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Tutoria 2 – Memória
Memória é a capacidade que têm o homem e os animais de armazenar informações que possam ser recuperadas e utilizadas posteriormente. 
Sequência de processos e memorização 
1 - Aquisição
Consiste na entrada de um evento qualquer nos sistemas neurais ligados à memória.
Evento = qualquer coisa memorável (objeto, som, acontecimento, emoção, sequência de movimentos). Podem-se originar do mundo externo, conduzidos ao sistema nervoso através de sentidos, ou então do mundo interior da pessoa, surgidos “misteriosamente” de nossos próprios pensamentos e emoções.
Durante a aquisição ocorre uma seleção.
1.1 – Seleção 
Os sistemas de memória só permitem a aquisição de alguns aspectos mais relevantes para a cognição, mais marcantes para a emoção, mais focalizados pela nossa atenção, mais fortes sensorialemnte, ou simplesmente priorizados por critérios desconhecidos. 
2 – Retenção 
Os aspectos selecionados de cada evento ficam de algum modo disponíveis para serem lembrados. 
Com o passar do tempo, alguns aspectos ou mesmo todos eles podem desaparecer da memória: é o esquecimento. Ou seja, a retenção nem sempre é permanente, na maioria das vezes, é temporária.
O tempo de retenção é limitado pelo esquecimento, e ambos são definidos, entre outros aspectos, pelo tipo de utilização que faremos de cada evento memorizado. 
A capacidade de retenção varia de indivíduo para indivíduo, bem como em diferentes situações e momentos de cada um.
A retenção é fortemente influenciado pela presença de elementos distratores, e que o número de distratores determinará maior ou menor retenção. 
O esquecimento é uma propriedade normal da memória. Provavelmente desempenha papel muito importante como mecanismo de prevenção de sobrecarga nos sistemas cerebrais dedicados à memorização, e tem ainda a virtude de permitir a filtragem dos aspectos mais relevantes ou importantes de cada evento. 
3 – Consolidação 
É quando o evento é memorizado durante um tempo prolongado, às vezes permanentemente. 
4 – Evocação ou lembrança
Processo em que temos acesso à informação armazenada para utilizá-la mentalmente na cognição e na emoção, por exemplo, ou para exterioriza-la através de comportamentos. 
Tipos e subtipos de memória
Classificação quanto ao tempo de retenção
MEMÓRIA ULTRARRÁPIDA OU IMEDIATA
Retenção não dura mais que alguns segundos.
Está relacionada à atividade do lobo central.
MEMÓRIA DE CURTA DURAÇÃO
Retenção dura minutos ou horas e serve para proporcionar a continuidade do nosso sentido do presente.
Depende basicamente do sistema límbico, responsável pela retenção de informações novas e, ao que tudo indica, por transferi-las para as áreas corticais. 
MEMÓRIA DE LONGA DURAÇÃO
Retenção estabelece engramas duradouros (dias, semanas e até mesmo anos). Geralmente carregada de um significado emocional para o indivíduo.
Seu armazenamento não é inteiramente conhecido, mas depende de áreas corticais occipitotemporais e suas conexões ao striatum e ao córtex pré-frontal inferior e as conexões amígdalo-hipocampais.
Classificação quanto a sua natureza
MEMÓRIA EXPLÍCITA OU DECLARATIVA OU CONSCIENTE
Reúne tudo que só podemos evocar por meio de palavras ou outros símbolos. É formada facilmente, mas pode-se perder também facilmente. 
Episódica: envolve eventos datados, isto é, relacionados ao tempo. 
· É específica de cada indivíduo, características de sua trajetória de vida.
· É muito dependente do hipocampo e facilmente perdido em lesões ou procedimentos cirúrgicos da região.
Semântica: envolve conceitos atemporais. É a memória para fatos e atributos do ponto central, como o conceito das coisas como objetos (caneta, cadeira, ...)
· É compartilhada por muitas pessoas, fazendo parte de uma cultura. 
· Apresenta representação cortical mais difusa que a episódica. 
MEMÓRIA IMPLICÍTA OU NÃO DECLARATIVA
Não precisa ser descrita com palavras.
Requer muito mais tempo e treinamento para se formar, mas persiste mais duradouramente. 
Pode ser de 4 subtipos:
· Memória de representação perceptual: corresponde a imagem de um evento, preliminar à compreensão do que ele significa. 
· Memória de procedimentos: hábitos e habilidades e das regras em geral.
· Memória associativa: quando começamos a salivar antes que a comida chegue à nossa boca, por termos em algum momento associado o seu cheiro ou aspecto à alimentação. 
· Memória não-associativa: quando sem sentir aprendemos que um estímulo repetitivo que não traz consequências é provavelmente inócuo, o que nos faz relaxar e ignora-lo, ou seja, é o que aprendemos sem perceber.
É fundamental a função do cerebelo e núcleos da base na memória implícita, pois o aprendizado de certas habilidades motoras (aprendizado motor) depende deles. 
MEMÓRIA OPERACIONAL OU MEMÓRIA DE TRABALHO 
Armazenamos temporariamente informações que serão úteis apenas para o raciocínio imediato e resolução de problemas, ou para a elaboração de comportamentos, podendo ser descartadas (esquecidas) logo a seguir. Ex.: guardamos o local onde estacionamos o carro quando vamos no supermercado. 
Está relacionada com a integridade do lobo frontal.
Circuitos da memória – Via de ativação
A entrada de informações para a memória pode vir do meio externo, ou da própria vida interior do indivíduo (pensamentos e emoções).
· Vindas do ambiente externo, as informações que serão arquivadas entram através dos sistemas sensoriais, e atingem o córtex cerebral onde são devidamente processadas para transformarem em percepções. 
· Vindas do próprio interior, as informações relevantes são de caráter subjetivo, de localização cerebral mal definida, mas certamente relacionadas às diversa áreas corticais de função neuropsicológica complexa.
Essas informações serão selecionadas, e segundo a sua relevância para o indivíduo, seu carga emocional e outros fatores, passam a um conjunto de regiões relacionadas ao hipocampo. O hipocampo, como já foi visto, é a região encarregada de consolidar os engramas da memória explícita, seja transferindo-os para as regiões corticais adequadas, ou arquivando no seu território "cópias" temporárias dos engramas corticais. Esse processo se realiza em interação com outras regiões da formação hipocampal, especialmente o córtex entorrinal, fortemente interligado com os campos de Ammon e o giro denteado do hipocampo. No caso da memória implícita de tipo espacial, o hipocampo parece guardar um mapa alocêntrico capaz de representar as características dos objetos que compõem o cenário externo, e suas relações de posição. 
Considera-se que o giro para-hipocampal, elo terminal na sequência de processamento da via visual ventral de reconhecimento de formas e cores, é a estrutura que guarda os engramas temporários referentes às características dos objetos, enquanto as áreas entorrinal e perirrinal arquivam as relações de posição entre os diversos objetos. Em conjunto, essas operações seriam reunidas temporariamente no hipocampo para reforçar os engramas espaciais permanentes, arquivados no neocórtex.
Dentre as diferentes regiões do neocórtex, destaca-se por sua participação na memória uma grande extensão dos giros temporais médio e inferior, sedes dos chamados léxicons linguísticos, ou seja, os "dicionários" que reúnem os termos de nossa língua que descrevem os diferentes objetos e conceitos com os quais lidamos diariamente. A região posterior do córtex parietal, por sua vez, armazena dados relativos ao espaço imediatamente em torno de nosso próprio corpo (o mapa egocêntrico por meio d.o qual distinguimos o que está à direita e o que está à esquerda, entre outras relações de posição). E o córtex pré-frontal medial guarda relações de distância entre locais (mais perto, mais longe).
Muito menos se sabe sobre o papel das regiões subcorticais na memória, a não ser poucas indicações extraídas da observação de pacientes com lesões localizadas. Os núcleos diencefálicos parecem participar de algum modo ainda mal conhecido do processo de consolidação da memória explícita, cooperativamente com o hipocampo. Muito coerente: afinal são fortementeconectados com ele pelas fibras do fórnix. Outras regiões como núcleos septais do prosencéfalo basal destacam-se pela forte projeção colinérgica ao hipocampo, tipicamente prejudicada nos pacientes com doença de Alzheimer. Sua função parece ser coadjuvante mas não imprescindível para a formação da memória, mas não se conhecem detalhes. A função mnemônica dos corpos mamilares do hipotálamo permanece obscura.
Aprendizagem X Memória
Aprendizagem: processo de aquisição das novas informações que vão ser retidas na memória. Através dele nos tornamos capazes de orientar o comportamento e o pensamento. 
Memória: processo de arquivamento seletivo dessas informações, pelo qual podemos evocá-las sempre que desejamos, consciente ou inconscientemente. 
A aprendizagem por ser vista como um conjunto de comportamentos que viabilizam os processos neurobiológicos e neuropsicológicos da memória. 
Aprendizagem não-associativa
Através de um único estímulo você se torna capaz de fazer uma previsão do futuro, e assim preparar as suas ações de modo apropriado.
Depende da repetição, que é na verdade uma estratégia que empregamos para memorizar algo. 
Subtipos:
HABITUAÇÃO
Aprender com a repetição inócua de um acontecimento.
SENSIBILIZAÇÃO 
Aprende a esperar por algo assustador e coloca-se em alerta para qualquer eventualidade. 
Aprendizagem associativa
Aprendemos associando eventos.
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
Forma de aprendizagem associativa entre dois estímulos. 
Ex.: Morcego e assobio: Como o morcego lhe provoca sempre um susto, neste caso é considerado um estímulo incondicionado. O assovio, entretanto, normalmente não lhe provocaria qualquer reação, mas como foi associado à presença assustadora do morcego, passa a ser chamado estímulo condicionado.
CONDICIONAMENTO OPERANTE OU INSTRUMENTAL
Caracteriza-se pela associação entre um estímulo e uma determinada resposta comportamental. 
Ex.: Tipicamente, aprendemos que uma determinada ação que realizamos pode estar associada a uma experiência positiva (um reforço ou recompensa), ou então a uma experiência negativa (uma punição). O resultado é que realizamos mais vezes a ação reforçada, e menos vezes a ação punida. Neste último caso, podemos também realizar uma ação que evite a punição.
Defeitos da memória 
Amnésia
É quando indivíduo apresenta esquecimento demais. 
AMNÉSIA ANTERÓGRADA
Completa perda de memória para os fatos ocorridos após a lesão de seu sistema nervoso. 
AMNÉSIA RETRÓGRADA 
Perda de memória dos fatos ocorridos pouco antes (memórias mais antiga pode estar preservada) da lesão de seu sistema nervoso. Paciente apenas consegue lembrar de eventos ocorridos após a lesão. 
AMNÉSIA GLOBAL
É uma perda súbita e temporária da memória para eventos durante, após e, por vezes, antes do evento que causou a amnésia.
Hipermnésia
Quando ocorre uma exacerbada capacidade de retenção que impede a separação entre aspectos relevantes e irrelevantes dos eventos. 
Funções cognitivas superiores
São capacidades interligadas exclusivas do ser humano, que lhe permitem a interação com os outros e com o meio em que vivem, mantendo a identidade individual.
Atenção
É a seleção e manutenção de um foco, seja de um estímulo ou informação, entre as inúmeras que obtemos através de nossos sentidos, memórias armazenadas e outros processos cognitivos. Em outras palavras, dirigimos nossa atenção para o estímulo que julgamos ser importante num exato momento. Os outros estímulos que não os principais, passam a fazer parte do “fundo” não sendo mais os focos na atenção.
Tenacidade: muito foco, fixo, indivíduo muito focado em uma única atividade. 
Vigilância: indivíduo realiza uma atividade e é capaz de estar atenta em outra.
Memória
É a capacidade de armazenar informações, lembrar delas e utilizá-las no presente. O bom funcionamento da memória depende inicialmente de do nível de atenção. Para que o bom armazenamento aconteça outras atividades cognitivas como a capacidade de percepção e associação é importante para que as informações possam ser armazenadas com sucesso.
Linguagem
É definido pelo uso de um meio organizado de combinar as palavras a fim de se comunicar, embora a comunicação não se constitua unicamente num processo verbal. As formas não-verbais, como gestos ou desenhos também são capazes de transmitir ideias e sentimentos.
Capacidade de entender o que foi falado, processar uma resposta e responder.
Sensopercepção 
Constitui de processos pelos quais o sujeito é capaz de reconhecer, organizar e dar significado a um estímulo vindo do ambiente através dos órgãos sensoriais.
Orientação
Capacidade da pessoa se perceber em relação ao ambiente
São realizadas 5 perguntas em relação a orientação em espaço:
· Estado?
· Cidade?
· Local?
· Ponto de referência do local em que está?
· Endereço?
São realizadas 5 perguntas em relação a orientação em tempo:
· Ano?
· Mês?
· Dia em número?
· Dia da semana?
· Hora?
Pensamento
Avaliação subjetiva.
Organizado (tem lógica) ou desorganizado.
Humor
Avaliação subjetiva.
Aumentado: mania
Rebaixado: depressivo
Oscilante: bipolar
Vontade
Capacidade do paciente de se empenhar/responder.
Praxia
Capacidade de realizar atos motores complexos seriados de forma harmônica.
Ex.: amarrar o tênis.
Gnosia
Capacidade do indivíduo de usando um órgão sensorial interpretar um estímulo externo.
 Funções executivas
As funções executivas compreendem um conceito neuropsicológico que se aplica às atividades cognitivas responsáveis pelo planejamento e execução de tarefas. Elas incluem o raciocínio, a lógica, a estratégias, a tomada de decisões e a resolução de problemas. Todos esses processos cognitivos são produzidos diariamente, pois uma série de problemas - dos mais simples aos de maior complexidade - ocorrem na vida do ser humano. Assim, independente do grau de complexidade do problema, o sujeito precisa estar apto para analisar a situação (problema), lançar mão de estratégias, e antever as consequências de sua decisão.
Existem três tipos de resolução de problemas:
· Inferente: utilizada quando o indivíduo está frente a uma situação desconhecida e pela qual ainda não existem soluções disponíveis. Sendo assim, é necessário avaliar os elementos que compõem o problema e deduzir (inferir) qual a melhor estratégia para superar aquele problema, ou no pelo menos minimizar seus efeitos. Na medicina isso é bastante utilizado quando se tem um determinado quadro patológico desconhecido.
· Analógica: é o uso de recursos anteriormente utilizados em situações semelhantes.
· Automática: é o tipo que se caracteriza pela espontaneidade. Ocorre principalmente se a pessoa que o utiliza tem bastante prática no problema, por exemplo, um motorista experiente.
Linguagem 
É uma cognitiva superior característica do homem e que permite a comunicação verbal, dependendo de áreas corticais especializadas. A linguagem pode ser definida como um código oral ou escrito que transmite algum significado, no entanto, ela não se resume a isso, associando-se a ideia, sons ou imagens; A linguagem, como a entendemos, tem várias facetas, sendo estruturada, criativa, interpessoal e, principalmente, carregada de um significado ou valor simbólico, algo chamado pelos linguistas de semântica (ideia). 
Os distúrbios da linguagem, muitas vezes, são de difícil interpretação, pois podem surgir quadros muito complexos e com pequenas nuances, dependendo da área do sistema nervoso relacionada com a linguagem que for acometida. Por ser uma função mais nobre e avançada da comunicação humana, pacientes com distúrbios de linguagem são confundidos, com alguma frequência, com pacientes psiquiátricos ou confusos. 
Afasia = distúrbios da linguagem devido a lesões nas regiões envolvidas com o processamento linguístico.
Afasia de Broca ou de expressão: 
· Lesão incide sobre a região lateral inferior do lobo frontal esquerdo
· Fala telegráfica (restrita a poucas sílabas ou palavras curtas sem verbos), dificuldade de expressão tanto oral quanto escrita.
Afasia de Wernick ou de compreensão:
· Lesão atinge a região cortical posteriorem torno da ponta do sulco lateral de Sylvius do lado esquerdo.
· Indivíduo não compreende o que outra pessoa fala, emite respostas verbais sem sentido, como também falha em indicar com gestos que possa ter compreendido o que lhe foi dito.

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