Buscar

ALCOOLISMO - Estratégias de tratamento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

SARA PRADO RAMOS
7° PERÍODO
Quais as estratégias terapêuticas que podem sem empregadas no tratamento do alcoolismo? 
O primeiro passo é o doente reconhecer que é alcoolista e querer mudar a situação. Depois, a família e/ou o dependente devem procurar um psicólogo ou psiquiatra, que avaliará as possibilidades de tratamento. A família do paciente deve receber orientações e participar do tratamento.
Além do acolhimento e aconselhamento da família pela equipe da unidade sanitária local, pode-se também encaminhá-las para grupos de autoajuda psicoterapia, CAPS ad, como Alcoólicos Anônimos (conhecido pela sigla AA, para dependentes do álcool), assim como o acompanhamento da família.
As etapas básicas para a abordagem do paciente na SAA são:
1) História completa do uso de álcool (aplicar CAGE); 
Muitas vezes o questionário CAGE não apenas fornece um parâmetro do comprometimento do paciente, mas também o ajuda a entender o quanto está comprometido. Vale lembrar as perguntas que devem ser feitas e que duas respostas positivas sugerem dependência e/ou uso abusivo:
1 – Já tentou reduzir ou parar de beber e não conseguiu?
2 – Já ficou incomodado com os outros por criticarem seu jeito de beber?
3 – Já se sentiu culpado por beber?
4 – Já precisou beber mais para aliviar a ressaca?
2) História clínica e psiquiátrica;
3) Diagnóstico da SAA e suas complicações clínicas e psiquiátricas;
4) Avaliação do paciente;
5) Exame físico e psiquiátrico (Escala de CIWA-AR) e encaminhamentos;
6) Tratamento da SAA e das complicações clínicas e psiquiátricas;
7) Exames laboratoriais;
8) Encaminhamento para tratamento da dependência ao álcool.
Pacientes alcoólicos devem ser avaliados, em um primeiro momento, sobre a quantidade de álcool que consomem, a frequência e como isso tem afetado sua saúde física, emocional e as relações interpessoais. 
O consumo de álcool é considerado de risco a partir de duas respostas afirmativas
0 - Não 1- Sim
1. Alguma vez o (a) Sr. (a) sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber?
2. As pessoas o (a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber?
3. O (A) Sr. (a) se sente culpado (a) (chateado consigo mesmo) pela maneira como costuma beber?
4. O (A) Sr. (a) costuma beber pela manhã para diminuir o nervosismo ou a ressaca?
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA A SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA AO ÁLCOOL (SAA) OMS
Três dos sinais devem estar presentes:
1) Tremores da língua, pálpebras ou das mãos quando estendidas; 2) Sudorese; 3) Náusea, ânsia de vômitos ou vômitos; 4) Taquicardia ou hipertensão; 5) Agitação psicomotora; 6) Cefaléia; 7) Insônia; 8) Mal-estar ou fraqueza; 9) Alucinações visuais, táteis ou auditivas transitórias; 10) Convulsões tipo grande mal.
As estratégias farmacológicas são preferencialmente utilizadas em pacientes que pouco respondem às demais intervenções psicossociais.
O tratamento farmacológico pode ser utilizado com as seguintes indicações:
a) Fase de desintoxicação e tratamento da síndrome de abstinência ao álcool (SAA); Pode envolver a desintoxicação, que é a retirada da bebida com acompanhamento profissional, a ingestão de medicamentos que auxiliam no controle do desejo de beber e aconselhamento individual ou em grupo.
b) ajudar o indivíduo a não beber;
c) Tratamento das comorbidades, que seguem os princípios gerais de tratamento para o quadro.
– A opção é o dissulfiram, que se consumido com bebida alcoólica causa muito mal-estar. O objetivo é que uma vez ingerido o medicamento, o paciente terá medo de ingerir bebida alcoólica e não beba.
– A outra opção é o naltrexona, cuja contraindicação é insuficiência hepática ou hepatite.
O DSF oral supervisionado é eficaz quando incorporado a um tratamento que inclua uma abordagem de reforço comunitário; isto é, intervenções elaboradas com a finalidade de criar novas habilidades sociais, por meio de aconselhamento, além de atividades de ressocialização e recreacionais, que estimulem a abstinência. É importante a adoção de estratégias que aumentem a aderência ao tratamento, tais como contratos sociais de contingência – que consistem em acordos terapêuticos entre o paciente e as pessoas envolvidas no seu tratamento, com o objetivo de determinar a supervisão da administração do medicamento por algum familiar; monitorização comportamental da abstinência; além de alguma forma de reforço positivo para a abstinência. A efetividade do tratamento aumenta com essas intervenções. A posologia recomendada inicial do dissulfiram é 125 a 250 mg/dia durante 7 dias. Na manutenção é de 500 mg/dia. Está contraindicado pacientes com hepatite, cirrose hepática, insuficiência hepática, gravidez. Os principais efeitos colaterais relacionado com este medicamento é o rash cutâneo, disfunção sexual, fadiga, gosto metálico. Ao prescrever dissulfiram recomenda-se monitorar a função hepática período incial da abstinência 24 a 48 horas e não usar bebida ou condimento que contenha álcool, como o vinagre. Alguns estabilizadores de humor, principalmente a carbamazepina, demonstram eficácia na síndrome de abstinência, podendo ser usada para alívio dos sintomas de fissura e na diminuição dos sintomas ansiosos.
– Outras opções menos comuns, porém com alguma evidência são gabapentina e topiramato.
– Carbamazepina mais uma vez não é citada como droga com eficácia para tratamento do alcoolismo, embora alguns médicos ainda a prescrevam.
– Benzodiazepínicos também não devem ser usados, exceto nos casos de abstinência aguda e antidepressivos só devem ser prescritos quando existe outra doença psiquiátrica que indique seu uso.
REFERÊNCIAS:
CARVALHO, Cainã Salmon Lima; CARVALHO, Guilherme Soares; COSTA, Nadine Cunha. Avanços no tratamento farmacológico do alcoolismo: revisão integrativa. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 1, p. 11271-11283, 2021.
PEREIRA, Ana Paula. A relevância do apoio familiar no tratamento do alcoolismo. Anais de Medicina, 2017.
DA SILVA MENDES, Jucimara et al. Significado do tratamento hospitalar de desintoxicação para pessoas com alcoolismo: retomando a vida. Cogitare Enfermagem, v. 23, n. 2, 2018.

Continue navegando