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INTRODUÇÃO À QUESTÃO SOCIAL AULA 07



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INTRODUÇÃO À QUESTÃO SOCIAL
O BRASIL FRENTE ÀS TRANSFORMAÇÕES 
NO MUNDO DO TRABALHO
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Compreender o papel que o Brasil assume na relação com as transformações ocorridas no mundo do trabalho;
2- Analisar as novas expressões da questão social nas grandes metrópoles contemporâneas;
3- Identificar as expressões das questões na cidade do Rio de Janeiro.
A geração de emprego é um dos grandes desafios da era globalizada. Ao mesmo tempo em que os mercados
exigem profissionais qualificados e criativos, o emprego formal vai cedendo lugar à prestação de serviços sem
vínculo empregatício. Uma outra face do problema é o aumento do trabalho precário, pois se o emprego na sua
forma tradicional está diminuindo, isso significa que o trabalho como um todo está desaparecendo.
A geração de emprego é um dos grandes desafios da era globalizada.
Ao mesmo tempo em que os mercados exigem profissionais qualificados e criativos, o emprego formal vai
cedendo lugar à prestação de serviços sem vínculo empregatício. Uma outra face do problema é o aumento do
trabalho precário, pois se o emprego na sua forma tradicional está diminuindo, isso significa que o trabalho
como um todo está desaparecendo. O que ocorre é que houve uma significativa diminuição do operariado
tradicional e o aumento da classe que vive do trabalho.
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Essas mudanças se verificam principalmente através da terceirização, com a ampliação do setor de serviços; da
heterogeinização, com a maior participação das mulheres em atividades ocupadas por homens; e das relações
informais do trabalho sem direitos sociais e trabalhistas previstos em lei.
A atual etapa do desenvolvimento do capitalismo é marcada pela predominância do capital financeiro e, na
esfera produtiva, viabilizado pela automação microeletrônica. Ele pôde organizar a produção de forma mais
flexível para lidar com sua instabilidade sistêmica. Sendo assim, a reação do capital à crise foi reorganizar o
processo produtivo, gerando uma alteração de forma no padrão de acumulação, aliado a este novo mecanismo de
submissão e controle da classe trabalhadora.
No Brasil, as mudanças se intensificam nos anos 90, com a proposta de governo com base no Neoliberalismo. A
exclusão social como efeitos da crise, conforme afirma Rauta (2002, p.171), "revela-se com mais evidência no
espaço urbano, nas práticas e efeitos desiguais da urbanização, na proliferação das favelas e no reconhecimento
da cidade partida, denotando uma separação, uma incongruência entre a ordem legal e a cidade real".
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No estudo que realiza sobre a problemática urbana, Kowarick (1979) atribui o processo de exploração do
trabalho à "espoliação urbana", definida pelo autor como "ausência e precariedade de serviços de consumo
coletivo que, conjuntamente com o acesso à terra, se mostram necessários à reprodução urbana dos
trabalhadores".
O fenômeno da "espoliação urbana" na cidade do Rio de Janeiro, assim como em outras cidades, tem se revelado
através da elevação dos índices de criminalidade, a disseminação do tráfico de drogas decorrentes da exclusão
social da violência econômica, social, cultural e espacial.
Caldeira (2000) analisa a forma pela qual o crime, o medo à violência e o desrespeito aos direitos de cidadania
têm se combinado com as transformações urbanas para produzir um novo padrão de segregação espacial nas
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duas últimas décadas. Segundo a autora, a segregação tanto espacial quanto social é uma característica
importante das cidades, pois as regras que organizam o espaço urbano são apoiadas basicamente em padrões de
diferenciação social e de separação.
Raichelis (2006) afirma que as novas formas de segregação e estigmatização espaciais e sociais, a escalada da
violência, a crescente presença do narcotráfico e do tráfico de armas nas favelas e nos bairros populares das
grandes cidades brasileiras, o isolamento social das elites, a disseminação da "cultura do medo" apontam para a
necessidade de aprofundamento de estudos e pesquisas sobre os rebatimentos da presença (ou ausência) do
Estado nacional e das instâncias subnacionais na implementação das políticas públicas que tenham como
centralidade a (re)significação e a (re)construção do tecido social no território urbano das grandes metrópoles.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu sobre o papel que o Brasil assume na relação com as transformações ocorridas no mundo do 
trabalho;
• Conheceu as expressões da questão social no Rio de Janeiro;
• Estudou a respeito da cidade como espaço de expressão das desigualdades e das lutas populares.
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