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DOENÇAS SAZONAIS G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 07 02 DOENÇAS SAZONAIS O termo sazonal significa algo próprio de uma estação do ano, ou seja, as doenças sazonais representam um grupo de patologias típicas de uma determinada época do ano, como a gripe, durante os meses de Outono e Inverno, ou as viroses, durante o verão. Características da estação: Baixa umidade do ar, partículas de poeira, ácaros e pólen. Tipo de doenças comuns: Doenças alérgicas. Grupo de risco: Pessoas com doenças respiratórias pré-existentes (asma e rinite), crianças e idosos. Principais doenças da estação: conjuntivite alérgica, resfriado e doenças infecciosas como catapora, sarampo e caxumba. Cuidados no período: Manter o ambiente livre de poeira, inclusive objetos como almofadas, cobertores, cortinas e tapetes; higienizar o ar-condicionado, umidificar o ar com ajuda de umidificadores ou bacias com água, realizar lavagem nasal com soro fisiológico, lavar as mãos com frequência e se hidratar. PRIMAVERA É a inflamação da membrana externa do globo ocular, que fica na parte interna da pálpebra, chamada conjuntiva. Pode ter causa viral, bacteriana ou alérgica, sendo esta última desenvolvida pela exposição de agentes alérgicos ao olho, sendo os mais comuns a poeira, ácaros e pólen. Apesar da conjuntivite alérgica não ser contagiosa, os sintomas são muito incômodos e precisam ser tratados. Sintomas: vermelhidão dos olhos, inchaço nas pálpebras e lacrimejamento, coceira nos olhos, espirros e coriza. Tratamento: Os medicamentos prescritos pelos médicos costumam ser antialérgicos em forma de colírio e colírios lubrificantes, mas podemos auxiliar o paciente indicando o uso dos soros de lavagem nasal quando existir associação de sintomas respiratórios como coriza e congestão nasal, álcool em gel para limpeza das mãos, evitando a contaminação por outros alérgenos durante a coceira, soro fisiológico para limpeza da região e uso de antialérgicos orais. O que diferencia essa de outras conjuntivites? Apresenta sintomas em ambos os olhos, enquanto na viral e bacteriana aparecem em um dos olhos primeiro, para depois contagiar o outro e são causados por agentes infecciosos (vírus e bactéria). CONJUNTIVITE ALÉRGICA A rinite é considerada irmã da asma por acometer também o sistema respiratório, e estima-se que 70% dos casos as duas doenças aparecem simultaneamente. Assim como a asma, a rinite também conta com fatores irritativos, ou seja, é desencadeada pela exposição frequente e repetida aos alérgenos inaláveis e agravada pelos poluentes. O paciente de rinite alérgica tem a mucosa inflamada e os fatores irritantes são os gatilhos para iniciar os sintomas. Sintomas: Irritação e prurido (coceira) no nariz, garganta, olhos e pele, coriza intensa, espirros e lacrimejamento dos olhos. Tratamento: O tratamento a longo prazo da rinite, também chamado de tratamento de manutenção, consiste em administrar corticoides inalatórios diariamente. Já os anti-histamínicos (antialérgicos), são prescritos apenas para o tratamento da crise. Além disso, recomenda-se intensificar a lavagem nasal com solução de soro fisiológico a 0,9% e, dependendo do quadro, é indicado uma solução mais concentrada a 3%. RINITE CAXUMBA, SARAMPO, CATAPORA E RESFRIADO CONSULTE O MANUAL DE DOENÇAS VIRAIS. CORTICOIDE ANTI-HISTAMÍNICO Beclometasona Azelastina Budesonida Maleato de dimetindeno Fluticasona Mometasona G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 03 OPÇÕES DE FÁRMACOS PRESCRITOS PELOS MÉDICOS Prednisolona Dexametasona Dexametasona Dexametasona Fumarato de Cetotifeno Hidroxizina Betametasona Ebastina Cetirizina Flanax Dermatite atópica (eczema atópico) Doença crônica, com causa desconhecida, que apresenta erupções cutâneas com crostas, geralmente nas dobras dos braços e na parte de trás dos joelhos. Frequentemente aparece associada a asma e rinite. Sintomas: Secreção ou sangramentos na orelha, coceira intensa com áreas esfoladas, alterações na cor da pele, inflamação ou vermelhidão na área das bolhas, áreas espessas ou parecidas com couro nas regiões afetadas. Tratamento: Anti-histamínicos orais e tópicos, pomadas corticoides como hidrocortisona e quando em quadros graves e de difícil controle dos sintomas o médico poderá optar pelo uso de imunossupressores e antibióticos tópicos. Características da estação: Temperaturas elevadas, excesso de umidade, aglomerações de pessoas em praias, piscinas e festas. Tipo de doenças comuns: Infecciosas (bacteriana, viral e fúngica) e irritativas (pele). Grupos de risco: Todos, principalmente crianças e jovens. Principais doenças da estação: Dengue, chikungunya e zika, dermatites, dermatoses, insolação, intoxicação alimentar, micoses e otite. Cuidados no período: Ingerir muito líquido, acondicionar bem os alimentos, eliminar foco de vetores, usar protetor solar, hidratantes corporais e repelentes de insetos e secar bem o corpo ao sair da água. VERÃO As dermatites são inflamações na pele, desencadeadas pela exposição a agentes irritantes ou alérgenos, e são conhecidas também por “dermites”. Podem ser causadas por diversos motivos, como banhos muito quentes, tecidos sintéticos, genética, alergias e pela exposição a agentes externos irritativos (plantas, produtos químicos, produtos de limpeza, cosméticos, tintas de parede, perfumes, medicamentos de uso tópico, bijuterias que contenham níquel etc.). Existem diferentes tipos de dermatites, de acordo com suas características, as quais temos: DERMATITES G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 04 G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 05 Também é importante o uso diário de cremes e loções corporais com poder de hidratação profunda e calmante, sem fragrâncias e corantes como o Fisiogel A.I.®, Atoderm Intensive Baume®, Hydraporin A.I.®, Lipikar AP+® e Nutratopic Pro-AMP®. Dermatite seborreica Inflamação crônica que leva principalmente a descamação e vermelhidão da pele de algumas áreas da cabeça e rosto, como sobrancelhas, cantos do nariz, couro cabeludo e orelha. As causas têm origem genética e podem estar associadas a gatilhos emocionais como estresse e fadiga, aumento da oleosidade do couro cabeludo, alergias, consumo de álcool, temperaturas baixas e a presença do fungo Pityrosporum ovale. Sintomas: oleosidade na pele e no couro cabeludo com escamas brancas ou amareladas (caspa), ardência, coceira, vermelhidão e perda de cabelo na região afetada. Tratamento: O tratamento costuma ser feito através de produtos tópicos (xampu, creme, pomada e loção) que contenham ácido salicílico, alcatrão, selênio, enxofre, zinco e antifúngicos como cetoconazol. Em alguns casos é possível que o médico opte pelo uso de corticoides orais ou tópicos. CORTICOIDE ANTI-HISTAMÍNICO Hidrocortisona Maleato de dexclorfeniramina Mometasona Loratadina Hidroxizina Cetotifeno Betametasona Dexametasona Prednisona Prednisolona Dermatite de contato (Irritativa) Reação inflamatória aguda da pele que leva a quadros irritativos restritos ao local de contato, desencadeados pela exposição a substâncias ácidas ou alcalinas (substâncias químicas e produtos de limpeza). Sintomas: Os sintomas são discretos com pouca coceira e leve sensação de ardor, ressecamento e aspereza da pele. Tratamento: Consiste basicamente em evitar o agente causador da irritação e uso de corticoides ou anti-histamínicos, dependendo do agravamento dos sintomas. O uso de hidratantes com poder emoliente e sem fragrância ajudam no controle da coceira e ressecamento. Dermatite de contato (Alérgica) Caracterizada pelo surgimento da inflamação após repetidas exposições a agentes irritativos comuns do dia a dia, como perfumes, hidratante corporal, esmalte e medicamentos de uso tópico. Por depender de ações do sistema imunológico do organismo, pode demorar de meses a anos após o primeiro contato para desencadear o processo inflamatório. Sintomas: Apresentam erupções vermelhas nos locais que entraram em contato com o produto, com pequenas bolhas, inchaço, calor, coceira intensa e até mesmo formação de crostas. Tratamento: Por ser uma reação causada pela exposição constante, é fundamental identificar qual o agente causador da inflamação para que o processo possa ser controlado. O tratamento medicamentoso consiste em usar medicamentos corticoides de uso oral para suspender o processo inflamatório e tópicos para aliviar a coceira. Psoríase Doença crônica não contagiosa e de causas desconhecidas, mas que pode estar relacionada ao sistema imunológico, interações com o meio ambiente e genética. É caracterizada por ciclos sintomáticos, em que os sintomas aparecem e desaparecem periodicamente. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é comum vir associada de artrite psoriática, doenças cardiometabólicas e gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor. Sintomas: Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas, pequenas manchas brancas ou escuras residuais pós-lesões, pele ressecada e rachada (às vezes com sangramento), coceira, queimação e dor, unhas grossas, sulcadas, descoladas e com depressões puntiformes, inchaço e rigidez nas articulações. Tratamento: O tratamento da psoríase é individualizado, pois cada pessoa, gravidade e condição da doença responde diferente às abordagens, sendo essencialmente voltadas a melhorar a qualidade de vida a partir do controle dos sintomas. A hidratação da pele, exposição ao sol (em horários específicos e adequados) e o uso de medicamentos tópicos sobre as lesões são algumas terapias que surtem efeito na maioria dos casos. As medicações mais eficientes, geralmente, são medicamentos corticoides orais e tópicos e, em casos graves, injeções. Trata-se do nome dado a um conjunto de doenças de pele que possuem características mais amplas e que envolvem episódios de crises, influenciados por estresse ou excesso de hormônios (produzidos pelo próprio corpo ou pelo uso de medicamentos hormonais). As dermatoses são caracterizadas pela inflamação intensa, erupções bolhosas e escamações. Dentre as dermatoses mais frequentes, temos a psoríase, o eczema, a acne e a urticária. DERMATOSES G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 06 Acne Processo inflamatório nas glândulas sebáceas e folículos pilossebáceos, que induzem a manifestação de cravos e espinhas. É comum ter seu surgimento propiciado pela produção de hormônios sexuais na puberdade, mas não exclusivo deste período, podendo aparecer em qualquer fase da vida e possuir predisposição genética. Sintomas: Os principais são comedões (cravos), pápulas (lesões sólidas arredondadas, endurecidas e eritematosas), pústulas (lesões com pus), nódulos (lesões caracterizadas pela inflamação, que se expandem por camadas mais profundas da pele e podem levar à destruição de tecidos, causando cicatrizes) e cistos (maiores que as pústulas, inflamados, expandem-se por camadas mais profundas da pele, podem ser muito dolorosos e deixar cicatrizes). Os sintomas possuem forte relação com hormônios, podendo ocorrer agravamento relacionado a situações de estresse e período menstrual. Tratamento: A ideia de que acne não deve ser tratada por ser considerada “própria da idade” e que desaparecerá espontaneamente, está ultrapassada, e é de extrema importância seu tratamento de erradicação para recuperação da saúde da pele e prevenção das cicatrizes (marcas da acne), tão difíceis de corrigir na vida adulta. Há opções de tratamento tópico ou oral, e vai variar de acordo com a gravidade, localização e características individuais. G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 07 Eczema Caracteriza-se por apresentar vários tipos de lesões, podendo ser agudo, subagudo ou crônico. Sintomas (por fases): Aguda: lesões que começam com manchas vermelhas com pequenas bolhas de água na superfície. Subaguda: essas pequenas bolhas, ao se romperem, eliminam um líquido claro, o que caracteriza a fase subaguda do eczema. Crônica: é a fase na qual se inicia a formação de crostas, após secar a secreção. Nessa etapa, observa-se também o aumento da espessura da pele. O paciente pode ter eczema agudo, agudo/subagudo, subagudo/crônico ou apenas crônico. Assim, não é necessário o mesmo paciente ter todas as fases de um eczema para se fazer o diagnóstico da dermatose. Tratamento: Consiste em diminuir a frequência das crises, seguindo as mesmas abordagens da psoríase com hidratação da pele e medicamentos tópicos, além de evitar a transpiração excessiva, situações de estresse e roupas de tecidos sintéticos. G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 08 Urticária Caracterizada por irritação cutânea com aparência avermelhada e levemente inchada que costuma coçar muito. Essas lesões podem surgir em qualquer área do corpo, podendo ser pequenas quando isoladas ou grandes quando se juntam e formam grandes placas avermelhadas e com formas variadas. Pode ser aguda, crônica, induzida (quando algum fator é identificado como drogas, alimentos, infecções, estímulos físicos como calor, frio, sol, água e pressão) ou espontânea (quando a doença ocorre sem uma causa identificada). Sintomas: Coceiras que levam a lesões na pele e que podem provocar sensação de ardor e queimação. Quando crônica, os sintomas podem durar seis semanas ou mais, quando aguda os mesmos desaparecem em menos de seis semanas. Outro sintoma é o angioedema, que é o inchaço rápido, intenso e localizado da região e atinge normalmente pálpebras, lábios, língua e garganta, podendo dificultar a respiração. As lesões de angioedema podem durar mais de 24 horas. Também existe uma complicação chamada anafilaxia, na qual a reação envolve todo o corpo, causando náuseas, vômitos, queda da pressão arterial e edema de glote (garganta) com dificuldade para respirar. Tratamento: Por ser desencadeada por um processo alérgico, o ideal é afastar a causa quando possível, restringir alguns alimentos como frutos do mar, embutidos, chocolate etc, e se necessário e com indicação médica, podem ser utilizados antialérgicos e/ou corticoides. Ativos de uso TÓPICO LEVE SEVERA Ativos de uso ORAL Ác. Salicílico Peróxido de benzoíla Isotretinoína Antibióticos (tetraciclina, doxiciclina, minociclina, limeciclina, eritromicina, sulfametoxazol-trimetoprim) Retinoides (tretinoína/adapaleno) Antibióticos (clindamicina/eritromicina) Ác. Azeláico Associação tópica com → G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 09 Intoxicação alimentar É uma doença comum e na maioria das vezes pouco grave, mas dependendo do grau da intoxicação, pode ser fatal. Acontece quando ingerimos alimentos ou bebidas contaminados por bactérias ou toxinas, sendo que as toxinas são produzidas por bactérias e que, se estiverem em condições adequadas, como umidade e temperatura, se multiplicam rapidamente. Os alimentos podem ser contaminados ao ser deixados ao ar livre ou armazenados por muito tempo; os frutos e vegetais frescos, quando lavados ou irrigados com água contaminada com dejetos de animais ou com água de esgoto ou durante a manipulação dos alimentos. As principais bactérias que podem causar uma intoxicação alimentar são E. coli e Salmonella. Sintomas: Os sintomas mais comuns são vômitos, dores abdominais e diarreia devido à inflamação do trato gastrointestinal (estômago e intestinos). Dependendo da causa, os sintomas podem ainda incluir calafrios, fezes com sangue, desidratação, dores musculares, fraqueza e exaustão. Os sintomas podem aparecer no espaço de 30 minutos a algumas horas, mas na maioria dos casos aparecem entre 12 e 48 horas, podendo demorar alguns dias ou até uma semana para os sintomas aparecerem. A intoxicação alimentar normalmente dura de 1 a 3 dias, mas pode continuar até uma semana, dependendo do tipo de bactéria e severidade da infecção. As pessoas com maior risco de adoecer com intoxicação alimentar e ter sintomas mais graves são, idosos, gestantes, bebês, crianças e pessoas com baixa imunidade ou doenças crônicas como diabetes e hepatite. Tratamento: Na maioria dos casos, a intoxicação melhora com o passar dos dias, mas é preciso ter restrição para certos tipos de alimentos, principalmente os mais gordurosos e embutidos; beber pequenas quantidades de água, mas regularmente, para não desidratar e manter a higiene pessoal para evitar a transmissão da doença a terceiros. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de antibióticos. Insolação É provocada pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso. Ela acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40º C, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar, o que pode causar a perda de água e de nutrientes importantes. Se não for tratada rapidamente, pode trazer danos ao cérebro, coração, rins e músculos. Sintomas: A insolação pode causar sintomas como: • Dor de cabeça • Tontura • Náuseas • Pele quente, seca e avermelhada • Pulso rápido • Temperatura corporal elevada • Distúrbios visuais • Fraqueza muscular • Palidez • Diarreia G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 10 Micose É uma infecção causada por fungos que atinge a pele, o couro cabeludo e as unhas. É caracterizada por descamação e irritação na região afetada. Alguns tipos de fungos vivem naturalmente em nosso corpo sem causar qualquer sintoma. No entanto, se eles começam a se reproduzir rapidamente, podem levar ao surgimento de várias doenças, como é o caso da micose que, por sua vez, apresenta vários tipos. Os fungos se alimentam da queratina presente na pele, nas unhas e nos cabelos. Quando encontram condições favoráveis, como calor, umidade, baixa imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos por longo prazo, estes fungos podem se proliferar e exigir tratamento. Sintomas: Podem ocorrer em qualquer região do corpo, mas é comum manifestar em regiões como axila, virilha e entre os dedos das mãos e dos pés, dependendo do tipo de micose. Impinge: Pode se desenvolver em qualquer região do corpo, sendo identificada por causar feridas geralmente avermelhadas e com uma leve descamação na borda da lesão. Pitiríase versicolor: Popularmente conhecida como "pano branco". Causa pequenas manchas esbranquiçadas que descamam e raramente coçam, podem estar agrupadas ou isoladas e normalmente surgem na parte superior dos braços, tronco, pescoço e rosto. Tinea: Apresenta manchas vermelhas de superfície escamosa, bordas bem nítidas e que coçam. Quando acomete os pés, a tinea pode ser chamada de "pé de atleta" (frieira), mas também pode aparecer em outros lugares do corpo. Onicomicose: Também chamada de micose de unha, pode acometer tanto a unha dos pés quanto das mãos. A unha fica mais grossa e descolada da pele, além de poder apresentar mudanças na forma e coloração. Normalmente surge com manchas pequenas e claras, que vão se espalhando e deixando as unhas frágeis, doloridas e espessas. Tratamento: Dependerá do tipo de micose, mas geralmente para infecções superficiais é indicado cremes antifúngicos e para infecções mais graves, incluindo aquelas que afetam as unhas, podem exigir tratamento com antifúngicos orais. Para alguns tipos de micose o tratamento é longo, podendo durar até doze meses. É importante ter persistência. Tratamento: O ideal é reduzir a temperatura corporal, ficando em locais frescos e ventilados e hidratar bastante o organismo. Também é recomendado retirar o máximo de roupas possível, deixando a pessoa apenas com peças leves, para que o corpo consiga reagir. Dependendo da gravidade, deve-se fazer compressas de água fria e colocar panos molhados para ajudar a baixar a temperatura corporal. G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 11 Otite É uma inflamação que acomete uma das regiões do ouvido (externa, média e interna), podendo ser relacionada a alergias, ação de fungos, bactérias ou vírus. Sintomas: Estão relacionados com a região que acomete o ouvido, quando dura menos de quatro semana é considerada aguda ou por repetição, já quando dura mais tempo é considerada crônica. Externa: Atinge o pavilhão auricular (orelha) e a porção mais externa do tímpano, causando dores intensas e podendo ocorrer vermelhidão e secreção de odor desagradável nesta região. Esse tipo de otite ocorre devido ao acúmulo de água, sensibilidade a produtos de higiene pessoal, agressão ao canal auditivo, como por exemplo o uso de hastes flexíveis (cotonetes) e uso de fones de ouvido. Média: Ocorre no ouvido médio, região que estabelece relação com o nariz. Costuma aparecer durante ou após resfriados, gripes e infecções respiratórias ou na garganta. Pode ser causada por bactérias ou fungos, geralmente as crianças são as mais afetadas em razão da menor imunidade e do posicionamento das estruturas anatômicas relacionadas à audição. No entanto, qualquer pessoa está propensa. Ela causa dores, vermelhidão, inchaço e dificuldade auditiva e secreção. Interna: Atinge a porção mais complexa do ouvido, onde se encontram o labirinto e a cóclea, responsáveis pelo equilíbrio e pela audição. Essa região fica próxima de estruturas delicadas, como o nervo vestibular e o nervo auditivo, por isso infecções nessa região são consideradas muito graves. Essa otite provoca inflamações e irritações no ouvido interno, causando dor, diminuição da audição e febre. Tratamento: O tratamento vai depender do tipo de otite, mas normalmente é indicado pelos médicos analgésicos, anti-inflamatório e antibióticos para alívio da dor e tratamento da infecção. Os medicamentos podem ser administrados via oral ou gotas diretamente na região. G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 12 Condição inflamatória que acarreta dores na musculatura e inervações do crânio, podendo ser latejante, pulsante ou com sensação de peso. Existem vários tipos de cefaleias, sendo as três principais a tensional, cefaleia em salvas e a enxaqueca, que se diferenciam pelo local da dor, frequência e intensidade. Em alguns casos, a cefaleia apenas aparece como sintoma de outras patologias, como infecções e tumores, e deve ser investigada antes de iniciar tratamentos de analgesia, pois podem mascarar a patologia de origem e dificultar seu diagnóstico. Quadro clínico: Tensional: Sensação de peso e tensão na região frontal da cabeça e costuma ser reflexo de uma dor muscular no pescoço, lesões na coluna cervical ou má postura. Em salvas: Tem como sintoma principal a dor na região ocular apenas de um lado, com duração que varia de breves minutos a horas. Surge principalmente à noite e pode vir associada a outros sintomas como vermelhidão e lacrimejamento dos olhos, pálpebra caída e congestão nasal. Características da estação: O Outono é considerado uma estação de transição de duas estações extremas, verão e inverno, por isso costuma apresentar temperaturas mais amenas, com bastante vento e pouca chuva. Essas características marcam a fase de colheita nas lavouras, pois é durante o Outono que a maioria das plantações agrícolas se tornam viáveis para consumo. Já o inverno é uma estação fria e seca que, dependendo da região do país, há possibilidade de geadas e neve. Nas duas estações, a característica mais seca e de ventos fortes favorecem a disseminação de vírus e o aparecimento de doenças associadas a eles. Tipo de doenças comuns: Infecciosas virais, inflamatórias e alérgicas, principalmente as relacionadas com as vias respiratórias. Grupos de risco: Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias pré-existentes. Principais doenças da estação: Gripe, resfriado, rinite, sinusite, pneumonia, bronquite, asma e covid-19. Cuidados no período: Evitar locais fechados e com aglomerações, agasalhar-se corretamente, evitar contato com pessoas contaminadas, cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar para diminuir a disseminação de vírus, manter uma boa alimentação e hidratação, lubrificar mucosas (olhos, nariz e garganta) para “limpar” e diminuir a aderência de agentes infecciosos. OUTONO E INVERNO CONSULTE O MANUAL DE DOENÇAS VIRAIS PARA ENTENDER MAIS SOBRE ELAS DOR DE CABEÇA (CEFALEIA) OUTRAS DOENÇAS COMUNS (NÃO SAZONAIS) G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 13 Termo popular da mialgia, é ocasionada pelo uso excessivo ou lesão do músculo através de traumas, doenças infecciosas e inflamatórias, mas também tem grande relação com atividades do cotidiano, estilo de vida, estresse físico ou emocional e condições relacionadas ao sono. Quadro clínico: Assim como a cefaleia, a mialgia é tida como um provável sinal/sintoma reflexivo de outras condições, podendo ser patológica (doenças) ou não patológica (lesão por esporte ou tensão). A dor pode apresentar algumas características como sensação de pontada, queimação e sensação de peso. Tratamento: Quando a dor é causada por movimentos repetitivos ou por postura incorreta o ideal é adotar medidas ergonômicas, como ajustes de cadeira, braço e pescoço, alongamentos e exercícios durante a jornada de trabalho. De maneira geral, os medicamentos com poder de relaxamento muscular, anti-inflamatório e analgesia são as primeiras escolhas para o tratamento. DOR MUSCULAR FÁRMACO AÇÃO Ciclobenzaprina Relaxante muscular Carisoprodol Relaxante muscular Relaxante muscular/analgésico Relaxante muscular Analgésico Anti-inflamatório Anti-inflamatório Anti-inflamatório Anti-inflamatório (fitoterápico) Orfenadrina Baclofeno Dipirona Nimesulida Diclofenaco Ibuprofeno Arnica Enxaqueca: A cefaleia de enxaqueca é uma dor pulsátil ou latejante, moderada ou intensa, e que frequentemente vem acompanhada por fotofobia (aversão à luz), fonofobia (aversão ao som), visão turva, náusea e vômito. Tratamento: Em geral, são tratados com analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais, mas dependendo da avaliação médica e da origem da cefaleia, poderão ser prescritos medicamentos psicotrópicos (antidepressivos, ansiolíticos e entorpecentes) para tratamento e controle das crises. G E S T Ã O D E P R O C E S S O S & P E S S O A S 14 Possui diversas causas, mas quase sempre associada ao consumo insuficiente de fibras, água e ao sedentarismo, fatores primordiais para estimular a musculatura responsável pelos movimentos do intestino. Outros fatores que podem desencadear a prisão de ventre são tratamentos quimioterápicos, uso de medicamentos antidepressivos e opioides (codeína e tramadol), suplementos a base de carbonato de cálcio e deixar de atender à urgência natural de evacuação, que altera o hábito intestinal, deixando-o lento. Quadro clínico: é caracterizado pelo ressecamento e diminuição do volume das fezes, frequência de evacuação menor que duas vezes na semana, desconforto e distensão abdominal, gases e sensação de esvaziamento incompleto após a evacuação. Tratamento: Apostar em mudanças de hábitos alimentares e incluir exercícios na rotina garantem a melhora do quadro, porém há casos que necessitam uso de laxantes, enemas, supositórios, fibras e catárticos. PRISÃO DE VENTRE (CONSTIPAÇÃO INTESTINAL) FÁRMACO AÇÃO Sorbitol Catártico Sulfato de magnésio Catártico Laxativo Laxativo Laxativo Laxativo (fitoterápico) Laxativo (fitoterápico) Emoliente/laxativo Regulador intestinal Regulador intestinal Laxativo (enema para lavagem intestinal) Hidróxido de magnésio Picossulfato de sódio Bisacodil Óleo de rícino Sene Glicerina/Glicerol (supositório) Fibras (pó, geleia ou cápsulas) Lactulose Fosfato de sódio (monobásico e dibásico) O ideal é que a frequência de evacuação seja de 3 a 12 vezes por semana, mas ainda que esteja dentro desses valores, pode ser considerado constipado quando necessita realizar muito esforço para evacuar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15 COMUNICARE APARELHOS AUDITIVOS. Otite: tipos, causas e os tratamentos. Disponível em: https://comunicareaparelhosauditivos.com/otite-tipos-causas-tratamentos. Acesso em: 18 ago. 2020. HOSPITAL DE OLHOS DE SÃO PAULO. 7 sintomas da conjuntivite alérgica, viral e bacteriana. Disponível em https://hospitaldeolhos.net/dicas/7-sintomas-da-conjuntivite-alergica-viral-e-bacteriana/. Acesso em: 28 fev. 2020. SCHATZMAYR, H. G. Virose emergentes e reemergentes. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 209-213, abr./2001. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csp/2001.v17suppl0/S209-S213/#ModalArticles. Acesso em: 27 jul. 2020. SÍRIO-LIBANES. Prisão de ventre: saiba mais sobre esse mal tão comum entre as mulheres. Disponível em: https://hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/noticias/Paginas/Prisao-de-ventre-saiba-mais-sobre-esse- mal-tao-comum-entre-as-mulheres.aspx. Acesso em: 19 ago. 2020. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Doenças e problemas. Disponível em: https://www.sbd-sp.org.br. Acesso em: 11 ago. 2020. VUELO PHARMA. Diferenças entre dermatose e dermatite. Disponível em: https://www.vuelopharma.com/diferencas-entre-dermatose-e-dermatite/#:~:text=Dermatite%20%C3 %A9%20uma%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20na,O%20que%20%C3%A9%20dermatose%3F. Acesso em: 10 ago. 2020.
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