Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 012 1 CAPÍTULO 7 atrito 2 CAPÍTULO 7 – Atrito Geralmente considerado um “vilão”, sem o atrito ninguém poderia caminhar, o giz não riscaria o quadro, etc... Origem do atrito forças entre moléculas e grupos de átomos... Força de contato eletromagnética Aula 012 Aula 012 3 CAPÍTULO 7 – Atrito Aula 012 4 7.1 – Propriedades da força de atrito: CAPÍTULO 7 – Atrito I) Se o corpo permanece em repouso quando há uma força 𝑭 tendendo a fazê-lo deslizar, classificamos o atrito como estático. Nesse caso 𝒇𝒆 e a componente de 𝑭 paralela à superfície têm o mesmo módulo e sentidos opostos. 𝑭 q𝒇𝒆 𝒇𝒆 =−𝑭 ∙ 𝐜𝐨𝐬𝜽 𝒇𝒆 = 𝑭 ∙ 𝐜𝐨𝐬𝜽 II) O valor máximo que 𝒇𝒆 pode assumir é dado por: 𝒇𝒆𝑴𝑨𝑿 = 𝝁𝒆 ∙ 𝑵 Essa relação só vale quando o corpo está na iminência de começar a deslizar!!! (em repouso) Aula 012 5 III) Se o corpo desliza quando há uma força 𝑭 aplicada, classifica- mos o atrito como cinético. Ele é independente da velocidade do corpo e pode sempre ser calculado por: CAPÍTULO 7 – Atrito 𝒇𝒄 = 𝝁𝒄 ∙ 𝑵 𝑭 q𝒇𝒄 𝒗 coeficiente de atrito estático me > coeficiente de atrito cinético mc Aula 012 6 Os coeficientes de atrito me e mc dependem das duas superfícies em contato. Materiais me mc aço - aço 0,74 0,57 alumínio - aço 0,61 0,47 madeira - madeira 0,25 a 0,50 0,20 vidro - vidro 0,94 0,40 gelo - gelo 0,10 0,03 juntas de ossos 0,01 0,003 CAPÍTULO 7 – Atrito Aula 012 7 qx y q Plano inclinado para aulas de física (1850) Quando o plano é inclinado de um ângulo q tal que o bloco de massa m esteja na iminência de deslizar, teremos fe = feMAX e : CAPÍTULO 7 – Atrito 7.2 – Medindo me em um plano inclinado: y’ X’ 𝒇𝒆 𝑵 𝑷 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝜽 q 𝑷 ∙ 𝐜𝐨𝐬𝜽 𝑭𝒓𝒆𝒔𝒚′ = 𝑵− 𝑷 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝜽 = 𝟎 𝑵 = 𝑷 ∙ 𝐜𝐨𝐬𝜽 Aula 012 8 CAPÍTULO 7 – Atrito 𝝁𝒆 = 𝑷 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝜽 𝑵 𝝁𝒆 = 𝑷 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝜽 𝑷 ∙ 𝐜𝐨𝐬𝜽 𝝁𝒆 = 𝐭𝐚𝐧𝜽 𝑭𝒓𝒆𝒔𝒙′ = 𝑷 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝜽 − 𝒇𝒆𝑴𝑨𝑿 = 𝟎 𝝁𝒆 ∙ 𝑵 = 𝑷 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝜽 Aula 012 9 Exemplo 7.1 – Engradado de cerveja Para bebemorar a sua nota na prova de física 1C, um aluno compra um engradado de cerveja, de massa 10,0 kg, o qual ele pretende levar para casa puxando com uma corda ideal, como ilustrado abaixo. Os coeficientes de atrito estático e cinético entre o engradado e o chão são 0,600 e 0,200, respectivamente. O engradado não perde contato com o chão. CAPÍTULO 7 – Atrito 30° a) Se o aluno puxar de forma que a tensão sobre o engradado seja 55,0 N, ele conseguirá mover o engradado? Aula 012 10 CAPÍTULO 7 – Atrito 𝑷 𝑻𝑵 30° engradado 𝑷 𝑵 𝑻 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝟑𝟎° 𝑻 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟎°𝒇𝒂 𝒇𝒂 Para o engradado entrar em movimento, é necessário que o atrito estático seja superado, sendo 𝒇𝒆𝑴𝑨𝑿 = 𝝁𝒆 ∙ 𝑵 Só que aqui 𝑵 ≠ 𝑷 !! 𝑭𝒓𝒆𝒔𝒀 = 𝑵+ 𝑻 ∙ 𝐬𝒆𝒏𝟑𝟎° −𝒎 ∙ 𝒈 𝑵 = 𝒎 ∙ 𝒈 − 𝑻 ∙ 𝐬𝒆𝒏𝟑𝟎° 𝑵 = 𝟕𝟎, 𝟓 N 𝒇𝒆𝑴𝑨𝑿 = 𝟎, 𝟔 ∙ 𝟕𝟎, 𝟓 Ref. y x Aula 012 11 𝒇𝒆𝑴𝑨𝑿 = 𝟒𝟐, 𝟑 𝐍 CAPÍTULO 7 – Atrito Mas nem toda T está na direção de deslizamento... 𝑻𝒙 = 𝟓𝟓 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟎° = 𝟒𝟕, 𝟔 𝐍 Como Tx > feMax , o engradado se moverá b) Considerando que o aluno mantenha a tensão constante, como será o movimento do engradado? Depois da arrancada, passa a atuar sobre a caixa o atrito cinético, que é praticamente constante durante o movimento Aula 012 12 𝑭𝒓𝒆𝒔𝒀 = 𝟎 𝑭𝒓𝒆𝒔𝑿 = 𝑻𝒙 − 𝒇𝒄 𝒂 = 𝑻 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟎° − 𝝁𝒄 ∙ 𝑵 𝒎 CAPÍTULO 7 – Atrito Resposta: o engradado estará em MRUV na direção horizontal, com aceleração constante de 3,35 m/s2. c) Para qual valor o estudante deveria reduzir a tensão a fim de levar o engradado com velocidade constante? Após o engradado entrar em movimento, é possível manter sua velocidade constante reduzindo a força exercida para causar deslizamento de forma que a força resultante na direção de movimento passe a ser nula. Aula 012 13 𝑭𝒓𝒆𝒔𝑿 = 𝑻𝒙 − 𝒇𝒄 𝟎 = 𝑻𝒙 − 𝒇𝒄 𝑻 = 𝝁𝒄 ∙ 𝑵 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟎° CAPÍTULO 7 – Atrito Nesse ponto é necessário lembrar que ao alterar a tensão o estudante estará também alterando o valor da força normal, de modo que não se pode usar o valor N = 70,5 N encontrado para quando T = 55 N. Então: 𝑻 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟎° = 𝝁𝒄 ∙ 𝒎 ∙ 𝒈 − 𝑻 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝟑𝟎° Aula 012 14 Resposta: a tensão deveria ser diminuída para 20,3 N (≈ 37% do valor inicial). 𝑻 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟎° + 𝝁𝒄 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝟑𝟎° = 𝝁𝒄 ∙ 𝒎 ∙ 𝒈 CAPÍTULO 7 – Atrito 𝑻 = 𝝁𝒄 ∙ 𝒎 ∙ 𝒈 𝐜𝐨𝐬 𝟑𝟎° + 𝝁𝒄 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝟑𝟎° Aula 012 15 Exemplo 7.2 – Bloco sobre placa sobre o chão CAPÍTULO 7 – Atrito Chão liso A B Uma placa A encontra-se inicialmente em repouso sobre um piso de gelo que pode ser considerado totalmente liso. Sobre a placa A repousa um bloco B. Existe atrito entre o bloco e a placa. Uma força F é então aplicada na placa A. Qual o valor máximo de F que pode ser aplicado sem que haja deslizamento relativo entre o bloco e a placa? 𝑭 Aula 012 16 CAPÍTULO 7 – Atrito Para o bloco B: Chão liso A B 𝑷𝑩 𝑵𝑨→𝑩 𝒇𝑨→𝑩 𝒂 𝑭𝒓𝒆𝒔𝒀 = 𝑵𝑨→𝑩 −𝒎𝑩 ∙ 𝒈 = 𝟎 𝑵𝑨→𝑩 = 𝒎𝑩 ∙ 𝒈 𝑭𝒓𝒆𝒔𝑿 = 𝒇𝑨→𝑩 = 𝒎𝑩 ∙ 𝐚 𝒇𝑨→𝑩 = 𝒎𝑩 ∙ 𝒂 x y Aula 012 17 Para a placa A: CAPÍTULO 7 – Atrito Chão liso A B 𝑭 𝒂 𝑷𝑨 𝑵𝑪→𝑨 𝑵𝑩→𝑨 𝒇𝑩→𝑨 𝑭𝒓𝒆𝒔𝒀 = 𝑵𝑪→𝑨 −𝒎𝑨 ∙ 𝒈 − 𝑵𝑩→𝑨 = 𝟎 𝑵𝑪→𝑨 = 𝒎𝑨 ∙ 𝒈 + 𝑵𝑩→𝑨 𝑭𝒓𝒆𝒔𝑿 = 𝑭 − 𝒇𝑩→𝑨 = 𝒎𝑨 ∙ 𝒂 𝑭 = 𝒎𝑨 ∙ 𝒂 + 𝒇𝑩→𝑨 Aula 012 18 Recapitulando, temos: 𝑵𝑨→𝑩 = 𝒎𝑩 ∙ 𝒈 𝒇𝑨→𝑩 = 𝒎𝑩 ∙ 𝒂 𝑵𝑪→𝑨 = 𝒎𝑨 ∙ 𝒈 + 𝑵𝑩→𝑨 𝑭 = 𝒎𝑨 ∙ 𝒂 + 𝒇𝑩→𝑨 E pela terceira lei de Newton é necessário que, em módulo: 𝑵𝑨→𝑩 = 𝑵𝑩→𝑨 𝒇𝑨→𝑩 = 𝒇𝑩→𝑨 Estaremos no limite de deslizamento quando a força de atrito estático entre o bloco e a placa atinge seu valor máximo: 𝒇𝑨→𝑩 = 𝒇𝒆𝑴𝑨𝑿 = 𝝁𝒆 ∙ 𝑵𝑨→𝑩 CAPÍTULO 7 – Atrito Aula 012 19 𝒇𝑨→𝑩 = 𝒎𝑩 ∙ 𝒂 𝒇𝑨→𝑩 = 𝒇𝒆𝑴𝑨𝑿 = 𝝁𝒆 ∙ 𝒎𝑩 ∙ 𝒈 CAPÍTULO 7 – Atrito 𝒎𝑩 ∙ 𝒂 = 𝝁𝒆 ∙ 𝒎𝑩 ∙ 𝒈 𝒂 = 𝝁𝒆 ∙ 𝒈 𝑭𝒎𝒂𝒙 = 𝒎𝑨 ∙ 𝒂 + 𝒇𝑩→𝑨 = 𝒎𝑨 ∙ 𝝁𝒆 ∙ 𝒈 + 𝝁𝒆 ∙ 𝒎𝑩 ∙ 𝒈 𝑭𝒎𝒂𝒙 = 𝒎𝑨 +𝒎𝑩 ∙ 𝝁𝒆 ∙ 𝒈
Compartilhar