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Composição corporal e avaliação antropométrica no adulto e no idoso saudáveis Prof. Izael de Sousa Costa Objetivo de Aprendizagem Conhecer cálculos antropométricos para diagnóstico nutricional; Executar cálculos nutricionais; Avaliar estado nutricional. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL Avaliação do Estado Nutricional Anamnese Avaliação do consumo alimentar Avaliação antropométrica Exame físico Avaliação bioquímica/ laboratorial ANTROPOMETRIA • Método largamente empregado, de forma que ajuda a avaliar o estado nutricional dos adultos e idosos; • Permite distinguir categorias de obesidade, predizer os níveis de gordura corporal e estimar o risco relativo de enfermidades; • Pode dar significados errôneos na ausência de técnica correta, instrumentos inadequados ou quando não se consideram os erros do examinador. • Principais medidas utilizadas: peso, estatura, dobras cutâneas e os perímetros. Antropometria na fase adulta 1. Avaliação da adiposidade total (IMC) 2. Avaliação do padrão de distribuição da gordura corporal (Relação cintura/quadril, perímetro do abdômen ou cintura); 3. Indicadores de adiposidade subcutânea (Perímetro do braço, DCT, DCSE, AGB, Ʃ4DOBRAS); 4. Indicadores de reserva muscular (PMB, AMBc) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 1. Avaliação da adiposidade total (IMC) 2. Avaliação do padrão de distribuição da gordura corporal (Relação cintura/quadril, perímetro do abdômen ou cintura); 3. Indicadores de adiposidade subcutânea (Circunferência do braço, DCT, DCSE, AGB, Ʃ4DOBRAS); 4. Indicadores de reserva muscular (PMB, AMBc) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 1. ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) ou Índice de Quetelet – Índice mais utilizado para avaliar gordura total; – Pode ser marcador de risco para morbidades – PREDIZER ADIPOSIDADE (WHO, 2000) – Não fornece informações sobre distribuição de gordura corporal, nem perdas de massa magra ou gorda; – Não distingue aumento de gordura ou músculo; – Interpretação criteriosa: atletas ou indivíduos musculosos IMC (kg/m²) = peso/estatura² INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA Classificação do estado nutricional de adultos segundo IMC (WHO, 2000) IMC (Kg/ m²) CLASSIFICAÇÃO RISCO DE DOENÇAS CRÔNICAS < 18,5 Baixo Peso BAIXO RISCO 18,5 – 24,9 Eutrofia SEM RISCO > 25 Sobrepeso RISCO 25-29,9 Pré-obesidade RISCO AUMENTADO 30-34,9 Obesidade classe I MODERADO 35-39,9 Obesidade classe II SEVERO > 40 Obesidade Classe III MUITO SEVERO WHO Technical Report Series 894. Obesity: preventing and managing the global epidemic. World Organization Health, Geneve, 2000, 251p. 1. Avaliação da adiposidade total (IMC) 2. Avaliação do padrão de distribuição da gordura corporal (Relação cintura/quadril, perímetro do abdômen ou cintura); 3. Indicadores de adiposidade subcutânea (Circunferência do braço, DCT, DCSE, AGB, Ʃ4DOBRAS); 4. Indicadores de reserva muscular (PMB, AMBc) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 2 . AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL • Forma pela qual a gordura está distribuída pelo corpo é mais importante na determinação do risco para doenças do que a gordura corporal total. • Ideais para discriminar o risco coronariano • Obesidade andróide (região abdominal) está ligada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 2 . AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA ROSA; PALMA (2008) Tipo androide (maçã): acumula gordura na região abdominal tanto entre os órgãos quanto no tecido subcutâneo, também conhecido como obesidade central ou visceral, associado ao risco de doenças crônicas. Tipo ginóide (pêra): Acumula gordura na região glúteo-femoral (glúteos, nádegas e pernas), também conhecida como de obesidade de membros inferiores ou periférica. 2 . AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL Esclarecendo alguns conceitos.... Padronização para medidas da circunferência/perímetro da cintura INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA Locais anatômicos das medidas Comentários Imediatamente abaixo da última costela Anthropometric No menor diâmetro abdominal Standardization Reference Manual Ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca WHO Imediatamente acima da crista ilíaca NHANES III Fonte: Adaptado de Wang et al, Lohaman, Lean et al, Thr practical guide ROSA; PALMA (2008) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 2.1 Razão cintura\quadril • Objetiva obter indicativo de risco cardiovascular decorrente da quantidade e distribuição da gordura corporal; • É empregada para caracterizar se a Gordura Corporal é reunida na região central (andróide); • Predição das doenças metabólicas crônicas; • Medida simples e de baixo custo para avaliação individual ou de grupo; • O perímetro abdominal tem sido mais associado a gordura abdominal; • Cintura = é a abdominal • Não é tão utilizado, sofre influência da distribuição de gordura corporal. 2 . AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL • Índice Bray Gray (1998) • Razão cintura/quadril = Circunferência da cintura (cm) Circunferência do quadril (cm) CLASSIFICAÇÃO DE RCQ (WHO, 2000) HOMENS: >1,0 obesidade andróide e risco aumentado para DCV MULHERES: > 0,85 INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 2.2 Perímetro abdominal • Medida no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca; • Avalia adiposidade central e sua associação com DCNT • Recomendado: independente da altura, correlaciona-se com o IMC e prediz melhor o tecido adiposo visceral; • OMS (1998): recomenda cautela em virtude da necessidade de mais estudos que verifiquem a variabilidade dos pontos de corte em diferentes populações. INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 2 . AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA RISCO Sexo Elevado Muito Elevado Masculino 94 cm 102 cm Feminino 80 cm 88 cm Fonte: WHO, 2000. Sexo RISCO elevado Masculino ≥ 90 cm Feminino ≥ 80 cm - Perímetro ABDOMINAL: ponto médio - Circunferência da CINTURA: ponto médio Fonte: IDF (Consenso da Federação de Diabetes), 2007. Lembrar que não existe ninguém SEM RISCO. Caso os valores estejam abaixo do que os anteriormente citados, o indivíduo tem baixo risco de complicações metabólicas associadas à obesidade central. INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 2 . AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL 2.2 Perímetro abdominal 1. Avaliação da adiposidade total (IMC) 2. Avaliação do padrão de distribuição da gordura corporal (Relação cintura/quadril, perímetro do abdômen ou cintura); 3. Indicadores de adiposidade subcutânea (Perímetro do braço, DCT, DCSE, AGB, Ʃ4DOBRAS); 4. Indicadores de reserva muscular (PMB, AMBc) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 3.1 Perímetro do braço (PB) • Representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseos, muscular e gorduroso do braço. • Pode ser utilizada como indicador isolado de magreza ou adiposidade local quando se compara com valores de referência do NHANES I (National Health and Nutrition Examination Survey). • Também pode avaliar reserva do tecido muscular quando associado com as dobras. • Limitações: considera parte óssea, variabilidade na medida, exige observador treinado. • O RESULTADO OBTIDO É COMPARADO A VALORES DE REFERÊNCIA DE FRISANCHO. FRISANCHO (1990) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 3. INDICADORES DE ADIPOSIDADE SUBCUTÂNEA PERÍMETRO BRAQUIAL PERÍMETROBRAQUIAL 3.1 Perímetro do braço (PB) • Classificação • Classificação Frisancho (1990) para o PB: PERCENTIL CLASSIFICAÇÃO < P5 Perímetro reduzido P5 – P15 Risco de perímetro reduzido P15,1 – P85 Normal > P85 Perímetro aumentado RIBEIRO, S.M.; MELO, C.M. Avaliação de Adultos. In: TIRAPEGUI, J.; RIBEIRO, S.M.L. Avaliação Nutricional: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2009. 235P. INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 3. INDICADORES DE ADIPOSIDADE SUBCUTÂNEA • Através das Dobras cutâneas • Grande proporção de gordura localiza-se no tecido subcutâneo → indicador de gordura localizada • Realizada em várias regiões → localização não uniforme • Vantagens: estimativas e distribuição da gordura corporal (Guedes, 2009) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 3. INDICADORES DE ADIPOSIDADE SUBCUTÂNEA • Variações da espessura da gordura: • Mulheres maior depósito intramuscular, intermuscular e nos órgão internos • Muda com a idade, no mesmo sexo • Espessura da pele • Compressibilidade do tecido adiposo • Hidratação • Pode ser verificado a partir: • Equações específicas e generalizadas • Medidas isoladas de dobras cutâneas (Ex. triciptal e subscapular) • Combinação de dobras e perímetros de região específica ( Guedes, 2009; Rosa; Palma, 2008) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 3. INDICADORES DE ADIPOSIDADE SUBCUTÂNEA Dobras cutâneas: usando medidas isoladas para avaliação da composição corporal 3.2 Dobra Cutânea Tricipital (DCT) e Dobra Cutânea Subscapular (DCSE) • DCT -Mais utilizada para determinação das relações entre gordura e massa magra – padrão de referência NHANES I – FRISANCHO • Avalia gordura corporal - adiposidade ( Guedes, 2009; Rosa; Palma, 2008) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 3. INDICADORES DE ADIPOSIDADE SUBCUTÂNEA DOBRA CUTÂNEA TRICIPTAL Faixa etária HOMENS MULHERES P5 P15 P50 P75 P85 P95 P5 P15 P50 P75 P85 P95 18,0 – 24,9 4,0 5,5 10,0 14,5 17,5 23,5 9,0 12,0 18,5 24,5 28,5 36,0 25,0 – 29,9 4,0 6,0 11,0 15,5 19,0 25,0 10,0 13,0 20,0 26,5 31,0 38,0 30,0 – 34,9 4,5 6,5 12,0 16,5 20,0 25,0 10,5 15,0 22,5 29,5 33,0 41,5 35,0 – 39,9 4,5 7,0 12,0 16,0 18,5 24,5 11,0 15,5 23,5 30,0 35,0 41,0 40,0 – 44,9 5,0 6,9 12,0 16,0 19,0 26,0 12,0 16,0 24,5 30,5 35,0 41,0 45,0 – 49,9 5,0 7,0 12,0 16,0 19,0 25,0 12,0 16,5 25,5 32,0 35,5 42,5 50,0 – 54,9 5,0 7,0 11,5 15,0 18,5 25,0 12,0 17,5 25,5 32,0 36,0 42,0 55,0 – 59,9 5,0 6,5 11,5 15,0 18,0 25,0 12,0 17,0 26,0 32,0 36,0 42,5 60,0 – 64,9 5,0 7,0 11,5 15,5 18,5 24,0 12,5 17,5 26,0 32,0 35,5 42,5 65,0 – 69,9 4,5 6,5 11,0 15,0 18,0 23,5 12,0 16,0 25,0 30,0 33,5 40,0 70,0 – 74,9 4,5 6,5 11,0 15,0 17,0 23,0 11,0 15,5 24,0 29,5 32,0 38,5 Frisancho, 1990 DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR Faixa etária HOMENS MULHERES P5 P15 P50 P75 P85 P95 P5 P15 P50 P75 P85 P95 18,0 – 24,9 6,0 7,0 11,0 16,0 20,0 30,0 6,5 8,0 13,0 20,0 25,5 36,0 25,0 – 29,9 7,0 8,0 13,0 20,0 24,5 31,0 6,5 8,0 14,0 23,0 29,0 38,5 30,0 – 34,9 7,0 9,0 15,5 22,0 25,5 33,0 6,5 8,5 16,0 26,5 32,5 43,0 35,0 – 39,9 7,0 9,5 16,0 22,5 25,5 33,0 7,0 9,0 18,0 28,5 34,0 43,0 40,0 – 44,9 7,0 9,0 16,0 22,0 25,5 33,0 6,5 9,0 19,0 28,5 34,0 42,0 45,0 – 49,9 7,0 9,5 17,0 23,5 27,0 34,5 7,0 10,0 20,0 29,5 34,0 43,5 50,0 – 54,9 7,0 9,0 16,0 22,5 26,5 34,0 7,0 11,0 21,9 30,0 35,0 43,5 55,0 – 59,9 6,5 9,5 16,5 23,0 26,0 32,0 7,0 11,0 22,0 31,0 35,0 45,0 60,0 – 64,9 7,0 10,0 17,0 23,0 26,0 34,0 7,5 11,0 21,5 30,5 35,0 43,0 65,0 – 69,9 6,0 8,5 15,0 21,5 25,0 32,5 7,0 10,0 20,0 28,0 33,0 28,0 70,0 – 74,9 6,5 8,0 15,0 21,0 25,0 31,0 6,5 10,0 19,5 27,0 32,0 38,5 Frisancho, 1990 SOMA DA DCT E DCSE (18 A 60 ANOS) Faixa etária P5 P15 P75 P85 SEXO MASCULINO 18,0 – 24,9 11,0 13,5 30,0 37,0 25,0 – 29,9 11,5 14,0 35,0 41,0 30,0 – 34,9 12,0 16,5 38,0 44,0 35,0 – 39,9 12,0 16,5 37,0 42,4 40,0 – 44,9 13,0 16,5 37,0 42,5 45,0 – 49,9 12,5 17,5 39,0 44,0 50,0 – 54,9 13,0 17,0 37,5 43,0 55,0 – 59,9 12,0 17,0 37,0 43,0 SEXO FEMININO 18,0 – 24,9 16,7 21,0 44,0 52,0 25,0 – 29,9 17,5 22,0 48,5 58,0 30,0 – 34,9 18,0 24,5 55,0 64,0 35,0 – 39,9 19,0 25,5 57,5 66,0 40,0 – 44,9 20,0 27,0 58,0 67,0 45,0 – 49,9 21,0 27,5 59,5 69,0 50,0 – 54,9 21,0 30,0 61,0 70,0 55,0 – 59,9 21,0 29,0 62,0 69,5 DOBRA CUTÂNEA ÚNICA • Classificação da DCT e DCSE: Frisancho, 1990 PERCENTIL ESTADO DE GORDURA Categoria I 0,0 a 5,0 Magro Categoria II 5,1 a 15,0 Abaixo da média Categoria III 15,1 a 75,0 Média Categoria IV 75,1 a 85,0 Acima de média Categoria V 85,1 a 100,0 Gordura excessiva 3.3 Área de gordura do braço (AGB) • Utilizada para avaliar adiposidade, assim como a DCT com correção da área muscular. • Ótimo indicador antropométrico para avaliar adiposidade subcutânea ( Guedes, 2009; Rosa; Palma, 2008) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA AGB (cm²) = [PB(cm)]² - [PB(cm) – (π x DCT(cm))]² 4π 4π 3. INDICADORES DE ADIPOSIDADE SUBCUTÂNEA ∏ = 3,14 DCT é aferido em mm, porém na fórmula é em cm. Dividir por 10 ÁREA GORDUROSA DO BRAÇO ÁREA GORDUROSA DO BRAÇO • Área gordurosa do braço (AGB): Classificação Frisancho, 1990 PERCENTIL ESTADO DE GORDURA Categoria I 0,0 a 5,0 Magro Categoria II 5,1 a 15,0 Abaixo da média Categoria III 15,1 a 75,0 Média Categoria IV 75,1 a 85,0 Acima de média Categoria V 85,1 a 100,0 Gordura excessiva INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 3. INDICADORES DE ADIPOSIDADE SUBCUTÂNEA 3.4 Densidade Corporal (DC) e Percentual de Gordura Corporal por meio das Dobras Cutâneas • Primeiro encontra a Densidade Corporal na fórmula, após faz outra equação, para encontrar o %GC. ( Guedes, 2009; Rosa; Palma, 2008) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 3. INDICADORES DE ADIPOSIDADE SUBCUTÂNEA %GC = (4,95) – 4,5 x 100 DC (Siri, 1956) %GC = (4,570) – 4,142 x 100 DC (Brozek, 1963) • Equações mais usadas no Brasil para predição de DC com em dobras cutâneas: • Durnin & Womersley (1974) • Faulkner (1968) • Guedes (1985) • Jackson & Pollock (1978) • Jackson, Pollock, Ward (1980) • Petroski (1995) Cada equação foi gerada com base em diferentes dobras cutâneas e populações INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 3. INDICADORES DE ADIPOSIDADE SUBCUTÂNEA • Densidade corporal (DC) segundo idade e gênero Faixa Etária Homens Mulheres 17-19 anos DC = 1,1620 - 0,0630 x (log ) DC = 1,1549-0,0678 x (log ) 20-29 anos DC = 1,1631 - 0,0632 x (log ) DC = 1,1599-0,0717 x (log ) 30-39 anos DC = 1,1422 - 0,0544 x (log ) DC = 1,1423-0,0632 x (log ) 40- 49 anos DC = 1,1620 - 0,0700 x (log ) DC = 1,1333-0,0612 x (log ) 50 anos DC = 1,1715 - 0,0779 x (log ) DC = 1,1339-0,0645 x (log ) Fonte: Durnin; Womersley (1974). GORDURA CORPORAL TOTAL POR MÚLTIPLAS DOBRAS • Exemplo: Durnin & Womersley, 1974: • Homem, 42 anos, DCT = 8,8 mm, DCB = 5 mm, DCSE = 18 mm, DCSI = 20 mm DC = 1,1620 – 0,0700 Log10 (DCT+DCB+DCSI+DCSE) DC = 1,1620 – (0,0700 x 1,7) = 1,043 51,8 mm Log10 (51,8) = 1,7 Também podemos estimar o %CG segundo Durnin e Womersley (1974) usando somente o valor absoluto do SOMATÓRIO das 4 dobras: Tabela simplificada, segundo sexo e faixa etária. %GC = (4,95) – 4,5 x 100 DC %GC = 24,59% Soma das 4 dobras • DCT + subescapular + supra ilíaca + bicipital • Compara com valores de referência para se encontrar o % de gordura, de acordo com gênero e faixa etária. CLASSIFICAÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA CONFORME GÊNERO Lohman e colaboradores, 1992. 1. Avaliação da adiposidade total (IMC) 2. Avaliação do padrão de distribuição da gordura corporal (Relação cintura/quadril, perímetro do abdômen ou cintura); 3. Indicadores de adiposidade subcutânea (Perímetro do braço, DCT, , DCSE, AGB, Ʃ4DOBRAS); 4. Indicadores de reserva muscular (PMB, AMBc) INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA4.1 Perímetro/Área muscular do braço (PMB) • É a medida do compartimento protéico; • Avalia reserva de tecido muscular, sem correção da área óssea. INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA PMB (cm) = PB (cm) - π x [DCT (mm) /10] Frisancho, 1974 4. INDICADORES DE RESERVA MUSCULAR RIBEIRO, S.M.; MELO, C.M. Avaliação de Adultos. In: TIRAPEGUI, J.; RIBEIRO, S.M.L. Avaliação Nutricional: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2009. 235P. PERÍMETRO/ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO (PMB) PERÍMETRO/ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO (PMB) • 4.1 Perímetro/Área muscular do braço (PMB) • Classificação • Classificação Frisancho (1990) para o estado muscular: Percentil Classificação < p5 Déficit de massa magra p5 - p10 Baixa massa magra p10 - p90 Eutrofia >p90 Obesidade ou musculatura desenvolvida INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 4. INDICADORES DE RESERVA MUSCULAR 4.2 Área muscular do braço corrigida (AMBc) • Avalia reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea • Reflete a verdadeira magnitude das mudanças do tecido muscular (NACIF; VIEBIG, 2007). INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA Homens AMBc (cm²) = [PB (cm) – π x DCT (mm)/10]² - 10 4π Mulheres AMBc (cm²) = [PB (cm) – π x DCT (mm)/10]² - 6,5 4π 4. INDICADORES DE RESERVA MUSCULAR ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA • Valores de referência para classificação da AMBc (cm²). Fonte: Frisancho (1990) Percentil Classificação <p5 Desnutrição grava P5,1 - p15 Desnutrição moderada ou leve >p15 Eutrofia INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL PRECONIZADOS NA FASE ADULTA 4. INDICADORES DE RESERVA MUSCULAR ANTROPOMETRIA EM IDOSOS SAUDÁVEIS AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO • Fatores interferentes: • Encurtamento das vértebras; • Perda muscular → Flacidez da pele, interferindo na mensuração de dobras cutâneas; • Maior compressão entre as camadas de gordura e muscular que podem subestimar a gordura corporal; • Mudança dos fluidos corporais como no edema, ascite, perda de peso e flacidez da pele. Acuña K, Cruz T. Avaliação do estado nutricional de adultos e idosos e situação nutricional da população brasileira. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. 2004 jun;48(3):345-61. Sampaio HAC, Melo MLP, Almeida PC, Benevides ABP. Aplicabilidade das fórmulas de estimativa de peso e estatura para idosos e adultos. Rev Bras Nutr Clin. 2002; 17(4):117-21 INDICADORES DO ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS 1. Avaliação da adiposidade total (IMC) – Não há consenso sobre os pontos de corte (Usar recomendação do SISVAN, 2008). 2. Avaliação do padrão de distribuição da gordura corporal (razão cintura/quadril, perímetro abdominal). 3. Indicadores de adiposidade e reserva muscular (perímetro do braço, DCT, PMB, PP). AVALIAÇÃO DA ADIPOSIDADE TOTAL • Classificação segundo OPAS IMC (kg/m²) ESTADO NUTRICIONAL < 23 Baixo peso 23 – 28 Peso normal 28 – 30 Sobrepeso > 30 Obesidade Lebrão ML. O projeto SABE em São Paulo: uma visão panorâmica. In: Lebrão ML, Duarte YAO, organizadores. SABE: Saúde, Bem-estar e Envelhecimento. O Projeto SABE no Município de São Paulo: uma abordagem inicial. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde; 2003. p. 33-43. AVALIAÇÃO DA ADIPOSIDADE TOTAL • Classificação segundo LIPSCHITZ (1994) • Classificação recomendada pelo SISVAN (2008). BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência à saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 61p. IMC (kg/m²) ESTADO NUTRICIONAL ≤ 22 Baixo peso 22 - 27 Eutrófico ≥ 27 Excesso de peso INDICADORES DE ADIPOSIDADE E RESERVA MUSCULAR 1. Perímetro do braço (PB) • Pode ser usado para avaliar risco nutricional e situações de depleção energética; • Expressa gordura subcutânea e músculo; • Parâmetro nutricional antropométrico recomendado OMS; • Classificação → NHANES III (1988-1994). 2. Dobra Cutânea Triciptal (DCT) • Correlaciona-se com a gordura corporal; • Classificação → NHANES III (1988-1994). INDICADORES DE ADIPOSIDADE E RESERVA MUSCULAR 3. Perímetro ou Circunferência Muscular do Braço (PMB/CMB) • Forte associação com desnutrição e perda de peso; • Utilizado apesar de não levar em consideração a irregularidade no formato dos tecidos do braço. • Juntamente com perda de peso é indicador de alerta de desnutrição; • Classificação → NHANES III (1988-1994). Circunferência muscular do braço (CMB) - Massa muscular )sem correção óssea CMB (cm) = CB (cm) – π x [ DCT (mm) /10] INDICADORES DE ADIPOSIDADE E RESERVA MUSCULAR • Classificação de adiposidade (DCT) • Classificação de reserva muscular (PB e CMB) 61 PERCENTIS CLASSIFICAÇÃO ≥ 75 Excesso de reserva adiposa 75 – 25 Eutrofia 10 – 25 Reduzida reserva adiposa < 10 Desnutrição PERCENTIS CLASSIFICAÇÃO > 25 Eutrofia ≤ 25 Desnutrição Kuczmarski MF, Kuczmarski RJ, Najjar M. Descriptive anthropometric reference data for older Americans. J. Am. Diet. Assoc. 2000;100:59–66. INDICADORES DE ADIPOSIDADE E RESERVA MUSCULAR • Classificação Projeto SABE DÉFICIT: < PERCENTIL 25 NORMALIDADE: 25-75 EXCESSO:> PERCENTIL 75 Lebrão ML. O projeto SABE em São Paulo: uma visão panorâmica. In: Lebrão ML, Duarte YAO, organizadores. SABE: Saúde, Bem-estar e Envelhecimento. O Projeto SABE no Município de São Paulo: uma abordagem inicial. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde; 2003. p. 33-43. INDICADORES DE ADIPOSIDADE E RESERVA MUSCULAR 4. Perímetro da Panturrilha (PP) • Medida antropométrica mais sensível da massa muscular em idosos (marcador de desnutrição); • Indica alterações na massa magra que ocorre com a idade e com decréscimo na atividade; • Relacionando-se com o risco nutricional (COELHO et al, 2004); • Valores abaixo de 31 cm são indicativos de perda de massa muscular (WHO, 1995). COELHO, M. A. S. C; PEREIRA, R. S; COELHO, K. S. C. Antropometria e composição corporal. In: FRANK, A. A.; SOARES, E. A. Nutrição no envelhecer. São Paulo: Atheneu, 2004. Cap 2, p. 13-41 World Health Organization. Technical Report Series, 854. Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Geneva: WHO; 1995. p. 375-409. REFERÊNCIAS • CUPPARI, L (Org). Guia de Nutrição: Nutrição Clínica no Adulto. Barueri, SP: Manole, 2005. 406 p. • FRISANCHO, R. Triceps skin fold and upper arm muscle size norms for assessment of nutritional status. 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Avaliação de adultos. In: TIRAPEGUI, J.; RIBEIRO, S.M.L. Avaliação Nutricional: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. Cap. 20, p. 235-252. • ROSA, G.; PALMA, A.G.C. Avaliação antropométrica. In: ROSA, G. et al. Avaliação nutricional do paciente hospitalizado: uma abordagem teórico-prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 214p. • VASCONCELOS, F.A.G. avaliação nutricional de coletividades. 4 ed.Florianópolis: UFSC, 2007. 186p. • VITOLO, M.R. Avaliação nutricional do adulto. In: VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2008. Cap.40, p. 377-397. • WHO Technical Report Series 894. Obesity: preventing and managing the global epidemic. World Organization Health, Geneve, 2000, 251p.
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