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História do Brasil - Brasil Império - Lista de questões - S2 ENEM E VESTIBULARES

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06 36217
/
Simulado 64 questões
(ENEM)
b
c
d
e
a
(ENEM)
a
b
c
d
e
Questão 1
O que se entende por Corte do antigo regime é, em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis
de França, de suas famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe, dela fazem parte. As
despesas da Corte, da imensa casa dos reis, são consignadas no registro das despesas do reino
da França sob a rubrica significativa de Casas Reais. 
ELIAS, N. A sociedade de corte. Lisboa: Estampa, 1987. 
Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande efetividade política e terminaram por se
transformar em patrimônio artístico e cultural, cujo exemplo é
o palácio de Versalhes.
o Museu Britânico.
a catedral de Colônia.
a Casa Branca.
a pirâmide do faraó Quéops.
Questão 2
“Precauções que aconselhamos à Sua Alteza, o Sr. Conde D’Eu, quando tiver de visitar escolas.
Se Sua Alteza imitasse o seu augusto sogro, Dom Pedro II, não teria nunca ocasião de contestar
fatos históricos”.
AGOSTINI, A. Revista Illustrada, n. 309, 29 jul. 1882 (adaptado). 
 
Segundo a charge, os últimos anos da Monarquia foram marcados por
debates promovidos em espaços públicos, contando com a presença da família real.
atividades intensas realizadas pelo Conde D'Eu, numa tentativa de salvar o regime
monárquico. 
revoltas populares em escolas, com o intuito de destituir o monarca do poder e coroar o seu
genro.
críticas oriundas principalmente da imprensa, colocando em dúvida a continuidade do regime
político.
dúvidas em torno da validade das medidas tomadas pelo imperador, fazendo com que o
Conde D\'Eu assumisse o governo.
06 36217
/
(ENEM)
b
c
d
e
a
Questão 3
Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão
internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na
produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América
do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos.
Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores
cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os
mais toscos e baratos.
 O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de
consumo que fundamentavam um padrão de vida “civilizado”, marca que distinguia as classes
cultas e “naturalmente” dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham
também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura de serviços urbanos,
de energia, transportes e comunicações.
Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro (Orgs.). Brasil:
um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80. 
Levando-se em consideração as afirmações acima, relativas à estrutura econômica do Brasil por
ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país
se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial.
extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho
livre.
se tornou dependente da economia européia por realizar tardiamente sua industrialização em
relação a outros países.
se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer ganhos
para a infraestrutura de serviços urbanos.
teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários
setores produtivos.
(ENEM)
a
b
c
d
e
Questão 4
No clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o descobrimento de planos para
um levante armado dos artifices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial;
esses planos demonstravam aquilo que os brancos conscientes tinham já começado a
compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que só
um terço da população era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos
raciais. 
MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.) O Império luso-brasileiro, 1750-
1822. Lisboa: Estampa, 1986
O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças populares da
Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante das
reivindicações populares. No período da Independência, parte da elite participou ativamente do
processo, no intuito de
instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo participação controlada dos
afrobrasileiros e inibindo novas rebeliões de negros.
atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas
rebeliões, garantindo o controle da situação.
firmar alianças com as lideranças escravas, permitindo a promoção de mudanças exigidas
pelo povo sem a profundidade proposta inicialmente.
impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertário, o que terminaria por prejudicar
seus interesses e seu projeto de nação.
rebelar-se contra as representações metropolitanas, isolando politicamente o Príncipe
Regente, instalando um governo conservador para controlar o povo.
06 36217
/
(ENEM)
a
b
c
d
e
Questão 5
TEXTO I
Em todo o país a lei de 13 de maio de 1888 libertou poucos negros em relação à população de
cor. A maioria já havia conquistado a alforria antes de 1888, por meio de estratégias possíveis. No
entanto, a importância histórica da lei de 1888 não pode ser mensurada apenas em termos
numéricos. O impacto que a extinção da escravidão causou numa sociedade constituída a partir
da legitimidade da propriedade sobre a pessoa não cabe em cifras. 
ALBUQUERQUE, W. O jogo da dissimulação: Abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo:
Cia. das Letras, 2009 (adaptado). 
 
TEXTO II
 Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, a população livre do Rio de Janeiro se tornou
mais numerosa e diversificada. Os escravos, bem menos numerosos que antes, e com os
africanos mais aculturados, certamente não se distinguiam muito facilmente dos libertos e dos
pretos e pardos livres habitantes da cidade. Também já não é razoável presumir que uma pessoa
de cor seja provavelmente cativa, pois os negros libertos e livres poderiam ser encontrados em
toda parte.
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte.
São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).
 
Sobre o fim da escravidão no Brasil, o elemento destacado no Texto I que complementa os
argumentos apresentados no Texto II é o(a)
variedade das estratégias de resistência dos cativos.
controle jurídico exercido pelos proprietários.
inovação social representada pela lei.
ineficácia prática da libertação.
significado político da Abolição.
TEXTO BASE 1
Leia o texto para responder à questão.
 
 O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República era a maior cidade do país, com mais de
500 mil habitantes. Capital política e administrativa, estava em condições de ser também, pelo
menos em tese, o melhor terreno para o desenvolvimento da cidadania. Desde a independência
e, particularmente, desde o início do Segundo Reinado, quando se deu a consolidação do
governo central e da economia cafeeira na província adjacente, a cidade passou a ser o centro da
vida política nacional. O comportamento político de sua população tinha reflexos imediatos no
resto do país. A Proclamação da República é a melhor demonstração dessa afirmação.
(José Murilo de Carvalho. Os bestializados, 1987.)
(UNESP)
d
a
b
c
e
Questão 6
PARA RESPONDER A QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 1
O texto afirma que a consolidação do Rio de Janeiro como “o centro da vida política nacional”
ocorreu com
a reunião dos órgãos administrativos na capital e o fechamento das assembleias provinciais.
a proclamação da independência política e a implantação do regime republicano no país.
a concentração do poder nas mãos do imperador e a ascensão econômica de São Paulo.
o declínio da economia açucareira nordestina e o início da exploração do ouro nas Minas
Gerais.o crescimento populacional da capital e a democratização política no Segundo Reinado.
(ENEM)
a
b
c
d
e
Questão 7
O número de votantes potenciais em 1872 era de 1 097 698, o que correspondia a 10,8% da
população total. Esse número poderia chegar a 13%, quando separamos os escravos dos demais
indivíduos. Em 1886, cinco anos depois de a Lei Saraiva ter sido aprovada, o número de cidadãos
que poderiam se qualificar eleitores era de 117 022, isto é, 0,8% da população.
CASTELLUCCI, A. A. S. Trabalhadores, máquina política e eleições na Primeira República.
Disponível em: www.ifch.unicamp.br. Acesso em: 28 jul. 2012.
 
A explicação para a alteração envolvendo o número de eleitores no período é a
criação da Justiça Eleitoral.
exigência da alfabetização.
redução da renda nacional.
exclusão do voto feminino.
coibição do voto de cabresto.
06 36217
/
(ENEM)
a
b
c
d
e
(UNESP)
a
b
c
d
e
Questão 8
A tabela contém dados extraídos de A formação do capitalismo dependente no Brasil, 1977, de
Ladislau Dowbor, que se referem ao preço médio de um escravo (sexo masculino) no Vale do
Paraíba.
Indique a alternativa, que pode ser confirmada pelos dados apresentados na tabela.
A comercialização interna de escravos permitiu que os preços se mantivessem altos na
primeira metade do século XIX.
A Lei do Ventre Livre, de 1871, foi a principal responsável pela diminuição no número de
escravos e pela redução dos preços.
A grande imigração, a partir de 1870, aumentou o uso de mão de obra escrava e provocou
redução nos preços.
A proibição do tráfico de escravos, em 1850, provocou sensível aumento nos preços, pois
limitou drasticamente o ingresso de africanos.
A aplicação da tarifa Alves Branco, em 1844, aumentou os impostos de importação, dificultou
o tráfico de escravos e provocou elevação nos preços.
Questão 9
De volta do Paraguai
 
Cheio de glória, coberto de louros, depois de ter derramado seu sangue em defesa da pátria e
libertado um povo da escravidão, o voluntário volta ao seu país natal para ver sua mãe amarrada
a um tronco horrível de realidade!...
AGOSTINI. A vida fluminense, ano 3, n. 128, 11 jun. 1870. In: LEMOS, R. (Org.).
Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro:
Letras & Expressões, 2001 (adaptado).
 
Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de parte dos “Voluntários da Pátria” que
lutaram na Guerra do Paraguai (1864-1870), evidenciada na
negação da cidadania aos familiares cativos.
concessão de alforrias aos militares escravos.
perseguição dos escravistas aos soldados negros.
punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente.
suspensão das indenizações aos proprietários prejudicados.
06 36217
/
(ENEM)
a
b
c
d
e
(ENEM)
a
b
d
e
c
Questão 10
Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o presente Alvará virem: que desejando promover e
adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas e a indústria, sou
servido abolir e revogar toda e qualquer proibição que haja a este respeito no Estado do Brasil.
Alvará de liberdade para as indústrias (1.o de Abril de 1808). In Bonavides, P.; Amaral, R. Textos políticos da História
do Brasil.Vol. 1. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).
O projeto industrializante de D. João, conforme expresso no alvará, não se concretizou. Que
características desse período explicam esse fato?
A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o fechamento das manufaturas
portuguesas.
A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomínio industrial inglês sobre suas redes de
comércio.
A desconfiança da burguesia industrial colonial diante da chegada da família real portuguesa.
O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição dúbia assumida por Portugal no
comércio internacional.
O atraso industrial da colônia provocado pela perda de mercados para as indústrias
portuguesas.
(UNESP)
a
b
c
d
e
Questão 11
No movimento de Independência atuam duas tendências opostas: uma, de origem europeia,
liberal e utópica, que concebe a América espanhola como um todo unitário, assembleia de
nações livres; outra, tradicional, que rompe laços com a Metrópole somente para acelerar o
processo de dispersão do Império.
(Octavio Paz. O labirinto da solidão, 1999. Adaptado.)
 
O texto refere-se às concepções em disputa no processo de Independência da América Latina.
Tendo em vista a situação política das nações latino-americanas no século XIX, é correto concluir
que
os Estados independentes substituíram as rivalidades pela mútua cooperação.
os países libertos formaram regimes constitucionais estáveis.
as antigas metrópoles ibéricas continuavam governando os territórios americanos.
o conteúdo filosófico das independências sobrepôs-se aos interesses oligárquicos.
as classes dirigentes nativas foram herdeiras da antiga ordem colonial.
(UNESP)
a
b
c
d
e
Questão 12
O fechamento da Assembleia Constituinte, por D. Pedro I, em novembro de 1823,
impediu a tentativa de recolonização portuguesa e eliminou a influência política da Igreja
Católica.
isolou politicamente o imperador e determinou o imediato final do Primeiro Reinado brasileiro.
representou a centralização do regime monárquico e provocou reações separatistas.
ampliou a força política dos estados do nordeste e facilitou o avanço dos projetos federalistas.
assegurou o caráter liberal da nova Constituição e aumentou os poderes do judiciário.
Questão 13
Essas imagens de D. Pedro II foram feitas no início dos anos de 1850, pouco mais de uma
década após o Golpe da Maioridade. Considerando o contexto histórico em que foram produzidas
e os elementos simbólicos destacados, essas imagens representavam um
jovem imaturo que agiria de forma irresponsável.
imperador adulto que governaria segundo as leis.
líder guerreiro que comandaria as vitórias militares.
soberano religioso que acataria a autoridade papal.
monarca absolutista que exerceria seu autoritarismo.
(ENEM)
a
b
c
d
e
Questão 14
 Respeitar a diversidade de circunstâncias entre as pequenas sociedades locais que
constituem uma mesma nacionalidade, tal deve ser a regra suprema das leis internas de cada
Estado. As leis municipais seriam as cartas de cada povoação doadas pela assembleia provincial,
alargadas conforme o seu desenvolvimento, alteradas segundo os conselhos da experiência.
Então, administrar-se-ia de perto, governar-se-ia de longe, alvo a que jamais se atingirá de outra
sorte.
BASTOS, T. A província (1870). São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1937 (adaptado).
O discurso do autor, no período do Segundo Reinado no Brasil, tinha como meta a implantação
do
regime monárquico representativo.
sistema educacional democrático.
modelo territorial federalista.
padrão político autoritário.
poder oligárquico regional.
06 36217
/
(ENEM PPL)
a
b
c
d
e
Questão 15
TEXTO I 
Já existe, em nosso país, uma consciência nacional que vai introduzindo o elemento da dignidade
humana em nossa legislação, e para qual a escravidão é uma verdadeira mancha. Essa
consciência resulta da mistura de duas correntes diversas: o arrependimento dos descendentes
de senhores e a afinidade de sofrimento dos herdeiros de escravos. 
NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 12 out. 2011 (adaptado). 
TEXTO II 
Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como verdadeiro estrategista, soube trabalhar nos
bastidores para impulsionar a campanha abolicionista, utilizando com maestria a imprensa de sua
época. Criou repercussão internacional para a causa abolicionista, publicando em jornais
estrangeiros lidos e respeitados pelas elites brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto e a
escravidão se tornou um constrangimento, uma vergonha nacional, caminhando assim para o seu
fim. 
COSTA e SILVA, P. Um abolicionista bom de marketing. Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 27
jan. 2012 (adaptado).
Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema escravista no Brasil ocorreria como resultado
da:
Evolução moral da sociedade.
Vontade política do Imperador.
Atuação isenta da Igreja Católica.
Ineficáciaeconômica do trabalho escravo.
Implantação nacional do movimento republicano.
(ENEM)
a
b
c
d
e
Questão 16
 Art. 1º - O estrangeiro que, por qualquer motivo, comprometer a segurança nacional ou a
tranquilidade pública, pode ser expulso de parte ou de todo o território nacional.
 Art. 2º - São também causas bastantes para a expulsão:
1ª) a condenação ou processo pelos tribunais estrangeiros por crimes ou delitos de natureza
comum;
2ª) duas condenações, pelo menos, pelos tribunais brasileiros, por crimes ou delitos de natureza
comum;
3ª) a vagabundagem, a mendicidade e o lenocínio competentemente verificados.
BRASIL. Lei 1.641, de 7 de janeiro de 1907. Disponível em: www2.camara.leg.br. Acesso em: 29 ago. 2012
(adaptado).
 
No início do século XX, na transição do trabalho escravo para o livre, os objetivos da legislação
citada eram
disciplinar o trabalhador e evitar sua participação em movimentos políticos contrários ao
governo.
estabelecer as condições para a vinda dos imigrantes e definir as regiões que seriam
ocupadas.
demonstrar preocupação com as condições de trabalho e favorecer a organização sindical.
criar condições políticas para a imigração e isolar os imigrantes socialmente indesejáveis.
estimular o trabalho urbano e disciplinar as famílias estrangeiras nas fábricas.
(UNESP)
a
b
c
d
e
Questão 17
A maioridade do príncipe D. Pedro foi antecipada, em 1840, para que ele pudesse assumir o
trono brasileiro. Entre os objetivos do chamado Golpe da Maioridade, podemos citar o esforço de
obter o apoio das oligarquias regionais, insatisfeitas com a centralização política ocorrida
durante o Período Regencial.
ampliar a autonomia das províncias e reduzir a interferência do poder central nas unidades
administrativas.
abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar os efeitos federalistas da Lei Interpretativa do Ato,
editada seis anos depois.
promover ampla reforma constitucional de caráter liberal e democrático no país, reagindo ao
centralismo da Constituição de 1824.
restabelecer a estabilidade política, comprometida durante o Período Regencial, e conter
revoltas de caráter regionalista.
(ENEM PPL)
a
b
c
d
e
Questão 18
É simplesmente espantoso que esses núcleos tão desiguais e tão diferentes se tenham mantido
aglutinados numa só nação. Durante o período colonial, cada um deles teve relação direta com a
metrópole. Ocorreu o extraordinário, fizemos um povo-nação, englobando todas aquelas
províncias ecológicas numa só entidade cívica e política todas aquelas províncias ecológicas
numa só entidade cívica e política. 
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.
Após a conquista da autonomia, a questão primordial do Brasil residia em como garantir sua
unidade político-territorial diante das características e práticas herdadas da colonização.
Relacionando o projeto de independência à construção do Estado nacional brasileiro, a sua
particularidade decorreu da
ordenação de um pacto que reconheceu os direitos políticos aos homens, independentemente
de cor, sexo ou religião.
estruturação de uma sociedade que adotou os privilégios de nascimento como critério de
hierarquização social.
realização de acordos entre as elites regionais, que evitou confrontos armados contrários ao
projeto luso-brasileiro.
concessão da autonomia política regional, que atendeu aos interesses socioeconômicos dos
grandes proprietários.
afirmação de um regime constitucional monárquico, que garantiu a ordem associada à
permanência da escravidão.
06 36217
/
(ENEM PPL)
a
b
c
d
e
Questão 19
Em 1881, a Câmara dos Deputados aprovou uma reforma na lei eleitoral brasileira, a fim de
introduzir o voto direto. A grande novidade, porém, ficou por conta da exigência de que os
eleitores soubessem ler e escrever. As consequências logo se refletiram nas estatísticas. Em
1872, havia mais de 1 milhão de votantes, já em 1886, pouco mais de 100 mil cidadãos
participaram das eleições parlamentares. Houve um corte de quase 90 por cento do eleitorado. 
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
Nas últimas décadas do século XIX, o Império do Brasil passou por transformações como as
descritas, que representaram a
ascensão dos “homens bons”.
restrição dos direitos políticos.
superação dos currais eleitorais.
afirmação do eleitorado monarquista.
ampliação da representação popular.
(UNESP)
a
b
c
d
e
Questão 20
Ao lado do latifúndio, a presença da escravidão freou a constituição de uma sociedade de
classes, não tanto porque o escravo esteja fora das relações de mercado, mas principalmente
porque excluiu delas os homens livres e pobres e deixou incompleto o processo de sua
expropriação.
(Maria Sylvia de Carvalho Franco. Homens livres na ordem escravocrata, 1983.)
Segundo o texto, que analisa a sociedade cafeeira no Vale do Paraíba no século XIX,
a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre assalariado freou a constituição de uma
sociedade de classes durante o período cafeeiro.
o imigrante e as classes médias mantiveram-se fora das relações de mercado existentes na
sociedade cafeeira.
o caráter escravista impediu a participação direta dos homens livres e pobres na economia de
exportação da sociedade cafeeira.
a inexistência de homens livres e pobres na sociedade cafeeira determinou a predominância
do trabalho escravo nos latifúndios.
a ausência de classes na sociedade cafeeira deveu-se prioritariamente ao fato de que o
escravo estava fora das relações de mercado.
(ENEM)
a
b
c
d
e
Questão 21
Substitui-se então uma história crítica, profunda, por uma crônica de detalhes onde o patriotismo
e a bravura dos nossos soldados encobrem a vilania dos motivos que levaram a Inglaterra a
armar brasileiros e argentinos para a destruição da mais gloriosa república que já se viu na
América Latina, a do Paraguai.
CHIAVENATTO, J. J. Genocídio americano: A Guerra do Paraguai. São Paulo: Brasiliense, 1979 (adaptado).
 
O imperialismo inglês, "destruindo o Paraguai, mantém o status quo na América Meridional,
impedindo a ascensão do seu único Estado economicamente livre". Essa teoria conspiratória vai
contra a realidade dos fatos e não tem provas documentais. Contudo essa teoria tem alguma
repercussão.
(DORATIOTO. F. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Cia. das Letras, 2002 (adaptado).
Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra que ambas estão refletindo sobre
a carência de fontes para a pesquisa sobre os reais motivos dessa Guerra.
o caráter positivista das diferentes versões sobre essa Guerra.
o resultado das intervenções britânicas nos cenários de batalha.
a dificuldade de elaborar explicações convincentes sobre os motivos dessa Guerra.
o nível de crueldade das ações do exércitos brasileiros e argentino durante o conflito.
(ENEM)
a
b
c
d
e
Questão 22
 Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da Independência. Nascida em Feira de
Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia
começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos
batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios,
vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros.
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
 
No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é emblemático porque evidencia a
rigidez hierárquica da estrutura social.
inserção feminina nos ofícios militares.
adesão pública dos imigrantes portugueses.
flexibilidade administrativa do governo imperial.
receptividade metropolitana aos ideais emancipatórios.
06 36217
/
(UNESP)
a
b
c
d
e
Questão 23
(...) “Confeitaria do Custódio”. Muita gente certamente lhe não conhecia a casa por outra
designação. Um nome, o próprio nome do dono, não tinha significação política ou figuração
histórica, ódio nem amor, nada que chamasse a atenção dos dois regimes, e conseguintementeque pusesse em perigo os seus pastéis de Santa Clara, menos ainda a vida do proprietário e dos
empregados. Por que é que não adotava esse alvitre? Gastava alguma coisa com a troca de uma
palavra por outra, Custódio em vez de Império, mas as revoluções trazem sempre despesas.
(Machado de Assis. Esaú e Jacó. Obra completa, 1904.)
O fragmento, extraído do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis, narra a desventura de
Custódio, dono de uma confeitaria no Rio de Janeiro, que, às vésperas da proclamação
da República, mandou fazer uma placa com o nome “Confeitaria do Império” e agora temia
desagradar ao novo regime. A ironia com que as dúvidas de Custódio são narradas representa o
desconsolo popular com o fim da monarquia e a queda do imperador, uma personagem
política idolatrada.
respaldo da sociedade com que a proclamação da República contou e que a transformou
numa revolução social.
alheamento de parte da sociedade brasileira diante do conteúdo ideológico da mudança
política.
reconhecimento, pelos cidadãos brasileiros, da ampliação dos direitos de cidadania trazidos
pela República.
impacto profundo da transformação política no cotidiano da população, que imediatamente
apoiou o novo regime.
(ENEM)
a
b
c
d
e
Questão 24
O abolicionista Joaquim Nabuco fez um resumo dos fatores que levaram à abolição da
escravatura com as seguintes palavras: “Cinco ações ou concursos diferentes cooperaram para o
resultado final: 1º-) o espírito daqueles que criavam a opinião pela idéia, pela palavra, pelo
sentimento, e que a faziam valer por meio do Parlamento, dos meetings[reuniões públicas], da
imprensa, do ensino superior, do púlpito, dos tribunais; 2º-) a ação coercitiva dos que se
propunham a destruir materialmente o formidável aparelho da escravidão, arrebatando os
escravos ao poder dos senhores; 3º-) a ação complementar dos próprios proprietários, que, à
medida que o movimento se precipitava, iam libertando em massa as suas ‘fábricas’; 4º-) a ação
política dos estadistas, representando as concessões do governo; 5º-) a ação da família imperial.”
Joaquim Nabuco. Minha formação. São Paulo: Martin Claret, 2005, p. 144 (com adaptações).
Nesse texto, Joaquim Nabuco afirma que a abolição da escravatura foi o resultado de uma luta
de idéias, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários
que libertavam seus escravos, de estadistas e da ação da família imperial.
de classes, associada a ações contra a organização escravista, que foi seguida pela ajuda de
proprietários que substituíam os escravos por assalariados, o que provocou a adesão de
estadistas e, posteriormente, ações republicanas.
partidária, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários
que mudavam seu foco de investimento e da ação da família imperial.
política, associada a ações contra a organização escravista, sabotada por proprietários que
buscavam manter o escravismo, por estadistas e pela ação republicana contra a realeza.
religiosa, associada a ações contra a organização escravista, que fora apoiada por
proprietários que haviam substituído os seus escravos por imigrantes, o que resultou na
adesão de estadistas republicanos na luta contra a realeza.
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Questão 25
Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais:
 
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais
Militares, que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens
Sacras.
IV. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou
empregos. Constituição Política do Império do Brasil (1824).
Disponível em: https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).
A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A
Constituição de 1824 regulamentou o direito de voto dos “cidadãos brasileiros” com o objetivo de
garantir
o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira.
a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres.
a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro.
o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes.
a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas.
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Questão 26
Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: as
diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por melhores
condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos
representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período, ocorreu
também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos "barões do café",
para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro.
O contexto do Período Regencial foi marcado 
por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia.
por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder central.
pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicam melhores condições de vida.
pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão social dos "barões do
café".
pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de velhas
realidades sociais.
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Questão 27
A liderança política do processo de independência das colônias foi decisiva para os rumos que as
novas nações tomaram, pois as elites evitaram que as reivindicações mais radicais fossem
atendidas, marginalizando, assim, política e socialmente, a maioria. A ruptura dos laços coloniais
não significou o surgimento de uma sociedade democrática e autônoma.
A respeito da formação do Estado Nacional na América Latina, é correto associar ao texto acima 
o governo de D. Pedro I no Brasil, que provocou adesões daqueles que queriam mais
garantias constitucionais, o que conferiu ao imperador reconhecimento e apoio da elite
latifundiária.
a unidade administrativa do império português, por haver características comuns entre as
regiões colonizadas e homogeneidade na ocupação.
a falta de líderes para os movimentos nacionalistas contra o domínio português, em oposição
à América Espanhola.
os partidos políticos que se formaram no final do século XVIII e assumiram os controles
político e administrativo dos Estados se ergueram contra os grandes proprietários de terra e
rebanhos.
o ordenamento jurídico-político e as diretrizes econômicas no início do século XIX
beneficiaram os segmentos sociais não proprietários, devido ao incremento na produção
manufatureira.
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Questão 28
Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela sobrevivência. De todo modo, uma guerra
contra dois gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de
base tão estreita. Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse vencer
rapidamente, provavelmente não venceria nunca.
LYNCH, J. As Repúblicas do Prata: da Indepedência à Guerra do Paraguai. BETHELL, Leslie (Org). História da
América Latina: da Independência até 1870, v. III. São Paulo: EDUSP, 2004.
A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes para o Brasil, pois
representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político de primeira ordem.
confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia Platina.
concretizou a emancipação dos escravos negros.
incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico.
solucionou a crise financeira, em razão das indenizações recebidas.
Questão 29
A mudança apresentada na tabela é reflexo de lei Eusébio de Queiróz que, em 1850,
aboliu a escravidão no território brasileiro.
definiu o tráfico de escravos como pirataria.
elevou as taxas para importação de escravos.
libertou os escravos com mais de 60 anos.
garantiu o direito de alforriaaos escravos.
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Questão 30
Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza,
seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro,
armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os
conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” 
 apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com
cacos de garrafas jogadas das janelas.
VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado). 
Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política.
Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela
estímulos ao racismo.
apoio ao xenofobismo.
críticas ao federalismo.
repúdio ao republicanismo.
questionamentos ao autoritarismo.
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Questão 31
A fotografia, datada de 1860, é um indício da cultura escravista no Brasil, ao expressar a
ambiguidade do trabalho doméstico exercido pela ama de leite, desenvolvendo uma relação
de proximidade e subordinação em relação aos senhores. 
integração dos escravos aos valores das classes médias, cultivando a família como pilar da
sociedade imperial. 
melhoria das condições de vida dos escravos observada pela roupa luxuosa, associando o
trabalho doméstico a privilégios para os cativos. 
esfera da vida privada, centralizando a figura feminina para afirmar o trabalho da mulher na
educação letrada dos infantes. 
distinção étnica entre senhores e escravos, demarcando a convivência entre estratos sociais
como meio para superar a mestiçagem. 
(UNESP)
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Questão 32
O fato de ser a única monarquia na América levou os
governantes do Império a apontarem o Brasil como um
solitário no continente, cercado de potenciais inimigos.
Temia-se o surgimento de uma grande república liderada
por Buenos Aires, que poderia vir a ser um centro de atração
sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado
Mato Grosso. Para o Império, a melhor garantia de que a
Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava
no fato de Paraguai e Uruguai serem países independentes,
com governos livres da influência argentina.
(Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.)
Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do Rio da
Prata, durante o Segundo Reinado, era
estimular a participação militar da Argentina na Tríplice Aliança.
limitar a influência argentina e preservar a divisão política na área.
facilitar a penetração e a influência política britânicas na área.
impedir a autonomia política e o desenvolvimento econômico do Paraguai.
integrar a economia brasileira às economias paraguaia e uruguaia.
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Questão 33
 Art. 3o O governo paraguaio se reconhece obrigado à celebração do Tratado da Tríplice
Aliança de 1o de maio de 1865, entendendo-se estabelecido desde já que a navegação do Alto
Paraná e do Rio Paraguai nas águas territoriais da república deste nome fica franqueada aos
navios de guerra e mercantes das nações aliadas, livres de todo e qualquer ônus, e sem que se
possa impedir ou estorvar-se de nenhum modo a liberdade dessa navegação comum.
(“Acordo Preliminar de Paz Celebrado entre Brasil, Argentina e Uruguai com o Paraguai (20 junho 1870)”. In: Paulo
Bonavides e Roberto Amaral (orgs.). Textos políticos da história do Brasil, 2002. Adaptado.)
 
O tratado de paz imposto pelos países vencedores da guerra contra o Paraguai deixa
transparente um dos motivos da participação do Estado brasileiro no conflito:
o domínio de jazidas de ouro e prata descobertas nas províncias centrais.
o esforço em manter os acordos comerciais celebrados pelas metrópoles ibéricas.
a garantia de livre trânsito nas vias de acesso a províncias do interior do país.
o projeto governamental de proteger a nação com fronteiras naturais.
o monopólio governamental do transporte de mercadorias a longa distância.
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(ENEM PPL)
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Questão 34
Poucos países têm uma história eleitoral tão rica quanto a do Brasil. Durante o período colonial, a
população das vilas e cidades elegia os representantes dos Conselhos Municipais. As primeiras
eleições gerais para escolha dos representantes à Corte de Lisboa ocorreram em 1821. Desde
1824, quando aconteceu a primeira eleição pós-independência, foram eleitas 52 legislaturas para
a Câmara dos Deputados. E, somente durante o Estado Novo (1937-1945), as eleições para a
Câmara foram suspensas.
NICOLAU, J. História do voto no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004 (adaptado).
Embora o Brasil tenha um longo histórico de eleições para o Poder Legislativo, em diversas
oportunidades os pleitos ocorreram com sérias restrições ao pleno exercício da cidadania. Um
período da história brasileira com eleições legislativas e uma restrição à cidadania política estão
elencados, respectivamente, em:
I Reinado (1822-1831) – exclusão dos analfabetos.
II Reinado (1840-1889) – exigência de renda.
Primeira República (1889-1930) – exclusão dos escravos.
República Liberal (1945-1964) – exigência de curso superior.
Nova República (após 1985) – exclusão das mulheres.
(ENEM PPL)
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Questão 35
A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais
tarde estaria extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os escravos eram
extremamente baixos e os de mortalidade, elevados. Era necessário melhorar as condições de
vida da escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa outra solução para o problema da
mão de obra.
COSTA, E. V. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010.
Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção do tráfico transatlântico de cativos e
colocou em evidência o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para os cafeicultores
paulistas, a medida que representou uma solução efetiva desse problema foi o (a)
valorização dos trabalhadores nacionais livres.
busca por novas fontes fornecedoras de cativos.
desenvolvimento de uma economia urbano-industrial.
incentivo à imigração europeia.
escravização das populações indígenas.
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Questão 36
A dependência regional maior ou menor da mão de obra escrava teve reflexos políticos
importantes no encaminhamento da extinção da escravatura. Mas apossibilidade e a habilidade
de lograr uma solução alternativa caso típico de São Paulo desempenharam, ao mesmo tempo,
papel relevante.
 
FAUSTO, B. História do Brasil, São Paulo: EDUSP, 2000.
A crise do escravismo expressava a difícil questão em torno da substituição da mão de obra, que
resultou
na constituição de um mercado interno de mão de obra livre, constituído pelos libertos, uma
vez que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a superexploração do trabalho.
no confronto entre a aristocracia tradicional, que defendia a escravidão e os privilégios
políticos, e os cafeicultores, que lutavam pela modernização econômica com a adoção do
trabalho livre.
no “branqueamento” da população, para afastar o predomínio das raças consideradas
inferiores e concretizar a ideia do Brasil como modelo de civilização dos trópicos.
no tráfico interprovinicial dos escravos das áreas decadentes do Nordeste para o Vale do
Paraíba, para a garantia da rentabilidade do café.
na adoção de formas disfarçadas de trabalho compulsório com emprego dos libertos nos
cafezais paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar em outras regiões do país.
(ENEM PPL)
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Questão 37
Decreto-lei 3.509, de 12 de setembro 1865
Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do Exército
por tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento não só do
recrutamento, senão também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é responsável por o
que o substituiu, no caso de deserção.
Arquivo Histórico do Exército. Ordem dodia do Exército, n. 455, 1865 (adaptado). 
No artigo, tem-se um dos mecanismos de formação dos “Voluntários da Pátria”, encaminhados
para lutar na Guerra do Paraguai. Tal prática passou a ocorrer com muita frequência no Brasil
nesse período e indica o(a)
forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bem equipado da América do Sul.
incentivo dos grandes proprietários à participação dos seus filhos no conflito.
solução adotada pelo país para aumentar o contigente de escravos no conflito.
envio de escravos para os conflitos armados, visando sua qualificação para o trabalho
fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de liberdade.
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(UNESP)
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Questão 38
A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi definida, por alguns historiadores, como um momento de
apogeu do Império brasileiro. Outros preferiram considerá-la como uma demonstração de seu
declínio. Tal discordância se justifica porque o conflito sul-americano
estabeleceu pleno domínio militar brasileiro na região do Prata, mas provocou grave crise
financeira no Brasil.
abriu o mercado paraguaio para as manufaturas brasileiras, mas não evitou a entrada no
Paraguai de mercadorias contrabandeadas.
freou o crescimento econômico dos países vizinhos, mas permitiu o aumento da influência
americana na região.
ajudou a profissionalizar e politizar o Exército brasileiro, mas contribuiu na difusão, entre suas
lideranças, do abolicionismo.
fez do imperador brasileiro um líder continental, mas gerou a morte de milhares de soldados
brasileiros.
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Questão 39
 O movimento abolicionista, que levou à libertação dos escravos pela Lei Aurea em 13 de maio
de 1888, foi a primeira campanha de dimensões nacionais com participação popular. Nunca antes
tantos brasileiros se haviam mobilizado de forma tão intensa por uma causa comum, nem mesmo
durante a Guerra do Paraguai. Envolvendo todas as regiões e classes sociais, carregou multidões
a comícios e manifestações públicas e mudou de forma dramática as relações políticas e sociais
que até então vigoravam no país.
GOMES, L. 1889. São Paulo: Globo, 2013 (adaptado).
 
O movimento social citado teve como seu principal veículo de propagação o(a)
imprensa escrita.
oficialato militar.
corte palaciana.
clero católico.
câmara de representantes.
(UNESP)
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Questão 40
É particularmente no Oeste da província de São Paulo – o Oeste de 1840, não o de 1940 – que
os cafezais adquirem seu caráter próprio, emancipando-se das formas de exploração agrária
estereotipadas desde os tempos coloniais no modelo clássico da lavoura canavieira e do
“engenho” de açúcar. A silhueta antiga do senhor de engenho perde aqui alguns dos seus traços
característicos, desprendendo-se mais da terra e da tradição – da rotina rural. A terra de lavoura
deixa então de ser o seu pequeno mundo para se tornar unicamente seu meio de vida, sua fonte
de renda […].
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 1987.)
 
O “caráter próprio” das fazendas de café do Oeste paulista de 1840 pode ser explicado, em parte,
pelo
menor isolamento dessas fazendas em relação aos meios urbanos. 
emprego exclusivo de mão de obra imigrante e assalariada. 
desaparecimento das práticas de mandonismo local. 
maior volume de produção de mantimentos nessas fazendas. 
esforço de produzir prioritariamente para o mercado interno.
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Questão 41
A Revolta dos Malês, ocorrida em 1835 na Bahia, contou com ampla participação popular e
defendeu, entre outras propostas,
a rejeição ao catolicismo e a construção de uma ordem islâmica.
a manutenção da escravidão de africanos e a ampliação da escravização de indígenas.
o retorno de D. Pedro I e o restabelecimento da monarquia absolutista.
a ampliação das relações diplomáticas e comerciais com os países africanos.
o reconhecimento dos direitos e deveres de todo cidadão brasileiro.
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Questão 42
 A expedição que alcançava a foz do Rio Mucuri era liderada por Teófilo Benedito Ottoni (1807-
1869), empresário e político mineiro, que lá pretendia abrir um porto para ligar Minas ao mar. A
localidade de Filadélfia era a materialização desse sonho. O nome escolhido era, ao mesmo
tempo, uma homenagem à cidade símbolo da independência dos Estados Unidos e um manifesto
de adesão a ideais igualitários. Essa filosofia também transparecia na relação com os índios, com
os quais o político mineiro procurou negociar a ocupação do território em troca do respeito ao que
hoje chamaríamos de reserva.
ARAÚJO, V. L. Uma utopia republicana. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 67, abr. 2011 (adaptado).
 
Um elemento que caracterizou, no âmbito da sociedade monárquica, o projeto inovador abordado
no texto foi
introduzir o protestantismo como mecanismo de integração social. 
ampliar a cidadania para integrar os grupos autóctones da região. 
aceitar os aborígenes como mão de obra do empreendimento.
reconhecer os nativos para discutir a forma de ocupação do terreno. 
incorporar a doutrina liberal como fundamento das relações citadinas.
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(ENEM PPL)
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Questão 43
Ó sublime pergaminho
Libertação geral
A princesa chorou ao receber
A rosa de ouro papal
Uma chuva de flores cobriu o salão
E o negro jornalista
De joelhos beijou a sua mão
Uma voz na varanda do paço ecoou:
"Meu Deus, meu Deus
Está extinta a escravidão"
MELODIA, ζ.; RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime Pergaminho. Disponível em http:// www.
letras.terra.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.
O samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma concepção acerca do fim da escravidão ainda viva
em nossa memória, mas que não encontra respaldo nos estudos históricos mais recentes. Nessa
concepção ultrapassada, a abolição é apresentada como
conquista dos trabalhadores urbanos livres, que demandavam a redução da jornada de
trabalho.
concessão do governo, que ofereceu benefícios aos negros, sem consideração pelas lutas de
escravos e abolicionistas.
ruptura na estrutura socioeconômica do país, sendo responsável pela otimização da inclusão
social dos libertos.
fruto de um pacto social, uma vez que agradaria os agentes históricos envolvidos na questão:
fazendeiros, governo e escravos.
forma de inclusão social, uma vez que a abolição possibilitaria a concretização de direitos
civis e sociais para os negros.
(ENEM PPL)
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Questão 44
Os escravos, obviamente, dispunham de poucos recursos políticos, mas não desconheciam o que
se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se das divisões entre estes, selecionaram
temas que lhes interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e emprestaram
significados próprios às reformas operadas no escravismo brasileiro ao longo do século XIX.
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil oitocentista. In: MOTA, C. G.
(Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 1999
Ao longo do século XIX, os negros escravizados contruíram variadas formas para resitir à
escravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se noaproveitamento das
estruturas urbanas como ambiente para escapar do cativeiro.
dimensões territoriais como elemento para facilitar as fugas.
limitações políticas como pressão para o fim do escravismo.
contradições políticas como brecha para a conquista da liberdade.
ideologias originárias como artifício para resgatar as raízes africanas.
(ENEM)
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Questão 45
Em 2008 foram comemorados os 200 anos da mudança da família real portuguesa para o Brasil,
onde foi instalada a sede do reino. Uma sequência de eventos importantes ocorreu no período
1808-1821, durante os 13 anos em que D. João VI e a família real portuguesa permaneceram no
Brasil.
Entre esses eventos, destacam-se os seguintes: 
• Bahia – 1808: Parada do navio que trazia a família real portuguesa para o Brasil, sob a proteção
da marinha britânica, fugindo de um possível ataque de Napoleão.
• Rio de Janeiro – 1808: desembarque da família real portuguesa na cidade onde residiriamdurante sua permanência no Brasil.
• Salvador – 1810: D. João VI assina a carta régia de abertura dos portos ao comércio de todas
as nações amigas, ato antecipadamente negociado com a Inglaterra em troca da escolta dada à
esquadra portuguesa.
• Rio de Janeiro – 1816: D. João VI torna-se rei do Brasil e de Portugal, devido à morte de sua
mãe, D. Maria I.
• Pernambuco – 1817: As tropas de D. João VI sufocam a revolução republicana.
GOMES. L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e
mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora Planeta, 2007 (adaptado)
Uma das consequências desse eventos foi
a decadência do império britânico, em razão do contrabando de produtos ingleses através dos
portos brasileiros.
o fim do comércio de escravos no Brasil, porque a Inglaterra decretara, em 1806, a proibição
do tráfico de escravos em seus domínios.
a conquista da região do rio da Prata em represália à aliança entre a Espanha e a França de
Napoleão.
a abertura de estradas, que permitiu o rompimento do isolamento que vigorava entre as
províncias do país, o que dificultava a comunicação antes de 1808.
e o grande desenvolvimento econômico de Portugal após a vinda de D. João VI para o Brasil,
uma vez que cessaram as despesas de manutenção do rei e de sua família.
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(ENEM PPL)
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Questão 46
É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império a mais remota e insignificante
de suas aldeolas, congrega-se unânime para comemorar o dia que o tirou dentre as nações
dependentes para colocá-lo entre as nações soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que até
então haviam ficado a cargo de um povo estranho.
Gazeta de Notícias, 7 set. 1883.
 
As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário desde os anos
imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822. Essa comemoração está diretamente
relacionada com
a construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade nacional.
o domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se efetivou logo após
1822.
os interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a abolição da
escravidão.
o apoio popular às medidas tomadas pelo governo imperial para a expulsão de estrangeiros
do país.
a consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à transferência
da Corte para o Rio de Janeiro.
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Questão 47
 Art. 90. As nomeações dos deputados e senadores para a Assembleia Geral, e dos membros
dos Conselhos Gerais das províncias, serão feitas por eleições, elegendo a massa dos cidadãos
ativos em assembleias paroquiais, os eleitores de província, e estes, os representantes da nação
e província.
 Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias paroquiais:
 
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais se não compreendem os casados, os oficiais
militares, que forem maiores de vinte e um anos, os bacharéis formados e os clérigos de ordens
sacras.
II. Os filhos de famílias, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se servirem a ofícios
públicos.
III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os guarda-livros, e primeiros caixeiros das
casas de comércio, os criados da Casa Imperial, que não forem de galão branco, e os
administradores das fazendas rurais é fábricas.
IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio,
ou emprego.
BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: www planaho pov.br. Acesso em: 4 abr. 2015 (adaptado).
 
De acordo com os artigos do dispositivo legal apre- sentado, o sistema eleitoral instituído no início
do Império é marcado pelo(a)
representação popular e sigilo individual.
voto indireto e perfil censitário.
liberdade pública e abertura política.
ética partidária e supervisão estatal.
caráter liberal e sistema parlamentar.
(UNESP)
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Questão 48
[...] até a década de 1870, apesar das pressões, os escravos continuavam a ser a mão de obra
fundamental para a lavoura brasileira, sendo que nessa época todos os 643 municípios do
Império [...] ainda continham escravos.
(Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.)
A redução da importância do trabalho escravo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre outros
fatores,
ao aumento das fugas e rebeliões escravas e ao crescimento das correntes migratórias em
direção ao Brasil.
ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do Paraíba em manter escravos e à intensa
propaganda abolicionista direcionada aos próprios escravos.
à firme oposição da Igreja Católica ao escravismo e ao temor de que se repetisse, no Brasil,
uma revolução escrava como a que ocorrera em Cuba.
à pressão inglesa e francesa pelo fim do tráfico e à dificuldade de adaptação do escravo ao
trabalho na lavoura do café.
à diminuição do preço do escravo no mercado interno e à atuação abolicionista da Guarda
Nacional.
(ENEM PPL)
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Questão 49
 Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou a ser possível por meio da compra
com pagamento em dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente impedia, o acesso à terra
para os trabalhadores escravos que conquistavam a liberdade.
OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: ROSS, J. L. 8. Geografia do Brasil. São Paulo:
Edusp, 2009.
 
O fato legal evidenciado no texto acentuou o processo de
reforma agrária.
expansão mercantil.
concentração fundiária.
desruralização da elite.
mecanização da produção.
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Questão 50
É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império a mais reota e insignificante
de suas aldeolas, congrega-se unânime para comemorar o dia que o tirou dentre as nações
dependetes para colocá-lo entre as nações soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que até
então haviam ficado a cargo de um povo estranho.
Gazeta de Notícias, 7 set. 1883.
As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário desde os anos
imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822. Essa comemoração está diretamente
relacionada com
a construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade nacional.
o domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se efetivou logo após
1822.
os interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a abolição da
escravidão.
o apoio popular às medidas tomadas pelo governo imperial para a expulsão de estrangeiros
do país.
a consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à transferência
da Corte para o Rio de Janeiro.
(ENEM PPL)
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Questão 51
Passada a festa da abolição, os ex-escravos procuraram distanciar-se do passado de escravidão,
negando-se a se comportar como antigos cativos. Em diversos engenhos do Nordeste, negaram-
se a receber a ração diária e a trabalhar sem remuneração. Quando decidiram ficar, isso não
significou que concordassem em se submeter às mesmas condições de trabalho do regime
anterior. FRAGA, W.; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira. São Paulo: Moderna, 2009
(adaptado).
Segundo o texto, os primeiros anos após a abolição da escravidão no Brasil tiveram como
característica o(a)
caráter organizativo do movimento negro.
equiparação racial no mercado de trabalho.
busca pelo reconhecimento do exercício da cidanania.
estabelecimento do salário mínimo por projeto legislativo.
entusiasmo com a extinção das péssimas condições de trabalho.
(UNESP)
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Questão 52
O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823,
ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por
Portugal.
ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à
Independência.
à libertação da Província Cisplatina, que se tornou independente e recebeu o nome de
Uruguai.
à pacífica unificação de todas as partes do território nacional, soba liderança do governo
central, no Rio de Janeiro.
à confirmação, pelas Cortes portuguesas e pela Assembleia Constituinte, do poder
constitucional do imperador.
(UNESP)
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Questão 53
Não há dúvida de que os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro representavam
preocupações totalmente distintas. Enquanto os republicanos da capital, ou melhor, os que
assinaram o Manifesto de 1870, refletiam as preocupações de intelectuais e profissionais liberais
urbanos, os paulistas refletiam preocupações de setores cafeicultores de sua província. [...] A
principal preocupação dos paulistas não era o governo representativo ou direitos individuais, mas
simplesmente a federação, isto é, a autonomia estadual.
(José Murilo de Carvalho. A construção da ordem, 1980.) 
As diferenças entre os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro, nas décadas de 1870 e
1880, podem ser explicadas, entre outros fatores,
pelo interesse dos paulistas em reduzir a interferência do governo central nos seus assuntos
econômicos e em concentrar, na própria província, a maior parte dos recursos obtidos com
exportação
pela disposição dos intelectuais da capital de assumir o controle pleno da administração
política nacional e de eliminar a hegemonia econômica dos cafeicultores e comerciantes de
São Paulo.
pela ausência de projetos políticos nacionais comuns aos representantes de São Paulo e do
Rio de Janeiro e pela defesa pragmática dos interesses econômicos das respectivas
províncias.
pelo esforço dos paulistas em eliminar as disparidades regionais e em aprofundar a unidade
do país em torno de um projeto de desenvolvimento econômico nacional.
pela presença dos principais teóricos ingleses e franceses do liberalismo no Rio de Janeiro e
por sua influência junto à intelectualidade local e ao governo monárquico.
(UNESP)
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Questão 54
A escravatura, que realmente tantos males acarreta para a civilização e para a moral, criou no
espírito dos brasileiros este caráter de independência e soberania, que o observador descobre no
homem livre, seja qual for o seu estado, profissão ou fortuna. Quando ele percebe desprezo, ou
ultraje da parte de um rico ou poderoso, desenvolve- se imediatamente o sentimento de
igualdade; e se ele não profere, concebe ao menos, no momento, este grande argumento: não
sou escravo. Eis aqui no nosso modo de pensar, a primeira causa da tranquilidade de que goza o
Brasil: o sentimento de igualdade profundamente arraigado no coração dos brasileiros.
(Padre Diogo Antônio Feijó apud Miriam Dolhnikoff. O pacto imperial, 2005.)
O texto, publicado em 1834 pelo Padre Diogo Antônio Feijó,
parece rejeitar a escravidão, mas identifica efeitos positivos que ela teria provocado entre os
brasileiros.
caracteriza a escravidão como uma vergonha para todos os brasileiros e defende a completa
igualdade entre brancos e negros.
defende a escravidão, pois a considera essencial para a manutenção da estrutura fundiária.
revela as ambiguidades do pensamento conservador brasileiro, pois critica a escravidão, mas
enfatiza a importância comercial do tráfico escravagista.
repudia a escravidão e argumenta que sua manutenção demonstra o desrespeito brasileiro
aos princípios da igualdade e da fraternidade.
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Questão 55
 Nas décadas de 1860 e 1870, as escolas criadas ou recriadas, em geral, previam a presença de
meninas, mas se atrapalhavam na hora de colocar a ideia em prática. Na província do Rio de
Janeiro, várias tentativas foram feitas e todas malsucedidas: colocar rapazes e moças em dias
alternados e, em 1874, em prédios separados. Para complicar, na Assembleia, um grupo de
deputados se manifestava contrário ao desperdício de verbas para uma instituição
“desnecessária”, e a sociedade reagia contra a ideia de coeducação.
VILLELA, H. O. S. O mestre-escola e a professora. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. (Org.).
500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2003 (adaptado).
 
As dificuldades retratadas estavam associadas ao seguinte aspecto daquele contexto histórico:
Formação enciclopédica dos currículos.
Restrição do papel da mulher à esfera privada.
Precariedade de recursos na educação formal.
Vinculação da mão de obra feminina às áreas rurais.
Oferta reduzida de profissionais do magistério público.
(ENEM)
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Questão 56
 Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou a ser possível por meio da compra
com pagamento em dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente impedia, o acesso à terra
para os trabalhadores escravos que conquistavam a liberdade.
OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes. ln: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo:
Edusp, 2009.
O fato legal evidenciado no texto acentuou o processo de 
reforma agrária. 
expansão mercantil. 
concentração fundiária. 
desruralização da elite. 
mecanização da produção.
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Questão 57
Enquanto as rebeliões agitavam o país, as tendências políticas no centro dirigente iam se
definindo. Apareciam em germe os dois grandes partidos imperiais — o Conservador e o Liberal.
Os conservadores reuniam magistrados, burocratas, uma parte dos proprietários rurais,
especialmente do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os
quais muitos portugueses. Os liberais agrupavam a pequena classe média urbana, alguns padres
e proprietários rurais de áreas menos tradicionais, sobretudo de São Paulo, Minas e Rio Grande
do Sul. 
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.
 
No texto, o autor compara a composição das forças políticas que atuaram no Segundo Reinado
(1840-1889). Dois aspectos que caracterizam os partidos Conservador e Liberal estão indicados,
respectivamente, em:
Abolição da escravidão — Adoção do trabalho assalariado.
Difusão da industrialização — Conservação do latifúndio monocultor.
Promoção do protecionismo — Remoção das barreiras alfandegárias.
Preservação do unitarismo — Ampliação da descentralização provincial.
Implementação do republicanismo — Constituição da monarquia constitucional.
(ENEM PPL)
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Questão 58
Escrevendo em jornais, entrando para a política, fugindo para quilombos, montando pecúlios para
comprar alforrias... Os negros brasileiros não esperaram passivamente pela libertação. Em vez
disso, lutaram em diversas frentes contra a escravidão, a ponto de conseguir que, à época em
que a Lei Áurea foi assinada, apenas uma pequena minoria continuasse formalmente a ser
propriedade. Antes da Lei Áurea. Liberdade Conquistada. Revista Nossa História. Ano 2, nº 19. São Paulo: Vera
Cruz, 2005.
No que diz respeito à Abolição, o texto apresenta uma análise historiográfica realizada nas
últimas décadas por historiadores, brasileiros e brasilianistas, que se diferencia das análises mais
tradicionais. Essa análise recente apresenta a extinção do regime escravista, em grande parte,
como resultado
da ação benevolente da Princesa Isabel, que, assessorada por intelectuais e políticos negros,
tomou a abolição como uma causa pessoal.
da ação da imprensa engajada que, controlada por intelectuais brancos sensíveis à causa da
liberdade, levantou a bandeira abolicionista.
das necessidades do capitalismo inglês de substituir o trabalho escravo pelo assalariado,
visando ampliar o mercado consumidor no Brasil.
da luta dos próprios negros, escravos ou libertos, que empreenderam um conjunto de ações
que tornaram o regime escravista incapaz de se sustentar.
do espírito humanitário de uma moderna camada proprietária que, influenciada pelo
liberalismo, tomou atitudes individuais, libertando seus escravos.
Questão 59
Considerando a linha do tempo acima e o processo de abolição da escravatura no Brasil, assinale
a opção correta.
O processo abolicionista foi rápido porque recebeu a adesão de todas as correntes políticas
do país.
O primeiro passo para a abolição da escravatura foi a proibição do uso dos serviços das
crianças nascidas em cativeiro.
Antes que a compra de escravosno exterior fosse proibida, decidiu-se pela libertação dos
cativos mais velhos.
Assinada pela princesa Isabel, a Lei Áurea concluiu o processo abolicionista, tornando ilegal a
escravidão no Brasil.
Ao abolir o tráfico negreiro, a Lei Eusébio de Queirós bloqueou a formulação de novas leis
antiescravidão no Brasil.
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Questão 60
Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu
substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta
província extrema [...] não toleramos imposições humilhantes, nem insultos de qualquer espécie.
[...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata. Merece, pois,
maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo despotismo. Exigimos
que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que olhe pelos nossos
interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos do centro e com a
espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade.
(Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra Jatahy Pesavento. A Revolução
Farroupilha, 1986.)
Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar
o desejo rio-grandense de maior autonomia política e econômica da província frente ao poder
imperial, sediado no Rio de Janeiro.
a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a concorrer com os
gaúchos pelo controle do mercado interno do charque.
a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava constante
ameaça de invasão espanhola e platina.
a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do charque
estrangeiro e garantindo os baixos preços dos produtos locais.
a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e a
decorrente redução da produção agrícola no Sul do Brasil.
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Questão 61
Código Penal dos Estados Unidos do Brasil, 1890
Dos crimes contra a saúde pública
 
 Art. 156. Exercer a medicina em qualquer dos seus ramos, a arte dentária ou a farmácia; praticar
a homeopatia, a dosimetria, o hipnotismo ou magnetismo animal, sem estar habilitado segundo as
leis e regulamentos.
 Art. 158. Ministrar, ou simplesmente prescrever, como meio curativo para uso interno ou externo,
e sob qualquer forma preparada, substância de qualquer dos reinos da natureza, fazendo, ou
exercendo assim, o ofício deno - minado curandeiro.
Disponível em: http//legis.senado.gov.br. Acesso em: 21 dez. 2014 (adaptado).
No início da Primeira República, a legislação penal vigente evidenciava o(a)
negligência das religiões cristãs sobre as moléstias.
desconhecimento das origens das crenças tradicionais.
preferência da população pelos tratamentos alopáticos.
abandono pela comunidade das práticas terapêuticas de magia.
condenação pela ciência dos conhecimentos populares de cura.
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Questão 62
Eleições, no Império, eram um acontecimento muito especial. Nesses dias o mais modesto
cidadão vestia sua melhor roupa, ou a menos surrada, e exibia até sapatos, peças do vestuário
tão valorizadas entre aqueles que pouco tinham. Em contraste com essa maioria, vestimentas de
gala de autoridades civis, militares e eclesiásticas ― tudo do bom e do melhor compunha a
indumentária de quem era mais que um cidadão qualquer e queria exibir em público essa sua
privilegiada condição. 
CAVANI, S. Às urnas, cidadãos! In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 3, nº 26, nov. 2007.
No Brasil do século XIX, a noção de cidadania estava vinculada à participação nos processos
eleitorais. As eleições revelavam um tipo de cidadania carente da igualdade jurídica defendida
nesse mesmo período por muitos movimentos europeus herdeiros do Iluminismo devido à
exclusão dos analfabetos, que impedia a maioria da população de participar das eleições.
raridade das eleições, que criava apenas a ilusão de participação entre os cidadãos.
vigência da Constituição do Império, que definia como cidadãos apenas aqueles que eram
eleitos.
presença do Poder Moderador, que significava, na prática, a inutilidade das eleições
legislativas.
existência do voto censitário, que reafirmava as hierarquias sociais.
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Questão 63
No século XIX a música brasileira teve sua maior expressão na obra de Antonio Carlos Gomes,
aclamado uma personalidade musical da corte de dom Pedro II. A estreia de sua ópera “O
Guarani” em 1870 nos teatros de Milão e do Rio de Janeiro trouxe-lhe reconhecimento
internacional. A ópera inspira- se no romance indianista O Guarani, de José de Alencar, publicado
em 1857, que narra um triângulo amoroso entre a jovem Cecília, o índio Pery e o português dom
Álvaro.
(Coleção Folha grandes óperas. Carlos Gomes, vol. 07, 2011. Adaptado.)
Assinale a alternativa que se refere corretamente a fatos ocorridos na história do Brasil no
período que se estende de 1850 a 1870.
A colonização do Brasil ultrapassou os limites geográficos da linha de Tordesilhas,
provocando conflitos permanentes entre as metrópoles portuguesa e espanhola.
A incorporação do território do Acre pelo Estado brasileiro promoveu um desenvolvimento
econômico na região da bacia do rio Amazonas.
O fim do tráfico de escravos da África para o Brasil aumentou o investimento de capital inglês
que serviu para fomentar a modernização e o crescimento urbano do Rio de Janeiro.
Com a proibição do tráfico de escravos, o governo imperial adotou uma série de medidas para
facilitar o acesso da população brasileira à propriedade da terra.
Em São Paulo, a produção do café continuou restrita à faixa litorânea e ao vale do rio
Paraíba, regiões favorecidas pela fertilidade da terra roxa.
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Questão 64
 Com seu manto real em verde e amarelo, as cores da casa dos Habsburgo e Bragança, mas
que lembravam também os tons da natureza do “Novo Mundo”, cravejado de estrelas
representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente com o cabeção de penas de papo de tucano em
volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador do Brasil. O monarca jamais foi tão tropical.
Entre muitos ramos de café e tabaco, coroado como um César em meio a coqueiros e paineiras,
D. Pedro transformava-se em sinônimo da nacionalidade.
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998
(adaptado).
 
No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira recorreu ao simbolismo de determinadas figuras e
alegorias. A análise da imagem e do texto revela que o objetivo de tal estratégia era
exaltar o modelo absolutista e despótico.
valorizar a mestiçagem africana e nativa.
reduzir a participação democrática e popular.
mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano.
obscurecer a origem portuguesa e colonizadora.

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