Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1)LIPÍDEOS -Triglicerídeos e colesterol, se acumulam mediante excesso de ingestão ou por lesão no fígado, não fazendo o metabolismo correto (esteatose hepática) hepatócitos ficam cheios de gordura. -Esteatose refere-se a qualquer acúmulo de triglicerídeos dentro das células parenquimatosas. É comumente observada no fígado (principal órgão envolvido no metabolismo da gordura). Pode ser causada por toxinas, desnutrição proteica, diabetes melito, obesidade ou anóxia (privação total do oxigênio dentro dos tecidos ou dos órgãos). O uso abusivo de álcool e o diabetes associado à obesidade são as causas mais comuns de alteração gordurosa no fígado. -O metabolismo do colesterol celular é rigorosamente regulado para assegurar a geração normal das membranas celulares (nas quais o colesterol é um componente essencial) sem acúmulo intracelular significativo. No entanto, em processos patológicos, as células fagocíticas podem ficar sobrecarregadas com lipídios (triglicerídeos, colesterol e ésteres de colesterol) devido ao aumento da ingestão pela dieta ou diminuição do catabolismo dos lipídios. Destes processos, a aterosclerose (inflamação, com a formação de placas de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias) é a mais importante. -Pode-se ocorrer acúmulo de gordura ainda em: --0---- Xantoma/xantelasma: placa formada por macrófagos que envolvem o excesso de gordura nos tecidos, ficam na tela subcutânea, visível como lesões na pele, principalmente ao redor dos olhos. *associado a níveis elevados de colesterol no sangue* Colesterolose: acúmulo na vesícula biliar de glóbulos de colesterol, considerado um estágio a anterior aos cálculos biliares. Formam histiócitos cheios de colesterol na camada mucosa, e possuem diagnostico diferencial (ao exame de imagem parece lesão vegetante). Doença de Niemann-Pick tipo C: doença metabólica hereditária devido falta do cromossomo 18, gerando a síntese ineficiente de lipídios, acumulando-os no fígado e causando as doenças propostas. 2)PROTEÍNAS -São menos comuns, ocorrendo quando excessos são apresentados às células ou se elas próprias sintetizam quantidades excessivas. O processo é reversível, se a proteinúria diminuir, as gotículas de proteína são metabolizadas e desaparecem. -Ocorre acumulação de proteínas nos túbulos contorcidos durante a reabsorção tubular renal, no caso de quem ingere proteínas excessivamente (Ex.: whey em demasia), causando extravasamento proteico maciço através do filtro glomerular, gerando aspecto histológico de gotículas citoplasmáticas hialinas róseas, obstrução da luz e diminuição da função renal – problemas renais a longo prazo. -Outro exemplo é o acentuado acúmulo de imunoglobulinas recentemente sintetizadas, que pode ocorrer no REG de alguns plasmócitos, formando os corpúsculos de Russell, redondos e eosinofílicos. -Outros exemplos de acúmulo de proteína são: Transporte intracelular e secreção defeituosa devida deficiência de alfa-1 anti-tripsina (inibidor de enzimas que digerem proteínas); acúmulo de proteínas no citoesqueleto formando corpúsculos hialinos de Mallory (“hialino alcoólico” devido ser característico de abuso de álcool); emaranhados neurofibrilares em neurônios ou amiloidose (fibrilas de amiloide formadas da agregação de proteínas dobradas de forma anormal). Obs.: acúmulo de amiloide sempre é patológico, corpo não deve produzir normalmente a proteína amiloide; amiloidose é o grupo de doenças raras causadas pelo deposito de proteínas insolúveis no corpo, incapazes de se degradarem. 3)GLICOGÊNIO -Depósitos intracelulares excessivos de glicogênio estão associados a anormalidades no metabolismo da glicose ou do glicogênio. -No diabetes mellitus, o glicogênio se acumula o epitélio dos túbulos renais, miocitos cardíacos e as céls Beta das ilhotas de Langerhans, devido glicose estar circulante e não dentro das céls produzindo energia. -Também ocorre acúmulo em um grupo de distúrbios genéticos intimamente relacionados, conhecidos como glicogenoses (doenças de armazenamento de glicogênio) – associados aos erros no metabolismo devido deficiências enzimáticas. cúmulo de glicogênio em determinado local ou tecido. Há várias manifestações: hepática (afeta o fígado), muscular (afetam o músculo) e hepática e muscular (afeta fígado e músculo). Obs.: esclerose na artéria ou nervo na diabetes é causada pelo distúrbio de osmolaridade, há tanta glicose no vaso que puxa água p/ meio extracelular, dessa forma, causa cegueira, pe diabético, mal perfurante plantar e etc. 4)PIGMENTOS • Exógenos: -Carbono é fagocitado pelos macrófagos alveolares e transportado pelos canais linfáticos p/ linfonodos na região traqueobrônquica, escurendo os linfonodos e parênquima pulmonar (antracose). E tatuagens. • Endógenos: -Lipofuscina é chamada de ¨pigmento do desgate¨ por ser sinal de envelhecimento ou lesão muscular (como na academia), é um material intracelular granular, insolúvel, castanho-amarelado, que se acumula em vários tecidos (particularmente no coração, fígado e cérebro em casos de atrofia). Não é nociva, serve como marcador de lesão prévia por radical livre. -Melanina produzida por melanócitos localizados na epiderme, contudo, os ceratinócitos basais adjacentes da pele podem acumular o pigmento (p. ex., nas sardas), assim como os macrófagos da derme. -Ocronose é o acúmulo de ác. homogentísico, aspecto esverdeado cinzento, por deficiência de dioxigenase. -Hemossiderina é um pigmento granular derivado da hemoglobina, amarelo a castanho-dourado, que se acumula em tecidos em que há excesso de ferro, local ou sistêmico. Normalmente, o ferro é armazenado no interior das células associado à proteína apoferritina, formando as micelas de ferritina. Obs.: o acúmulo de hemossiderina geralmente seja patológico, pequenas quantidades desse pigmento são normais nos fagócitos mononucleares da medula óssea, do baço e do fígado, em que hemácias velhas normalmente são degradadas. -Acúmulo de ferro em determinado local (hemossiderose), como por exemplo por destruição de hemácias, não provoca lesão tecidual /// Acúmulo de ferro em todo o organismo, causa problemas em diversos órgãos (hemocromatose), causada por doença genética que gera alterações no seu metabolismo- aumento da absorção intestinal, na síntese da hemoglobulina e outros. Pode gerar complicações como cirrose, diabetes, escurecimento da pele, insuficiência cardíaca, dores nas articulações e mau funcionamento hormonal. Obs.: Doença de Addison (mucosa escura, acumulo de melanina) x síndrome de Cushing. Obs2.: hematoma é o acúmulo de sangue, não havendo retorno para circulação, hemácias se degeneram e ocorre hemossiderose (acúmulo de ferro- bilirrububina, biliverdina...). 5)CALCIFICAÇÕES -Calcificação distrófica: o metabolismo do cálcio está normal, mas ele se deposita em tecidos lesionados ou mortos, como em qualquer tipo de área de necrose e apoptose, ou seja, ocorre de forma focal. Ex.: calcificação em valvas envelhecidas ou lesionadas, comprometendo seu movimento (causa de estenose aórtica em idosos). -Calcificação metastática: não tem relação com neoplasia, e sim com o metabolismo, associada com hipercalcemia (quantidade de cálcio livre no sangue elevado), causando acumulação em qualquer parte do corpo, incluindo tecidos normais. Advém de distúrbios hormonais, como aumento da secreção de paratormônio (ex em tumores), destruição do osso devido efeitos de renovação acelerada (ex doença de Paget), distúrbios relacionados com a vit. D (intoxicação pela vit D e sarcoidose- macrófagos ativam precursor de vit D) ou por insuficiência renal (retenção de fosfato causa hiperparatireoidismo secundário). -Os sais de cálcio são observados macroscopicamente como grânulos ou agregados finos brancos, frequentemente palpáveis como depósitos arenosos. A calcificaçãodistrófica é comum em áreas de necrose caseosa na tuberculose. Histopatologicamente, a calcificação aparece como depósitos basofílicos intra ou extracelulares.
Compartilhar