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Prof. Maxwell Lobato Economia do Hidrogênio Aula 04 Reação de absorção e de dessorção para uma liga armazenadora de hidrogênio Cinética dos Hidretos Metálicos Etapas de absorção do hidrogênio 1. Fisissorção das moléculas de hidrogênio: Onde, Θ(sf) é um sítio vazio de fisissorção sobre a superfície. Obs. Geralmente a energia de ativação para a fisissorção das moléculas de hidrogênio sobre a superfície é mínima e a taxa de impacto das moléculas sobre a superfície em altas pressões é suficiente para que a fase gasosa esteja em equilíbrio com o estado de fisissorção. Não é considerada como etapa controladora do processo de absorção. 2. Dissociação das moléculas de hidrogênio e posterior quimissorção: A dissociação das moléculas de hidrogênio e a quimissorção do hidrogênio atômico sobre a superfície da liga ou superfície do hidreto é a reação parcial que se segue à fisissorção. 3. Penetração superficial dos átomos de hidrogênio: Denomina-se como a transferência do hidrogênio quimissorvido para a primeira camada subsuperficial da liga formando a solução sólida (fase α). Após a qual, forma-se a camada de hidreto subsuperficial. Embora seja assumido que a transferência aconteça pelo mecanismo de lacunas, a energia de ativação é diferente da difusão no volume do metal. 4. Difusão Reação parcial de difusão dos átomos de hidrogênio desde a subsuperfície através da camada de hidreto à interface. Mecanismo intersticial - O átomo de hidrogênio pula de um interstício para outro. Mecanismo lacunar - O átomo de hidrogênio pula de sua posição na rede para uma lacuna. A nova lacuna gerada é preenchida por outro átomo de hidrogênio que deixa sua posição na rede, gerando mais uma nova lacuna. Mecanismo intersticial-lacunar - o átomo intersticial pula para uma posição na rede e expulsa o hidrogênio que ocupava esta posição para um interstício adjacente. https://pt.slideshare.net/EdivagnerSRibeiro/defesa- mtodo-e-instrumentao 5. Formação do hidreto É a reação final onde existe a formação de um novo hidreto na interfase metal/hidreto. 2. Difusão dos átomos de hidrogênio através da fase α: A difusão é dada pelo mecanismo intersticial. 3. Saída dos átomos de hidrogênio à superfície do metal. 4. Recombinação dos átomos quimissorvidos e formação das moléculas de hidrogênio fisissorvidas sobre a superfície. Etapas de dessorção do hidrogênio 1. Decomposição do hidreto na interfase hidreto/metal e formação da fase α. 5. Dessorção à fase gasosa: Dessorção das moléculas fisissorvidas à fase gasosa. Devido à baixa energia de ativação envolvida, não se considera como possível etapa controladora do processo. A pressão de equilíbrio de um hidreto varia muito com a temperatura. Equação de Van´t Hoff Permite obter a pressão de equilíbrio como função da temperatura utilizando a variação da entalpia e da entropia na mudança de fase: Pressão de equilíbrio x Temperatura Isotérmas de “pressão – composição” para a adsorção de hidrogênio num composto intermetálico típico (Züttel 2004) Caracterização do Comportamento dos hidretos A caracterização de hidretos metálicos é geralmente feita por curvas P-C-T (pressão – composição – temperatura). Mais comum é a curva isotérmica P-C. 1. Os átomos de hidrogênio são exotermicamente dissolvidos em solução sólida dentro do metal, formando-se a fase α. Descrita pela lei de Sievert 1 Caracterização do Comportamento dos hidretos 2. As fases α e β coexistem simultaneamente através de um patamar de equilíbrio. Obedece à regra de fase de Gibbs. Onde F é o número de graus de liberdade, P o número de fases e N o número de espécies químicas. 3. Existe só a fase β (hidreto) e a pressão incrementa com a concentração de hidrogênio no metal até atingir a composição estequiométrica. 2 3 Caracterização do Comportamento dos hidretos Resistência às Impurezas A resistência às impurezas dos gases é uma propriedade muito importante num hidreto metálico, sobretudo quando a aplicação não funciona em circuito fechado, e a cada ciclo é utilizado hidrogénio “novo”, normalmente contendo impurezas. Ciclo de Vida Os ciclos de adsorção – desorção causam desgaste, influenciando fortemente o tempo de vida útil de um hidreto metálico (atrito intermolecular) Características dos Compostos Intermetálicos Lantânio-Níquel A máxima adsorção de hidrogénio é de 2 % em peso, embora a sua capacidade reversível esteja normalmente dentro do intervalo 0,7 – 1,28 %. O hidreto metálico do LaNi5 forma-se à temperatura ambiente, ativando-se facilmente a uma pressão parcial de hidrogênio de 20 atm, exibindo após ativação, uma cinética de adsorção e desorção rápidas apresentando um declive pequeno nas isotérmicas “Pressão – Composição” (P-C). Este material sofre uma decomposição lenta com os sucessivos ciclos de adsorção – dessorção diminuindo a sua capacidade de armazenamento; Substituição Parcial de La em LaNi5 Principal substituinte é o Cério (Ce) que apresenta como principais vantagens menores custos associados e maior tempo de vida nos sucessivos ciclos de adsorção - dessorção. Propriedades termodinâmicas dos compostos de LaNi5 “dopados” com diferentes quantidades de Cério (Ce). Equações da cinética para a decomposição térmica de sólidos Onde, α corresponde à fração normalizada do hidrogênio dessorvido no tempo t, k a constante de reação, x e r o raio do cilindro ou esfera e u a velocidade da interface. Outras Propriedades dos Hidretos Metálicos a) Armazenamento reversível de hidrogênio: a facilidade com a qual os hidretos absorvem e liberam o hidrogênio depende da estabilidade termodinâmica do hidreto. b) Ajuste da pressão de equilíbrio: através da modificação dos metais e da composição estequiométrica no composto intermetálico formador do hidreto. c) Estrutura vs. capacidade de armazenamento: Durante a formação do hidreto A expansão pode ser isotrópica, anisotrópica ou algumas vezes pode ocorrer transformação estrutural. d) Decrepitação: É o fenômeno associado à fragilização, formação de trincas e ruptura do material formador de hidreto na forma de pequenas partículas. e) Ativação: Este processo depende da estrutura e das barreiras superficiais presentes no material, entre elas, as camadas de óxidos e/ou as espécies catalíticas para a dissociação do H2. a) Armazenamento reversível de hidrogênio: a facilidade com a qual os hidretos absorvem e liberam o hidrogênio depende da estabilidade termodinâmica do hidreto. b) Ajuste da pressão de equilíbrio: através da modificação dos metais e da composição estequiométrica no composto intermetálico formador do hidreto. c) Estrutura vs. capacidade de armazenamento: Durante a formação do hidreto A expansão pode ser isotrópica, anisotrópica ou algumas vezes pode ocorrer transformação estrutural. d) Decrepitação: É o fenômeno associado à fragilização, formação de trincas e ruptura do material formador de hidreto na forma de pequenas partículas. e) Ativação: Este processo depende da estrutura e das barreiras superficiais presentes no material, entre elas, as camadas de óxidos e/ou as espécies catalíticas para a dissociação do H2. Outras Propriedades dos Hidretos Metálicos f) Estabilidade cíclica: Esta propriedade faz referência à capacidade de um material formador de hidreto manter as suas propriedades cinéticas e termodinâmicas iniciais invariáveis com o número de ciclos de formação e de decomposição do hidreto. g) Resistência às impurezas: Os materiais formadores de hidretos podem ser resistentes ou sensíveis à contaminação, dependendo da combinação liga-impureza. Os dano que podem-se apresentar são: Envenenamento: Perda rápida da capacidade de armazenamento sem afetar drasticamente a cinética inicial. Retardamento: Perda rápida da cinética sem afetar a última capacidade de armazenamento atingida. h) Segurança: No caso dos hidretos refere-se à tendência destes à piroficidade quando expostos ao ar ou também à toxicidade pela inalaçãoou ingestão acidental. g) Custos: Incluem-se aqui os custos relacionados aos componentes, procedimento de fabricação e tratamentos da liga metálica formadora do hidreto, entre outros. Fim da aula
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