolveu, também, uma estrutura teórica marxista para a Psicologia:
Todos os fenômenos devem ser estudados como processos em permanente movimento e transformação.
O homem constitui-se e se transforma ao atuar sobre a natureza com sua atividade e seus instrumentos.
Não se pode construir qualquer conhecimento a partir do aparente, pois não se captam as determinações que são constitutivas do objeto. Ao contrário, é preciso rastrear a evolução dos fenômenos, pois estão em sua gênese e em seu movimento as explicações para sua aparência atual.
A mudança individual tem sua raiz nas condições sociais de vida. Assim, não é a consciência do homem que determina as formas de vida, mas é a vida que se tem que determina a consciência.
AS NOÇÕES BÁSICAS
DA PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA NO BRASIL
A Psicologia Sócio Histórica, no Brasil, tem se constituído, fundamentalmente, pela crítica à visão liberal de homem, na qual encontramos ideias como:
O homem visto como ser autônomo, responsável pelo seu próprio processo de individuação.
Uma relação de antagonismo entre o homem e a sociedade, em que esta faz eterna oposição aos anseios que seriam naturais do homem.
Uma visão de fenômeno psicológico, na qual este é tomado como uma entidade abstrata que tem, por natureza, características positivas que só não se manifestam se sofrerem impedimentos do mundo material e social. O fenômeno psicológico, visto como enclausurado no homem, é concebido como um verdadeiro eu.
Critica ao liberalismo
A Psicologia Sócio Histórica entende que essas concepções liberais construíram uma ciência na qual o mundo psicológico foi completamente deslocado do campo social e material. 
Esse mundo psicológico passou, então, a ser definido de maneira abstrata, como algo que já estivesse dentro do homem, pronto para se desenvolver — semelhante à semente que germina. 
Esta visão liberal naturalizou o mundo psicológico, abolindo, da Psicologia, as reflexões sobre o mundo social.
No Brasil, os teóricos da Psicologia Sócio Histórica buscam construir uma concepção alternativa à liberal - ideias fundamentais.
Não existe natureza humana.
Não existe uma essência eterna e universal do homem, que no decorrer de sua vida se atualiza, gerando suas potencialidades e faculdades. Esta ideia está ligada à visão de indivíduo autônomo, que também não é aceita na Psicologia Sócio Histórica. 
O indivíduo é construído ao longo de sua vida a partir de sua intervenção no meio (sua atividade instrumental) e da relação com os outros homens. 
Somos únicos, mas não autônomos no sentido de termos um desenvolvimento independente ou já previsto pela semente de homem que carregamos.
Existe a condição humana.
A concepção de homem da Psicologia Sócio-Histórica pode ser assim sintetizada: o homem é um ser ativo, social e histórico. É essa sua condição humana. 
O homem constrói sua existência a partir de uma ação sobre a realidade, que tem, por objetivo, satisfazer suas necessidades.
Mas essa ação e essas necessidades têm uma característica fundamental: são sociais e produzidas historicamente em sociedade.
As necessidades básicas do homem não são apenas biológicas; elas, ao surgirem, são imediatamente socializadas. Por exemplo, os hábitos alimentares e o comportamento sexual do homem são formas sociais e não naturais de satisfazer necessidades biológicas.
O homem é criado pelo homem.
Não há uma natureza humana pronta, nem mesmo aptidões prontas. A “aptidão” do homem está, justamente, no fato de poder desenvolver várias aptidões. Esse desenvolvimento se dá na relação com os outros homens através do contato com a cultura já constituída e das atividades que realiza neste meio.
Os objetos produzidos pelos homens materializam a história e cristalizam as “aptidões” desenvolvidas pelas gerações anteriores. Quando os manuseia e deles se apropria, o homem desenvolve atividades que reproduzem os traços essenciais das atividades acumuladas e cristalizadas nos objetos
O homem é criado pelo homem.
O homem, ao nascer, é candidato à humanidade e a adquire no processo de apropriação do mundo. Nesse processo, converte o mundo externo em um mundo interno e desenvolve, de forma singular, sua individualidade.
Assim, através da mediação das relações sociais e das atividades que desenvolve, o homem se individualiza, torna-se homem, desenvolve suas possibilidades e significa seu mundo.
A linguagem é instrumento fundamental nesse processo e, como instrumento, também é produzida social e historicamente, e dela também o homem deve se apropriar. Quando se apropria da linguagem enquanto instrumento, o indivíduo tem acesso a um mundo de significações historicamente produzido.
O homem concreto é objeto de estudo da Psicologia.
O homem existe, age e pensa de certa maneira porque existe em um dado momento e local, vivendo determinadas relações.
Para conhecer o homem é preciso situá-lo em um momento histórico, identificar as determinações e desvendá-las. Para entender o movimento contraditório da totalidade na qual se encontram os indivíduos, deve-se partir do geral para o particular — para o processo individual de relação entre atividade e consciência. 
É necessário perceber o singular e seu movimento como parte do movimento geral e ao revelar essas mediações, compreender não só o geral, mas o particular.
Subjetividade social e subjetividade individual.
A subjetividade individual representa a constituição da história de relações sociais do sujeito concreto dentro de um sistema individual.
O indivíduo, ao viver relações sociais determinadas e experiências determinadas em uma cultura que tem ideias e valores próprios, vai se constituindo, ou seja, vai construindo sentido para as experiências que vivencia. 
Este espaço pessoal dos sentidos que atribuímos ao mundo se configura como a subjetividade individual.
Subjetividade social e subjetividade individual.
A subjetividade social é exatamente a aresta subjetiva da constituição da sociedade. Refere-se ao sistema integral de configurações subjetivas (grupais ou individuais), que se articulam nos distintos níveis da vida social.
Para a teoria Sócio Histórica, os fenômenos do mundo psíquico não são naturais do mundo psíquico, mas fenômenos que vão se constituindo conforme o homem atua no mundo e se relaciona com os outros homens. O mundo social deixa de ser visto como um espaço de oposição a nossas vontades e impulsos, passando a ser visto como o lugar no qual nosso mundo psicológico se constitui.

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