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MEDICINA VETERINÁRIA Doppler O efeito doopler é um fenômeno físico que quantifica a velocidade de movimento entre uma fonte (onda sonora) e um observador. Um objeto imóvel tem a onda transmitida pelo transdutor da mesma forma que a onda refletida quando bate na superfície do objeto imóvel. Uma estrutura como um vaso sanguíneo com movimentação das células em direção do transdutor tem a onda refletida com uma frequência maior que a inda transmitida pelo transdutor. Um vaso sanguíneo com movimento das células em direção contrária ao transdutor tem a onda refletida com uma frequência menor que a onda transmitida pelo transdutor. Efeito doppler é totalmente dependente da angulação. o Angulação ideal é de 0 a 60º (acima disso a amostra não é fidedigna). O fluxo que vai em direção ao transdutor é corado em vermelho. O fluxo que vai contrario ao transdutor é corado em azul. O fluxo que está perpendicular (90º) ao transdutor não é corado. Aplicações da USG doppler Diferenciação de estruturas vasculares e não vasculares; Detecção de malformações arteriovenosas e shunts (comunicações anômalas que podem ser adquiridas ou congênitas); Caracterização do fluxo dos órgãos; Pesquisa de trombos; Caracterização de massas. Modos de processamento de imagem São representações gráficas emitidas pelo aparelho. Doopler colorido ou colorDoppler. Doppler contínuo Doppler pulsado ou espectral Doppler de amplitude ou Power Doppler Doppler tecidual. Doppler colorido Realiza mapeamento de fluxo e dá uma análise qualitativa ou semi quantitativa (em função das nuances de cores). Há sobreposição a amostra ao modo B em tempo real. o O mapa onde o azul se afasta e o vermelho se aproxima é o mapeamento B.A.R.T B A = blue Away. R T = Red towards. MEDICINA VETERINÁRIA o O fluxo vermelho que está mais alaranjado ocorre quando o fluxo passa em uma velocidade maior. Imagem: Fluxo que vai de -80 a 80 cm/s. Nas extremidades é possível observar um vermelho mais forte e no centro há uma coloração mais clara, assim é possível saber que o fluxo do meio está em uma velocidade maior que o fluxo das extremidades. Isso ocorre porque quanto mais próximo das paredes do miocárdio, menor é a velocidade do fluxo, pois ele desacelera. Já quando ele possui um caminho mais livre há menos interferência das paredes e tem uma velocidade maior. Isso configura uma análise semi quantitativa. Doppler contínuo Permite avaliar altas velocidades de fluxo e fazer mensurações. Tem uma análise contínua ao longo do feixe. Detecta insuficiências valvares e fluxos pós-estenóticos. De acordo com o princípio de venturi, em um espaço diminuído deve passar a mesma quantidade de sangue que em um espaço de tamanho normal. Assim, há um aumento de velocidade do fluxo Na imagem: É possível observar na imagem um turbilhonamento com a presença de um mosaico de cores. Isso ocorre porque quando as hemácias passam em um espaço menor, elas se embaralham e vão para diferentes posições e além disso, a escala faz com que o aparelho não consiga diferenciar os fluxos, entendendo os fluxos como contrários ao transdutor e lendo todos na coloração azul. Na imagem: o fluxo abaixo da linha de base é o que se distância do transdutor (azul). O fluxo acima da linha de base é o fluxo que se aproxima do transdutor. Doppler pulsado Permite determinar a velocidade do fluxo em uma amostra específica com maior precisão. Pode ser feita a leitura de velocidades menores que o doppler contínuo. Pode-se obter dados desde a morfologia do espectro (o tipo da onda fornece dados) até dados como velocidade e pressão do sangue na região observada. Na imagem: acima da linha de base é a diástole que será caracterizada pelo fluxo vermelho, indo em direção ao transdutor. Abaixo da linha de base há a diástole que será caracterizada pela cor azul, indo na direção contrária ao transdutor. Para saber a velocidade máxima do fluxo é feita a mensuração do pico das ondas. Power Doppler Também chamado de Doppler de amplitude; Pega velocidade muito baixar Tem apenas um tipo de cor. É mais utilizado em vasos pequenos e caracterização de massas e tumores; Tem uma maior sensibilidade. Não detecta direção (detecta apenas e existe a vascularização). MEDICINA VETERINÁRIA Tudo o que está corado tem fluxo, mas não há saber a direção dele. Doppler tecidual Avalia a velocidade do tecido (velocidade do miocárdio). Detecta velocidade muito mais baixa como nos tecidos. Na imagem: azul é encurtamento que está indo contra o transdutor e o vermelho é o que está indo em direção ao transdutor. Normalmente a primeira onda da parte de baixo precisa ser maior que a segunda onda, o que não ocorre na imagem. Assim, há um forte indicador de uma disfunção diastólica, onde o coração não está relaxando de forma correta. Ecocardiografia É a ultrassom do coração que permite: O estudo das dimensões das câmaras, paredes e grandes vasos; Dá parâmetros sistólicos e diastólicos para classificar e estadiar a sístole e diástole do coração; Permite uma avaliação global de todo o coração ou de segmento a segmento; Permite a avaliação de fluxos e parâmetros hemodinâmicos; Pode fazer a predição de ICC a ponto de desenvolver um edema pulmonar; Fazer a verificação das massas cardíacas; Fazer processos intervencionistas como uma drenagem pericárdica. Para a realização do eco, é usado um transdutor setorial porque ele tem a superfície menor e emite feixes divergentes (em forma de leque). o É necessário que ele tenha uma superfície menor em função das costelas e do pulmão (com ar) que podem impedir a formação de imagem. Modos de processamento Modo B – modo bidimensional Modo M – modo movimento Color doppler Doppler pulsado Doppler contínuo Doppler tecidual. Todos são utilizados no exame de eco, com exceção do contínuo (usado em situações não fisiológicas). Preparação e cortes Utiliza cortes específicos para avaliações, por isso necessita de um pouco mais de técnica e treino para fazer um bom alinhamento (ficar o mais paralelo com o fluxo possível). Utilizar os dois decúbitos – começar por baixo do animal porque o pulmão de baixo fica com uma quantidade menor de ar, expandindo menos Coração mais evidenciado. o Lateral esquerdo e lateral direito Fazer tricotomia MEDICINA VETERINÁRIA Boa preparação permite a imagem de câmaras esquerdas e direitas do coração. Em cada decúbito é possível fazer uma série de cortes que dá diferentes planos de coração. Cortes Paraesternal direita em eixo curto Decúbito direito com o transdutor por baixo do animal (paraesternal) próximo do esterno do lado direito, em eixo curto em função do corte transversal do coração. Na imagem: A linha azul atualiza em tempo real cada movimento do coração. Quando o coração se mexe, ocorre o relaxamento, que é a diástole e ocorre a contração, onde na imagem é vista marcada por um círculo vermelho e representa a sístole. Essa imagem permite fazer a fração de encurtamento endocárdica, o que informa se a contração está sendo eficiente ou não. Redução nessa fração de encurtamento indica disfunção sistólica. Paraesternal direita em eixo curto com vista da altura da válvula mitral Dá informações principalmente acerca de dilatações da câmara do ventrículo esquerdo, porque a distância aumenta se houver essa dilatação, o que é chamado de separação sertal do ponto E. Cardiomiopatia dilatada ocorre o aumento da distância. Paraesternal direita em eixo curto com vista para o átrio esquerdo. É possível observar a válvula tricúspide e seus 3 folhetos (coronariano direito e esquerdo e o não coronariano). É possível informarse o átrio esquerdo está aumentado ao comparar com a raiz da aorta. Átrio esquerdo aumentado pode ser vista em cães com cardiopatias (endocardiose mitral – degeneração da valva mitral comum em animais de pequeno porte). Paraesternal esquerda apical MEDICINA VETERINÁRIA É apical em função da avaliação da parte apical do coração do seu ápice. Na imagem: é possível observar dois fluxos. O primeiro fluxo é a passagem passiva ou fase de enchimento ventricular rápido, uma vez que o ventrículo acabou de liberar o sangue pela aorta e quando ele abre, suga o sangue do átrio esquerdo para ele. Após passar a maior parte do sangue do átrio para o ventrículo, ainda resta um pouco de sangue no átrio esquerdo, assim o átrio contrai e o restante de fluxo passa.
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