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mittee, o produto por homem-hora de trabalho considerando 1947-1949 = 100, subiu de 35,4, em 1909, para 99,8, em 1948 (último ano da série de Kuznets). Em 1956, o produto por homem-hora já alcançava o índice de 138,5, ou seja, uma elevação de quase quatro vezes, entre 1909 e 1956. Concomitantemente, os salários nominais por unidade de produto tiveram elevação bem menor: 44,4, em 1909; 102,0, em 1948; e 112,0, em 1956. (v. The Economic Almanac — 1958, Nova York, Thomas Y. Crowell Comp., p. 191). Tais cifras demonstram o aumento da produtividade do trabalho na indústria norte-americana e também, de maneira inequívoca, a elevação da composição orgânica do capital. A elevação da composição orgânica se patenteia, igualmente, na série histórica apresentada por Paul Bairoch. Em dólares de 1929, o capital por operário, na indústria de transformação dos Estados Unidos, evoluiu da seguinte maneira: 1879 — US$ 1 764; 1889 — US$ 2 702; 1899 — US$ 3 655; 1909 — US$ 5 040; 1929 — US$ 7 530; 1948 — US$ 6 543; 1953 — US$ 7 859. Cabe, todavia, indagar: correlaciona-se esta elevação da compo- sição do capital com a queda da taxa de lucro? A tal indagação respondem os resultados da pesquisa de C. Goux, precisamente abrangente do período mais recente e concernente às sociedades anônimas financeiras e não-financeiras dos Estados Unidos (o que permite levar em conta o total da mais-valia sob as modalidades de lucro industrial, lucro comercial e juros). Confirmando a lei tenden- cial descoberta por Marx, a referida pesquisa constatou a seguinte evolução da taxa de lucro: 1946 — 11,6%; 1950 — 12,9%; 1960 — 8,3%; 1970 — 6,3%; 1976 — 6,6%. Concorrência e monopólio A idéia de um capital único é uma contradição em termos, uma negação lógico-formal do conceito de capital. Por conseguinte, uma uto- pia. O capital existe somente enquanto multiplicidade de capitais in- dividuais concorrentes. Segue-se daí a essencialidade da concorrência para o modo de produção capitalista. Embora, conforme já vimos, os capitais individuais devam atuar com a natureza de capital social total no processo de circulação e reprodução, esses mesmos capitais individuais só circulam e se reproduzem em incessante concorrência recíproca. Sem considerar tal concorrência, a dinâmica do capitalismo e suas leis se tornariam incompreensíveis. Não obstante, a concorrência não constituiu objeto de uma teoria especial na obra de Marx, mas foi analisada em conexão com a explicação dos processos gerais do sistema capitalista. Apesar disso, as numerosas referências a respeito deixaram esclarecido o que Marx entendia por con- corrência, na época anterior ao domínio do capital monopolista. OS ECONOMISTAS 64
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